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Vendida para o Ceo

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!!! NAO REVISADO !!!

Sophia foi criada em um convento e desde muito nova, se considerava uma pessoa muito devota a Deus e a tudo que lhe rodeava.

Aos dezoito anos e com a decisão de se tornar uma freira tomada, Sophia vê seu mundo desmoronar aos seus pés quando o seu pai reaparece na sua vida e lhe entrega em casamento a um empresário famoso de Nova York.

O que ela não esperava, era que Peter Ross seria o seu martírio e a levaria para os caminhos do inferno.

Essa capa foi feita utilizando recursos do freepik.com

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!Convento ¡
[ Ω Aviso Ω Esse não é o meu melhor livro, escrevi durante o meu resguardo e é um pouco confuso e ainda não houve revisão. Convido você a não me basear por essa obra e conhecer as outras que escrevi mais calmamente. ] •°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°• | Sophia Downson Despertei muito cedo, como de costume. Tinha me acostumado a isso desde muito nova. Me sentei na cama e bocejei, coçando os olhos e tocando os meus pés no chão frio. Estava cansada ainda, não havia conseguido dormir na noite passada. Me levantei, ajeitando a camisola branca sobre o meu corpo. Arrastei o chinelo pelo chão até o pequeno banheiro do meu quarto e fechei a porta. O meu quarto era afastado das demais alunas, aparentemente, uma decisão que meu pai havia tomado a alguns anos, sabe-se lá Deus o motivo. Depois de tomar um banho rápido, coloquei o a blusa branca de mangas e o vestido cinza por cima. Posicionei a pequena cruz no meu peito e ajeitei os meus cabelos negros que caiam até as minhas costas. Eu não era uma mulher vaidosa, afinal, era um dos piores pecados — de acordo com a madre superiora, por isso, voltei para o meu quarto rapidamente, me ajoelhei sobre a minha cama e enrolei o terço sobre o dedos, começando uma reza fervorosa. Pedi perdão por todos os meus pecados, medrosa como sempre de ser castigada a qualquer momento. Assim que terminei, me levantei e ajeitei a saia um pouco amassada, saindo do quarto em seguida. Segui a passos calmos, com a bíblia embaixo do meu braço até a primeira missa do dia. Os corredores estavam movimentados, as freiras andavam todas para a mesma direção, cumprimentei algumas com um pequeno sorriso, tentando não perder muito tempo. Odiava me atrasar. — Bom dia. — Megan parou ao meu lado, sorrindo fraco. Ela havia chegado a um ano. Pouco se sabe da sua vida antes de chegar aqui, mas ela nunca fora uma pessoa fácil. Acabamos nos tornando amigas e companheiras. Megan, vez ou outra, tentava me contar sobre as coisas do mundo e sobre os pecados que cometia antes de vir para o convento. Sabíamos apenas que havia sido obrigada pelo pai, um homem rico e que, por algum motivo, estava aqui desde então. — Oi, Meggy. — Falei calma. — É sexta-feira, sabe o que significa? — Ela perguntou, com os olhos brilhantes. — Reza dobrada. — Falei rápido, sentindo vontade de rir. Megan era um pouco invasiva, as vezes. — Hoje é visita da família. — Ela disse. Eu nunca havia visto a sua família pelos corredores do convento. Sequer na área de visitas — não que eu a frequentasse, mas ela sumia por uma ou duas horas todas as sextas. Certa vez, voltou com um bocado de macarrons que descobriu que eram os meus favoritos desde a minha idade jovem. Pensei que levaria uma bronca quando a madre superiora nos encontrou comendo alguns, mas ela apenas nos encarou feio, saindo do meu quarto tão rápido quanto entrou. Ela e Megan não se davam tão bem, na verdade, Megan não se dava bem com ninguém. Eu era única amiga, e ela parecia valorizar muito isso. — Eu não recebo visitas a anos, Megan. — Dei os ombros. — Já estou acostumada. — Ei, não fique triste com isso, tá legal? — Ela parou no meio do corredor, fazendo uma freira resmungar e nos contornar. — Seu pai é um babaca. Soltei um som espantado e a encarei com os olhos esbugalhados. — Não fale assim. — A Repreendi. — Deus está vendo tudo. — É, eu sei. — Ela revirou os olhos. — Agora, vamos logo, eu