Capítulo V

3483 Words
Os reis de Ultinere só vão ao pavilhão do Príncipe Herdeiro em duas situações, a primeira é quando seu filho adoece, no caso de Yohan isso ocorre raramente, a outra é quando ele deixa de realizar alguma de suas funções, algo que nunca aconteceu com o herdeiro atual, o rei vai lá para lembrá-lo que um rei sempre deve cumprir com suas obrigações. Em vista disto o casal não viu problemas quando Celicite insistiu em se mudar para um dos muitos quartos do pavilhão, após dois meses do casamento, uma vez que o rei tardaria a descobrir a existência dela até que o plano estivesse concluído. A mulher insistiu tanto, ao ponto de apelar por uma audiência com Ávelyn, agora consorte real, então ninguém pôde negar. Durante a conversa com Celicite, a consorte real analisou a mulher, em vários momentos ela demonstrou traços de possessividade, ciúmes nada moderado e tendências a desafiar, mas para não se meter entre o casal ela não comentou com Yohan, afinal ela os deixaria em algum momento no futuro próximo. Celicite passou a ocupar intensivamente o tempo livre do príncipe herdeiro, ao ponto dele deixar de dormir no quarto de sua esposa, segundo ele a mulher não via razão para continuarem dormindo juntos quando ninguém está vendo, o resultado disso foi que em poucas semanas os servos começaram a comentar entre si que algo estava errado entre o príncipe e sua consorte, alguns até comentavam que o casamento era mera fachada. Não foi surpresa quando os nobres começaram a comentar também e logo o boato chegou aos ouvidos do rei. Rei Alfred não queria se intrometer na vida privada do casal, por muito tempo ele fingiu não ver ou ouvir o que todos estavam comenta e como Ávelyn não se pronunciava ele nada podia fazer. Seis meses passaram rápido e apesar de tanto Yohan quanto Ávelyn estarem oculpados com seus afazeres reais, Celicite insistia que fizessem logo o casamento, após várias brigas com Yohan e acusar a consorte real de enganá-la, os dois finalmente cederam. A mulher queria uma festa luxuosa e cheia de regalias, uma cerimônia mais chamativa do que a da própria consorte, o rei, que agora conhecia a dita amante, negou o pedido e não deixou de demonstrar seu descontentamento quanto a atitude de seu filho, uma vez que ele teve mesmo manteve um relacionamento monogâmico e esperava que Yohan fizesse o mesmo. O rei externou ao seu principe herdeiro que caso ele arrumasse uma concubina, não demoraria para que outros dentro e fora do reino também viessem oferecer suas filhas e que isso poderia causar problemas, mas com a ajuda de Ávelyn, o principe conseguiu convenser seu pai ainda que a contragosto. Quanto ao casamento de Celicite, era de conhecimento comum que a cerimônia para a concubina era pequena e singela, e que de modo algum deveria sobrepor a da futura rainha, após muita perturbação Yohan deu indícios de que desistiria do casamento e para que isso não acontecesse Celicite prontamente aceitou o que lhe estava sendo oferecido. Ela sabia desde o princípio como a cerimônia para concubina seria e ainda assim tinha aceitado os termos do plano, ao ver esse tipo de comportamento Ávelyn começou a pensar em Celicite como alguém com quem ela deveria ter mais cuidado. Nos bailes e eventos sociais o príncipe e sua consorte deveriam ir juntos e o rei não aceitaria nada menos que isso. Em um desses eventos, Celicite se agarrou a Yohan e não permitiu que ele ficasse ao lado de sua consorte, ela até passou m*l e desmaiou fazendo com que o príncipe deixasse o evento mais cedo, os rumores que diziam que Yohan a amava mais que sua futura rainha ganharam forças, sendo um pouco mitigados unicamente devido ao renome da boa família da qual Ávelyn vinha, uma vez que a consorte era de uma casa ducal. Após o casamento, encontrar Yohan se tornou ainda mais difícil para Ávelyn, duas semanas após a cerimônia ela coincidentemente viu o príncipe deixar o quarto em que ele começou a dormir sozinho visivelmente