NEM TODO AMOR É PARA SEMPRE

"Esperança"

O tempo se passou... Algumas coisas permaneceram iguais, mas, atualmente, algo diferente aconteceu. Uma nova menina chegou na minha sala. Sim, ainda estou no ensino médio.

Ela parece ser tão... alegre!

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- Olá! Posso sentar com você? Claro, se não for incômodo. - Ela me perguntou de uma forma tão animada, mas ao mesmo tempo, parecia um pouco insegura. Seus olhos esverdeados eram realmente belos.

- Ah, claro, imagina... - Admito que nunca fui boa em diálogos com pessoas assim. Também não estava acostumada a ter alguém sentado ao meu lado.

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Os meses se passaram, e cada vez conheço melhor a Emilly. Ela é aquele típico tipo de garota alegre e sonhadora, como um girassol em meio a uma tempestade. Pela segunda vez em todos esses anos, não estou me sentindo só ou solitária. Ela parece iluminar até mesmo minhas noites. Às vezes, passamos a noite inteira conversando pelo celular sobre nossas vidas. Agora, tenho com quem conversar e até mesmo desabafar. Talvez seja por isso que estou começando a me sentir melhor.

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Parece loucura... mas ela realmente me obriga a sair de casa. Que filha da mãe. Às vezes, ela parece ser tão lerda a ponto de não entender que minha tia não vai deixar... Mas, mesmo assim, eu saio. O desaforo só vem quando chego em casa.

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Em um dia ensolarado, Emilly apareceu com um sorriso travesso no rosto.

- Emy! Vamos sair hoje, eu estou te sequestrando! - Ela anunciou, sem nem me dar chance de recusar.

- Sair? Pra onde? - Perguntei, já sabendo que seria uma batalha convencer minha tia a me deixar ir.

- Vamos ao shopping e depois ao parque de diversões! Vai ser incrível, você vai ver! - Ela respondeu, toda empolgada.

Eu suspirei, sabendo que minha tia não ficaria nada feliz, mas a ideia de sair e passar um tempo com Emilly parecia irresistível.

Depois de uma discussão previsível com minha tia, Emilly e eu finalmente estávamos no shopping. Ela praticamente saltitava de alegria.

- Olha isso, Emy! Essa loja tem os melhores milkshakes! - Ela me puxou pelo braço até a lanchonete, já decidida sobre o que pedir.

- Você realmente gosta dessas coisas, hein? - Sorri, me sentindo contagiada pela sua animação.

- Claro! E você vai amar também, confia em mim. - Ela piscou, me entregando um milkshake enorme.

Nós nos sentamos e, enquanto tomávamos nossos milkshakes, a conversa fluía naturalmente.

- Sabe, Emy, eu sempre quis ter uma amiga para fazer essas coisas. É tão legal sair e só... viver, sabe? - Emilly disse, com um sorriso genuíno.

- Eu entendo. Acho que nunca pensei nisso antes... Mas você tem razão. É bom estar aqui. - Admiti, percebendo como aquele momento estava me fazendo bem.

Depois de explorar o shopping, fomos ao parque de diversões. A luzes, o som das risadas, e a adrenalina dos brinquedos me fizeram sentir viva de uma forma que não sentia há tempos.

- Vamos na roda-gigante! - Emilly exclamou, apontando para o grande círculo iluminado.

- Tem certeza? - Perguntei, meio hesitante.

- Absoluta! A vista lá de cima é incrível. - Ela respondeu, já me puxando para a fila.

Quando finalmente estávamos no topo da roda-gigante, Emilly virou-se para mim com um sorriso largo.

- Emy, olhe só isso! Não é lindo? - Ela apontou para a vista da cidade iluminada à noite.

Eu sorri, observando a paisagem. Mas o que realmente me deixou feliz foi perceber que, pela primeira vez em muito tempo, eu estava apreciando o momento.

- Sim, é lindo, Emilly. Obrigada por me trazer aqui. - Respondi, sentindo uma gratidão sincera pela sua amizade.

- Ei, não precisa agradecer! Eu disse que a gente ia se divertir, não disse? - Ela riu, e logo estava planejando nosso próximo passeio.

Nos próximos dias, passear com Emilly se tornou um hábito. Fosse no shopping, no parque, ou em qualquer outro lugar, sua companhia me trouxe uma alegria que eu não sabia que ainda podia sentir.

- Sabe, Emy, eu sinto que você mudou desde que nos conhecemos. Parece que você está mais... feliz. - Emilly comentou um dia, enquanto andávamos pelo parque.