estou morta de fome. — Você não tem jeito mesmo, Megan. — Eu continuei meu sermão. — Se a madre superiora pega você com essa linguagem imprópria, ela castiga você. — Eu duvido muito. — Ela riu de lado. Respirei fundo, sabendo que essa conversa não nos levaria a lugar nenhum. Durante a missa, as palavras de Megan ainda não haviam deixado a minha cabeça. Meu pai, realmente, era um “babaca” como ela chamava. A última vez que o vi, foi no natal, quando eu fui obrigada a ir para a sua casa. A madre dispensou todas nós e nos mandou para nossas casas. Foi um mês inteiro trancada dentro de um quarto — luxuoso, por sinal — e sentindo culpa por estar melhor que muitas das minhas companheiras de convento. Eu tentava, de alguma forma, transformar ele em uma pessoa na minha cabeça, mas não me lembro de qualquer minuto que estivéssemos a sós. Depois da missa, nós fomos direto para o refeitório. A refeição havia melhorado de uns tempos para cá, a Madre justificou que foram doações diretas para as freiras feitas por um empresário famoso. Agora, além de leite e café, tinhamos suco e bolo a nossa disposição. Comi com gosto, amava tudo isso, amava comer e mesmo que quisesse, não poderia dividir com outras pessoas. Sonhava com o dia em que eu poderia ajudar os pobres pessoalmente. Virar freira era uma das coisas que eu mais desejava no mundo, era um sonho que eu queria realizar. — Senhorita Downson? — A madre disse, enquanto eu ajudava as mulheres a guardar os pratos e copos recém lavados. — Sim, madre. — Falei, segurando as duas mãos dela. — A sua benção. — Deus lhe abençoe, querida. — Ela disse, enquanto eu beijava ambas. — Você tem visitas hoje. Estranhei, ninguém vinha me visitar. — Tudo bem, obrigada. — Sorri fraco. — Pode ir agora, outra irmã ajuda as demais. — Ela disse calma, com a sua postura implacável. — Ele está no meu escritório. Lembro que ela costumava ser uma pessoa rude comigo, acho que não aceitava que a minha família tivesse tanto dinheiro — e nem que eu o doaria, se pudesse. Depois que Megan chegou, tudo se tornou um pouco mais fácil. Nunca entendi o motivo, ou talvez, pudesse ser apenas coisas da minha cabeça. Para mim, Megan era um alívio no fim do dia, era alguém para quem eu podia desabafar. Ao entrar na pequena sala, bati os olhos no homem alto, com cabelos negros, marcas de expressão no rosto — resultado da velhice, e um terno perfeitamente alinhado. — Papai. — Exclamei, sem entender. Fazia tanto tempo que eu não o via. Ele costumava ser um homem mais jovem e mais carrancudo. — Olá, querida. — Ele disse calmo, se reclinando na cadeira enorme que a Madre costumava se sentar. — Como está? — Bem, papai, e você? — Perguntei, me sentando. — Com licença. — Estou ótimo. — Ele riu baixo. — Hoje é um grande dia, querida, sabe o motivo? — N-não. — Gaguejei, nervosa. — Hoje é o dia em que eu, finalmente, vim busca-la. — Ele sorriu animado. O olhei assustada. Me buscar para que? Eu não quero sair daqui. Gosto do convento, das irmãs, gosto de tudo que tem haver com este lugar. É simplesmente incrível. — Para onde? — Franzi a testa. — Você irá voltar para casa comigo, tenho planos ótimos para você. — Ele se levantou e tocou meus cabelos. — Senti saudades, minha filha. E então, um beijo casto foi depositado no topo da minha cabeça. Eu podia sentir o meu chão se abrir e a sensação de que meu mundo estava desabando. Meu pai havia acabado de matar o meu primeiro sonho! •°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°• | Peter Ross 13 meses antes.. As luzes. A noite. As mulheres. Eu amava aproveitar tudo de bom que o dinheiro e a vida de solteiro podiam me oferecer. Eu não queria me livrar disso tão cedo, afinal, me preenchia. — Senhor Ross? — A minha secretária disse, entrando na sala. — O senhor Downson chegou. — Pode mandar ele entrar. — Avisei, tomando um gole do meu café. Eram assim os meus dias. De manhã, eu era um empresário famoso, um prodígio do mundo dos negócios e a noite, eu era um solteiro cobiçado e badalador. Meu estilo de vida nunca havia sido um problema, até que eu comecei a estar nos holofotes. É incrível como qualquer mísero