Cap.3

1047 Words
L U Í S A Estava deitada terminando de anotar as ideias, para que eu comece a investir nesse meu projeto. É algo meu mesmo poxa, sem ter que trabalhar para os outros, em algo dos outros. É meu! Mas comecei a ouvir gritos vindo do quarto de Rebeca, pensei estar doida, já que ela m*l recebe visitas. Cheguei até em pensar que o namorado estivesse aí, mas isso seria algo um pouco improvável, já que hoje é dia de semana e quando ele vem para cá, tem que vir cedo! Continuei ouvido gritos, e coisas quebrando. Me levantei, peguei minha arma e sai em passos silenciosos. Quando abri a porta vi um homem enforcando Rebeca, e a mesma se mexendo com frequência batendo no abajur e deixando cair. Não pensei duas vezes e atirei, três tiros e ele caiu para o lado. Olhei para ele e logo reconheci, é primo do namorado atual de Rebeca. Minha mãe e meu pai entraram no quarto com suas armas, olhando para o homem estirado no chão já morto, e para mim, que estava no canto do quarto até agora pensando no que eu fiz. Gabi: O que aconteceu aqui ? - minha mãe perguntou. Luísa: Isso só Rebeca pode responder. - falei saindo do quarto. A verdade é que eu já estava a um tempo desconfiando de que ela estivesse apanhando do namorado. Mas toda vez que eu pergunto ela n**a, e joga na minha cara que eu fico falando essas coisas porquê não namoro. E dou graças por isso, imagina só se eu namorasse e tivesse que ficar dando satisfação para alguém ? Eu me coloco em primeiro lugar pra tudo! Th: Me espera aí! - meu pai falou botando a mão na porta antes que eu fechasse. Luísa: O que foi pai ? - perguntei me sentando na cama, e guardando a arma na gaveta da cômoda ao meu lado. Th: Tá sabendo de algo que sua mãe não saiba e sua irmã não quer contar ? - me perguntou fechando a porta e trancando logo em seguida. Luísa: Não seria mais fácil o senhor perguntar isso para Rebeca ? - perguntei o que para ele, seria óbvio. Th: Eu não sou b***a Luísa, tu cresceu comigo p***a. - ele falou se sentando na minha cama. Luísa: Olha só, eu e Rebeca somos muito diferentes pai. Enquanto Rebeca só pensa em rebolar a b***a no baile, eu prefiro ficar em casa estudando, e enquanto ela joga na minha cara que eu não tenho namorado, a mesma está apanhando do namorado. Está surpreso ? Você e mamãe dão muita liberdade pra ela, e se quer saber, até pô Rebeca andou cheirando! - falei. De fato, eu já não aguentava mais. É muito r**m você ver sua irmã se afundando, enquanto faz tudo o que quer e não poder fazer nada. E eu não tinha contado porquê, a mesma dizia que o que eu sentia por ela não era amor, era "inveja". Th: Eu vou falar com a sua mãe, boa noite! - deu um beijo em minha testa e saiu de meu quarto abalado. Cara, Rebeca é linda, é muito bonita mesmo. Mas ela não se abre com ninguém, as amizades verdadeiras delas são as que oferecem drogas e rebolam a b***a no baile. São essas as amizades verdadeiras dela. Minha amiga mesmo, é minha mãe. Que mesmo errando ou acertando, fica do meu lado apoiando meus projetos. Deitei para dormir e Rebeca entrou desesperada no quarto, me encarando seria, fechou a porta do quarto e avançou em mim. Empurrei ela com os pés, fazendo ela cair no chão com tudo. Luísa: Tá fazendo o que ? - perguntei. Rebeca: Você é uma invejosa, nojenta, escrota, fofoqueira! - ela começou a gritar. Gabi: Rebeca sai do quarto da sua irmã agora! - minha mãe gritou batendo na porta. Rebeca: Eu vou acabar com você, tudo porque você falou coisa que não devia pro meu pai. Você nem é filha deles, nem isso você é! - ela gritou na minha cara. Meu pai arrombou a porta, entrando com tudo, segurando Rebeca. Rebeca: Você é adotada, porque foi usada feito brinquedo e estuprada, usada como brinquedinho s****l! - ela gritou. Minha mãe parou em sua frente e lhe acertou um t**a, fazendo seu rosto virar para o chão. Gabi: Garota para, você não é ninguém pra se meter nisso! Quem é você ? Tá se tornando escrota, nojenta, s*******o! Thiago leva ela pro quarto e não toca nela, quem vai resolver o problema dela vai ser eu! - gritou. Meu pai saiu levando Rebeca a força do meu quarto, e antes de sair ele me encarou. Sabe quando você volta a lembrar de coisas que não devia ? Pois é. Me deitei na cama e comecei a chorar desesperadamente, lembrando de tudo, das brigas, dos rostos... de tudo! Minha mãe se deitou atrás de mim e me abraçou, colocando sua perna encima de mim, segurando meu rosto sobre ela. Gabi: Já passou meu amor, acabou. Eu sou sua mãe, você tem um novo pai, nós cuidamos de você, fazemos você feliz e eu prometo pra você, que ninguém vai te encostar daquele jeito, que aquelas pessoas não está mais entre nós. É passado, você merece ser feliz! - ela segurou meu rosto com firmeza e secou minhas lágrimas. - Eu tenho maior orgulho de quem você está se tornando, tenho orgulho da mulher incrível que você é, forte, determinada e sempre correndo atrás de seu futuro. Eu e seu pai, amamos muito você, e estaremos aqui para tudo! - ela beijou o topo de minha cabeça. Luísa: A minha irmã me odeia. - falei baixinho. Gabi: Ela só estava com raiva, só isso. - falou. - Quer que eu fique aqui com você ? - perguntou. Luísa: Não mamãe, pode ir. - falei. Gabi: Qualquer coisa, me chama tá bom ? - perguntou. Eu assenti e ela saiu do quarto, acendendo a luz do corredor logo em seguida. Óbvio que não é minha primeira crise assim, de lembrar disso tudo, mas com a terapia, conforme os anos melhora no esquecimento. Mas ser lembrada assim, dessa forma, e pior, pela minha irmã ?! É doloroso demais. Dói muito. ******* Continue...
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