Cap 5

1046 Words
Caty Ele dormiu tão bonitinho, segurando no meu dedo indicador, depois de me falar que estava com medo, que queria me abraçar e ficar “dentro de meu colo” O Ítalo era o meu xodó, não porque ele era filho do dono do morro, não, aquilo não me fazia a mínima diferença, mas porque ele era tão quietinho, mas tão carinhoso “Paty – Amiga ele só fala contigo, não fala com mais ninguém, nem com os amiguinhos da classe, sinceramente, achei até que ele fosse mudo” No dia da invasão, ele foi a primeira criança em que eu pensei, mas tinha outros alunos, então cuidei deles primeiro, mas não deixei o Ítalo sozinho Deu tudo certo, graças a Deus, o Preto achou a gente e levou os dois pra sua casa, mas sinceramente, acho que ele nem percebeu que o seu filho estava atracado em uma mulher que ele não conhecia, mas a Mirella sim, aquela ali não deixou passar Mirella – Se você só veio entregar o Ítalo, então pronto, deixa ele comigo e vaza Só que o menino não quis ir pro colo sã madrasta e eu achei foi bom, aquela ali, estava na cara que só se fazia de boazinha, mas de boa não tinha nada. Na hora de eu ir embora, ela ainda quis me peitar, mas nem liguei fui pra casa ... Paty – Amiga do céu, eu estava tão preocupada, seus pais então, nossa, dei até calmante pra eles, não aguentava mais ver os olhinhos com lágrimas Caty – Você sabe que eles não são meus pais, né? Mas... eles dormiram? Paty – Foi um remedinho fraquinho amiga, pode ficar tranquila Louca mesmo, como sempre, mas aquela menina nunca me deixou na mão. Na verdade, no início, eu achei que ela queria ser minha amiga pra ter algo em troca, porque todo mundo sabia que da fruta que eu gostava, ela chutava era bem longe, mas depois percebi que era amor de amiga mesmo Rapidinho, eu fui no quarto dos meus "pais", para ver o que era aquele “fraquinho” da Paty, mas percebi que estava tudo bem. Na verdade, eram os tios da Paty mesmo, os mais velhos, que não sei porque cargas d'água, me chamavam de filha... os meu de verdade... bem... isso é outra história história Paty – Vai, me conta Caty – Contar o que? Paty – Uai amiga, você ficou do ladinho do Preto e mana, ninguém chega perto daquele homem, a não ser a Mirella e aquele monte de macho que trabalha com ele. Vai amiga, me conta, você sabe que eu não gosto da fruta, mas sei reconhecer quando o produto é bom Foi a primeira vez achei rei para pensar, porque pra mim, não importava muito saber eu me preocupava somente com o Ítalo mesmo. Pensei bem Caty – Bom amiga, já que você tocou no assunto e pensando bem direitinho... O Preto veio na minha mente, e me lembrei de tudo o que eu tinha reparado nele, mas não tinha parado para pensar Caty – Ele é muito cheiroso amiga e muito bonito, muito mesmo, só que quase não conversou comigo direito, acho que ele estava mais preocupado com os tiros que a gente tentava desviar Pensando bem direitinho, o Preto é um homem lindo, na verdade, um dos mais lindos que eu já vi, alto, musculoso, com poucas tatuagens, dava para ver, mesmo por cima da camiseta, que provavelmente, ele tinha todos os gominhos perfeitamente definidos, só que assim, eu tinha plena consciência de que ele não era pra mim, então, nem adiantava eu sonhar A Paty me olhou de um jeito estranho, acho que foi por causa da minha cara de paisagem, mas não disse nada, ao invés disso, me disse que ia dormir comigo, só para me dar apoio moral e foi tomar banho Fiquei ali no quarto, deitada na cama e olhando para o teto, curtindo a minha caixinha do nada ... Paty – Está pensando no que hein? Ah, já sei no dono do morro gostoso Caty – Mas é b***a mesmo Foi o tempo de eu soltar a frade e meu celular tocou, só que eu olhei para a tela e como não reconheci o número, simplesmente desliguei. O celular tocou de novo e eu desliguei de novo, isso aconteceu umas cinco vezes, só que eu não atendia ligação de número desconhecido e pronto Levantei e fui tomar banho, mas antes, escutei alguém batendo na porta, então fui abrir Menor – Tá com o celular enfiado no **? Engoli seco, nunca recebi a visita de nenhum menino do movimento na minha casa e em nenhum outro lugar, no máximo, eu via eles de longe, no final da tarde, quando o Ítalo saia da escola Caty – Aconteceu alguma coisa? Menor – Deve ter acontecido pra você ficar desligado o telefone na cara do chefe, tá louca? Quando que eu ia imaginar que aquele número desconheço era do dono do morro? O que ele queria comigo? Não demorou muito para que eu descobrisse o que estava acontecendo, ele mesmo veio me dizer. Naquele momento, vendo o dono do morro se aproximar da minha casa, vindo na minha direção, se colocando na minha frente, eu morri mil vezes, nem consegui pensar se eu tinha feito alguma coisa que não o agradou Caty – Me perdoa, eu não queria, eu realmente não queria, me perdoa Preto – Não queria o que? Caty – Não sei, só achei que era o certo pedir perdão Preto – Hum, engraçado Engraçado, mas ele não estava dando risada Caty – O que eu fiz? Preto – Não sei, só sei que o meu menino está queimando em febre e chamando você. Acho que você sabe que ele quase não fala, e se está falando agora, é porque ele realmente quer você, então se arruma que eu vou te levar lá em casa Caty – Oi? Preto – Pode pedir qualquer coisa, qualquer uma porque, pelo Ítalo, eu dou, mas vem comigo, porque da próxima vez, eu não vou fazer pedido E eu tinha escolha? Era o dono do morro me mandando ir cuidar do filho dele. Mesmo que eu quisesse dizer não, naquela hora, isso não era opção
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