transtornado, parecia mais velho e preoculpado, algo estava errado. Ele viu Ávelyn, mas não a olhou nos olhos e a garota estranhou o comportamento, mais tarde ela ouviu dois servos conversando e um deles disse que uma serva foi limpar o quarto do principe aquele dia, e comentou entavam entre si algo que ouviram da serva, segundo a fofoca da dupla, em vista que o príncipe não dormia nem mantinha relações sexuais com sua concubina, a mulher cansou de esperar e por isso o drogou e teve relações com ele sem o seu consetimento. Aquilo poderia muito bem ser apenas mais uma fofoca, mas cerca de um mês depois Celicite anunciou que estava grávida. O principe herdeiro dormiu em seu escritório desde então. Tudo estava indo de acordo com o plano de Ávelyn, mas não do jeito que ela tinha idealizado, Celicite demonstrou-se alguém nada plena do juizo e isso fez a consorte pensar que aquela mulher seria capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que desejava. Tudo ficaria mais claro posteriormente, quando aos poucos Yohan voltou a passar tempo com Ávelyn, ela ainda não sabia, mas seus receios quanto a Celicite eram brandos em comparação a verdadeira face daquela mulher. ❇❇❇ Cinco meses e meio após o casamentos de Celicile, sua barriga estava protuberante, ela caminhava de queixo elevado por todos os lugares, fazia coisas que apenas a consorte real deveria fazer e atormentava os servos. Vez por outra Ávelyn tinha que limpar a bagunça que a mulher fazia ou apasiguar os ânimos de algum nobre que ela tinha ofendido, ela estava incontrolável e agia assim porque tinha literalmente um rei na barriga. Certo dia Ávelyn descansava do dia exaustivo que estava tendo em uma pequena pausa, ela estava em uma das salas do pavilhão conversando com Máine que se dispôs a fazer uma visita para ajudá-la bem como para lhe entregar um relatório sobre outros assuntos extra oficiais. A conversa visívelmente era particular, mas Celicite simplesmente invadiu a sala com uma das mãos apoiada na barriga exibindo-a como um troféu. - Celicite, o que dejesa? Estou um pouco ocupada agora. - Falou Ávelyn de modo sério, mas nem um pouco rude, uma paciência quase estóica. - Estou entediada preciso conversar, soube que você estava fazendo uma pausa. - Comentou se sentando. - Pois é, o dia hoje foi um caos total. - Disse Máine recolhendo um papel já assinado das mãos de Avelyn. - Uma das vantagens de ainda ser a Consorte real. - Alfinetou. - "Vantagens"? - Bufou Ávelyn enquanto assinava outro documento, ignorando o audacioso e incomedido "Ainda" dito pela concubina. - Sobre o que quer conversar? - Qualquer coisa, não tenho muitas amigas e conversar faz bem pro bebê. - E era assim que ela acabava conseguindo o que queria, usando a criança como desculpa. - Porque não dá um passeio no jardim ao sul do Palácio? - Comentou sem pensar muito. - Não posso ir lá, afinal sou apenas um concubina. - Disse ácida. - Não foi minha intensão. - Ávelyn realmente não se lembrava que apenas a Consorte real ou a Rainha podiam entrar no jardim que ficava na ala sul do palácio, as mulheres que iam lá deviam estar acompanhando Ávelyn e terem sido previamente convidadas. - O dia está bonito lá fora, no lugar onde nasci era lindo, tinha um lago que mudava de cor ao meio dia. - Disse mudando de assunto. - Onde Você nasceu? Celicite pareceu pensar um pouco e isso não passou dispercebido por Ávelyn. - Nasci em Borba. - Respondeu. - É um lugar bonito, principalmente quando neva. - Falou entrertida com o que estava lendo no documento. - Sim, no inverno costumávamos brincar na neve. - Comentou e nesse instante Ávelyn fez o melhor que podia para não transparecer o que acabara de constatar. Ávelyn estava cansada e seu foco estava h******l, por isso ela acabou fazendo um comentário errôneo quando falou sobre a neve em Borba, ela confundiu Borba com Bérda, em Borba não neva independente da época do ano. Por alguma razão Celicite mentiu e a Consorte real não deixaria