************ Capítulo 5 *************
************* Cavlask **************
— Poderia tentar aliviar sua dor interna comigo, capitão.
Sua voz sedutora não era nada comparada a beleza da princesa saturniana.
— Deixe que eu termine isso.
Suspirei.
Tentei sair dela, mas invés disso a curandeira enlaça seu braço amistoso em volta do meu pescoço. Deixando-me temporariamente tenso.
— Acalme-se, não farei nada que não queira.
— Sei, mas pode tentar me persuadir a querê-la, não é?
Deu risada, tirando um farpa de tamanho consideravelmente comprida na carne, o estágio profundo já que a peça se movia no interior.
O aço mais forte da nação saturniana, o titânio. Fora o veneno, da qual não surtia tanto efeito na minha corrente sanguínea, já que o líquido contaminado seria expelindo pela urina daqui a pouco.
— És forte demais para cair de amores pelo meu encanto feminino.
— Sou mesmo, e além do mais iniciei a purificação anos atrás, antes da viagem. Desejei-a, e aqui estou.
— Soubemos disso, e as fêmeas respeitaram seu condicionamento. Sua escolha padrão, mas...
Ao senti-la terminando de fazer a limpeza, me levantei pondo o braço dela para o lado.
Me virei pronto para sair dali e ver a Salita.
— Removi tudo, mas não acha melhor suturar para tampar a a******a? Pode entrar germes, te deixando acamado. Pode possuir a força predominante de cem homens Cavlask, mas não é invencível. Sabe disso.
— Não fico doente, sou imune.
— Tenho certeza absoluta dessa informação, porém...
A porta correu para o lado, trazendo nossa atenção para ela.
Uma ajudante veio até nos com o semblante de medo, usando uma máscara, cobrindo a boca e o nariz.
— Desculpe interrompe-lo mestre, mais a saturniana se encontra enferma, e temo ser contagioso. O protocolo diz que devemos...
— Droga!
A interrompi possesso, saindo dali apressadamente, pondo um tecido hospitalar por cima da cabeça e cobrindo as costas e o peitoral.
Andei a passos largos, precisava ir até ela logo.
Ao encontrá-la no aposento pertencente a mim, a vi completamente adormecida. Nariz escorrendo. E ao conferir sua pele, constatei que estava queimando, tanto que me afastei de imediato, sentindo a queimadura na mão.
A parte queimada voltou ao normal devido o processo curativo do meu corpo ser mais acelerado. Só não podia deixar coisas presas no interior, ou ser pego pra tortura. Sou um prato cheio para um sádico enfiar suas agulhas, ou outros métodos cortantes, curtindo meu sofrimento bem devagar, pois não morro facilmente.
— Princesa.
Toquei pelos ombros mas fui obrigado a me afastar novamente. Como ela estava aguentando?
— Senil... Senil...
Ela gemia o nome do seu irmão, o gêmeo uterino. O príncipe.
— Ele não está aqui Salita, eu estou a sua disposição. Como posso curar sua enfermidade de terráquea?
A princesa teve dificuldade de abrir os olhos, parecia que as pálpebras se encontravam super pesadas, mesmo assim o fez. Porém, seu foco não estava no habitual. Podia estar delirando.
— Seu alienígena perverso, tirou do meu esconderijo para me matar de febre em seu maldito planeta de verdinhos. Vou morrer febril se não tomar o medicamento adequado. Meu estado fica pior a cada minuto, do que de um simples humano. Por causa da condição híbrida, dentro de mim os dois genes brigam entre si, querendo por um fim a infecção. Ocasionando uma gripe colossal, mas só em mim. Não é contagioso, avise a sua serviçal. Entende agora o que fez seu e******o?
— Só me diga onde buscar tal essência, remédio ou o que quiser chamar. Tudo o que te peço, é um pouquinho de paciência.
— Quer mesmo me salvar guerreiro?
— Sim!
Respondi agoniado, não suportava ve-la assim.
— Pois bem, leve-me de volta ao castelo de pedra, lá tem todos os antídotos em forma de remédios medicinais. Especialmente de humanos.
Uma raiva impotente dominou o meu ser.
— Não fará isso. Está estampando em sua feição. Então saia daqui! E me deixe morrer em paz.
Fechou os olhos, sucumbindo a febre.
— Vou dar o meu jeito, todavia, não te deixarei partir. És minha.
Sai rapidamente tendo duas ideias em mente, e precisava agir com sabedoria. A escolha custaria a vida da minha Princesa Saturniana.
************** Naira ***************
— Estou preparada para ir com vocês.
