THAUANE NARRANDO
Quando a gente chegou no Rio de Janeiro, eu sabia que ali eu não voltaria mais para o Pernambuco, eu sabia que minha vida ali seria renovada, que eu iria construir algo do zero, que minha nova fase de via se expandia ali, eu estava um pouco nervosa, eu nunca tinha ido a um lugar tão lindo quanto essa cidade, e eu imaginava ela a noite, porque de dia é linda desse jeito, eu imagino a noite o quão linda deve ser, o que me deixa com um sorriso nos lábios. Então eu minha mãe e minha tia, fomos até o ponto de táxi e pegamos um para o tal morro Rocinha, quando íamos dentro do carro eu ia olhando tudo, era tudo tão novo, muitos prédios, tanta coisa linda, então quando a gente chegou em frente a uma barreira, eu olhei para lá e vi alguns homens perto, mas estava um pouco distante, então descemos do carro, pegamos nossas coisas, e fomos caminhando até a barreira que ali tinha, assim que nos aproximamos, um deles se aproximou.
XXX: Paradas ai, onde pensam que vão? - pergunta sério.
Tia Marli: Essa é minha irmã e minha sobrinha, elas são moradoras nova da comunidade. - ela fala.
XXX: Tia Marli, vou desenrolar isso com o chefe, você sabe das regras. - ele diz, e se afasta um pouco.
Mãe: Aqui é assim irmã? - ela pergunta olhando a irmã.
Tia Marli: Sim, mas aqui é bem tranquilo, não tenha medo. - ela diz sorrindo e o cara volta.
XXX: Acesso liberado, quase tomei esporro. - ele diz e minha rir.
Tia Marli: Fique tranquilo. - diz e fomos subindo o morro a pé, era distante a casa da tia, mas como eu costumava fazer caminhadas matinais eu acostumei a andar, mesmo que a gente do nordeste seja um pouco acanhado, mas sabemos bem o que fazer em certos momento. Continuamos subindo, até que chegamos na casa da minha tia, a gente entrou e minha prima Janaína assim que me viu ela correu e me abraçou.
Janaína: Prima como você está linda, está bem mais do que na última ligação de vídeo que a mãe fez. - ela diz sorrindo e me solta, já a irmã dela me olhou atravessado e se aproximou, ela me deu um abraço breve e se afastou.
Fabíola: Bem vinda a Rocinha prima. - ela diz em um tom seco. Como eu sou de cidade pequena a gente acaba aprendendo e pegando as coisas no ar, o que me intrigou, foi que a minha prima Fabíola, estava me olhando estranho, e eu sabia que ela não ficou feliz em me ver, os motivos eu não sei mais enfim.
Mãe: Filha, vamos sua tia vai nos levar na nossa casa. - ela fala sorrindo.
Thauane: Vamos sim mainha. - digo sorrindo.
Janaína: Espera que eu vou também. - ela fala e sai para se arrumar.
Fabíola: Eu até iria, mas eu vou ir ver o Malvadão. - ela diz cheia de sorrisos.
Tia Marli: Você vai é se humilhar a ele. - ela diz e ela revira os olhos.
Janaína: Vamos. - ela vem toda animada e coloca seu braço no meu e vamos saindo da casa dela.
Então a minha casa seria mais pra cima da que minha tia mora, então fui subindo o morro com minha prima, e ela ia me mostrando algumas coisas, e eu fiquei encantada com algumas coisas que eu vi, mas fiquei assustada por ver alguns homens, m*l encarada andando para cima e para baixo armados até os dentes, eles carregava uma arma nas costas, ficavam sem camisas, seus corpos cheios de tatuagens, e armas menores na cintura, então fomos andando, eu estava um pouco nervosa, afinal eu nunca tinha chegado em um lugar com tantas pessoas armadas ao mesmo tempo.
Tia Marli: Minha menina o que está achando? - ela pergunta enquanto caminhamos um pouco mais.
Thauane: Eu tô achando muito bonito aqui, de fato é um lugar diferente titia, mas logo me acostumarei. - digo sorrindo, então chegamos em uma casa de dois andares, minha tia abriu o portão da varanda, e entramos, assim que entramos eu olhei a casa, e era pequena e aconchegante. Tinha uma sala pequena, mais a frente a cozinha, e a escada dava aos banheiros e os quartos.