deslize da nossa parte, nos faz decair e perder um posto importante. Estou lutando para que isso não aconteça comigo e com a empresa que meu pai lutou por anos para construir. Isso é o legado da minha família. Meus tataravós construíram a nossa primeira fábrica de café com tudo que tinham, e felizmente, demos certo. Agora, somos uma enorme franquia. Os Ross & Co. se transformaram na maior e melhor e com os meus investimentos, crescemos ainda mais. Hoje, abrimos filiais onde preparamos e servimos para todos os melhores cafés. Sempre moídos na hora, com os grãos mais bonitos do mercado. Downson não demorou muito para aparecer. Era um homem de porte grande, que tinha algumas boas ações na empresa, ganancioso e que sonhava muito, muito alto. — Peter. — Ele disse, como se tivéssemos qualquer oportunidade. Downson não se importava com muitas coisas. — Downson! — Falei, me levantando para apertar a sua mão. Downson havia pedido essa reunião a alguns dias, após empurra-la com a barriga, fui obrigado a aceitar. Eu precisava de aliados, mesmo que ele fosse o cara mais repugnante que eu já conheci. Eu não confiava em nada nesse homem. Ele exalava ego, ruindade e superioridade, ele seria o primeiro a tomar tudo de mim se pudesse. — Bom, pode ir logo ao assunto, creio que se lembre que temos uma reunião em algumas horas. — Falei, me sentando e apontando para a cadeira a minha frente. — Lembro, lembro sim. — Ele riu. — E eu posso te ajudar. — Como? — Franzi a testa. — A reunião do conselho e para um último aviso. Você sabe que eu tenho contato com todos os sócios e que, por algum motivo, acabam contando tudo uns aos outros. — Ele fez uma pausa. — Seu estilo de vida não está agradando, pequeno Ross, e eles querem que você saia da presidência e é claro, o conselho junto tem o equivalente a cinquenta e dois porcento de tudo. — Ele deu os ombros. — Seu pai deu esse poder a eles, afinal. — O que você quer dizer com isso? — Ele franziu a testa. — Ross, você é tão inteligente, pense um pouco.. — Ele riu, debochado. — Eles querem a sua cabeça, ou... Sua pausa dramática me estressou um pouco. Levantei as sobrancelhas sugestivo e fechei as mãos em um punho. — Ou um casamento, Ross. — Ele sorriu de lado. O desgraçado não está me dando essas informações atoa. — Eu não vou me casar com Soraya. — Avisei. — Sua enteada não tem porte e nem caráter para estar em um meio como o meu, ela... — Eu fiz uma pausa, procurando palavras. — É idêntica a você. — Ah, não não. — Ele levantou as mãos. — Soraya deixou de ser uma garantia para mim quando passou a agir como uma prostituta. — Então, o que quer comigo? — Eu disse, nervoso. — Eu tenho uma filha.. — Ele jogou a bomba. Franzi a testa. Não me lembro de ter conhecido nenhuma filha de Downson. O homem fora casado, mas perdeu a esposa a dezoito anos e se casou um ano depois, com uma mulher que tinha uma menina de cinco anos. Eu tinha onze anos quando a conheci. Ela era adorável e foi criada para ser uma dama da sociedade e ela tinha tudo para ser — se aos dezoito não perdesse o freio. — Uma filha? — Franzi a testa. — Ah, Downson, não minta para mim. — Não, não estou mentindo. — Ele sorriu e puxou uma foto do bolso. A moça da foto era linda. Usava uma blusa de mangas cumpridas, junto com um vestido cinza e uma cruz grudada ao peito. Mesmo com as roupas bregas e de péssimo gosto, ela se mostrava bonito. — Quem é essa? — Franzi a testa. — Onde a escondeu durante todos esses anos? — Depois que a minha esposa morreu, a levei para um convento e bem.. — ele fez uma pausa, puxando as fotos da minha mão. — Ela está lá até hoje. — O que garante que você está sendo sincero? — Ela levantou as sobrancelhas. — Sophia nunca saiu de lá e eu nunca fiz questão, não nos vemos a cinco anos e ela está prestes a se tornar freira.. — Ele explicou. — Ela não conheceu o mundo, mas é minha. — Deixe-me ver a garota. — Mandei. Ele me esticou a foto de novo. Seu sorriso era tímido, suas bochechas estavam levemente vermelhas e seus cabelos negros estavam separados ao meio e desciam por suas costas como cascatas. Seus olhos eram verdes, assim como os do