Capítulo 05.

932 Words
Havia acordado um pouco envergonhada com a situação de ontem, pois ver o meu irmão bêbado e vomitando em mim, foi um pouco constrangedor. Levantei-me da cama e caminhei até o guarda-roupa, pegando um trage de roupas sociais e uma toalha, e segui para o chuveiro. Assim que terminei o banho, saí do mesmo e direcionei-me para o quarto do meu irmão. Abri a porta e acendi a luz, em seguida, sentando ao seu lado na cama. — Apague a luz, minha cabeça está explodindo! — pediu Eli com os seus olhos ainda fechados. — Por que saiu ontem? Nós já havíamos conversamos sobre você parar de beber! Por que não parou? — Me desculpa Louise, mas ontem eu estava m*l, então decidi sair para me distrair, mas ao invés de distrair a minha mente com outras coisas, eu acabei bebendo. — Você me fez passar constrangimento na frente do meu chefe, sabe de como estou me sentindo agora? Estou péssima por ter visto você bêbado outra vez e péssima por não saber o que Leon irá pensar de mim, de nós! — Eu sinto muito mesmo Louise, se eu pudesse voltar no tempo, eu jamais teria feito aquilo. — Está tudo bem, sei que não foi sua intenção. O remédio está na cômoda, vou ir trabalhar. — Tudo bem, obrigada! Assim que apaguei a luz e fechei a porta, Eli voltou a deitar. Saí de seu quarto e segui para cozinha, peguei minha bolsa e uma fruta e saí do apartamento. Desci as escadas e me retirei do prédio, caminhando até a empresa e comendo a fruta que havia pego. Ao chegar na empresa, entrei e segui para o elevador, entrando no mesmo e subindo até o meu escritório. Assim que cheguei, coloquei as minhas coisas na mesa e comecei os meus deveres. Algum tempo depois, Leon entrou e me chamou, pedindo para que eu fosse até sua sala. Levantei-me um pouco nervosa e segui até seu escritório. — Entre e feche a porta! Fechei a porta e segui para poltrona, sentando-me em seguida. — Quero conversar sobre o sábado. — Sr.Hermam, eu sinto muito mesmo, eu... — antes que eu pudesse terminar a minha frase, Leon me interrompeu. — Por favor, já lhe disse para me chamar pelo nome! E não, eu não vim falar sobre o que aconteceu com seu irmão, mas sobre algo que ele havia me contado. O olhei intrigada, engolindo em seco, pois estava com medo de Eli ter contado algo sobre a nossa família. — E o que ele lhe contou? — Ele havia dito que gostava de beber, pois assim ele conseguia esquecer sobre o fato da sua família ter o abandonado, mas vocês havia me contado uma outra história, que eles tinham falecido, o que mudou agora, Louise? O olhei com os olhos marejados, engolindo em seco. Em seguida, abaixei a minha cabeça e deixei as minhas lágrimas caírem. — É que... é que, quando nós éramos pequenos, meus pais eram viciados em bebidas e até mesmo em drogas, então o meu pai nos abandonou. Assim que eu completei treze anos e o meu irmão onze, a minha mãe também havia nos abandonado. Tentei ligar para algum parente, para nos ajudar, mas ninguém atendeu, então tivemos que viver sozinhos e aprender a se cuidar desde cedo, por isso que é mais fácil dizer que eles morreram. — Eu sinto muito mesmo, eu não fazia ideia, me desculpa por ter tocado em assunto tão delicado. — Está tudo bem — sequei as minhas lágrimas com as mangas da minha blusa. — Desculpa a pergunta, mas você algumas vez, conseguiu reencontrar os seus pais? — Só a minha mãe, mas estava morta. Ela estava caída em em um beco na Espanha. — Sinto muito Louise, posso imaginar o trauma que vocês devem ter passado, mas também admiro muito você, o quão forte você deve ter sido e ainda está sendo. — Obrigado! — Enfim, pode voltar para o seu escritório, mais uma vez, mil perdões. — Não há problemas. Voltei para o meu escritório e sentei-me, mas assim que voltei a fazer as minhas coisas, comecei a chorar novamente. Assim que deu o horário para o meu almoço, levantei-me e peguei a minha bolsa, caminhando até a porta, ao abri-la, Leon apareceu em minha frente. — Leon... Posso ajudar-lhe em algo? — Quero levar-te a um lugar — sorriu. — Vem. Leon pegou na minha mão e saímos da empresa, caminhando até o carro dele. — Para onde está me levando? — Surpresa. Assim que chegamos no local, descemos do carro e entramos em um lugar lindo, onde os meus olhos brilharam em admiração. O lugar que Leon havia me levado, era um grande jardim, com vários tipos de flores diferentes e havia um lindo chafariz. — Nossa! — sorri admirada. — Que lugar lindo! — Este é o lugar que a minha avó trazia-me quando eu estava triste. — Se isso era para me animar, então conseguiu. — Sabia que iria gostar — disse ele sorrindo. Leon e eu nos sentamos em um banco que havia por lá, e o mesmo me deu um lanche. — Obrigado! — sorri pegando o pedaço do lanche. — Está bom? Acenei com a cabeça em afirmação, com a mão na minha boca, enquanto eu mastigava o lanche. Ao terminarmos de comer os nossos lanches, levantamos do banco e retiramos-nos do jardim, voltando para o carro. — Não esqueça que hoje acontecerá o jantar. — Mas já? — Não se preocupe Louise, tudo sairá bem. — Assim espero.
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