Mãe: Minha menina essa casa aqui é melhor, que a que morávamos. - ela fala sorridente.
Thauane: Sim mainha, é muito bonita. - digo sorrindo.
Janaína: Será muito bom ter você aqui prima, até que poderíamos ir nós bailes. - ela fala animada e minha mãe me olha.
Mãe: Não minha menina não precisa ir para esses lugares. - ela diz tranquilamente, mas a realidade que me bateu uma curiosidade.
Tia Marli: Deixe a menina ser feliz, ela só não será como as minhas que vive atrás desses caras daqui. - ela fala e a minha prima rir.
Janaína: Mãe, eu não sou nenhuma pervertida que vou levar a Thauane para a perdição, poderia dizer isso da Fabíola, não de mim. - ela diz rindo.
Então ficamos ali por um tempo, elas nos ajudaram a guardar nossas coisas e nós acomodamos, quando já estávamos bem acomodadas, elas foram embora e eu subi para meu quarto, me joguei na cama e fiquei sorridente, era tudo novo e eu estava tão animada. Então me levantei e fui até o banheiro, tirei minha roupa e tomei um banho, assim que acabei o meu banho, eu fiz minha higiene, e sair enrolada na toalha, fui até o guarda roupa e peguei um baby-doll e me vestir, quando já estava pronta, e cheirosa. Posso ser humilde mais eu ando cheirosa, claro que eu tenho que andar assim, minha mãe diz que a gente pode ter a classe que for, mas temos que nós manter limpos. Me deito na cama com um pequeno sorriso nos lábios, e fico ali um tempo com os pensamentos aflorados, até que acabo dormindo. Me acordei no dia seguinte com minha prima jogada em cima de mim.
Thauane: Meu Deus, que susto. - digo assim que penso que foi alguém que entrou em casa.
Janaína: Mulher sou eu, levanta, você ficou assustada com o que viu ontem? - ela diz rindo.
Thauane: Claro, você acha que eu sair do interior pra morrer? - digo e ela gargalha.
Janaína: Vem, vamos no mercado, se arruma, vou te ensinar as coisas aqui. - ela diz sorrindo, então me levanto e vou até o banheiro, tiro minha roupa e lavo meu corpo, depois faço minha higiene e saio do banheiro, vou até o guarda roupa, e minha prima já não está ali, peguei uma calça jeans de lavagem clara, e uma blusa de lã amarela, peguei um conjunto de lingerie e levei até a cama, coloquei em cima e vestir minha lingerie, peguei meu creme de morango, e passei um pouco no meu corpo, então guardei ele na cômoda e voltei para me vestir, comecei a me vestir e depois eu arrumei meu cabelo, peguei uma presilha prendi um pouco o meu cabelo e deixei o resto solto, o que eu acho mais lindo em mim, são meus cabelos, eles são grandão e passa um pouco da cintura. Assim que terminei eu desci até a sala, e ela estava com minha mãe.
Mãe: Bom dia filha. - ela sorrir e me aproximo.
Thauane: Bom dia mainha, bênção. - ela se aproxima, beija minha testa e me abençoa.
Janaína: Vamos logo. - ela me pega pelo braço e a gente vai saindo de casa, dou risada pela forma que ela me puxou e ao mesmo tempo fico um pouco assustada.
Então a gente foi caminhando pelo morro, passamos algumas ruas até chegamos em um supermercado, o que não era distante de casa, assim que entramos, ela pegou uma cesta e a gente foi pegar tudo que estava faltando em casa, então quando acabamos de pegar tudo, fomos ao caixa e lá a gente esperou a moça passar tudo, e no fim pagamos e quando íamos saindo do mercado, eu acabei batendo em uma parede de músculos, quando olhei para cima, era um homem com várias tatuagem em seu corpo, ele me olhou e me deu um sorrisinho descarado, o que me fez ficar vermelha, mas ele passou por mim, assim que a Janaína viu quem ia passando perto, ela sorrio e o homem também a reconheceu, ele puxou ela e a beijou, e eu fiquei constrangida, quando eles pararam a sessão de beijo, ela me apresentou ele dizendo que ele era o JV, um dos dono do morro.