Eles três e seus soldados me olharam espantados.
Senil permaneceu ajeitando os armamentos com os demais saturnianos, que por si só voltam aos seus afazeres, em relação a invasão contra Marte.
Sean e Secan vieram até a mim furiosos, agarrada pelos braços, levando-me para longe dos outros.
— O quê deu nos soberanos?
Eles me soltam atrás de uma estátua do antigo rei.
— O quê pensa que está fazendo vestindo roupas de guerra terráquea? Mostrando as coxas Naira.
Olhei pra baixo.
— Sean, vai dá um de machista agora?
Olhei-o pondo as mãos na cintura.
— Gostei do sobretudo escuro. Mas amor, seu segundo marido tem razão, não por questões machistas, mas sim porque chamará a atenção dos Marcianos. Não queremos sua presença vestida dos pés a cabeça na frente daquele povo truculento, imagina vestida pra matar.
— Minha filha foi raptada por um deles, acha que vou ficar brincando de rainha medrosa enquanto esse ser a leva para os seus comparsas?
"Não me obriguem a ficar"
Falei em suas mentes. Eles se entreolharam decidindo, tanto que resolveram se distanciar minimamente.
Senil acompanhava ligado no que fazia. Meu filho era sempre atento a tudo e a todos, um futuro rei nato.
— Pensamos aqui e...
— Chegamos a conclusão que só poderá vim se usar isso. — Completou Sean a fala inicial do seu irmão.
Um dos servos veio trazendo um tipo de armadura em forma de tecido.
— Tome. — Disse-me. — Vista por debaixo dessa roupa, fizemos especialmente para o seu manequim, só não esperavámos que chegasse o dia de usá-la. Dessa forma se manterá segura.
Terminou dizendo a frase triste.
— Obrigada.
Peguei a peça olhando ele indo junto do seu sobrinho. Tocou seu ombro, e os dois começam a traçar planos estratégicos para a missão de resgaste ser bem sucedida.
— Amor. — Secan acariciou minha buchecha, fazendo-me olha-lo. — Meu irmão tem medo, se pudesse colocava você numa redoma de vidro. Mas ele sabe da sua importância como a salvadora. Sua essência é essa, nunca vai mudar. Nem queremos que mude.
Sorri, abraçando-o. Seu calor de macho embalou meu corpo feminino com ânsia apaixonada.
— Acha que estou sendo impulsiva? Quero ajudar, minha princesa está correndo perigo.
— És muito valiosa para essa nação. Idolatrada até, porém, tem a decisão em suas mãos. Designada a tomar a forma mais sábia. Se achar que deve ir, então vá. Estamos te apoiando em tudo.
— Eu irei, e deixarei um dos nossos filhos no comando, junto com sua tropa de extensão militar. Nada vai acontecer, o castelo virou uma forte fortaleza.
— Está bem, se sente confiante, nos também ficaremos. Contudo, posso te fazer um pedido?
— Sim, meu esposo.
— Use isso.
Pegou do seu bolso uma máscara de pano para os olhos, combinando com a produção de heroína.
— Sabe como me fazer feliz.
Colocou em mim, sorrindo todo meigo.
— Disponha, estou aqui para lhe servir.
Uma transmissão vindo de Marte chamou nosso interesse, fomos ao centro da imagem de uma das dançarinas saturnianas, que infelizmente viraram escravas sexuais destes seres brutos. Ela parecia tensa, com pressa, e havia um misto de medo e ansiedade em seu olhar.
— Meus reis, rainha e príncipe"
Complementou Senil em especial.
— Graças a amostra de sangue que me enviaste, consegui uma entrada facilitada a esse planeta meio hostil, a maioria deles são bárbaros, e somente pensam em atos íntimos depois de uma batalha no espaço. Vivem disso, e de pequenos saques em outros mundos. Um deles de preferência, em Júpiter. Onde a população m*l se ergueu depois da morte da feiticeira. Venham agora, com esse DNA a presença de vocês não serão detectadas. E nos queremos voltar, aqui não dá mais, estamos correndo risco de morte.
A transmissão falhou, e ouvimos gritos. Não sabíamos se era da mulher ou de outras.
— Elas estão sendo massacradas! — Sean berrou indignado.
— Acabaremos com a liberdade deles! Prisioneiros se tornarão! — Entoou Secan, juntando eles numa conjunção de início de guerra.
— Iremos salvar nossa preciosa! — Verbalizou Senil em êxtase.
Terminado a preparação, fomos todos, marchando para a vitória. Não podíamos falhar, isso não era uma opção.