AMOR PROFUNDO

VIVIANE estava em um restaurante almoçando, com a sua melhor amiga ALANA quando recebeu a ligação que a deixou completamente arrasada. O seu sogro RODRIGO a estava a avisar que o seu marido havia sofrido um acidente grave em seu iate. VIVIANE ficou pálida e quase deixou o celular cair por estar com as mãos tremulas. ALANA pegou o seu smartphone para ouvir o que estavam dizendo a sua amiga. - SOU, eu a ALANA senhor RODRIGO. Eu, estou com a VIVI ela parece que vai desmaiar. O que aconteceu, seu RODRIGO? Perguntou ALANA olhando para a sua amiga que agora estava bebendo um copo de água com as mãos trémulas. ALANA ouviu atentamente o que o sogro da sua amiga contava. - Em, que hospital o ALEXANDRE está? Perguntou a mulher que era amiga de VIVIANE desde que eram adolescentes. Após ouvir a resposta do sogro de VIVIANE ela desligou o smartphone e olhou nos olhos da sua amiga enquanto segurava a sua mão com carinho. - OLHA, para mim VIVI. EU vou-te levar para ver o ALEX, está bem-querida? Mas, você precisa ficar calma amiga. VIVIANE respirou fundo e limpou com um lenço as lágrimas que já estavam rolando pelo seu rosto preocupado e olhou para aquela que considerava como sendo sua irmã. E temeu ouvir o que ela lhe diria após falar com o seu sogro, sobre o acidente que sofrera o seu marido a quem amava demais. - ELE, está vivo ALANA? Perguntou VIVIANE com a voz fraca. — CLARO, que sim VIVI. O seu sogro, falou-me que o ALEXANDRE já está a ser atendido. E que provavelmente, quando chegarmos no hospital. POSSIVELMENTE, Já saberemos qual é a gravidade do seu caso. ALANA disse não contando a VIVIANE que o seu marido estava desacordado. — VAMOS, eu quero ver o ALEX. ELA disse se levantando da cadeira onde estava sentada. ALANA pagou a conta ao garçom que se aproximou as olhando preocupado e saiu abraçada a sua amiga em direção ao estacionamento onde haviam deixado o carro de VIVIANE e o dela própria. ALANA olhava preocupada para o rosto da sua amiga enquanto parava o carro em frente ao hospital onde estava o marido de VIVIANE e pensou que ela não suportaria se acontecesse o pior com o seu marido. ELES eram tão apaixonados e ALANA nunca havia conhecido um casal mais feliz. ELAS entraram na sala de espera onde estavam o pai de ALEXANDRE. O Senhor, RODRIGO LEMOS ROSSINI e o meio-irmão do seu marido, o ADRIANO TERRA NOQUEIRA com a sua esposa PAULA. QUANDO o sogro viu a VIVIANE se aproximou e a abraçou carinhosamente enquanto olhava para a ALANA com seriedade. - VIVI, o ALEX está a ser ainda examinado e sendo submetido a alguns exames. MAS, não se preocupe porque os médicos me garantiram que o estado dele é estável. RODRIGO disse olhando para a sua nora que era completamente apaixonada pelo seu único filho e herdeiro. - RODRIGO, não me esconda nada por favor. O que aconteceu com o ALEX? Perguntou a nora dele. RODRIGO gostava dessa moça desde que a conhecera. Quando o seu filho a apresentara duas semanas após tê-la conhecido enquanto ela trabalhava em uma loja de roupas femininas onde ALEXANDRE fora comprar um presente para a sua meia irmã CAROLINA. O seu filho tinha dois irmãos por parte da sua mãe NATÀLIA. — NOS, disseram que o ALEX estava no iate e algo ou alguém fez com que ele caísse no mar e batesse a cabeça. ELE, foi encontrado por um pequeno barco de pesca, bem longe de onde estava o iate. ALEXANDRE tinha sido o seu filho único com a NATÀLIA quando estavam casados há mais de trinta e cinco anos. SE casara com a mãe de ALEX por ela engravidar e o seu primeiro casamento não durou mais do que dois anos. ISSO, porque ele viajava muito administrando os seus negócios pelo mundo, senão não teria durado tanto. Pensava ele olhando para a sua nora que era tão diferente da sua primeira esposa. A qualquer momento a mãe do seu filho