Corujal.

1625 Words
Os dias passaram rapidamente e a neve apenas crescia cada vez mais. O natal embora tenha sido um dia decididamente estranho, ainda assim havia sido bem proveitoso para Hermione, Harry e Rony, que descobriram muito mais coisas do que poderiam se tivessem ficado em casa, em Hogwarts ou até mesmo esquiando... Tirando a parte que Harry teria aulas de Oclumência com ninguém menos que o Prof. Snape. Coisa que estava sendo bem difícil para ambos. Porém, extremamente necessário. Em uma manhã aparentemente qualquer, algumas semanas depois de voltarem à Hogwarts para retomar os ensinamentos, eles, Harry, Rony e Mione, sentaram-se á mesa da Grifinória para tomar seu café da minha, quando tiveram uma notícia terrível, que instantaneamente explicou a forte queimação na cicatriz em formato de raio que Harry tinha na testa. Assim que abriu o seu exemplar de O Profeta Diário a morena sentiu os finos pêlos da nuca se arrepiarem. A capa do jornal informava em letras grandes a seguinte notícia: “FUGA EM MASSA DE ASKABAN; MINISTÉRIO TEME QUE BLACK SEJA O “PONTO DE REUNIÃO” PARA ANTIGOS COMENSAIS DA MORTE.” Aquela notícia fez com que as entranhas de Mione se revirassem, principalmente porque dentre os dez fugitivos estava aquela mulher de cabelos longos encaracolados e olhos grandes e psicóticos.. O corpo pequeno estremeceu só de pensar nela à solta ao mesmo tempo de via o pavor e a indignação nos olhos dos amigos. — Não acredito que estão associando isso à Black! - exclamou Harry irritado, com os dentes brancos trincados. - Isso é.. — É patético! - completou Rony - Esse Fudge só pode estar ficando louco! — É claro que iriam fazer isso. - começou a morena - Ou vocês acham que o ministro ia dizer que Voldemort, ah por Deus, Rony! - ela disse quando Rony fez uma careta, então continou - está por trás de tudo e admitir que Harry e Dumbledore estavam certos o tempo todo? - Mione os questionou - É o mesmo que assinar sua carta de demissão. - concluiu sabiamente - Os garotos pareceram pensar enquanto Hermione pegava o jornal para terminar de lê-lo. Tudo só pareceu piorar quando leu a notícia de que um dos pacientes que estava no mesmo quarto que o prof. Lockohart e os pais de Neville; Broderico Bode, havia tido uma morte prematura por conta de uma planta que o atacou. Mostrou a matéria para os amigos. — Não acredito que não reconhecemos o visgo-do-diabo.. - disse Harry - Quer dizer, já tínhamos visto um antes. — Não foi culpa nossa.. Foi culpa de quem comprou e não percebeu que não era uma plantinha ornamental.. - disse Ronald - — Tá na cara que isso foi de propósito. Ninguém manda um visgo-do-d***o por acidente.. Foi homicídio! - constatou a morena - Os dois garotos logo engataram em uma conversa sobre o porquê de terem assassinado o Sr. Bode e Hermione começou a estudar a foto dos dez fugitivos. Sua mente pareceu tilintar diante da ideia que acabara de ter e ela levantou abruptamente. — Onde é que você vai? - perguntou Rony, surpreso - — Enviar uma carta. - disse simplesmente - Não sei.. Mas vou tentar.. Sou a única que pode… - dizendo isso rumou para o corujal deixando seus meninos confusos para trás. - ~*~ Desde o Natal, não houve um mísero dia sequer, que Draco não tenha pensado se a pequena criatura de olhos grandes e brilhantes estivera usando o presente que ele lhe mandou no dia 25 do ano anterior.. Às vezes chegava a imaginar as frases que ela usava para descrever ele, se é que o mencionava, é claro. Esses pensamentos o deixavam inquieto às vezes. Ele já não tinha forças para repelir ou tentar enganar-se. Ele estava fodidamente atraído por aquela sangue-r**m, de uma forma estranha e de alguma maneira profunda.. Ele sabia que era impossível rolar algo entre eles, e por isso buscava incessantemente substituir tal sensação ficando com quantas garotas pudesse, na intenção de que seus desejos verdadeiros fossem mascarados. Naquele dia em especial, ele estava agarrando-se num canto do corujal, com sua espécie de peguete oficial; Pansy Parkinson. Ele podia ficar com muitas, de todas as outras casas (exceto Grifinória) mas sempre acabava voltando para ela. E gostava disso. Sem cobranças de ambas as partes. — Então, Draquinho… - Pansy disse com sua voz melosa enquanto envolvia os braços ao redor do pescoço do loiro - Que tal se fôssemos juntos à Hogsmead na próxima visita? — No dia dos namorados? - ele perguntou erguendo as sobrancelhas divertido. A morena de cabelos lisos sorriu - — É. - afirmou - E então, o que me diz? — Pan, não somos namorados.. - ele falou seriamente - — Você acha que eu não sei? - ela perguntou retoricamente - O que quero dizer é que podíamos passar esse