pai, mas eram doces e inocentes. Ela era como a p***a de um anjo inocente. — E porque ela se casaria comigo? — levantei uma sobrancelha. — Ela faz tudo que lhe é ordenado. — Ele avisou. — Se eu mandasse que pulasse da ponte pelos pobres, ela pularia. — Isso é tão m*****o. — O encarei. — Usar a bondade da menina. — Vocês podem ser noivos. — Ele disse. — Você anuncia ao conselho e eu digo que ela optou por esperar até o dia do casamento dentro de um convento. Dê qualquer desculpa, até que ela está esperando para se entregar a você, pois saberia que aqui fora não conseguiria. Ele conseguia ser muito convincente. A menina era realmente linda. — Tudo bem. — Limpei a garganta. — Podemos fazer isso, mas.. eu conheço você, Downson, nada é de graça. — Estou com problemas financeiros, quero que pague as minhas dividas. — Ele disse rápido. — Dez milhões. Eu dei uma risada. Dez milhões eram uma quantidade mínima perto da minha fortuna. — Tudo bem, o meu advogado fará contato com você. — Falei, segurando a sua mão. — Assinaremos um contrato, eu não quero que você me peça mais dinheiro do que isso. — Tudo bem, meu genro. — Ele deu um sorriso largo. — Não me chame assim. — Falei, fechando a cara. — Daqui um ano, eu a tirarei do convento. — Ele disse, calmo. — Tem apenas dezessete anos, uma jovem bonita, inocente e... — É nojento ouvir isso saindo da sua boca, Downson, ainda mais sobre a sua própria filha. — Falei, o cortando. — Tudo bem. — Ele levantou as mãos em rendição. — Até mais, genro. Ele saiu da sala rapidamente, me deixando sozinho na sala com a foto da garota sobre a minha mesa. Ela era linda e inocente como um anjo. Sua beleza era admirável. Sua boca beijavel, tudo nela era extremamente encantador. — Você irá cair no inferno, pequeno anjo. — Murmurei. π Atualmente... π Noivo. Eu estou oficialmente noivo. Em dois dias será o meu casamento — com uma noiva que eu nunca conheci. Me levantei cedo, conferindo a minha agenda pelo celular. Tomei banho, coloquei meu terno e sai do quarto, indo tomar um rápido café na cozinha. A minha governanta estava montando uma reunião simples, para os mais íntimos. Algo que só sairia nas redes quando eu colocasse a primeira foto no meu i********:. Eu era uma figura pública, afinal. Meus casos rotineiros eram escondidos por mulheres e colocados embaixo do tapete. Eu nunca deixei de f***r mulheres por aí, elas continuavam chovendo para mim, só que agora, eu era mais sigiloso que antes. — Ei! — Amália perguntou, aparecendo na minha frente. — Branco ou creme. — creme? — Disse, sem tirar os olhos do tecido. — Vou pôr branco. — Ela disse. — Você não presta atenção em nada. Dei uma risada, a encarando. Ela estava brava, realmente, brava. Amália era uma mulher de cinquenta e poucos anos, com um e sessenta e cinco de altura, um cabelo grisalho, e um rosto com poucas marcas de expressão. Foi o mais próximo de uma mãe que eu tive. Queria não ter perdido a minha. Ignorando os pensamentos tristes, me levantei e beijei a testa de Amália, vendo-a desamarrar a cara. — Volto mais tarde. — Avisei. — Vai visitar a Megan? — Ela perguntou. — Vou, é claro. — Eu disse. — Hoje vou buscá-la, pode ficar despreocupada. — Coitada da minha menina. — Ele colocou as mãos na bochecha. — Você foi um péssimo irmão a mandando para um convento. — ei! — Eu disse, brincalhão. — queria que ela se ajeitasse. — Você queria uma espiã confiável para a sua noiva, isso sim. — Ela disse, revirando os olhos. Amália não concordava com o contrato, mas prometeu cuidar de Sophia, ela sabia que eu não cuidaria. Sua inocência me fascinaria, eu não sossegaria até quebra-la totalmente. Eu iria corromper sua inocência, acabar com a sua pureza, transforma-la em uma versão irreconhecível e era por isso que eu a queria longe. — Útil ao agradável. — Falei, sorrindo. — Prepare massa hoje, sabe que Meggy ama. — Pode deixar, estou com saudades da pestinha. — ela disse. — até mais tarde. Ela virou, voltando para a cozinha. — até mais. — Gritei, saindo do apartamento luxuoso. Entrei dentro do suv preto parado na entrada da minha casa, cumprimentei o motorista, deixando que ele me