apareceria. E estaria muito nervosa como sempre acontecia, quando algo era algo relacionado ao seu filho mais velho e favorito. NATÀLIA era de uma família rica e tradicional e quando conheceu a sua nora ficou visivelmente contrariada com o relacionamento do seu filho mais velho. ELA costumava tratar a sua nora com desdém quando seu filho não estava perto. E agora caberia a ele proteger a sua jovem doce nora do tratamento injusto que a sua sogra lhe dispensava quando o ALEXANDRE não estava perto. RODRIGO estava abraçado a sua nora quando o médico entrou na sala e todos se aproximaram para ouvi-lo. Ele era alto e magro com os cabelos grisalhos e com um ar sério. - VOCÊS, são a família do senhor ALEXANDRE LEMOS ROSSINI? Perguntou o médico olhando para eles. - SIM. EU, sou o pai dele e essa moça é a sua esposa, VIVIANE. Por favor, nos diga como está o meu filho? Perguntou RODRIGO preocupado. Ele era um homem alto e forte como o seu filho. TINHA sessenta e sete anos embora parecesse ter menos e enviuvara da sua segunda esposa LEILA a quem amara muito e com quem vivera por vinte e cinco anos a dois anos. NÃO tiveram filhos. Pois a LEILA não pode, mas foram muito felizes. E agora RODRIGO só tinha o ALEXANDRE e a sua nora VIVIANE como família. - O senhor, ALEXANDRE teve uma concussão e está em coma induzido. MAS, todos os seus sinais vitais estão estáveis. APESAR, disso eu devo dizer que pelos resultados dos exames que o quadro dele inspira cuidados. O médico disse fazendo com que a VIVIANE começasse a chorar novamente. - E, quanto tempo o ALEX vai ficar em coma, doutor TEODORO? Perguntou ADRIANO preocupado ele t que trabalhava para o seu irmão e era muito próximo a ele. VIVIANE chorava abraçada ao seu sogro e em seguida olhou para o médico. — NÓS, queremos esperar que o inchaço da concussão que ele sofreu diminua e então reavaliaremos o caso. O médico disse com seriedade. - DOUTOR, eu posso ver o meu marido? Perguntou VIVIANE com a voz embargada. - A senhora, pode ver o seu marido. MAS, eu tenho que lhe falar que ele está adormecido e ligado a aparelhos e isso pode deixar-lhe mais nervosa. Médico disse com seriedade. NATÀLIA entrou chorando na sala de espera naquele momento com a sua filha mais nova CAROLINA que também estava a chorar. — ONDE, está o meu filho? Gritou NATÀLIA ao se aproximar do médico que a olhou friamente. — ACALMA- SE, NATÀLIA estamos em um hospital. O nosso, filho está vivo e recuperando-se e é isso o que nos importa agora. O médico permitiu, que a VIVI o visse agora. RODRIGO disse com um olhar preocupado para a mãe do seu filho que estava descontrolada. - PORQUE, ela vai ver o meu filho e não eu? ELA, é só uma mulher com quem ele se casou a dois anos.EU, sou a mãe dele doutor. NATALIA disse olhando com raiva para a sua nora. - EU, vou ver o meu marido NATÀLIA. VIVIANE disse com firmeza saindo da sala de espera com o médico em direção a sala de tratamento intensivo onde ALEXANDRE estava. ELA ouviu a sua sogra gritar um xingamento contra ela e depois ouviu a voz firme do seu sogro repreendendo a sua sogra. - EU, sinto muito por isso doutor. MAS, a minha sogra não gosta nada de mim. VIVIANE disse com sinceridade. - NÃO, fique constrangida. VOCÊ, não tem culpa da sua sogra ser uma pessoa tão hostil. O médico disse enquanto caminhavam pelo corredor branco passando por enfermeiras e pacientes e enfim entrando em um elevador que os levou ao andar onde estava o ALEXANDRE. — A senhora, poderá ficar um pouco com o seu marido. O médico disse olhando para VIVIANE que parecia temer entrar na unidade de tratamento intensivo. ELA respirou fundo e entrou e quando o viu as lágrimas retornaram aos seus olhos verdes. ALEXANDRE parecia tão pálido e abatido. E estava com os seus lindos olhos azuis fechados e ele estava ligado a