Episódio 06

1228 Words
THAUANE NARRANDO  Eu fiquei um pouco desconfortável com aquele homem ali, eu não queria nem que esses que são grandes aqui na comunidade, me visse, eu sempre fui uma menina de ser bem caseira, até porque nunca quis me igualar a nenhuma outra menina, porque sempre ficaria m*l falada, então eu graças a Deus fui sempre de ir para escola e voltar para casa, nunca tive amizades, que minha mãe sempre disse que eram erradas. Eu sempre fui a esquisita da escola, as pessoas achavam até que eu tinha sido criada em um convento, mas nem foi isso, é que a mentalidade de pessoas de cidade pequena é poluída, é algo que você dizer que uma pessoa beijou uma pessoa, na boca delas é que ela é p**a, que ela não presta, que a filha delas não poderiam chegar perto, mas sabe o que é engraçado, eu sempre dei risada, é que elas olham tanto a vida alheia que esquecem que tem filhas, quantas vezes eu cansei de ver as filhas delas chegando de madrugada, chegando carregada por um homem, mais nunca foram falar dela a outras, sempre mantiveram toda essa vergonha dentro de um baú. Sou tirada dos meus pensamentos com a Janaína me catucando. Janaína: Onde é que você está? - ela pergunta dando risada. Thauane: Estava aqui pensando em tudo que eu já vi lá onde eu morava. - digo tímida. JV: Tu é da morava a onde mina? - ele pergunta. Janaína: Amor, ela morava em Pernambuco. - ela diz beijando o pescoço dele. JV: Tô ligado, mas ai vou indo nessa minha gostosa. - diz, e eles se beijam eu viro de costas, eu não queria estar perto, eu estava tão constrangida, que eu fiquei de costas até ele ir embora. Janaína: Ele é tão gato, meu gostoso. - ela fala suspirando, ela estava a todo sorrido. Thauane: Vamos embora, se não mainha pode brigar comigo. - digo e pegamos as bolsas de compra e fomos andando pelo morro, a gente ia andando e vinha uma moça com uma roupa bem curta, ela vinha rebolando, e o shortinho que ela usava, estava quase entrando na suas partes. XXX: Olha quem vai lá, a chifruda. - ela fala e minha prima olha para trás. Janaína: Está falando comigo Júlia? - ela pergunta e a mesma rir. Júlia: Estou falando com você mesma, está vendo mais alguém por perto, além dessa sonsa ai? - ela diz e eu apenas ouço ela falar, não gosto dessas coisas. Janaína: Eu espero que você erre o meu caminho, porque diferente de você eu não me rastejo atrás do chefe, eu não vivo lambendo o chão que ele pisa, até porque quem faz isso é porque é uma p**a m*l comida, que dar para qualquer um. - ela diz e da risada. Júlia: Sua irmã também vive se rastejando pelo Malvadão, inclusive ontem ela deu para ele, que eu vi quando ela saiu da boca. - ela diz rindo. - Aquela é uma verdadeira marmita. - ela diz sorrindo. Janaína: Dizer na cara dela tu não diz, mas nas costas tu ama falar né Maria fuzil? - ela gargalha. - Olha já gastei saliva demais contigo, vou me retirar que tenho mais o que fazer. - ela diz e eu estava horrorizada com tudo aquilo, duas mulheres discutindo por causa de homem, senhor onde foi que eu me meti? Thauane: Prima vamos embora. - digo baixinho. Júlia: Vai pela sobra, cuidado com as galhas. - ela diz e minha prima ia avançar nela, mais eu segurei seu braço. Thauane: não vale a pena, vamos embora. - digo baixinho e ela respira fundo. Janaína: Pelo menos minha b****a não passa uma caminhão como a sua. - ela fala rindo e saímos dali. - Bem vinda a favela da Rocinha, aqui você vai precisar aprender a se defender, a brigar e tudo que você imaginar. - ela diz e sinto meu corpo estremecer, não sei porque mas eu estava sentindo que a qualquer momento minha vida iria girar em 360 graus. Thauane: Não sei, prefiro me manter dentro de casa, e longe de tudo isso. - digo um pouco nervosa, então caminhamos até chegamos em casa, quando chegamos minha mãe e a tia Marli vinham chegando também. - Mainha. - digo e vou a seu encontro, ela me abraça e beija minha testa. Mãe: Oi minha pequena. - ela diz sorrindo. Tia Marli: Não ganho nada? - ela fala e eu solto minha mãe e lhe abraço. Thauane: Bênção tia. - digo enquanto lhe abraço, ela se afasta e da um beijo na minha bochecha. Tia Marli: Que Deus te abençoe princesa. - ela fala sorrindo. Mãe: Vamos entrar. - ela diz e todas nós entramos. Janaína: Mãe cadê a Fabíola? - pergunta assim que vamos entrando. Tia Marli: Ela saiu de casa dizendo que ia ver o amor dela, eu sair em seguida, não sei onde ela estar exatamente. - ela fala e eu apenas fico ouvindo. Então assim que entramos, minha mãe foi para a cozinha com a gente e fizemos uma lasanha, todas ajudamos para sair mais rápido, quando a lasanha ficou pronta, a gente almoçou tarde, até porque já passava das 16:00 horas. Então quando comemos, fiquei ali mais um tempo e minha tia e minha prima foram embora, mas a Janaína disse que voltaria, para a noite irmos até a praça tomar um açaí, e como eu nunca tinha tomado açaí, mas tinha curiosidade em saber que sabor tinha. Então eu subi para meu quarto e fui direto para o banheiro, eu precisava de um banho e renovar minhas energia, e isso eu fiz, eu tomei um banho e sair do banheiro, estava enrolada na toalha, fui até meu guarda roupa, procurei uma roupa para vestir, mais primeiro eu enxuguei meu corpo e em seguida vestir um conjunto de lingerie, depois peguei um body cinza, e vesti, depois que vesti coloquei meu short jeans lavagem clara, fui até o espelho, arrumei meu cabelo e fiz duas maria chiquinhas no cabelo e nesse momento ela chegou, coloquei perfume e sorrir para ela. Janaína: Gatíssima. - ela diz e sorrio. Thauane: Obrigada, você também está. - digo e saímos do meu quarto, a gente foi descendo as estacas e minha mãe estava assistindo o jornal. Mãe: Não demore filha. - diz sorrindo. Thauane: Eu volto logo mainha. - digo e ela sorrir. Então eu e minha prima saímos da minha casa e descemos o morro, até uma praça, e quando chegamos lá estava cheia de pessoas, crianças, idosos, e mulheres conversando, sorrindo e aquilo me fez sorrir, lá onde morei não era assim. Suspirei, e andamos para a sorveteria, pedimos um açaí e quando pegamos, a gente sentou em uma mesa e ficou tomando, até que o JV apareceu com outro cara, ele me olhou tão diferente, eu não entendia o que ele queria, ele avançou para falar comigo, mas o JV mandou ele recuar, e não avançar como um animal. Quando ele o chamou, pude ouvir seu nome, Dan. Ele não avançou e saiu dali bolado, até que a minha prima foi acompanhada com o seu namorado, até minha casa, quando cheguei eu me despeço deles e subo para meu quarto, estava cansada, queria cama, então troquei de roupa, fiz minha higiene e me deitei para dormir.
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