************ Capítulo 7 *************
************* Cavlask *************
Depois de administrar a dose indicativa no frasco, que varia de acordo ao peso do indivíduo, pude reparar o seu semblante abatido ganhando vida novamente. A cor de uma moça saudável ressurge ainda mais perfeita que antes. Podia ser impressão minha, mas ao meu ver era assim que eu pensava.
Mesmo que continuava a dormir, pois isso servia para a sua total recuperação, me sentia satisfeito por ter tomado a melhor decisão.
Retroceder nosso percursor, e retornando a Saturno foi mais rápido do que ir no planeta Terra.
Olhei ao redor, avistando a peça brilhante no chão. Intrigando fui pegar, nas mãos fitei o objeto feminino imaginando que este modelo não seria da sua preferência, já que o desprezou.
Guardei no bolso, e sai do seu(meu) quarto.
Chegando no meu armazenamento de jóias, peguei uma coroa com três preciosas pedras vermelhas. Achando que essa a agradaria, voltei ao seu aposento, e o coloquei ao lado do travesseiro.
— Espero que este possa lhe agradar, minha princesa.
Abandonei o espaço do seu confinamento, precisava olhar as pilotas da nave.
O atraso ia afetar a nossa trilha para a nova moradia. E antes precisava falar com o meu amigo, nossa comunicação ficava difícil nos últimos tempos. Mas queria ver com ele, se teria como amenizar a maldição, visto que a raiva da Salita a fazia menos propícia a ela. Isso seria um bom sinal de aprisionamento de feitiços. Ghael podia me orientar melhor pois parecia familiarizado a respeito desse tipo de bruxaria.
— Como anda nosso retorno a Marte?
— Estamos seguindo a melhor estratégica para não atrasar mais. Fique tranquilo capitão.
Sentei numa das cadeiras disponíveis, ajudando-as.
— Sim, teremos que passar desapercebidos. Os cem não pode sequer desconfiar da nossa chegada, ou vão querer conferir a nave. Como sempre fazem.
Sou um guerreiro desprendido da tropa, embora praticar solitariamente furtos interestelares para consumo próprio, serviço ou por hobby.
Sendo um pirata do espaço, conquistei uma posição favorável, empregados pagáveis e uma vida confortável.
Prosseguimos viagem sem mais interrupções.
************** Senil ****************
— Droga! A princesa não está aqui, o marciano não a trouxe pra cá! Inferno!
Expressei a minha revolta assim que chegamos no salão vazio daqueles seres monstruosos.
Meus pais e os soldados que foram designados para fazer o cerco, libertando as dançarinas, me olham estranhando o fato. Terça parte seguiu na sua função, outra ficou conosco, incluindo o nosso general de guerra.
— Tem certeza dessa informação? Falou com a minha filha mentalmente?i
— Tenho toda a certeza, o infeliz que a raptou ainda não chegou. Nossa ligação foi restaurada, no entanto durou pouquíssimo tempo. Ou seja, só senti sua aflição ao ser levada por um deles para Marte.
Quieto, olhei o local cuidadosamente.
— Agora estou com dúvidas se era esse o objetivo do raptor, trazê-la para os seus companheiros como modo de faturar alguma riqueza.
— Não fique confuso meu filho.
Seu toque em meu ombro amenizou a angústia em meu coração. A minha mãe tem esse poder suave. Maternal.
— E agora, sente a Salita. Minha sobrinha?
Fechei os olhos, tentando. Mas nada vinha.
Abri os olhos sinalizando negativamente.
— Desculpe, ela parece estar adormecida, mas sinto que se encontra bem. Protegida pelo tal marciano.
— Será possível que esse alienígena a queira somente para ele? — Perguntou Naira, analisando suas próprias palavras ao cruzar os braços.
— Impossível. — Comentou Sean. Meu tio.
— Não sei... — Expressou a nossa rainha.
— Bom, de qualquer maneira vamos fazer o primeiro passo. Trancafiar os cem, quem sabe temos informações sobre o tal sequestrador. Podemos torturar o líder deles, que tal?
Sean sorriu, se divertindo com a menção da maneira mais hostil de buscar a verdade da boca de um inimigo. Ainda mais de um marciano que quer sodomisar sua filha.
— Vamos!
Chamou o rei supremo.
Fomos ao outro ponto, após olhar os guardas da inspeção liberar o local de passagem.
************** Salita ***************
Meu corpo parecia menos febril a cada segundo que o medicamento agia dentro de mim. Podia agradecer a valentia do marciano em ter pego a iguaria saturniana, mas tudo o que passei havia sido culpa exclusivamente dele. O remorso bateu em seu coração? Será que se arrependia de ter me raptado? Qual a sua intenção, ser do outro planeta.
Abri os olhos, forçando a vista. Sentindo um pano úmido em minha testa, retirei-o bem no momento que a mesma moça de antes entrava trazendo outra dose.
— Olá. Já se passaram seis horas, precisa tomar essa... — Olhou o frasco. — Bom, parece saboroso.
Sorriu toda sem graça ao olhar pra mim.
Deu-me na boca com cuidado.
— Suou muito, então teremos que remove-la, e lhe dar um banho. Ainda está muito fraca para fazer tudo sozinha princesa.
— Tudo bem.
Concordei ao vê-la chamando outras companheiras da nave.
Duas enfermeiras vieram e me ajudaram a sair, em seguida ela começou a mudança de tecidos. As demais se propuseram a remover minha vestimenta.
Não aprovava muito isso, nem quando tinha servas para fazer tal função. Gosto de me banhar e me vestir sozinha, mas devido a minha saúde débil, abro essa excessão sem reclamar.
— Salita! Eu...
Assustada cobri os s***s mesmo estando de costas.
— Rápido! — Anuncia agindo apressadamente.
Elas fazem um escudo com suas silhuetas, porém, acreditava que o ser poderia ter visto minhas costas nuas, e a parte detrás totalmente descoberta.
A vergonha me atingiu em cheio, além da renovação daquele clima erótico, pesado, sempre presente em nossos embates. A excitação máxima, localizado na parte mais íntima de uma fêmea.
— Desculpe, Não sabia que se encontrava desperta. Fico contente que deu certo, volto depois.
Pela voz demonstrava que estava... Tímido? Não creio!
Após sua presença masculina sair, voltamos silenciosamente ao ato da limpeza corporal, e as trocas de roupa de cama.
************* Secan ****************
— Aiiiiiii!!!!
— Olha, achava que vocês eram mais resistente a dor. — Comentei sério.
Observava meu filho, e irmão, atuando seus métodos preferidos de obstruir respostas contundentes a nossa missão.
— Não sabemos da princesa Salita! Sou o líder desse clã! Desse planeta inteiro! Acha que perderíamos tempo mandando um dos nossos raptá-la?!
Senil rodeou pensativamente o rei daqueles enjaulados, aprisionados facilmente, através pelo poder feminino, e suas artimanhas na arte do acasalamento. Pois estes queriam sempre mais das mulheres saturnianas.
Quando chegamos estavam cochilando, e elas acuadas esperando o socorro chegar.
Já estão na nave, recebendo atendimento, principalmente em suas partes delicadas. Eles são uns monstros.
— Existe um desertor entre vocês? — Perguntou diretamente ao chefe do bando. — Afinal, como conseguiu esse trono? Me parece que os guerreiros marcianos fizeram motim para assassinar o antigo rei desse planeta.
O líder olhou para o meu filho raivosamente.
Sua percepção é admirável.