aparelhos com elétrodos no seu peito forte. VIVIANE pegou a mão dele com amor e a segurou após beijar o seu rosto com delicadeza. — VOCÊ, vai ficar bom meu amor. E, eu estarei te esperando ALEX. ELA disse enquanto observava corpo inerte do homem a quem amava mais do que qualquer outra pessoa no mundo. PENSOU se estaria vivendo um pesadelo e tocou o rosto de ALEXANDRE que estava frio. NA última vez em que o vira, ALEX falou que estava saindo para se encontrar com alguém no escritório da sua empresa em SÃO PAULO. E falou que voltaria no fim da tarde. ESTAVAM no GUARUJÀ, a cidade em que morava quando o conheceu. E ALEX estava tão bonito com uma calça social preta e uma camisa azul-marinho. ELE era um homem bonito e atraente com lindos olhos azuis e os seus cabelos castanhos escuros. SE lembrava da primeira vez em que o vira. ALEXANDRE entrou na loja onde VIVIANE trabalhava. E ela apaixonou-se logo que o viu, é claro que não sabia ainda o que era aquele sentimento, porque nunca havia sentido nada parecido com isso antes. NÃO entendia o porquê do seu marido ter ido parar no seu iate. O que será que ALEX estava escondendo dela? Pensou VIVIANE, mas logo afastou esse pensamento e pensou que agora tudo o que queria, era ver o seu marido novamente com os seus olhos azuis abertos e a olhando com amor. FICOU ali do lado do seu marido rezando e pedindo a DEUS que não lhe tirasse o seu grande amor e a única pessoa que tinha. Além da sua melhor amiga ALANA pois perdera a sua tia materna que havia a criado a um ano. E os seus pais a haviam abandonado a muitos anos. CADA um foi para um canto do país e refizeram as suas vidas se casando com outras pessoas e tendo outros filhos e esqueceram-se completamente da existência de VIVIANE. ATÉ que souberam que ela havia se casado com um bilionário e então a procuraram. E após se encontrar com os seus pais VIVIANE LHES fez um pedido. PARA que continuassem a ignorando como tinham feito desde que a deixaram com a sua tia-avó ADÉLIA, quando se separaram e VIVIANE tinha apenas dois anos. OS seus pais ainda tentavam falar com ela e pedir dinheiro emprestado ao genro que não pretendiam pagar. MAS VIVIANE nunca os deixaria se aproximar dela novamente. - ALEX, eu te amo tanto, meu querido. ELA disse quando já não conseguia mais conter as suas lágrimas. ESTAVA a chorar quando o RODRIGO entrou na unidade de terapia intensiva com uma enfermeira alta e com um rosto simpático. - VIVI, você pode sair agora para que eu possa ficar um pouco com ele? Perguntou o sogro com um olhar preocupado. - EU, vou ficar na sala de espera então RODRIGO. ELA disse se levantando da cadeira onde estivera sentada. - VIVIANE, você vai para a sua casa. E, vai descansar um pouco e almoçar senão acabara doente. O sogro disse-lhe com sinceridade nos seus olhos azuis como os do seu filho. - VOCÊ, vai-me avisar se houver alguma mudança no estado dele? Perguntou ela preocupada. O sogro a abraçou com carinho e após beijar a sua testa a olhou nos olhos e disse com sinceridade. - EU, vou avisar sim VIVI. Você, sabe que eu a considero como uma filha, não sabe? EU sei. E, por isso eu acredito em você RODRIGO. ELA disse o olhando com os seus olhos verdes cheios de lágrimas novamente. VIVI, não fique assim. Você, sabe melhor do que ninguém que o ALEX não iria gostar de ver você chorando. ELE disse enquanto a acompanhava até a porta depois que a porta foi fechada pela enfermeira, VIVIANE ficou andando e acabou se perdendo no hospital e então encontrou uma enfermeira que estava a empurrar um carrinho com medicamentos e perguntou onde ficava a sala de espera. HAVIA acabado de abrir a porta para entrar na sala de espera e viu todos os olhares de quem estavam na sala se voltarem para ela. ALANA aproximou-se e a abraçou carinhosamente e VIVIANE deixou as