CAPÍTULO 1

2196 Words
Quezia . * — Alô, Alô... Terra para Quezia!— A voz da minha amiga Christina desliza para o meu devaneio, me assustando de volta à realidade. . — Oi ? — Eu giro minha cabeça para encará-la, piscando, enquanto ela coloca dois copos de cerveja espumosos na minha frente no balcão do bar onde nós duas trabalhamos. . — Consegue levar para a mesa nove?— Ela me dá um olhar estranho e já sei que vou ouvir um sermão. . — Claro.— eu aceno, pegando os copos. Eu pego um em cada mão e comece a girar para sair de trás do bar. Antes que eu possa tomar um passo, porém, Christina estende a mão para agarrar meu braço, me parando. . — Ei, o que há de errado com você hoje? Está com dificuldade para dormir novamente?— ela pergunta, procurando meus olhos com seus olhos castanhos escuros. . . — Não.— Eu balanço minha cabeça rapidamente, meu longo cabelo castanho balançando na frente do meu rosto, minto, soprando uma mecha solta do meu cabelo da frente. Christina me dando aquele olhar severo que diz que ela não acredita em mim, e eu suspiro em derrota. . . — Ok, talvez... sim... Um pouco.— Eu afasto a mão dela e me viro para entregar as cervejas, pulando um pouco quando sinto o tapa da toalha do bar na minha bun.da. . . — Vá rápido, assim você volta logo pra me contar sobre isso.— Christina balança a toalha para mim, sorrindo. . Eu rolo meus olhos, fazendo meu caminho para fora de trás do bar. Eu realmente não quero falar sobre isso, mas se eu conheço Christina, ela não vai deixar isso morrer até que eu fale. Nos conhecemos quando comecei a trabalhar no bar/cervejaria no início do verão e nos aproximamos muito nos últimos meses. Ela é uma das minhas únicas amigas hoje em dia após a formatura do ensino médio, todos pareciam ter um plano para o que fazer a seguir. Então obviamente alguns seguiram seus rumos. . Por ser filha do alfa muitas pessoas da e julgam como princesinha mimada, sem nem me conhecer direito, eu não ligo muito para isso até porque eu sempre surpreendo a todos positivamente. Nunca dependi do meu pai ou de qualquer outra pessoa para ter dinheiro, amo trabalhar mesmo que as vezes tenha que esbarrar com algum bêbado s*******o. . Um monte de meus amigos sairam para o acampamento de treinamento de verão para o batalhão de segurança, enquanto outros foram para faculdade ou se estabeleceram em novos empregos que estavam esperando por eles depois da escola. Mas eu? Eu não tinha um plano claro para a próxima etapa. Não é como se houvesse muitas opções em nosso cantinho do mundo. . Os transmorfos lobos geralmente vivem com sua própria espécie, no que chamamos de matilha. . A maioria de nós não se aventura longe de nossos territórios porque há segurança em grande número, todos nós cuidamos uns dos outros. Aqui, não temos que esconder quem nós somos, ser um transmorto é tão normal quanto viver e respirar e com a formação da aliança da super matilha há vários anos, nosso território tem expandido consideravelmente. . As matilhas trabalham juntas para administrar os negócios ao redor do território para gerar receita para as matilhas. As maiores atrações são o pista de esquiar, as escaladas na montanhas e a cervejaria. . Enquanto a pista de esqui e alojamento são fechadas durante os meses de verão, a cervejaria funciona o ano todo, então consegui um emprego de verão como garçonete. Pelo menos eu dizia a mim mesma que era um trabalho de verão. Agora com o verão chegando ao fim, não tenho ideia de qual será meu próximo passo. . Antes de me formar, tive alguns pensamentos fugazes sobre tentar a coisa da faculdade, mas deixar minha matilha por meses a fio e integrar com a população humana? Não, obrigado. Além disso, mesmo se eu quisesse, duvido que meu pai teria permitido,ele é o alfa e está sempre foi superprotetor quando o assunto se resume a sua única filha. Eu. . Também considerei ir para o batalhão de segurança para me tornar uma lutadora para o território da super matilha, mas meu namorado me convenceu a desistir. Se eu