Capítulo 4 – Feia

2016 Words
JACK °•°♤•°• Que barulho é esse? Foi o que pensei quando vi um corpo feminino do lado de fora do meu carro. Que p***a é essa? Me perguntando quando vejo essa mesma pessoa escrever com batom no meu vidro. Decido descer o vidro para ver a cara da maluca que está fazendo isso. Quando a doida me olha paralisada com um olhar assustado me lembro, sua maluquice me faz lembrar: É àquela selvagem! — Você de novo? - Respondemos juntos. Fico puto com o estrago no meu carro. — Garota, que merda você está fazendo? Retiro meu cinto de segurança para descer e ver o estrago que essa maluca fez, saio do meu carro e ela acorda do seu transe e sai correndo antes que eu pudesse dar a volta no meu carro, eu que não irei atrás dessa doida, porque é bem capaz de ela arrumar uma confusão maior na minha vida e preciso ficar longe de notícias com meu nome. Bufo de raiva quando vejo o estrago que esta atrapalhada fez. Coloco uma mão na minha têmpora e a outra na minha cintura olhando para o outro lado da rua vendo o corpo daquela doida sumir. Suspiro e balanço a cabeça tentando encontrar calma. Olho de novo para meu carro, e no chão perto da roda detrás a cesta da maluca cheia de flores, pego-a e procuro por informações e nenhuma. Como pude me esquecer? Como não me lembrei dela no primeiro instante? Seria demais existir mais de uma maluca dessa que entrasse no meu caminho. Mais agora ela tem duas dívidas comigo. Pego meu celular e disco o número da minha assistente e o mais rápido... — Senhor? — Leila mande um motorista até aqui no café para me busca. — O que aconteceu com seu carro? — Não te p**o para fazer perguntas, Leila, tive um problema com ele. Balanço a cabeça e desligo. Em seguida ligo para meu mecânico dar um jeito nesse vandalismo. Volto para o café para esperar o meu motorista. Olho para minha roupa toda lambuzada de café, e só de lembrar daquela florista meu sangue ferve de raiva. — Droga. Resmungo enquanto ando. (...) Finalmente. Chego em frente ao prédio da minha empresa, entro e todos começam a me cumprimentar e apenas assinto com a cabeça. As mulheres especificamente não param de me olhar até que eu entre no corredor para pegar o elevador. As portas do meu setor se abre e vejo algo estranho, todos disfarçando como se não estivessem desse jeito antes. Dei os ombros e passei no meio das pessoas que estavam concentradas no computador, e segui para minha sala, preciso com urgência tirar essa roupa. Entro na minha sala, colocando minha pasta sobre a minha mesa com a cesta. — LEILA! – Chamo minha assistente. A coitada entra desesperada como se fosse tirar um homem da forca. Olhei bem para ela que veio com um sorriso calmo. — Estou aqui sen... SENHOR JACK. – A destrambelhada do nada altera a voz. — Fala comigo Leila. — O que... – Arruma seus óculos. — Aconteceu com sua roupa? Reviro os olhos. — É por isso que te chamei, vá até a sessão de roupas esportivas e me traga uma troca de roupa rápido. — Ok. — Não demore. Ela sai fechando a porta e desta vez eu vou para o meu banheiro aqui na minha sala. Retiro a camisa sentindo uma dor, olho meu abdômen no espelho e uma marca avermelhada se destaca na minha pele branca. Apoio meus braços sobre a pia, fecho os olhos abaixando a cabeça e depois volta a olhar meu reflexo. E minha mente insistente busca aquela maluca das drogas estragadas. Lembro-me bem do dia que nos conhecemos, quando a peguei antes que caísse no chão, os meus olhos encontraram com os dela e... Claro que o ódio foi mútuo, já que quando ela abre a boca só fala bobagens que me irritam, a selvageria dela me incomoda. Logo, outro momento vem na minha mente, a de hoje, quando a peguei pelo braço e a puxei. Não n**o o quanto seus olhos castanhos são lindos e sua boca rosada. Mais só. — Senhor Jack? Ouço alguém me chamar. Logo bate na porta. Abro. — Sim Leila. Ainda bem que ela tem uma saúde ótima, senão deste momento teria um infarto agora pela sua cara. Detalhe, não gosto de pessoas doentes perto de mim. — Leila? Nada. — Leila... — Meu Deus! Senhor suas peladas... Senhor Jack, hm, quer dizer roupas... Tchau senhor, Jack. Joga as roupas sobre meu corpo e sai correndo, faço careta quando a roupa arranha minha pele sensível. — Espero não ficar deformado. Senão eu procuro aquela garota até no fim do mundo e a faço pagar caro e ela quem ficará deformada. — Quem ficará deformada? Meu melhor amigo e sócio entra na sala pegando o resto da minha fala. — Uma maluca. Ele se senta na cadeira em frente minha mesa e coloca uma perna sobre a outra. E aponta para a cesta. — Nem pergunta. — Outra? – Sorriu. — Seria castigo isso. Mais não, a mesma. Ele na mesma hora descruza as pernas e joga o corpo para frente doido por uma fofoca. — Meu amigo, me conte mais. – Diz e pega uma flor-amarela. — Demon, não tenho nada para contar. – Pego a flor de volta e coloco na cesta de volta. — E essa mancha vermelha na sua barriga, isso tem a ver com ela? — Ela me atacou, você acredita? — Não. Haha! Te conheço, fale o que aconteceu. Reviro os olhos e coloco minha blusa preta polo e uma jaqueta preta de couro por cima. — Não. Já disse que não acredita. Ando até minha cadeira. — Não seja chato, claro que não acredito porque você é cheio de paranoia e exagerado, mais ande fale. Aposto que foi emocionante. Encosto na cadeira olhando para o teto. — Ela é apenas uma florista, não importa, só que pela segunda vez que encontro com ela e um desastre acontece. — Aposto que se tivesse uma terceira também aconteceria. Haha! — Se eu ver ela vendendo aquelas malditas flores, irei cobrar os dois prejuízos. — Acho que são três. – Damon coloca fogo. Olhei para ele, pensei e joguei meu corpo sobre minha mesa de vidro. — p***a! É mesmo. O acidente que me fez perder uma reunião muito importante, a minha roupa de café e meu carro. Agora que eu estou torcendo para ver aquela maluca de novo. Demon sabia dela, devido ao acidente que ela causou no meu carro. — Para quem foge das mulheres no dia seguinte, está saindo melhor que encomenda. — Não fode Demon, sabe quais são meus motivos e mais, ela não é meu tipo. — É feia? — Uhum. Meu amigo abre um largo sorriso adorando a fofoca, mas vou acabar com a graça dele. — Vamos apostar. — Não. — Eu sei que não resiste a uma. — Não tem nada o que apostar. — Não? Ok, chefinho. Ainda irei arrumar algo para ganhar. — Você nunca ganha. Não sei porque ainda quer perder mais dinheiro, a última vez o prejuízo foi de quinhentos mil. Logo ficará até sem casa, haha! — Vou não. Tem a sua. E àquela da placa do carro, se esqueceu que perdeu? — Nem sonha. Foi só essa. — Me aguarde. – Ele levanta. — Vamos temos uma reunião com o mesmo cliente que a florista o fez perder aquele dia, nossa última tentativa de mostrar que somos o melhor em publicidade. — Sim. — Devia ligar e agradecer o presente. – Diz cheio de graça mexendo na cesta. Dou um tapa na mão dele que reage com uma careta, resmungando. Pego os documentos para levar a sala de reuniões, e saímos da minha sala com minha assistente nos seguindo atrás de nós. — Jack, ela é feia mesmo? – Ele deu um sorrisinho sínico. — Tchau Demon. Vamos Leila, meu sócio vai tomar um cafezinho para ver se a cafeína deixa ele menos curioso. Saio