essa passar, afinal, por que alguém mentira sobre o lugar onde nasceu? Com apenas um olhar Máine entendeu que Ávelyn queria informações e deixou a sala minutos depois para consegui-las, a consorte real se perguntava se o seu amigo de infância e marido estava mentido para ela. Após deixar alguns documentos no escritório do príncipe, Máine partiu. Na noite daquele dia Yohan foi ao quarto de Ávelyn. - Sei que isso vai ser estranho. - começou a dizer. - Mas você se importa se eu dormir aqui? Olheiras marcavam os olhos azul escuro do príncipe. - Você tem trabalhado como um louco. - Comentou a garota. - Nós dois temos. - Falou entrando após Avelyn se afastar para o lado para que ele pudesse passar. - Você está h******l. - Disse olhando bem para Yohan. - Obrigado. - Respondeu arqueando as sobrancelhas. - Quer me dizer porque veio dormir aqui? - Inqueriu. - Não tenho conseguido dormir ultimamente, pensei que na sua companhia eu conseguiria. - Respondeu sem pensar muito antes, certamente estava cansado demais para fazê-lo. - Não vejo problema nenhum nisto, mas tem certeza? - Ela perguntava por causa de Celicite. - Não se preoculpe, não me importo com isso. - Sabe que pode conversar comigo sobre qualquer coisa, né? - Ofereceu os ouvidos e talvez o ombro. - Eu vou me lembrar disso. - Falou o príncipe se ajeitando debaixo das cobertas. Olhar para o estado em que o príncipe se encontrava nos últimos meses fez com que a consorte se questionasse se os boatos sobre a concubina ter engravidado após drogar o príncipe tinha sido realmente mero boato. Yohan praticamente estava morando em seu escritório e parecia fugir de Celicite como alguém que foge de um demônio, ele já havia deixado claro antes que não amava Celicite, mas agora "não amava" estava pendendo para proporções mais negativas que a mera indiferença. Ávelyn planeja trabalhar um pouco mais antes de se deitar para tentar dormir, mas a cena de um Yohan deitado confortavelmente fez com que ela mudasse de idéia e fosse se deitar ao lado dele, o que ela não sabia era que Celicite viu o príncipe entrar dentro do quarto dela e possessa de raiva saiu pela manhã. Celicite encontrou um boticário naquela manhã, comprou dele um itém e voltou com um plano em sua cabeça, produzido pelo ódio e ciúmes. Aquela noite eles se reuniriam para comer na mesa do rei e a concubina acabou por ser convidada também, desta vez ela chegou cedo e nem esperou por Yohan. O principe não desconfiou de nada, estava grato. A comida estava deliciosa e o rei estava feliz em ver Yohan e Ávelyn conversando normalmente outra vez, já tinham chegado na sobremesa quando algo terrível aconteceu. O rei começou a tossir, a princípio parecia apenas uma tosse comum, mas em algum momento ele começou a sufocar, o príncipe correu para junto de seu pai e ordenou que trouxessem o médico real, rei Alfred tentou se por de pé mas suas pernas falharam e ele caiu no chão se revirando de dor até que finalmente ficou inconciente. Todos estavam em pavorosa, o médico invadiu a sala atendeu o rei ali no chão mesmo, prestando os primeiros socorros. Após verificar tudo, veio o diagnóstico. - Sua majestade foi envenenada. - Disse o médico. - Ele ingeriu uma substância chamada Tirenita e ela é difícil de detectar por ser incolor, inodoro e não reagir com a prata. Felizmente eu tenho o antídoto, mas ele não se recuperará por completo nunca mais. Ávelyn nunca viu Yohan tão furioso em toda sua vida. Alguns guardas já estavam no cômodo. - Vaculhem o Palácio inteiro, dou autoridade para entrar em qualquer lugar, procurem por pistas e provas. - Ordenou. - Encontrem o culpado e jogue-o no calabouço, independentemente de sua posição social e hierárquica. Yohan jogou seu pai nas costas e o carregou até os aposentos do rei, colocou ele na cama e assitiu enquanto o médico fazia seu trabalho, Celicite abraçou o príncipe para consolá-lo e Ávelyn não conseguia parar de sentir uma sensação r**m, mas com seu amado tio Alfred