fizesse isso, eu teria que viver no complexo do batalhão e por algum motivo ele estava se opondo com força dizendo que não está disposto a viver um relacionamento a distancia, mesmo a nossa matilha sendo vinte minutos de distância, de carro. Na época eu pensei que era fofo que ele não pudesse suportar a ideia de ficar longe de mim. Agora, posso ver como foi apenas outra maneira dele ter tentado me controlar. . Jason Bigfield. Começamos a namorar no final do nosso primeiro ano do ensino médio e ele era tudo que eu pensava que queria: bonito, doce, encantador. Eu pensei que a lua nos confirmaria como companheiros. Continuamos namorando por meio de nosso último ano e quando veio a formatura, ele me implorou para ficar na matilha da lua cheia com ele. Mesmo depois que nós dois completamos dezoito anos e a lua confirmou que não éramos companheiros predestinados, ele disse que ainda me escolheria como sua companheira se eu ficasse e como uma boa i****a, eu acreditei nele. Desenhei todos os meus planos para o futuro ao seu redor. . Até que o peguei na cama com outra garota. Ainda não consigo tirar a imagem da minha cabeça. Jason, todo suado e grunhindo, em cima de Camilla, uma garota que eu costumava considerar minha amiga. Eu desci, trabalhei cedo e fui fazer uma surpresa e cara ele ficou realmente surpreso. Ele correu atrás de mim, tentou implorar meu perdão, mas eu não conseguia nem olhar para a cara dele. Eu nunca soluçei mais forte e eu senti como se meu coração estivesse sendo arrancado do meu peito. Eu confrontei Camilla alguns dias depois e soube que estava acontecendo todo o verão, bem debaixo do meu nariz e foi quando eu soube que realmente tinha acabado entre Jason e eu. Isso foi há duas semanas. . Eu tenho andado por aí como uma zumbi sempre desde, m*l comendo, raramente dormindo. Corri todo o jogo de emoções, no primeiro, eu estava com o coração partido, depois estava com raiva e agora estou apenas... entorpecida. . Meu desejo era simplesmente esquecer Jason e seguir em frente, mas toda vez que eu começo, algo me lembra dele e de repente estou bem ali, de pé no porta de seu quarto, com ele no meio das pernas de Camilla e meu mundo quebrando ao meu redor. . * — Aqui está meninos. Posso servi-los em algo mais? — eu respiro, colocando os copos de cerveja na frente do dois clientes sentados à mesa seis. . — Sim, poderia ser seu número? — Ambos voltam toda a atenção para mim, e o cara da esquerda dá me deu uma olhada descaradamente óbvia antes de seus lábios se curvarem em um sorriso. . Ótimo... Muito bom mesmo. . Ele é fofo em idade universitária, cabelo escuro despenteado, sorriso encantador. Ele também é completamente... humano. . Eu rio, colocando a mão no meu quadril. . . — Desculpe, eu tenho um...— minha voz desaparece antes que eu possa dizer 'namorado'. Eu acho que não tenho um desses mais . E, mais uma vez, Jason está ocupando imóveis em minha mente. . — Um o quê?— ele pergunta, astutamente estendendo a mão para escovar meu braço com as costas do seus dedos. Eu recuo ao contato dele, evitando para quebrá-lo... então eu rapidamente recupero minha postura, respirando fundo e olhando para o bar enquanto minha mente corridas por uma desculpa. . . — Uma namorada. — digo, dando uma piscadela para Christina. . Mesmo que ela provavelmente não possa me ouvir com o barulho da cervejaria, ela inclina a cabeça para mim e sorri enquanto enche um copo de cerveja na torneira. . . — Uau, isso é excitante.— diz um amigo do universitário, olhando para mim com os olhos arregalados. . — Aproveitem A cerveja rapazes. — Eu rio baixinho, revirando os olhos enquanto me afasto. . A audição de transmorfo pode ser uma maldição os dois discutem sobre a minha b***a olhando para o meu short todo o caminho de volta para o bar. Pervertidos. . . — Então, você vai me dizer o que está acontecendo com você?