lágrimas rolarem pelo seu rosto bonito. - COMO, está o meu irmão VIVI? Perguntou secamente ADRIANO irmão de ALEXANDRE. - O QUE, é isso ADRIANO? Você, não está vendo o estado que a VIVI, se encontra? Perguntou a irmã mais nova de ALEXANDRE. CAROLINA, se aproximou da sua cunhada e tocou os seus cabelos e depois lhe entregou um copo de água. VIVIANE se sentou no sofá na sala de espera e olhou para a família do seu marido que aguardava que ela desse alguma notícia sobre o estado dele, e reparou que a sua a sogra não estava mais ali. - EU, vi o ALEX. ELE, está na unidade de terapia intensiva. MAS. O médico falou que está em coma induzido, por causa da concussão que ele sofreu. EU, sei que ele vai ficar bom, o ALEX tem que acordar eu não posso suportar nem pensar que ... ele não acorde. VIVIANE disse chorando novamente. - VIVI, você quer que o médico lhe dê um calmante? A dona NATÀLIA, está sendo medicada em um dos quartos. ALANA disse preocupada com a sua amiga que conhecia a mais de dez anos e nunca a vira tão arrasada. NEM quando perdeu a sua tia-avó ADELIA, porque o seu marido estava do seu lado naquele momento. ALANA pensava que se o ALEXANDRE não sobrevivesse, a VIVIANE poderia não suportar a dor de perder o seu amado marido. - EU, vou comer alguma coisa e depois eu voltarei para ficar aqui. VIVIANE disse mais não se mexeu e ficou sentada ali desnorteada. ALANA olhou para o ADRIANO que era o irmão de ALEXANDRE e disse. - ADRIANO, eu levarei a VIVI para casa. DEPOIS, que ela comer e descansar um pouco eu a trarei de volta. ALANA ajudou a amiga a se levantar e a estava acompanhando até a saída quando a VIVIANE se virou e parou olhando para os cunhados. - VOCÊS, vão avisar-me se o ALEX acordar. OU, se ele...resolver-me deixar de vez. PROMETAM, senão eu não sairei daqui. VIVIANE exigiu com os olhos verdes brilhando de dor. ADRIANO se aproximou da sua cunhada e a abraçou com carinho. — OLHE, para mim VIVI. EU, vou ficar aqui e eu prometo que caso aconteça alguma mudança no quadro do meu irmão.EU, vou avisar a você VIVIANE. O cunhado-lhe garantiu e só depois disso que a VIVIANE permitiu que a sua amiga a levasse daquele hospital. VIVIANE fechou os seus olhos quando entrou no carro de ALANA. E só os abriu novamente ao chegar à mansão onde estavam passando algum tempo a pedido dela. PORQUE, sentia muita falta do mar e por isso o ALEX concordou em passar um tempo na Cidade, onde a sua esposa havia sido criada pela sua avó depois de virem do interior de SÃO PAULO. QUANDO a ALANA a levou pela mão para dentro da casa. LOGO viram a MARTA a governanta que havia criado ALEX as olhando com lágrimas nos olhos. VIVIANE a abraçou e começou a chorar copiosamente. ELE, morreu VIVIANE? Perguntou a mulher mais velha nervosa. — NÃO. ELE, está vivo MARTINHA. MAS, está na unidade de terapia intensiva e eu não sei se o ALEX vai sair de lá. EU, estou com tanto medo, MARTA. EU, não vou suportar perder o ALEXANDRE. ELA disse com a voz emocionada enquanto se sentavam no sofá preto da sala de estar. — O ALEXANDRE, é um homem muito forte e saudável VIVI. EU, acredito e eu vou rezar muito para que ele saia logo do hospital. NÓS, logo vamos ter ele em casa você vai ver VIVIANE. A mulher disse com uma certeza que fez a VIVI acreditar. - AGORA, vamos cuidar de você VIVI. Você, vai subir e tomar um banho morno para se sentir melhor e depois vai almoçar para que possa voltar para o hospital. MARTA disse enquanto ajudava a esposa de ALEX se levantar devagar. VIVIANE estava tomando banho com a porta do banheiro entreaberta porque temiam que a qualquer momento ela desmaiasse. MARTA ajudara a criar o ALEXANDRE. E para ela ALEXANDRE era como um filho e sabia o quanto VIVIANE e ALEX se amavam e temia pela vida dos dois naquele momento. — COMO, eu falei para você dona