Capitulo 3

2001 Words
Larissa_ Sim, Sr. Collins. Ryan_ O seu vale alimentação já está aqui, amanhã você trás a sua carteira de trabalho para que eu possa assinar. Onde será que eu coloquei a minha carteira. Ele me entrega o vale alimentação, hoje irei preparar uma boa janta em casa, eu estou muito feliz por ter um vale alimentação. Larissa_ Sim senhor. Ryan_ Aqui está a chave do portão, amanhã você começa no mesmo horário. As 8:30 eu desço para tomar o meu café. Larissa_ Sim senhor Ryan_ Boa garota, eu não gosto de atrasos então... Larissa_ Não irei me atrasar. Ryan_ Ótimo. Estou muito animada, eu saio da casa do Sr. Collins minutos depois entro no ônibus, passo na escolinha pego o Henrique e vou até o mercado. Coloco o Henrique naqueles carrinhos para crianças, faço uma pequena compra de coisas que consigo carregar, devido ao horário o supermercado não faz entregas na favela. Vou caminhando lentamente para casa, o Henrique quer caminhar sozinho. Ele me mostra todas as coisas que chama a sua atenção. Já são 19h chegamos em casa, o meu pai não está em casa, vou para a cozinha preparar o jantar. As 20h o Henrique e eu jantamos, eu arrumo a cozinha e vou para a sala brincar com ele, pouco tempo depois o meu pai chega em casa bêbado. Pai Fernando_ Lari, você che..gou, eeu saí faz pouco tempo. Larissa_ Vai tomar um banho pai, depois você janta Pai Fernando_ Tem janta hoje? Larissa_ Tem Pai Fernando_ Isso é ótimo né. Larissa_ É pai. Ele vai tomar banho, eu coloco o Henrique para dormir, volto para a sala e fico esperando o meu pai sair do banheiro. Pai Fernando_ Você comprou muita coisa. Larissa_ Comprei mais coisas para o Henrique, já que eu não consigo carregar muitas coisas sozinha, sábado vamos no mercado fazer uma compra de verdade. Pai Fernando_ Com que dinheiro? Larissa_ Meu patrão me deu um vale alimentação, da para fazer uma boa compra. Pai Fernando_ Ah Larissa_ O senhor me prometeu que não iria sair. Pai Fernando_ Eu fui tomar umazinha. Larissa_ Pai, os donos do bar, ficam vindo aqui nos ameaçar. Pai Fernando_ Eu não ligo. Larissa_ Mais eu ligo, você acha que eu gosto de ser ameaçada? E se fizerem alguma coisa com o senhor? Ou com o Henrique? Se o senhor não parar de beber, infelizmente eu irei te mandar para uma clínica de reabilitação. Pai Fernando_ Não vai, essa casa é minha eu faço o que eu quiser se não está bom para você, vá morar em outro lugar. Larissa_ A casa é sua sim, mas você deveria se preocupar com a sua vida. Pai Fernando_ E você deveria se preocupar com a sua vida. Larissa_ Talvez eu devesse mesmo me preocupar com a minha vida e deixar você se afundar e depois não ter ninguém para te ajudar, já que não somos bem vindos aqui, eu vou morar em outro lugar mesmo, não quero que o meu filho cresça te vendo desse jeito. Pai Fernando_ Me vendo desse jeito? Larissa_ Sim, um bêbado, que vive caído no meio da rua, não arruma um emprego pois vai nas entrevistas bêbado. Pai Fernando_ Chega Larissa, chega, só porque arrumou um emprego agora está assim. Larissa_ Assim como? Pai Fernando_ Chata. Eu me levanto e vou para o meu quarto, troco mensagens com a Manu e depois pego no sono. Acordo pela manhã, vou até a cozinha, preparo o meu café, volto para o quarto, me arrumo e depois troco a roupa do Henrique, pego nossas coisas e o Henrique em meus braços o levo para a escolinha e vou para o trabalho. .. Chego no trabalho, troco de roupa, preparo o café e ponho a mesa, aguardo o Sr Collins. As 8:30 em ponto ele se senta a mesa, eu sirvo o café, ele toma um gole e faz uma cara feia. Ryan_ Esse café esta horrível, prepare outro agora. Larissa_ Sim senhor. Eu entro na cozinha estou tremendo, não acredito que vou perder o emprego por conta de um café. Eu passo o café novamente e levo para ele, sirvo. Ele toma um gole do café. Ryan_ Larissa você realmente sabe cozinhar? Larissa_ Sim senhor. Ryan_ Tenho as minhas dúvidas, o café está horrível um gosto de pó, da até para cortar esse café. Larissa_ Me desculpe senhor. Ryan_ Não se desculpe, faça melhor. Eu vou para a cozinha preparar outro café, eu o xingo nos meus pensamentos dos piores nomes, o que estou fazendo de errado, termino de fazer o café e levo para a mesa, sirvo ele. Ryan_ Essa sua cara está horrível, eu gosto de ser servido com um sorriso no rosto. Eu dou um sorriso falso. Mas na minha cabeça continua os xingamentos. O que esse homem tem de bonito, ele tem de chato, nojento, sem educação e fresco. Ryan_ O seu sorriso está muito falso e o seu café continua horrível, eu vou não vou tomar isso, você fez o meu dia começar r**m, e quando o meu dia começar r**m eu fico m*l humorado o dia todo, você deveria saber pelo menos fazer um café... Larissa_ Mas... Ryan_ Não me interrompa por enquanto que eu estiver falando, entendeu? Larissa_ Sim senhor Collins. Ryan_ Ótimo, eu vou para a delegacia agora, não virei para o almoço. Larissa_ Sim senhor. Ryan_ Não quero correr o risco de comer uma comida r**m. Larissa_ A minha comida não é r**m. Ryan_ Depois de não saber fazer um simples café, tenho minhas dúvidas se realmente sabe cozinhar. Eu volto para a cozinha, choro de raiva, ele é um sem educação, ele não precisava falar assim, não vai ser nada fácil trabalhar para esse chato. Assim que ouço a porta bater eu subo para arrumar o seu quarto, limpo o banheiro, em seguida arrumo a sua cama. Vou ate a varanda pego as roupas que já estão passadas e vou até o quarto guardar, abro a porta do guarda roupa, coloco as camisas no cabide, quando vou guardar as calças, vejo uma caixa preta que chama muito a minha atenção. Eu abaixo e puxo a caixa. Não, eu não posso abrir, mas talvez só uma espiadinha não faz m*l, eu puxo mais a caixa, quando eu vou abrir a caixa. Ryan_ O que está fazendo? Você não deve mexer nessa caixa. Larissa_ Senhor Ryan me desculpe. Ryan_ Isso não faz parte do seu trabalho. Larissa_ Me desculpe senhor. Ryan_ Não desculpo, você não deve mexer nos meus objetos pessoais. Larissa_ Sim senhor. Ryan_ Agora saia do meu quarto. Larissa_ Sim senhor. Eu fui pega, que vergonha, estava tão concentrada em descobrir o que tinha na caixa que não ouvi ele chegando, mas agora estou ainda mais curiosa para descobrir o que tem de tão importante la, que ele não quer que eu mexa, mas se ele me pegar mexendo nas suas coisas de novo, provavelmente vai me mandar embora, e eu preciso muito desse emprego. Vou até a varanda e coloco as roupas na máquina. Estou muito envergonhada com o que acabou de acontecer. Que vacilo. Ryan_ Larissa. Larissa_ Sim, senhor Collins. Ryan_ Se eu pegar você mexendo na minha caixa ou perceber que você mexeu, eu irei demitir você, entendeu? Larissa_ Sim, senhor Collins, isso não irá mais se repetir. Ryan_ Ótimo. Ele me deixa sozinha, eu começo a chorar, eu nunca fui tratada dessa forma, respiro fundo várias vezes e tento parar de chorar. Eu não acredito que estou chorando por isso, mas não consigo parar de chorar. Ouço passos, estou virada para a máquina de lavar, limpo as minhas lágrimas rapidamente. Ryan_ Lava essa camisa, preciso dela mais tarde. Larissa_ Pode deixar ela aí Ryan_ Onde? Larissa_ Em qualquer lugar. Ryan_ Preciso dela hoje não se esqueça. Larissa_ Não vou me esquecer. Ryan_ Para de chorar, não é possível que você não aguenta um sermão. Você não é mais criança. Eu não o respondo, mas como eu queria poder xingar, ah como eu te odeio, que vontade de bater em você, e falar tudo que eu penso ao seu respeito, seu chato. Olho com uma cara bem feia para ele e vou até o varal, pegar as roupas que já secaram, ele fica ali parado me olhando. Preciso muito desse emprego, preciso apreender a controlar os meus sentimentos de raiva e a fingir que ele não está aqui, não posso me intimidar pela sua arrogância. O senhor Collins foi para a delegacia, o resto do meu dia foi bem tranquilo, sem a sua presença intimidadora, arrumei toda a casa, deixei a camisa que ele iria precisar em cima da cama, passada. Fecho a casa e vou para o ponto de ônibus. Uma mulher puxa assunto comigo. Mulher_ Oi, você trabalha pro Ryan Collins? Larissa_ Sim Mulher_ Coitada de você. Larissa_ Como? Mulher_Não para empregados lá. Larissa_ Por que? Mulher_Ele é muito sem educação, grita com os funcionários, um verdadeiro monstro. Segundo os boatos. Larissa_ Ah. Mulher_ Varias mulheres já saíram de lá chorando. Larissa_ Eu percebi que ele é assim mesmo. Mas talvez se eu fizer as coisas certas ele não precise gritar. Mulher_ Acredito que em uma semana você pode conta. Larissa_ Eu espero que não, preciso muito desse emprego. Mulher_ Então que você tenha uma boa sorte. Larissa_ Obrigada. Ele ainda não gritou, e espero que não grite, eu preciso passar por cima de tudo eu preciso desse emprego. Eu não posso sair em uma semana. Preciso fazer tudo exatamente do jeito que ele gosta para melhor. Para ele não me mandar embora. O ônibus chega e eu embarco, depois de quase uma hora, desço no ponto próximo a escolinha, pego o Henrique e vou para casa. Chego em casa, coloco o Henrique no chão, pego o meu celular e faço uma chamada de vídeo com a Manu. Ela atende Manu_ Oi gorduxinho da Dinda, manda beijo, canta pra Dinda. Larissa_ Oi Manu Manu_ Oi Lari, cadê o gorduxinho da Dinda. O Henrique faz gracinha para a Manu. Ele manda beijo, dança, fala umas coisas que não entendemos. Depois de alguns minutos o Henrique vai brincar e não dá mais atenção para a Manu. Manu_ Oi Lari Larissa_ Oi Manu Manu_ Tenho uma notícia ótima para te contar. Larissa_ Mesmo?? Digaaaa. Manu_ Volto para o Brasil daqui 3 meses. Larissa_ Ainda? Manu_ Sim, estou terminando o intercâmbio. Larissa_ Vou aguardar ansiosa a sua volta. Manu_ Eu vou ficar um mês grudada no meu gordelicia. Larissa_ Essa eu quero ver. Manu_ Vamos arrumar uns Boys. Larissa_ Estou trabalhando muito, não tenho tempo para isso. Manu_ Pois trate de arrumar. E como está o Henrique na escolinha? Larissa_ Ele está gostando, fez alguns amiguinhos, as professoras gostam dele. Manu_ Não tem como não gostar dele. Larissa_ Não têm. Manu_ Você ainda não arrumou nenhum namorado Lari? Larissa_ Não, você sabe que tenho medo, só de pensar em alguém me tocando eu me arrepio toda. Manu_ Mas quando você arrumar uma pessoa que você goste, o toque vai ser completamente diferente e você vai desejar muito que a pessoa te toque. Larissa_ Talvez um dia, mas por enquanto eu não quero de jeito nenhum, não quero nem pensar nessas coisas. Manu_ Vocês precisam disso Lari, tanto você, quanto o Henrique. Larissa_ Por enquanto não. Manu_ Lari, eu sei que você não gosta de falar dessas coisas. Larissa_ É eu não gosto mesmo. Manu_ Mas vamos ter que falar assim mesmo, quando eu voltar eu quero te apresentar uma pessoa. Larissa_ Manu, eu não quero conhecer ninguém. Manu_ Esse que quero te apresentar é o meu primo. Larissa_ Primo ou não, eu não quero. No final eles sempre querem o que eu não consigo nem imaginar fazer. Manu_ Eu ainda vou demorar voltar, talvez até lá, você tenha mudado de ideia. Larissa_ Eu acho que até lá, os meus pensamentos ainda continuará os mesmos. Manu_ Ok não tem jeito de conversar com você, vou desligar agora, beijo. Larissa_ beijo.
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