guiasse ao meu caminho — conhecido a quase um ano. O convento ficava longe do meu apartamento, em uma parte mais afastada da cidade. Peguei o meu celular, digitando algumas ordens para a minha secretária. Demorou alguns longos minutos para que chegassemos a entrada do convento. Os portões se abriram com o seu habitual ranger alto e incômodo. O jardim era cuidado por algumas freiras, que lançaram olhares rápidos para o carro, antes de comentarem algo entre si. Nem a fé as transformava em menos fofoqueiras. — Me espere aqui. — Mandei, saindo do carro. O carro de Downson estava parado na entrada do convento, me fazendo suspirar fortemente. Ela sairia daqui hoje. Entrei a passos rápidos pela entrada traseira do convento, indo direto para a área privada. Assim que abri a porta, encontrei Megan sentada sobre a mesa, balançando as pernas rapidamente e parecendo entediada. — Maninho. — Ela exclamou, assim que me viu. — Meggy. — Falei, acariciando os seus cabelos. — Senti saudades. — Ela disse, se afastando e se sentando na cadeira. — Vamos, me conte tudo. — Você sabe que irá embora hoje, não sabe? — Eu perguntei. — E que Amália vai amar te contar tudo. — Eu sei, mas amei transformar você em um fofoqueiro. — Ela disse, rindo. — Bom, me conte o que a minha noiva fez essa semana. — Mandei, me sentando. Mandei Megan para o convento com o intuito de ter alguém que ficasse de olho na minha noiva e funcionou, ela e Megan se tornaram amigas inseparáveis. — Eu não deveria contar, afinal... — Ela começou todo o seu discurso. A questão é que Megan se apegou demais a Sophia e isso me preocupava. Acho que eu nunca mais teria a minha irmã antiga de volta, a Meggy doida que fazia as coisas sem pensar. Além de continuar espontânea, ela criou responsabilidade depois que começou a se aproximar da minha noiva e acreditava que Sophia era a sua “régua da sensatez”. Ela sempre se pergunta se Sophia faria isso ou não. E, bom.. Sophia não faria nada! — Bom, essa semana nós rezamos várias e várias vezes. — Ela revirou os olhos. — Mas, no geral, Sophia foi a mesma de sempre.. — Ela deu os ombros. — Conversamos sobre como ela imaginava o mundo aqui fora, me choca que ela tenha tanta imaginação para sonhar com algo pacífico. — Ela riu. — Queria que fosse assim, sinceramente, evitaria muito desgosto. — Ela não fez nada que parecesse suspeito? — Perguntei. — Claro que não, Peter.. — Ela fez uma careta. — Sophia é a imagem e semelhança da bondade. — Ela acertou um peteleco na minha mão. — Inclusive, a madre superiora conversou sobre sexo essa semana, você pediu algo assim? — Sim, não quero uma leiga. — Falei, m*l humorado. Queria que Sophia errasse em algo, mas não.. ela era perfeita. Me sentiria culpado depois de corrompe-la. — Bom, ela acredita mesmo que só em caso de casamento o sexo pode acontecer. — Ela deu os ombros. — E que, uma mulher deve ser submissa ao seu marido, estou doida para sairmos daqui e para que eu possa colocar tudo de certo na cabeça dela. — Não venha querer mudar a cabeça da minha noiva, Megan. — Resmunguei. — Eu jamais faria isso, Irmão. — Disse, sonsa como costumava ser. — Aliás, acho melhor eu ir me trocar, quero sair desse lugar e almoçar a comida da Amália. — Vá, estou te esperando no carro. — Falei, emburrado. Ela se levantou animada, beijou meu rosto e correu para fora da sala, me deixando sozinho. Não me dei tempo para pensar, sai dali e fui direto para o carro, embarcando no banco de trás. Tudo foi escondido. Downson não procurava a filha e por isso, não soube da minha irmã. Se ela fosse uma mentirosa, provavelmente, teria se entregado a Meggy. Desviei os olhos do celular ligado na minha mão, olhando para a entrada da frente. Megan e Sophia se abraçaram na frente do carro, foi um abraço longo. Sophia parecia chorosa e triste, enquanto Meggy estava saltitante. Elas falaram algumas coisas, e Downson se despediu. Minha irmã correu até a mim, com a mochila pulando nas costas e um enorme sorriso. Sophia era ainda mais bonita de perto. Um anjo, um anjo que caiu no inferno e não sairia ileso de lá.

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