dia juntos, só isso.. - acrescentou naturalmente dando de ombros - Vamos lá.. - pediu sorridente - — OK. Mas não quero que você pense que isso significa um algo a mais… Vamos continuar desta forma. - disse com clareza - A morena sorriu e concordou com a cabeça selando os lábios dele em um beijo cheio de animação. Draco gostava se Pansy por conta disso. Ela não era o tipo de pessoa grudenta que ficava no pé dele como muitas outras garotas, mas ele sabia que se dissesse que queria algo mais sério com ela, a mesma aceitaria sem pensar. Os dois ficaram ali por mais algum tempo até que foram interrompidos por Granger que entrou toda alvoroçada e tropeçou na mochila dele, quase caindo, que estava próxima a entrada do corujal. — Mas que merda! - ela praguejou - Quem poderia ser o i*****l que deixaria as coisas jogadas dessa forma? - Perguntou olhando em volta sem ver ninguém - Draco e Pansy não estavam tão visíveis mas ao ouvir tal insulto ele resolveu se mostrar e acabou por assustar a castanha que agora selava um envelope e dava para uma coruja parda de olhos incrivelmente pretos. — Que é que você estava dizendo, Granger? - ele perguntou indo até a mochila e apanhando-a - — Ah, só podia ser você, o i*****l, não? - ela disse depois de ver quem era, enquanto levava a coruja até a janela e largava-a na manhã fria, despachando o que quer que fosse. - — Você tem uma boca muito suja, Granger. Seus pais trouxas não ensinaram bons modos à você? - ele perguntou debochado, o sorriso de lado estampando o rosto pálido - — É claro que me deram! - ela respondeu quase ofendida - Só não costumo gastar tão boa educação com pessoas desprezíveis como você! - ela falou desafiadora, virando-se de frente para encará-lo. Um olhar de triunfo em seus olhos castanhos - Draco aproximou-se dela, prendendo os braços pequenos e macios ao lado do corpo, tudo num ato impensado, ele odiava ser desafiado por alguém, odiava principalmente por ser ela. Sempre ela! — Você realmente pensa que é melhor do que eu? - ele disse olhando para baixo enquanto via-a recompor-se do susto que era ele em cima dela repentinamente - Você não sabe absolutamente nada sobre mim! - afirmou de forma dura - — Você é somente um garoto patético com princípios preconceituosos! - ela falou convicta - Isso é a única coisa que importa e que mostra o quão medíocre é você! - afirmou forçando-se para sair dos braços aprisionadores dele - Draco queria poder insultá-la até ver aqueles olhos castanhos vermelhos e cheios de lágrimas, como fazia antigamente e céus, era tão fácil! Entretanto agora, não conseguia tirar os olhos cinzentos da boca dela, mesmo falando todas aquelas coisas ainda se mexia de forma sensual e faziam-no querer beijar-lhe sem pudor algum. Ele estava hipnotizado. De repente nada mais importava e nada entrava em seus ouvidos, só seus desejos mais loucos se tornando cada vez mais forte. Ele continuou a olhá-la até que um pigarro alto fez com que ele voltasse para o presente, onde Pansy e Hermione o olhavam intrigadas. A morena de olhos verdes com um olhar interrogativo enquanto a outra morena, a de olhos castanhos tinha um misto de curiosidade e desejo?. Ele soltou Hermione que mais do que rapidamente escorregou dali para algum lugar e voltou-se para Pansy que tinha os braços cruzados em cima do peito. — Por um minuto achei que fosse beijar a sangue-r**m. - ela acusou as sobrancelhas erguidas - — Você ficou completamente louca! - ela acusou balançando a cabeça rapidamente - — Olha Draco, você sabe que não me importo com as garotas que você fica, mas fala sério, não se esqueça do que somos.. Nós não nos misturamos com os sangues-ruins. - Pansy disse. O tom de voz mudando de curioso para preocupado - — Eu sei. - ele disse entre dentes e revirou os olhos cinzas - Vamos logo voltar para o castelo! - acrescentou mudando de assunto - A garota não disse nada apenas o acompanhou. Ele sabia que não devia se misturar com gente da laia dela, sabia como era errado e que era impossível de acontecer. Mas simplesmente se via distante de tudo quando tinha-a tão perto de seu corpo. Talvez ele devesse ignorá-la, entretanto assim como estava descobrindo gostar dela, ele também adorava provocá-la, desde que entrou para Hogwarts, e sabia também que esse era o único contato que eles poderiam ter. Bufou ao constatar o quão delicada era essa situação e decidiu que não pensar sobre isso naquele momento. Balançando a cabeça e dispersando pensamentos, ele seguiu para suas aulas do dia. ____________________________________ Notas finais: Espero que tenham gostado, amores. Beijos de luz... E comentem, sim?

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