— Christina pergunta enquanto eu circulo o canto para andar atrás do bar. Ela apoia um cotovelo no topo da bar casualmente, colocando seu cabelo loiro na altura dos ombros atrás da orelha com o outra mão. . . — Voce já sabe, não me fazia dizer. — Eu suspiro, me aproximando dela e cruzando os braços sobre o peito. . Christina solta um suspiro. . . — Aquele i****a não merecia você, Quezia. O mais rápido que você seguir em frente, mais feliz você será.— Ela estende a mão para acariciar meu braço de forma transquilizadora. . — É mais fácil falar do que fazer. — eu resmungo enquanto meus olhos voam para o chão. . — Isso é. — Christina se encaixa. Eu olho para ela interrogativamente e ela tem um brilho determinado em seus olhos. . . — Você está se lamentando por tempo suficiente. Nós vamos sair hoje à noite, e você vai encontrar alguém que vai fazer você esquecer tudo sobre aquele canalha trapaceiro.— Eu balancei minha cabeça. . . — Eu não acho...— Ela toca meus lábios com o dedo indicador. . — Não aceito não como resposta. A melhor maneira de superar alguém é com outro alguém.— ela interrompe, erguendo as mãos na frente dela. . . — O que? Você acabou de fazer isso? Eu não preciso tentar superar ninguém.— Eu engasgo com uma risada. . . — Ah, você absolutamente precisa, só uma aventura.— diz Christina com naturalidade. . — Você irá para minha casa depois que nosso turno terminar. Vamos nos vestir bem e vá partir alguns corações.— Ela se endireita remexendo os quadris. . — Em uma quarta feira? — Eu torço meu nariz. . . — Especialmente na quarta-feira. Dia de bebida em dobro.— Ela balança as sobrancelhas. . . Soltei outra risada, golpeando seu braço. Eu poderia continuar a protestar, mas eu sei que ela não vai aceitar um não como resposta. . Para ser sincera, estou um pouco intrigada. Christina é de matilha da lua de prata e eu nunca fui ao bar lá. Antes de ir trabalhar na cervejaria, eu nunca me aventurei fora do território de matilha da lua cheia, já fui a praia com minha mãe e meu irmão, na montanha, Cachoeira... mas nunca houve necessidade de sair daqui. Eu deveria aproveitar o fato de que há outras matilhas na área, outras cidades eu posso ir para onde não vá pensar em Jason. . . — Tudo bem.— eu suspiro. . . — Siiiiiim. Tenho certeza que vai ser divertido, sairmos um pouco sem ser para o lugar que trabalhamos. — Os lábios de Christina se espalharam em um sorriso quando ela soltou um pequeno grito, envolvendo- a punhos na frente dela e pulando para cima e para baixo. . Eu não posso deixar de rir da reação dela, ela parece uma criança. Até embora Christina tenha dois anos a mais que eu, ela parece super jovem. Eu não tenho certeza se é sua baixa estatura ou seu rosto redondo de boneca ou o pequeno pontilhado de sardas de seu nariz e bochechas, mas a garota poderia facilmente passar por uma aluna do segundo ano. . — Ok, vou enviar uma mensagem para Tedd e ver se ele está animado.— acrescenta ela, alcançando em seu bolso de trás para seu telefone. . A menção de seu namorado por Christina diminui meu entusiasmo um pouco. Eu estava pensando que esta seria uma noite das meninas, apenas nós duas. A adição de Tedd muda a dinâmica. . E como se ela pudesse sentir minha hesitação. . — Tudo bem?— ela pergunta, piscando aqueles grandes olhos castanhos dela. . — Sim, claro.— eu respiro, fingindo um sorriso. . Mal posso esperar para passar a noite entre você e seu namorado. . Os pequenos dedos de Christina se movem pela tela do telefone rapidamente enquanto ela toca enviar uma mensagem para Tedd, clicando em enviar antes que ela olhasse para mim. . — Perfeito. Saímos às nove, disse a ele para nos encontrar lá às dez, para nós dar tempo suficiente para ficarmos prontas.— Eu aceno, forçando outro sorriso. . — Parece bom.— Christina olha além de mim, um sorriso malicioso surgindo em seu rosto. . . — Parece que você tem alguns admiradores na mesa seis.— Eu rio, revirando os olhos. . — Sim, estou sabendo sobre isso...— Minha voz fica falha, lidar com os humanos as vezes é cansativo, o pior é que esse bar a maioria da clientela são humanos.
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