Capítulo 28

1052 Words
Capítulo 28 – P.O.V – Lucio  Eu decidi tomar uma atitude, ir fazer as pesquisas certas e conseguir saber quem era a pessoa que estava possuída por um de nós. Foda saber disso, quanto mais tempo vivemos na terra pior ficava o nosso faro para coisas simples, quando caímos lá no início tudo era diferente, tudo era mais fácil... podíamos nos reconhecer facilmente bastava um olhar. Caímos aqui bem em meio a época da lei seca onde tudo parecia r**m vazio e sem forma, cada um de nós caímos em um canto remoto do planeta, mas sabíamos nos encontrar. Me lembro de estar confuso e sentir uma dor muito forte em minhas costas, passei a mão e voilá... minhas asas haviam sido arrancadas brutalmente. Todos nós caímos da mesma forma, não era segredo que todo mundo caiu fodido. E eu caí no berço da maldade humana, vulgo Estados Unidos da América. Mas eu não estava reclamando, me estabeleci rápido, me juntas as pessoas erradas e vivi como se não houvesse amanhã. Todos nós cada um dos anjos caídos na terra sabíamos o motivo de termos caído, tínhamos memória, e muitos de nós cometeram suicídio por não saber lidar com o que teríamos que passar. Então por que diabos Lily caiu na terra sem memória com uma condição diferente de todos nós? eu precisava descobrir, se eu descobrisse isso eu descobriria qualquer coisa. Os dias se passaram e todo mundo se agitou com a droga da cerimônia de homenagem ao médico, eu vi quando Lily saiu em um vestido preto junto com seu marido e uma velha que eu tinha certeza de que era a mãe do maldito i****a, já que a cara de sonsos dos dois era notável a qualquer criatura viva. Eu me sentei ao sofá, e fiquei remoendo todas as coisas... pensando em como eu podia finalmente solucionar a quantidade de percalços que foram surgindo pelo caminho, mas eu não podia esperar nem mais um segundo sentado ali sem entender a verdade de fato. Tomei então uma atitude, depois de mais ou menos quarenta minutos. - Anne eu vou sair... de carro, estou indo para a cidade, vai decifrando esse maldito código aí e eu vou atrás de um pouco de ação! - Lucio... tem certeza? sério? - ela até poderia tentar me impedir, mas desistiu no momento que notou o quanto eu estava nervoso. - Tenho certeza, eu prometo voltar vivo! - Dei um abraço nela, e entrei no meu carro... adivinhem quem já estava parada ali esperando como um cão? sim, os meus olhos quase explodiram de tanto nervoso. - Ei aonde você vai? - ela disse com aqueles olho oblíquos, totalmente dissimulada. - Não é da sua conta, vai para casa com o seu marido... - eu respondi já saindo para dar a volta. Com o carro em movimento a desgraçada entrou pela porta do passageiro e se sentou - eu vou com você... vamos. - Não você não vai, você quer sair logo daqui de dentro? e me explica como abriu a porta, sentou e fechou a porta tão rápido? - Adrenalina? - ela falou com o mesmo sorriso dissimulado. - Sai Lily... eu não preciso de mais problemas! - Você vai atrás da moça que invadiu o apartamento da sua irmã? - disse de um jeito tão leve que eu quase cheguei a acreditar que poderíamos ter uma conversa saudável. - Lily... sim eu vou atrás da mulher, e você não tem nada que fazer vindo comigo, o seu marido vai te procurar feito um louco! E droga, por que você está com a p***a de uma mochila? - Você não vai me fazer desistir de ir com você, então você pode continuar aqui parado esperando aquele bando de pessoas esnobes começarem a passar aqui ou você pode ter um ato de coragem e arrancar com a p***a do carro? - me olhava diretamente nos olhos. Eu fiz o que ela mandou, e eu nem sei por que... eu poderia ter arrancado ela a força do carro, mas eu não queria! - Eu não acredito que eu estou fazendo isso! - eu reclamei - Não vamos fazer nada impróprio, eu me convenci de que amo o meu marido...mas eu preciso saber quem é essa mulher, o que tem dentro daquele livro e se eu tiver sorte eu vou me entender também. - Você teve que ser convencida a amar o seu marido? isso é sério? - eu debochei - Esquece, eu nem deveria falar nada disso com você. - Sinto muito Lily... Lily, não é da minha conta a sua história com o seu marido, sinto muito ter falado isso... - era mentira, dos pés a cabeça tudo o que eu queria era que ela dissesse que não o amava, mas se tinha a possibilidade de ela ainda amar o marido, não fazia sentido toda a minha inquietação. - Não precisa sentir, é só você e a sua irmã pararem de mentir para mim para começar e tudo fica bem de novo... quem vocês são? por que ela me deu aquilo? vocês parecem uma família de filme de terror, ninguém sabe nada de vocês. - Você acha que nós somos os vilões? nós somos o filme de terror? baixa tua bola! A Anne te deu esse maldito colar para você conseguir dormir a noite naquela sua casinha de boneca sem alguém cortar sua garganta, então... moça... você quer descobrir quem você é eu posso te contar! Você é um ser desprezível! - droga eu falei mais do que eu poderia ter falado, qual era o meu problema? eu deveria ter ficado com a boca calada, eu não deveria ter deixado esse maluca vir comigo, eu deveria ter lidado com todo aquele problema sozinho! - Eu sou desprezível? você m*l me conhece... por que está tirando essas conclusões? e Anne? esse é o nome inteiro dela? vocês tiveram mãe? - E você Lily... você teve mãe? - eu continuava irritado pra c*****o, nossa como alguém podia abrir a boca e ser tão arrogante - eu deveria ter chutado você do carro! Teria sido mais inteligente... - Tarde demais, eu já estou aqui e eu vou com você... - O seu celular está tocando... - chamei a atenção dela. - Não tem ninguém que precise falar comigo.
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