MALVADÃO NARRANDO
Eu sou aquele tipo de cara, que gosta de ficar olhando tudo de cima, aquele cara que arrisca tudo que tem para arriscar, afinal a minha trajetória até aqui onde estou hoje não foi fácil, minha vida sempre teve coisas que eu as vezes prefiro não me lembrar, tudo que já passei e já vivi aqui, nós altos e baixo da vida, não foi nada fácil. Quando eu ganhei o trono do morro, foi o meu pai que me deu ele de mão beijada, isso porque ele sabia que assim que pisasse no presídio ele poderia não sair mais de lá, ou até mesmo não sair de lá com vida, e foi realmente o que aconteceu, ele foi preso, pegaram ele em uma emboscada que fizeram na entrada do morro, o que me levou a ter ódio por todo policial, o que me levou a virar um matador a sangue frio. Já matei polícia, já matei nóia, já matei todo tipo de gente e para ser sincero eu não me arrependo, não tenho motivos para arrependimento. Eu até poderia ver algo dentro da minha alma, ver se tem algum pingo de remorso, mas eu dou risada só quando lembro que eu não tenho alma, que não tenho absolutamente nenhum arrependimento, mas posso garantir que no dia que eu cheguei a receber a notícia que o meu pai havia sido assassinado eu multipliquei o meu ódio, a raiva que morava em mim, ela mudou de nível ela virou um rancor profundo, e eu aprendi algo, a nunca a confiar em ninguém, a nunca deixar ninguém se aproximar. E foi o que eu fiz durante tantos anos da minha vida, eu levantei várias muralhas contra meu coração, eu não posso da vacilo, eu não posso fraquezas jamais, tudo o que faço e fiz foi pelo meu bem maior, eu não podia me deixar apegar a ninguém, muito menos me apaixonar por alguma mulher, essas mulher tudo, nenhuma vale nada, todas dessa p***a são putas, e as que eu pego ainda divido com alguns amigos, não sou obrigado a ter exclusividade com nenhuma delas. Apesar que a Fabíola e bem grudenta, e eu não gosto, qualquer dia eu quebro ela na porrada.
Ouvir uns boatos esses dias que ela tava enrolada na porrada com outra p**a, o que me deu raiva quando soube, porque se eu tivesse visto ambas teriam apanhado, não vejo motivo para vim fazer patifaria no meu morro, essa porta tem que ter tranquilidade, tem que ser tudo menos ringue de briga, ficam armando essas contendas, essas brigas ridículas. Eu fico com a mente apertada só de lembrar dessas porras, a vontade que tenho de descer esse morro e pegar uma boa madeira e quebrar nas costas delas aí assim elas aprendem a não fazer mais essas paradas. Estava sentado no pico do morro, marolando um cigarro de maconha, quando sou interrompido pelo JV e o Dan, eles se sentam aí meu lado e eu fico olhando eles.
JV: Fala aí irmão, tá pensando em que? - pergunta.
Malvadão: Em tudo que já passei nessa vida, e estava indo mais fundo nos pensamentos, até que dois viados sentaram ao meu lado. - digo sério.
Dan: Qual foi viado, desumilde. - diz olhando pra frente.
JV: Ai viado, deixa te dizer, você tá ciente que vai chegar gente nova amanhã no morro né? - ele diz e concordo.
Malvadão: Tô sabendo, a Fabíola que veio me pedi autorização para liberar morador novo aqui na comunidade. - digo, e fumo mais um pouco.
Dan: Carne nova na área. - diz sorrindo.
JV: A Fabíola tava espelhando no morro que você vai assumir ela. - ele diz e dou risada.
Malvadão: Eu não tô assumindo nem esse cigarro de maconha que to fumando agora, quem dirá assumir p**a. - digo dando risada.
Dan: Ta certo pô. - diz sorrindo. - Mas disse que a nordestina que está chegando é feia pra c*****o. - diz sério.
JV: Fiquei sabendo dessa fita também, mas acho que é só zoeira, não sabemos de nada. - diz e concordo.
Malvadão: Mais cá pra nós, tá pra nascer mulher que vá me prender a ela. - digo rindo, e finalizo meu cigarro de maconha.
Dan: Cara, não fala esse bagulho que o mundo gira. - ele fala e eu dou risada.
JV: Se a mulher for bruxa e feiticeira talvez ela amarre ele. - diz e eles riem.
Malvadão: Não estou rindo seus cuzões. - falo me levantando.
Então eles se levantam e vem atrás de mim, cada um vai para sua moto e descemos o pico do morro a toda velocidade, eu estava na paz, tinha acabado de fumar, e estava leve, meu cérebro estava de boa, mas como sempre tem alguém que ama destruir nossos momentos de paz, vou acelerando a moto rapidamente, quando chegamos em frente da boca, a Fabíola estava me esperando, já fiquei cheio de ódio quando vi ela ali, mulherzinha chata do c*****o, eu já disse que eu não quero ela, não quero ninguém e fica querendo coleira, e dá pra qualquer um nesse demônio, eu me irrito fácil, mas vou ensinar ela como se faz. Estaciono a moto, e faço toque com os caras da contenção, assim que olho para ela, ela está sorridente.
Fabíola: Malvadão gostoso, estava aqui te esperando. - ela fala com a voz chata e fina de p**a m*l comida.
Malvadão: E eu já te falei que não quero você atrás de mim, quantas vezes eu vou ter que te dizer isso c*****o? - digo bravo e os caras ficam olhando. - Mas já que você está aqui, você pode servir um dos meus soldados, talvez algum deles queira comer sua b****a hoje, porque eu vou comer a da Laís nesse momento. - digo sorrindo e ela fica com os olhos marejados.
Fabíola: Não faz assim, sabe que eu amo você. - diz me olhando triste.
Malvadão: Nunca te prometi amor, muito menos que te assumiria. - digo sério e olho para os caras. - Alguém aí aceita uma noite com a Fabíola? - pergunto e eles todos levantam a mão o que me faz rir. - Escolhe um deles e da pra eles. - falo sorrindo.
Vapor: Patrão eu posso dar o que ela quer. - diz se aproximando.
Malvadão: Ai Fabíola, vai lá com ele, da gostoso pra ele. - digo sorrindo e ela abaixa a cabeça, mas rápido levanta e vai com o vapor.
Então entro na boca, junto com os caras, resolvemos o que tínhamos a resolver, e seguimos para nossas motos, assim que montei na minha, liguei a mesma e fui para a casa da Laís, eu iria comer ela só porque a Fabíola é atrevida, e eu não gosto disso, então assim que cheguei na frente da casa, eu estacionei e desci da mesma, fui andando até a porta, e assim que coloquei o pé na varanda, a sua porta estava aberta, então entrei e ela estava assistindo, quando ela me viu, sorrio ela se levantou e veio até mim, ela sabia o que eu queria, então fomos para o quarto e eu comi ela, quando gozei, joguei a camisinha na privada e larguei ela lá como sempre e fui pra casa, tomei um banho e me joguei na cama, acabei adormecendo.