andando rápido demais e Leila quase correndo dentro da produção, sei, porque ouço seus pequenos saltos saltitarem no chão. — Jack, não seja chato! Volta aqui... (...) Depois de uma tarde exaustiva ainda tenho uma reunião com meu sócio, Gregório. Um amigo do meu pai, que comprou metade das ações da nossa empresa e teve uma ideia que nos gerou milhões e nos tirou da crise após o meu divórcio, como eu praticamente tirei todos os direitos de dela sobre meus bens após a prova da traição, o pai de Emily se retirou nos deixando quase a falência, até Gregório. Sua ideia foi abrir categorias de assuntos para alcançar outros públicos, como o mundo feminino e adolescente. A parte feminina fica por conta dele e eu fico com o resto, a parte do interesse masculino. Mais, em geral, nossa revista alcança diversos assuntos. E isso foi como um ressurgimento da Fatale, que a partir daquele momento resolvemos comemorar todo ano na data de renovação com um grande evento para celebridades e claro que nós fazemos a nossa cobertura e publicamos as notícias ao nosso público. Gregório é um homem bom, mais o que me incomoda nele é só sua ambição, mais tem dado certo desde então. Pela hora todos devem ter ido embora, apenas Leila ainda não foi, então decido levantar da minha cadeira e ir até sua mesa que fica do lado de fora da minha sala. E aponto a cabeça para fora. — Leila? — Sim, senhor Jack. – Levanta-se prontamente. — Precisa de algo? — Sim, que vá embora. — Estou demitida? – Ela sorriu. — O quê? Não. Seu sorriso se fecha. Ela é doida. — Enfim, já deu seu horário. Não quero ser processado por trabalho escravo. — Não se preocupe, eu só estava terminado de organizar sua agenda. Assinto a cabeça e entro novamente indo até o aparador e pegando um copo de água. Olho o meu relógio e vejo que meu sócio está atrasado e ele geralmente é bem pontual. Fecho meu notebook, me pego minhas coisas porque depois logo irei para casa. Max deve está deitado em frente a porta como todos os dias olhando-a esperando por mim. Caminho até do outro lado do prédio entrando no seu local de trabalho, pego uma escada interna mesmo dentro do meu andar que se dá para o de cima, como somos uma só empresa tudo é conectado. Sua porta está entreaberta. Abro. — Gregório? – O chamo entrando. Nada. Ando pela sala até ver, uma mão? Corro até perceber o que aconteceu, vejo o corpo dele caído no chão. — Gregório?! – O chamo. Procuro por seus batimentos cardíacos e pego no seu pulso, e olho no meu relógio fazendo a contagem, o que me mostra estar fraco. — Merda. Corro até o telefone e chamo um segurança para que me ajude o levar para meu carro, já que até a ambulância chegar ele pode falecer. Fico desesperado tentando levantar ele, seu corpo é bem pesado. — Senhor? — Vem logo me ajudar. O segurança corre até mim e nós carregamos ele até o estacionamento. Percebo que ele tem um corte na testa. O que me preocupa mais. — Qual o hospital mais perto, Rick? O hospital qual temos convênio é mais longe. — Senhor, o mais perto é o hospital Charles. — Ele é aquele particular? — Não. — Droga. Mais vai nele mesmo, assim que eles ajudarem ele a acordar eu o transfiro. — Certo. — Obrigada. Ele sorri e entro no carro e corro mais rápido que posso e em cinco minutos chego. Saio já falando alto, chamando alguém que venha ajudar. Vejo dois enfermeiros vindo com uma maca. Vou acompanhando apressadamente e percebo que esqueci meu celular. Viro-me com presa e bato contra um corpo fazendo alguém cair no chão. — Perdão, senh... Ah só pode ser s*******m! °•°♤•°•
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