Capítulo Quatro

1282 Words
Aleksey Markovic Aleksey Markovic Porra! Esse velho esse velho caquetico está louco ou o quê? Minha boneca sente de falar em público, foi uma das razões que fez com ela escolhesse esse curso, ela está trémula e assustada. Ela olha para mim a busca de uma ajuda ou resposta, mas acho que isso não será ao todo mau, é uma óptima oportunidade para mim, é a minha chance de ter ela perto de mim, é a minha oportunidade de manter ela presa ou quem sabe, conquistar ela. — Dezoito horas, na minha casa, não se atrase — a minha voz sai com algumas notas elevadas, preciso me acalmar p***a! Saio do laboratório totalmente desnorteado, com um monte de ideias passando pela minha mente, não posso me precipitar, preciso de toda a calma possível para que os meus demônios não tomem meu lugar. Essa pode ser a minha melhor oportunidade para que tudo dê certo entre nós os dois, mas preciso ser mais cuidado ainda, não posso me deixar levar, se eu quiser levar Yasmin para ser completamente minha, preciso que ela confie em mim, a ponto de aceitar ser minha namorada sem que eu precise forçar ela. Depois que ela estiver completamente nas minhas mãos, aí sim poderei mostrar a ela a minha verdadeira face. — O que aconteceu, por quê está com essa cara? — meu tio Indaga me vendo entrar em casa. Ele está de volta a São Petersburgo, não sei o que ele está fazendo aqui, ele devia estar em Moscovo cuidando das minhas empresas, não tem nada que fazer aqui. Ele quer dar uma de pai para o meu lado, não tenho tempo para isso. — O que quer aqui, a empresa não precisa de você? — não estou nem um pouco preocupado com a opinião dele. Ele é o meu assessor enquanto eu não assumo o meu lugar na empresa que herdei. Meu pai deixou uma grande companhia petrolífera para mim. Ele foi assassinado junto com a minha mãe e irmã mais nova, todos a minha frente, eu só não morri porque me escondi em baixo da cama. — Alek filho, eu já estou velho, não sou o dono da Markovic enterprise , eu sou só o assessor, a cadeira é sua por direito — meu tio fala a mesma ladainha de sempre desde que eu decidi me mudar para São Petersburgo. Eu vou voltar para a casa, mas antes de tudo, eu preciso que Yasmin confie em mim para que eu possa assumir a minha cadeira junto dela. — Eu sei disso velho, relaxa eu vou voltar — passo nele e vou até o andar de cima. Saio até o meu quarto, eu tenho que criar um cenário totalmente distorcido para Yasmin, para que eu seja a única pessoa que ela vá procurar por ajuda. Eu preciso que ela fique assustada, aterrorizada e sem saída. — Você não pode continuar com essa atitude, você tem vinte e cinco anos agora, a cadeira está chamando por você — ele grita com o pouco fôlego que lhe resta. Eu vou enviar um presentinho para a minha ratinha, eu quero que ela fique assustada com o que vai acontecer, ela não vai suspeitar de mim. — Estou saindo, não espere por mim — me despeço do meu tio. Saio de casa rumo a um clube de um amigo meu, um dos moleques da faculdade tem atormentado a minha ratinha, ele se atreveu a tocar nela como se não bastasse, quem ele pensa que é? Ele manchou a pele imaculada do meu anjo com seus dedos imundos, ele acha que a minha ratinha está desamparada por não estar no país dela, mas ela está mais segura aqui que em nenhum outro lugar, eu vou fazer ele desejar a morte. — Aleksey Markovic, o que te traz a minha humilde residência — Ruan me recebe com seu típico sorriso de mexicano. Ele e eu nos conhecemos há dois anos atrás, quando ele esteve preso na prisão de Moscovo por tráfico internacional de drogas, nessa época eu também estive preso por assassinar vários pedófilos, eu ajudei ele a se livrar da prisão e ele se tornou, meu fiel cão de guarda. Uma das melhores coisas do mundo para ter soldados fiéis a si, não é o medo, o medo é eficaz sim, mas ele não é a longo prazo, ele pode ser a curto ou médio, mas nunca a longo prazo. O melhor de tudo, é a gratidão, se alguém sente que está te devendo algo, ele vai sempre fazer todo o possível para agradecer pelo que fizeste por ele, ele sempre vai estar nas suas mãos e foi isso o que aconteceu entre nós os dois, ele sente que me deve a vida dele. — Você sabe o quê Ruan, onde ele está? — falo logo sem rodeios, não tenho paciência para suportar esse papo furado de amigo humilde e preocupado. Ruan dá espaço para mim, para que eu passe logo e me leva até o outro lado do clube, um lugar afastado de tudo, um lugar em que só eu e ele sabemos. Diferente do que muitos pensam sobre a Bratva, nós não vendemos drogas, na verdade, eu não vendo drogas, isso é coisa de amadores. O nosso negócio é mais pesado, desenvolvimento de armas militares e a comercialização para quem estiver disposto a pagar mais. As drogas são um negócio muito amador e eu não gosto delas, mesmo que sejam lucrativas, elas são destruidoras e poxa a vida, como um ex usuário delas, eu sei do que estou falando e não recomendo elas para ninguém, você não vai querer saber do que elas são capazes. — Ele está sedado e amarrado, esperando por você, não batemos nele como você recomendou — Ruan abre a Porta do galpão para mim e o filho da p**a está lá, sentado para mim, esperando o seu fim. Ele parece assustado e desnorteado com o que aconteceu com ele, ele não sabe nem o que falar. É óbvio que estou de uma máscara, se ele por acaso vir a minha face, o meu plano pode muito bem ir por água baixo. — Oi Collin, os meus amigos cuidaram bem de você — debocho dele, ele está com uma venda e está procurando pela origem do som. — Quem é você, o que quer comigo, olha! Meu pai é um bilionário, ele pode dar a você tudo o que quiser, só por favor, não me mate, por favor — ele implora com lágrimas nos olhos, a venda está molhando na parte em suas lágrimas deslizam. Mas é muito frouxo, além de brincar com a mulher dos outros, o desgraçado é uma princesa indefesa, pensasse nisso antes de brincar com a minha mulher, eu não sou um homem violento, mas não gosto que me faltem com o respeito, ele fez isso, ao provocar a minha rainha, ele se atreveu a encostar nela, como se não bastasse o facto de respirar o mesmo ar que ela. — Collin, Collin, Collin — canto seu nome dando uma volta pelo corpo dele só para deixar ele ainda mais desesperado que nunca. Eu não vou mata-lo tão já, eu só preciso deixar um aviso para ele e para a minha ratinha, que qualquer um que chegar sequer há um metro de distância dela, que não seja uma distância necessária, vai pagar com a vida. Mas Collin não pode morrer, ele é filho de alguém importante e mesmo que eu tenha poder suficiente para acabar com a família dele, não posso me dar ao luxo de chamar muita atenção. Só preciso de um aviso de nada, não vai doer absolutamente nada.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD