cap.6

1723 Words
Cap.6 Assim que chegamos em casa Aysha parecia voar na escada, só faltou a vassoura já que tropeçou e caiu quando subiu o último degrau, ela sabe muito bem que Henry está para chegar por isso lá vai a cabrita correndo para meu quarto. Eu a seguir agora tenho que ajudar henry e ela, estou me sentindo um pouco diabólica, tenho que fazer ela gostar de henry enquanto a ajudo a ficar com o professor. — Aysha, já disse que o Henry é legal — comecei a minha citação. — como você pode saber se até um dia desses ele nem falava com você? — bom… o pouco que conheci dele já sei que ele é um cara do bem — menti, é óbvio que aquele cara é um transtornado, porém… espera! Aquele professor colocou a faca em meu pescoço e me ameaçou, ah não… literalmente ele pode ser pior que o Henry. — Aquele homem não é bom, não vejo nenhuma bondade nele — disse de forma abrupta. — Está bem, se esconda aqui, mesmo que eu vá apanhar no final e ser acusada de atrapalhar seu casamento e blá blá blá — articulei entediada. Enquanto ela estava jogada na cama, segui para o banheiro, tomei um breve banho, lavando o cabelo, trouxe comigo o sapato ainda cheia de lama seca e limpei com uma escova em cima da pia, ficou tudo sujo de lama, mas não posso esperar que alguém limpe, não é mesmo? Rapidamente jogo água e toda sujeira vai embora, eu gosto de ver tudo bem organizado em seus mínimos detalhes. Saio enrolada na toalha, escolho uma regata, e uma saia estilo colegial, se bem que é um pouco curta demais, o certo é na medida dos joelhos, mas está um pouco acima, considerado curto para meu pai, coloquei uma sandália de tira, sequei o cabelo o deixando ondulado e amarrei com uma fita fazendo um perfeito r**o de cavalo. — para onde está indo? — Pergunta Aysha me analisando. — vou sair — está parecendo uma princesa de tão arrumada que ficou — o que quer dizer? — perguntou séria. — Normalmente você é desleixada. — a senhora perfeição tem sempre algo para criticar — disse indiferente lhe jogando a chave. — Vou sair agora, a noitinha estou de volta — aviso, sigo discretamente pelo corredor vazio, bem na ponta do pé, pelo horário meu pai deve está com henry no escritório, eu só tenho que passar devagar que eles não vão me perceber. — Estava te esperando — comentou a voz pesada e a porta do escritório abrindo, apenas mordi os lábios com força em retaliação a minha frustração, ela está ele, elegante e seu perfume exalando e invadindo minhas narinas, lindo e perigoso. — me esperando? — perguntei ele parecia estar sem reação. — onde está indo? — perguntou mudando o humor. — estou saindo agora — com certeza não vai ver nenhum sarnento — não mesmo e não é de sua conta, me esperando você disse? — sim, quero ver a Aysha — disse quase ordenando. — lembre da sua promessa também, não forçá-la a nada — só quero vê-la — e ela não quer te ver, eu vou tentar a convencer, mas para isso você tem que ser paciente com a minha cabritinha — Que linguagem é essa? — sei lá, a Aysha parece um cabritinho para mim, só chora e chora e pula e cai bate a cabeça e não faz nada inteligente — disse e ele apertou os lábios, apreensivo, estou quase tendo a impressão que posso fazê-lo desistir da Aysha com a burrice dela, é querida irmã. Sua burrice te salvou até que não serve só para afundar a sua irmã — você é uma criança superdotada, ouvi seu pai falando sobre isso — comentou repentinamente. — Sim, nesse momento aos 13 anos eu já podia ter feito uma graduação, pensa? — muito nova — ainda assim eu queria, eles me jogaram de uma série para outra em apenas um ano eu pulei três séries e ainda parecia que eu estava na primeira — você parece gostar disso, não é? — eu amo — mas não é boa o suficiente para trazer a Aysha até mim? Você pode por favor parar de brincar e me trazer a minha esposa que você anda escondendo. — eu não escondo, ela faz isso sozinha, Eu estou bem aqui, como posso está escondendo ela? — perguntei passando por ele jogando meu r**o de cavalo para o lado, credo que cara insistente se ela não gosta dele, paciência. Desço as escadas torcendo para não encontrar meu pai, afinal ela poderia me jogar na masmorra por esta saindo sem sua permissão. E lá vou eu de novo seguindo sem segurança nenhuma pela mesma estrada, será que aquele homem sobreviveu? Bom… acabei de ter a resposta, a polícia já está reunida no local a beira da floresta, traziam um corpo na maca, minha dedução é que está vivo e bem vivo porém inconsciente, mas pelo número de pancadas ele nem vai lembrar quem o acertou. Hoje a tarde eu começo meu trabalho de meio período em uma lanchonete não muito longe de casa, já que meu cartão foi bloqueado e tenho que arrumar meios de ganhar dinheiro. Não é muito comparado ao que eu tinha, eu devia ter aproveitado mais aquele valor que tinha lá ao invés de querer economizar em cartão que meu pai tem controle, Aysha sempre gasta a mesada dela toda com coisas idiotas, no meu caso lá se foi toda a economia para pagar o curso que eu queria. Lanchonete tacos chimu, vou servir mesas, lavar pratos e limpar banheiros, de tudo que há de mais baixo para se fazer depois de ser de uma família rica com um pai mão de vaca. Assim que chego na recepção me entregam um avental, uma caneta e um papal, não vai ser complicado fazer os pedidos e entregar, eu sou muito boa de memória. Demorou em torno de quinze minutos até eu ter a terrível surpresa, lá estava ele atraindo olhares, aparentemente ainda não me viu, então me enfiei atrás do balcão. — Sai da frente que esse eu atendo — comentou uma das garçonete. — fica a vontade — disse indiferente indo pegar o esfregão pronta para me esconder no banheiro. — por que um homem tão elegante viria a um lugar como esse? — suspirou a balconista. — parece até um príncipe. — ai, parece até um príncipe…. — murmurei baixinho em deboche, não sabia como as coisas estavam indo lá, no momento não me interessa, só queria um jeito de conseguir chegar no banheiro. — ruiva — chamou a garçonete com cara de gato escaldado. — ele disse que veio falar com você, que é para você parar de se esconder atrás do balcão — finalizou em seguida indo atender as outras mesas, suspirei resmunguei mas levantei para o encarar então ele gesticulou o dedo me chamando, todas as meninas me encararam confusas, meu deus eu só tenho quinze anos se essas barangas pensar qualquer coisa errada eu perco minha honra na casa de meu pai, certo que já não tenho, mas só faltou meu pai deduzir que uma criança que nem chegou na puberdade vai se interessar por um cara velho como um henry, certo que trinta e dois anos não é tão velho, mas comparando mim é. Cambaleei, tropecei , amarrei os passos, mas cheguei em sua mesa, ele estava com os braços cruzados e olhar analítico, apontou para a cadeira a sua frente para que eu sentasse, obedeci né, se ele contar ao meu pai estou ferrada. — Estou esperando você me dizer o que está fazendo — comentou me encarando enquanto me encolho pensando em uma desculpa. — bom… minha melhor amiga estava precisando de alguém para cobrir ela no trabalho já que está doente — mentir encabulada. — tente de novo, você não tem amigos e isso está claro — ok, está certo, como uma moça rica e soberba queria saber como é a vida dos pobres miseráveis que tem que trabalhar por um salário, ganhando apenas 100 dólares — Comece de novo, você nem me parece soberba — disse me olhando descrente, mas eu queria continuar a tentar o enganar, mesmo que não colasse. — tenho mil e uma desculpas, quer… — me diga a verdade — exigiu aborrecido. — ah qual é? Você é meu pai agora? — O que está acontecendo? — insistiu. — o canil que minha mascote vive está passando por crises financeiras e não tem ração para todos os cachorros, e eu quero juntar para pagar um curso que eu queria muito fazer, então… peguei esse trabalho informal e miserável para que com o dinheiro que eu vou ganhar consiga pagar meu curso e alimentar meu animal — contei e meio que até pareceu triste, eu sou tão cínica assim? — por que seu pai cortou sua mesada? — ele é assim, sempre cobra mais de mim, mas não estou reclamando, amo meu pai — Ok, então você não vai ficar em casa, como você vai me ajudar com a escarlate? — ah… isso? — suspirei apreensiva, ele me fez até perceber uma coisa chata, eu estou tentando fazer dinheiro para coisas mais importante e Aysha e ele me cercando com suas futilidades. — Olha… eu preciso de dinheiro então só a noite posso conversar com ela — quando terminei de falar ele mexeu em um dos bolsos. — Se era dinheiro que queria era só dizer, pode ficar com esse cartão, use o quanto quiser, portanto que me ajude a conquistar Aysha “Que desesperado, mas… nesse exato momento tem um cartão black na minha frente… lindo e brilhante, a saliva até escorre” — aceito o trato! — falei de forma abrupta segurando o cartão ele nem sequer pensou em soltar. — ah, que interessante, dinheiro te compra? — sim… — confirmei tentando puxar a peça. — dinheiro compra ração e meus batons… e pagar meu curso! — asseverou desesperada para que ele soltasse, naquele momento ele soltou e eu quase desequilibrei na mesa, pela primeira vez ele riu se divertindo. “E que sorriso, p**a que pariu” pensei lhe encarando abobada, mas logo ele voltou a ficar sério
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