- Talvez seja porque eu finalmente tenho alguém como você por perto. - Respondi, sorrindo para ela.

- Awww, isso é tão fofo! - Ela riu, me abraçando de lado. - E adivinha? Eu também estou muito feliz por te ter na minha vida.

E assim, os dias continuaram, com Emilly ao meu lado, trazendo um pouco de luz e cor para a escuridão que antes parecia infinita.

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O tempo continua a passar, e com cada novo dia, minha vida parece um pouco mais brilhante. A presença de Emilly não apenas ilumina meus dias, mas também me traz uma nova perspectiva. Mesmo quando a rotina escolar se torna cansativa, sei que sempre tenho algo para esperar com ansiedade: o tempo que passamos juntas.

- "Sabe, Emy, eu estava pensando..." - Emilly diz um dia, enquanto estamos sentadas sob a sombra de uma árvore no parque, aproveitando a brisa suave de um fim de tarde.

- "Pensando em quê?" - Pergunto, curiosa.

- "Eu nunca imaginei que fazer uma nova amizade pudesse mudar tanto a minha vida. Sinto que a gente se complementa, sabe? Você é tão calma e racional, e eu... bem, sou meio impulsiva." - Ela ri, claramente divertida com a própria descrição.

- "Eu não sei... Acho que, de certa forma, você também me mudou, Emilly. Antes de você aparecer, eu não tinha coragem de fazer metade das coisas que fizemos nos últimos meses. Você me tirou da minha zona de conforto." - Admito, sentindo o peso das minhas palavras.

- "Eu fico feliz de ouvir isso. A vida é muito curta para a gente viver presa em medos e inseguranças, né? E, bom, fico ainda mais feliz que você me deixe ser parte disso." - Ela sorri, e seus olhos brilham com uma sinceridade que aquece meu coração.

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Com o tempo, nossa amizade se fortalece. Saímos com mais frequência, explorando novos lugares e experimentando coisas diferentes. Emilly sempre tem uma nova ideia maluca, e eu, mesmo hesitante, acabo cedendo e me divertindo mais do que jamais pensei ser possível.

Um dia, enquanto caminhamos pelas ruas movimentadas do centro da cidade, Emilly para abruptamente.

- "Ei, Emy! Olha aquilo!" - Ela aponta para uma pequena loja de música com uma vitrine repleta de instrumentos.

- "O quê? Você toca algum instrumento que eu não sei?" - Brinco, seguindo seu olhar.

- "Não exatamente... Mas eu sempre quis aprender a tocar violão. Que tal a gente entrar e dar uma olhada?" - Ela pergunta, seus olhos brilhando de entusiasmo.

Entramos na loja, e Emilly imediatamente é atraída por um violão simples, mas bonito. Eu a observo enquanto ela examina o instrumento, seus dedos passando suavemente pelas cordas.

- "Você devia tentar. Quem sabe você descobre um talento escondido?" - Sugiro, meio brincando, meio séria.

- "Você acha? Talvez... E se você aprendesse junto comigo? Seria divertido!" - Ela diz, seus olhos verdes brilhando de animação.

Eu hesito por um momento, mas o entusiasmo de Emilly é contagiante.

- "Por que não? Vamos fazer isso!" - Respondo, sentindo uma onda de animação que não costuma ser comum em mim.

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E assim, começamos a aprender a tocar violão juntas. Não é fácil, mas Emilly sempre consegue transformar até as lições mais difíceis em algo divertido. Rimos dos nossos erros, comemoramos nossos pequenos progressos, e, aos poucos, as notas começam a soar um pouco mais melodiosas.

- "Emy, você tá melhorando! Olha só, até parece que você já sabia tocar!" - Ela diz, exagerando com sua típica animação.

- "Ah, nem tanto. Mas acho que estou começando a entender como funciona." - Respondo, tentando conter um sorriso.

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Esses momentos com Emilly fazem com que eu me sinta mais conectada à vida, mais disposta a enfrentar o que vier pela frente. Até mesmo a tensão em casa parece mais fácil de suportar quando sei que tenho uma amiga como Emilly para me apoiar.

E assim, os dias passam. O que antes parecia ser uma vida cinza e monótona, agora está cheia de cores e possibilidades. E tudo isso graças a Emilly, que traz consigo a luz que eu precisava.

Eu sei que a vida nem sempre será fácil, mas agora, também sei que não preciso enfrentá-la sozinha. E essa é a maior vitória de todas...!