Cap.4

706 Words
G A B R I E L A Fiquei a noite inteira acordada, pensando nas palavras que Rebeca usou. Jamais posso dizer que Luísa errou, porquê se fosse eu no lugar dela faria o mesmo. Quando amamos alguém, e queremos o bem daquela pessoa, fazemos de tudo para tê-la por perto, sempre bem!! O dia clareou, eu levantei, tomei meu banho, escovei meus dentes e desci com o cabelo preso em um coque. Agora, me sinto mais livre com cabelo cacheados. Rebeca desceu primeiro, provavelmente para se livrar da surra que eu pretendo dar nela. Luísa desceu, se sentando distante da irmã, e pela sua cara já mostra que ela não dormiu a noite inteira. Rebeca e Luísa são tão diferentes, até no jeito de sofrer. Esperei ambas terminarem o café, Luísa saiu correndo de casa pois disse que estava tendo algum problema no salão. Acabei nem prestando atenção, olhei fixamente para Rebeca a minha frente, mexendo no celular. Gabi: Suba para cima, troque de roupa e me dê seu celular. - falei estendendo minha mão. Rebeca: Como eu vou falar com as minhas amigas então ? - me perguntou indignada. Gabi: Amigas ? Sua amiga sou eu Rebeca, que quero o seu bem. Que tipo de amizade é essa, que não pensa na tua vida, no teu futuro, mas pra te dar drogas é amiga ?! - falei. Ela me encarou f**o, me entregou o celular e subiu para o andar de cima. Vi todas as mensagens dela. De fato, eu nunca fui de invadir a privacidade de minhas filhas, nunca mesmo! Mas, com a condição de que eu tivesse confiança nelas! Bloqueei todas as amigas dela e alertei no status que ela atualmente, estará de castigo e sem celular. Layssa e Lucas desceram e eu subi, peguei todas as provas contra ela e fui para seu quarto. Gabi: Eu quero uma explicação bem detalhada sobre isso aqui! - falei. Rebeca: Mãe eu posso explicar! - ela falou. Joguei tudo no chão e pisei encima. Peguei o cinto que estava pendurado no gancho próximo ao banheiro, e fui até ela esticando bem o cinto. Um daqueles bem grossos, sabe ? Gabi: Estou esperando. - falei segurando o cinto. Rebeca: Foi as meninas elas... - começou. Peguei o cinto e dei em sua perna sem dó! Gabi: É elas que você chama de amigas Rebeca ? - virei pra trás rindo. - Vou te ensinar agora que amizade verdadeira a gente não passa a mão na cabeça não, a gente faz assim ó! - dei outra nela. - A gente corrige! - falei. Rebeca: Você alguma vez foi corrigida assim ? - ela gritou. Gabi: Não, porquê eu não era assim não! - gritei de volta descendo o cinto nela varias vezes, sem dó mesmo. Eu protegi, fiz de tudo. Sempre dei de tudo! Quis aula de dança ? Eu paguei. Quis curso de inglês ? Eu paguei. Quis sair com as amigas ? Eu deixei. Quis permissão pra namorar ? Eu dei. Tudo eu dei! Se hoje Rebeca está grande, foi graças a mim! E não vai ser ela, que depois de tudo vai se tornar uma drogada sem futuro não. Continuei batendo até sua pele n***a começar a ficar vermelha, mostrando as marcas do cinto. Cada vez que eu descia, mais ela gritava! E isso, freneticamente. Th: Já chega. - me segurou. Gabi: Eu não vou ter uma filha drogada sem futuro, nem que eu te mande pro México, ou você toma jeito ou você vai ver! - gritei me debatendo nos braços de Thiago. Th: Para amor, para. - ele falou saindo do quarto e me levando para o nosso. Me coloquei deitada na cama e ele se deitou ao meu lado, me abraçando. Th: Tá tudo bem amor, nós daremos um jeito nisso, eu prometo! - ele afirmou me beijando. Gabi: Não quero uma filha drogada, eu não quero a minha menina desse jeito, não quero! - falei me agarrando a ele. Fiquei assim durante um bom tempo, agarrada nele até o sono vim. Não tinha dormido a noite inteira, cansada, decepcionada e com sono, eu não me aguentei. Fechei meus olhos ali, em meio ao abraço de meu marido. ******* Continue...
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