Cecília
Acordei me sentindo desnorteada. Abri os olhos lentamente tentando entender o que havia acontecido.
Eu não morri?
Passei os olhos pelo ambiente constatando que eu não estava no hospital. Senti um frio na espinha ao reconhecer perfeitamente os móveis daquele lugar.
Oh, merda! Isso seria possível?
Eu estava em um dos quartos de Hotel aonde iria me casar, há três anos atrás.
Passei os olhos novamente pelo quarto, tentando encontrar qualquer coisa que me fizesse confirmar aquela suspeita. No móvel ao lado da cama havia um calendário, eu o peguei sem hesitar e meu coração disparou ao confirmar a data, tendo a certeza do que acabou de acontecer.
Eu não estava doente, não estava no hospital. Eu hávia voltado três anos no tempo.
— Ah, meu Deus! — larguei o calendário e levei as mãos a boca enquanto tentava assimilar o fato de que eu havia renascido, e voltado para onde tudo começou a dar errado em minha vida.
Eu estava realmente tendo uma segunda chance? Como isso aconteceu?
Isso significava que o meu casamento com Brian estava marcado para acontecer amanhã nesse hotel. Mas ele seria cancelado, por eu ser pega fazendo sexö com outro homem nesse quarto hoje, hoje a noite.
Me lembrei das palavras de Lucy em nossa última conversa naquele quarto de hospital. Eu estava drogada, agora sabia que tudo foi armado por meu tio Ian, e minha prima Lucy.
Senti meus olhos encherem de lágrimas enquanto minha cabeça voltava para tudo que aconteceu nesse dia.
Foi um dos piores dias da minha vida, a humilhação que sofri diante de todos, como eu fui envergonhada por ser pega transando com um desconhecido um dia antes do meu casamento.
Uma excitação fora do comum começou a se fazer cada vez mais presente. Foi quando a minha ficha pareceu ter caído, sobre tudo que aquilo estava prestes a acontecer mais uma vez.
E se tudo estava prestes a acontecer da mesma forma, significava que haviam me drogado antes de me trazeram até aqui, e uma camera estava escondida em algum lugar deste quarto. Então, a qualquer momento o homem p**o por meu tio Ian entraria pela porta e da forma que estou agora, certamente seria difícil resistir a f********o com ele.
Tudo aconteceria de novo, eu estaria no inferno mais uma vez.
Mas dessa vez poderia ser diferente, certo? Eu poderia mudar as coisas.
Determinada a não deixar que aquela humilhação se repetisse, eu me forcei a levantar da cama para sair o mais rápido possível daquele quarto, eu precisava ir para longe, urgentemente.
Senti uma tonteira repentina assim que meus pés foram para o chão. Mas eu estava muito determinada a não deixar aquilo se repetir. Então, caminhei com dificuldade e abri a porta do quarto, desesperada para sair dali o mais rápido possível.
Olhei pelo corredor do hotel constatando que estava vazio, mas era arriscado permanecer ali. E se o homem me visse, e me levasse de volta para o quarto?
Eu precisava sair deste lugar urgentemente. Precisava também aliviar essa sensação louca que estava sob meu corpo. Então, resolvi tentar a sorte e fui em direção ao quarto ao lado daquele em que eu estava, levei a mão na maçaneta da porta e a girei.
— Droga! — sususrrei ao constatar que estava fechada.
Eu repeti aquele processo algumas vezes, pedindo aos Céus que me ajudasse. A cada tentativa falha, maior era o medo do desgraçado aparecer. Se ele estava sendo p**o por meu tio, certamente tentaria me levar para o quarto.
Estava quase desistindo quando uma porta ao lado esquerdo se abriu. Eu quase não acreditei quando aconteceu. Sem pensar muito eu entrei dentro daquele quarto.
Precisava de um lugar seguro, para ficar até que aquela sensação enlouquecedora passasse. O corpo quente, o desejo queimando tanto, que começava a atrapalhar meus pensamentos.