morrendo diante de seus olhos ela estava preocupada demais para pensar. Cerca de uma hora depois três guardas entraram no quarto do rei com um frasco em mãos, o príncipe pegou o frasco e o entregou para o médico. - Esta é a Tirenita, foi com isso que o rei foi envenenado. - Concluiu o médico. - Onde encontraram isso? - Perguntou Yohan. - Sua Alteza. - Disse um dos guardas. - Veja bem... - Ele parecia pisar em ovos, olhou para um dos guardas com ele, mas ninguém o ajudou. - Desembucha! - Ordenou o príncipe. - Encontramos no escritório da consorte real. - Respondeu por fim. Ao ouvir sua alcunha ser mencionada, Ávelyn se desprendeu de seu devaneio e voltou a realidade, ela não estava ouvindo o que se passava, mas olhou para o guarda que a mencionou, olhou para o frasco na mão do médico e por último olhou para o rosto de Yohan e tudo que ela encontrou lá foi algo tão frio quanto o gelo... Não precisava ser nenhum gênio para saber o que estava acontecendo, Aramaram para ela. - Achei que estavamos nos entendendo, achei que podia te fazer querer ficar, mas não pôde me escolher no fim. - Falou o príncipe. - Queria se livar de mim tanto assim? Esse é o preço que tive que pagar? - Disse apontando para seu pai. - A culpa é minha? - Do que esta falando? - Dizia Avelyn, sua voz saiu mais baixo do que ela queria. - Guardas? Os guardas se aproximaram dela e a seguraram pelos braços. - Não faça isso Yohan. - Ela se debatia enquanto era levada. A consorte sabia que resistir com força bruta era o mesmo que assinar sua sentença, mas ainda assim precisava implorar pela misericórdia de alguém que deveria confiar nela- Eu nunca faria isso com o tio All. Por favor, não me jogue em uma cela. - Ela implorava. - Uma cela não, qualquer coisa menos uma cela. Mas o príncipe não impediu, virou as costas enquanto ela partia dali, não queria ver aquilo. Os guardas arrastaram Ávelyn para uma das cela no calabouços e a jogaram lá, ela tentou sair, mas eles fecharam a porta, eles foram embora deixando-a sozinha. Lembranças dolorosas invadiram sua mente, coisas que ela tentava esquecer, sentimentos que ela não queria de volta, estar naquela cela era um gatilho que a arrastava para uma das memórias mais dolorosas que ela já vivenciou em sua vida. - A cela não, a cela não, a cela não, a cela não. - Ela repetia. Seu corpo logo ficou coberto de suor, as vozes e os gritos desesperados de seus amigos morrendo invadiram seus ouvidos, em cada canto da cela ela via uma criança diferente, crianças que ela nunca esqueceria, crianças que ela não pôde salvar, crianças que morreram por sua culpa. O medo e a culpa a deixava com náusea, sua cabeça girava e ela sentia frio, o ar entrava em seu pulmões com dificudade e isso a deixava desesperada, ela sentia que estava morrendo. O dia nasceu e Ávelyn se encotrava sentada em um canto no chão da cela abrançando suas pernas, prensando-as contra seu peito, seu olhar distante revelava uma mente arruinada, lotada de pensamentos degradantes e o profundo vazio ocupava seu peito. Ela não estava alí, apenas seu corpo estava ali, sua mente e sentidos estavam em seu próprio inferno, seu espirito vagava pelas lembranças de um arrependimento irreparável. De repente dois visitates chegaram, um era o guarda e o outro era Celicite. - O príncipe ordenou que a golpei quinze vezes com a vara para que confesse. - Sentenciou Celicite após degustar o estado da prisioneira. - Minha senhora, eu não acho que o príncipe odenaria algo ass...