Plano C

451 Words
Era madrugada. Christian, Philips e eu esperávamos que as luzes se apagassem na mansão. O senador Lowtner já havia ido dormir, mas não queríamos acordar nenhum dos empregados ou enfermeiras. — Acho que agora a gente já pode ir — Philips sussurrou, olhando ao redor — venham devagar e tentem não fazer barulho. — Tá bem — eu disse, dando pequenos passos, e Christian me seguiu. Finalmente, chegamos ao escritório do senador, em busca da minha certidão de nascimento. — Vou ficar aqui fora como precaução, caso meu pai apareça, posso inventar alguma desculpa. — falou Philips, abrindo a porta com uma chave. Nós entramos, com exceção de Philips, e começamos a procurar os documentos que tanto almejávamos. — Tem alguma coisa aí, Chris? — perguntei, vasculhando as gavetas. — Não. Espera aí — ele subiu em cima de um banquinho preto e começou a procurar por cima dos armários. Eu encontrei alguns papéis e abri algumas pastas. Foi quando finalmente achei um envelope que continha "Isabel" escrito à caneta. — Chris — chamei-o num cochicho. — O que? — Encontrei alguma coisa aqui. Philips entrou no escritório e nos avisou para sair porque o alarme havia disparado. Peguei o envelope e o braço de Christian, então começamos a correr. Quando estávamos longe o bastante, parei para respirar fundo. Quando, involuntariamente, comecei a rir. — Está feliz? — questionou Chris. — Estou — gargalhei — não pela papelada, mas é que, Christian... — Sim? — Eu amo você — afirmei e comecei a rir ainda mais — E agora, eu amo muito a minha vida! — Eu também, Isabel. Também amo você — Christian respondeu, com um sorriso no rosto, e me levou de volta para o quarto. Abrimos a porta, e eu me arremessei na cama; estava exausta. — Vai abrir agora o envelope? — ele perguntou, sentando na cama. — Não. Vou deixar para amanhã de manhã mesmo. O que acha? — Faça o que achar melhor. — Você pode dormir esta noite aqui comigo? — pedi, dando espaço para que ele se deitasse ao meu lado. — Por que? Está com medo, ou alguma coisa assim? — Chris indagou, preocupado. — Não, não. Só queria a sua companhia. — Ah, então tudo bem. — ele retirou os sapatos e o casaco por cima da blusa, deitando-se ao meu lado. — Acha que o Philips está bem? — sussurrei já no fim da noite. — Sim, deve estar. Ele é inteligente. Apoiei minha cabeça nos p****s de Christian, enrolando seu corpo com meu braço. Então, finalmente, consegui relaxar e aliviar a ansiedade. Eu já estava descalça, então só tive trabalho em me cobrir e esperar que o dia amanhecesse.
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