Brevemente passei os olhos pelo quarto constatando que estava vazio. Então eu fui em direção a cama. Joguei meu corpo sobre o colchão macio, enquanto sentia meu corpo esquentar ainda mais.
— Por Deus! Que merda usaram para me drogar? — Ofeguei enquanto o desespero caía sobre mim. Eu não fazia ideia do que tinha na bebida, mas sabia que era algo realmente forte.
Senti uma onda intensa de excitação por todo o meu corpo, eu precisava urgentemente buscar alívio. Aquele sentimento estava a ponto de me matar.
Levei a mão sobre o laço do robe que eu estava usando o puxei, o desfazendo em seguida. Então comecei a abrir o robe afim de tentar amenizar aquela sensação quente que estava sobre mim.
O barulho da porta se abrindo e fechando me despertou daquela alucinação. Em seguida ouvi passos cada vez mais perto. Olhei para frente em busca de descobrir quem de fato estaria entrando no quarto.
Para minha sorte, ou azar... o homem que estava a minha frente, olhando-me com fúria nos olhos era David Harris, o herdeiro absurdamente gostoso da família Harris.
E Droga! Que se dane, eu precisava de sexo! Se eu não fizesse isso, iria enlouquecer.
Reuni as forças que tinha para me levantar e me atirar em cima dele. Em um ato desesperado levei as mãos sobre a camisa dele para desabotoar os botões.
— O que pensa que está fazendo? — David me repreendeu ao mesmo tempo que levou as mãos sobre as minhas tentando parar o meu movimento. Senti meu corpo inteiro se arrepiar com o seu toque quente. Aquilo deixou-me ainda mais louca.
Céus! Eu realmente estava fora de mim para fazer algo assim. Mas ignorando totalmente o que ele havia falado, eu tentei em um movimento desesperado continuar o despindo.
Sem sucesso levei meus olhos até os dele, suplicando com o olhar.
— Eu preciso de você.
Por um instante, ele pareceu confuso. Me aproveitei daquele momento para me jogar ainda mais sobre David. Ele soltou um suspiro e em um movimento rápido me deitou na cama e veio com o corpo para cima do meu.
— Você tem que parar com isso, o que tem na cabeça? — perguntou irritado enquanto me prendia na cama de forma que eu não pudesse movimentar.
Eu queria algo que ele não parecia estar disposto a dar, mas eu precisava. Precisava mais que tudo.
— Por favor...
Aproveitei o momento em que ele estava tão próximo me olhando de forma tão intensa para unir os nossos lábios. David pareceu hesitar, e mesmo achando que ele não corresponderia eu o beijei de forma desesperada ao mesmo tempo que enrolei as pernas na cintura dele o puxando para colar o corpo no meu.
Me surpreendi no segundo em que ele correspondeu aquele beijo, fazendo com que a chama que queimava dentro de mim aumentasse de forma que não pensei ser possível.
Aproveitei para tentar tirar a roupa dele novamente no momento em que ele pareceu desistir de segurar a minha mão. Mas depois de um beijo quente e sem pudor algum, senti o corpo dele sair de cima do meu.
Estava afoita para ter ele dentro de mim, estava disposta a me jogar sobre ele novamente quando percebi que ele estava se despindo.
Ofeguei desesperada ao perceber que ele iria em frente com aquilo. Pouco depois ele estava tirando a minha roupa e a jogando ao lado vazio da cama.
Então senti o corpo dele sobre o meu novamente, mas dessa vez diferente. Eu enrolei as penas em volta dele e ele se posicionou em mim.
O calor do corpo dele estava sobre mim, os lábios se unindo aos meus novamente de forma avassaladora. Com aquele movimento eu senti o desejo e a paixão se instaurando sobre nós. Foi então que aconteceu.
David me penetrou profundamente, abrindo espaço e se acomodando totalmente.
Ele retrocedeu, e repetiu aquele movimento me dando aquele alivio que eu tanto ansiava. Não foi gentil, foi exatamente da forma que eu precisava.
Intenso e sem pudor.
— Eu preciso de mais. — Pedi quando nossos lábios se afastaram, ansiando desesperadamente para que ele me desse mais daquilo.
Vagamente, eu o ouvi dizer algumas palavras que para mim foram inelegíveis. Eu apenas estava prestando atenção no meu prazer, no quanto eu precisava que ele me ajudasse a chegar lá.
David atendeu ao meu pedido, ele me deu mais daquilo. Senti que estava perto de enlouquecer quando ele levou os lábios em direção aos meus s***s e começou a suga-los em uma pressão alucinante.
E a cada minuto, eu apenas ansiava pelo orgasmo que estava tão perto. E então ele chegou. Senti meu sexo apertar no momento em que um gemido intenso escapou de meus lábios.
Os lábios de David deixaram os meus s***s, e o olhar dele veio para cima de mim. A conexão, foi instantanea. Incrivelmente intensa de forma que fez meu coração palpitar.
— Mais uma vez... — Pedi desesperada por mais. — Eu preciso sentir isso mais uma vez.
— É isso que você quer? — ele rosnou enquanto afundava novamente dentro de mim. Me sentindo incapaz de responder eu apenas soltei um gemido, tentando curtir aquela sensação enlouquecedora que ainda estava sobre mim.
Não faço ideia de quanto tempo demorou para que eu sentisse meu corpo tremer, enquanto meu sexo apertava mais uma vez. David estava me dando exatamente aquilo que eu tanto ansiava.
O alívio.
Um orgasmo intenso e profundo caiu sobre mim. E só naquele momento, eu consegui relaxar um pouco. Senti os lábios dele sobre os meus enquanto ele seguia deslizando para dentro de mim mais algumas vezes, antes de chegar também ao seu ápice.
Eu estava ofegante, aliviada, mas sentindo o meu corpo fraco. Toda aquela adrenalina estava indo embora, deixando apenas a sensação de fraqueza. Aquilo fez com que eu fechasse os meus olhos em busca de estabilidade.
Por um momento eu senti um peso maior do corpo de David sobre o meu, enquanto ele afundava a cabeça na curva do meu pescoço. Permanecemos alguns instantes daquela forma, antes que ele pudesse quebrar aquele contato.
— Deveríamos tomar um banho, e conversar sobre o que aconteceu aqui. — Ouvi vagamente a voz séria de David enquanto ele se retirava de dentro de mim. Abri os meus olhos para o olhar.
— Você pode ir na frente. — Respondi em um sussurro fraco.
Para minha surpresa, ele se inclinou e deixou um beijo em meus lábios antes de se levantar. Então, ele me olhou brevemente antes de se virar e caminhar em direção a porta. Eu apenas acompanhei com o olhar enquanto ele entrava no banheiro.
Me sentei na cama tentando me manter firme para levantar. Olhei para o lado e peguei minhas peças intimas e meu robe disposta a me vestir e sair imediatamente daquele quarto.
Eu não o conhecia pessoalmente, mas já ouvi falar de David Harris, um homem frio e impiedoso como ele, de forma alguma ficaria balançado por mim. E da forma que eu o forcei a ficar comigo, ele certamente me repreenderia por minha atitude devassa.
Senti um frio na espinha ao pensar em como ele poderia me repreender, ou julgar.
Então, sem querer lidar com isso, eu estava disposta a ir para bem longe antes que ele pudesse estar de volta.
Eu também não poderia perder tempo, havia algo que eu precisava desesperadamente fazer. Precisava em pensar em alguma forma de revidar contra aqueles cretinos. Sim, eu precisava de algo brilhante, para acabar com todos aqueles estavam jogando tão baixo comigo. Se eram eles sempre a dar o golpe, agora eles se surpreenderiam, eu os pegaria primeiro.
Eles definitivamente teriam aquilo que mereciam.