- Dizia o guarda. - Eu lhe mandaria perguntar a ele, mas ele saiu cedo e ainda não voltou. - Falou resoluta. - Apenas faça o que lhe mandei, acaso sabe quem eu sou? Eu sou a mãe do primogênito de seu futuro rei. Obedeça! O guarda não queria fazer aquilo, mas se o príncipe herdeiro ordenou, então ele tinha que obedecer, a consorte estava subconciente e não ouvia o que estavam falando. Ele ergueu Ávelyn do chão sem resistência, ela ainda estava presa em seu pior pesadelo, levou-a para a área de punição e colou ela deitada no tronco prendendo as maos e os pés dela. O guarda planejava figir que bateu nela e devolvê-la a cela, mas a Celicite em pessoa veio assistir, o guarda foi obrigado a golpear Ávelyn quinze vezes, contudo, apesar do corpo ferido e costas ensanguentadas, ela não despertou do pesadelo, o cérebro dela entendeu que aquilo fazia parte da tortura que ela estava sofrendo em seu delírio e que se ela esboçasse qualquer reação uma criança teria que morrer. O guarda devolveu a garota para sua cela e Celicite ordenou que ninguém lhe prestasse cuidados médicos, não a alimentassem nem dessem nada para ela beber, a intensão era que Ávelyn morresse antes do príncipe chegar. O príncipe voltou no final do dia, o crepusculo reinava lá fora, entrou no Palácio a toda velocidade deixando seu cavalo solto na entrada, caminhou até encontrar algum guarda e lhe deu uma ordem. Ele esta feliz e com muita raiva, o crime de tentar envenenar o rei resultaria em pena de morte e ele estava feliz por descobrir na investigação, que fez pessoalmente, que a culpada não era Avelyn, a investigação não tinha muitas evidências e por isso ele demorou para encontrar algo conclusivo, mas uma investigação que levaria semanas foi finalizada em menos de um dia, ele sequer parou pra comer ou se hidratar. - Tirem Ávelyn da cela. - Ordenou ao primeiro guarda que encontrou. - Sua Alteza? - O homem parecia confuso. - Ela é inocente e eu posso provar, tirem ela de lá agora. O homem estava chocado e temeroso, ele sabia sobre o temperamento sério e frio do príncipe e ao ver a sua felicidade em dizer que a mulher era inocente ele pôde constatar que cabeças poderiam rolar aquele dia. - É melhor que sua Alteza vá vê-la com os próprios olhos. - O que há de errado? - Ele estava ficando preocupado. - Esta manhã nos foi ordenado que um de nós a golpeasse quinze vezes com a vara. - Falou o guarda. - Quem ordenou? - O príncipe estava em um misto de fúria e preocupação. Já começava a caminhar apressadamente com o guarda em seu calcanhar. - O senhor. - Respondeu o homem. Yohan saiu em disparada, um corpo delicado como aquele não resistiria a quinze golpes, aquela altura ele sabia bem quem tinha usado seu nome. Ele desceu correndo as escadas e rapidamente chegou ao calabouço, tomou as chaves da mão do guarda e abriu a cela. Ávelyn estava deitada de bruços no chão, era um milagre estar viva, ela respirava pesadamente enquanto murmurava alguma coisa, Yohan aproximou o rosto para ouvir o que era. - A cela não, a cela não, a cela não... O príncipe cuidadosamente pegou a garota no colo, ela parecia tão pequena, se levantou do chão e caminhou apressadamente para fora, gritou por ajuda e vários servos apareceram para acudir sua querida Ávelyn. Ela foi levada para um quarto próximo ao do rei e o médico real veio atendê-la. Celicite invadiu o quarto sem cerimônia Yohan foi pra cima dela com os punhos serrados, mas se deteve ao ver sua barriga protuberante. - A lei me impede de fazer a sua cabeça rolar imediatamente por que você está grávida de um filho real, mas no instante em que essa criança nascer esteja preparada. - Disse friamente e sem cerimônia. Celicite tentou inventar uma desculpa, mas ele a interrompeu. - Nem tente. Fui bem claro com você desde o início, nós tinhamos um acordo e você concordou com ele, mas continuou a nos causar problemas vez após vez, dito isso não me eximo da culpa de ter pena compaixão por uma víbora. Eu estou por um fio, louco para te estraçalhar, então não me teste. - Sua voz soava baixo e ele estava bem perto dela. Neste momento entrou um servo no quarto. - Sua Alteza, o rei acordou. - Guarda? - Chamou o príncipe e um deles se apresentou. - Leve essa mulher para o quarto dela e garanta que ela não saia de lá. E assim o guarda fez, quanto ao príncipe, deu orientações aos servos que cuidavam de Ávelyn e deixou o quarto, foi ver seu pai.
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