Dom narrando Depois de todo aquele inferno, só queria apagar o mundo por uns instantes. O silêncio do quarto parecia um alívio e um tormento ao mesmo tempo. Manu tava deitada na cama, me olhando com aqueles olhos que sempre pareciam saber mais do que eu queria mostrar. Ela me puxou de volta pra ela, os braços apertados ao redor do meu pescoço. O calor do corpo dela era a única coisa que acalmava aquele ódio que ainda queimava no meu peito. – Vai ficar aqui comigo, né? – ela perguntou, baixinho, mas com uma certeza que me fazia sentir culpado. Suspirei fundo, ainda com a cabeça longe, tentando organizar os pensamentos. – Amor, eu preciso ir na boca resolver uns bagulhos. Ela se afastou só o suficiente pra me olhar nos olhos, a testa franzida. – Dom, tem certeza? Tu tá pilhado demais