MARTA. O ADRIANO contou-me que o senhor RODRIGO aventou a possibilidade de levar o ALEXANDRE, para um hospital na capital. Mas, o médico não permitiu. ELE, correria muito riscos se fosse levado agora, mas pelo que o ADRIANO falou, o seu RODRIGO vai levar o ALEX para outro hospital logo que ele estiver estabilizado. - E, a VIVI? Você não pensa que ele está demorando muito no banho? Perguntou MARTA indo em direção ao banheiro seguida por ALANA. QUANDO entraram viram a VIVIANE sentada no chão do banheiro chorando. ELAS a enrolaram em uma toalha felpuda branca e a levaram para o quarto onde a vestiram com um vestido azul e depois MARTA lhe deu um calmante natural que costumava tomar. VIVIANE resolveu que deveria ficar, mais forte e do lado seu marido. POR isso havia estabelecido a sua rotina de ficar o máximo de tempo que conseguisse com o seu marido. VIVIANE rezava para que o seu marido acordasse e que pudessem continuar a viver juntos por muitos anos. AMAVA o ALEX e não conseguia imaginar a sua vida sem ele. QUANDO o conheceu na loja onde trabalhava, ficou impressionada com o que sentiu logo que o viu. MAS quando ALEX a convidou para almoçar com ele, resolveu não aceitar percebeu que ele era um homem rico e sofisticado. E ela era uma moça simples e a sua tia ADELIA sempre lhe aconselhou a tomar cuidado com os homens. DONA ADÉLIA havia sido enganada pelo pai da sua filha que a engravidara e depois disso desapareceu, deixando-a sozinha para criar a sua filha. A quem criou com muitas dificuldades fazendo faxinas e lavando roupas para fora. E depois quando VIVIANE nasceu, os seus pais brigaram e se separam a deixando sobre os cuidados de dona ADELIA, que novamente teve que criar uma menina sozinha com todas as dificuldades. VIVIANE dava muito valor aos conselhos da sua tia e por isso não foi nada fácil para o ALEXANDRE conseguir convencê-la a sair com ele pela primeira vez. ALEXANDRE foi levado para um hospital em SÃO PAULO logo que o seu estado foi considerado pelos médicos propicio a ser transferido. VIVIANE, e MARTA estavam no hospital quando o ALEXANDRE acordou do coma depois de dez dias desacordado. O médico lhes deu a boa notícia e em seguida VIVIANE correu para ir ver o seu marido no quarto comum onde ele estava agora. QUANDO ela entrou no quarto viu o seu marido abatido e pálido, mas com os seus incríveis olhos azuis finalmente abertos. VIVIANE se aproximou dele emocionada e o abraçou com amor dizendo. - MEU, amor eu estava com tanto medo querido. COMO, você está se sentindo agora? ALEXANDRE a olhou com os seus olhos azuis que pareceram não a reconhecerem. - DESCULPE, mas eu não me lembro de você. EU, não sei se você sabe, moça, mas eu bati a minha cabeça. E não estou me lembrado de muitas coisas. ALEXANDRE disse surpreendendo a sua esposa que o olhou sem entender. - ALEX, você está-me dizendo que não se lembra de mim? EU, sou a VIVIANE a sua esposa. ELA disse com um olhar amoroso para ele. - MINHA, esposa? EU, sou casado? Eu, nunca nem pensei em casar-me e agora eu sou casado? ALEXANDRE perguntou e foi quando o seu pai entrou no quarto colocando a mão sobre o ombro da sua nora que estava com lágrimas escorrendo pelo seu rosto. - RODRIGO, ele não se lembra de mim. COMO, pode ser isso? VIVIANE perguntou com a voz tremula. RODRIGO a abraçou e enquanto olhava para o seu filho. - VIVIANE, ele acabou de acordar após ficar em coma, e de sofrer um acidente grave. O, médico avisou-me que algo assim poderia acontecer. MAS, ele vai se recuperar aos poucos minha filha você ver. E, todo voltara a ser como antes você, verá VIVI. VIVIANE olhou para o seu marido que ainda olhava para ela como se não a conhecesse e sentiu uma tontura. - VOCÊ, está bem VIVI? Perguntou o sogro preocupado. - EU, não estou bem RODRIGO. COMO, eu poderia estar? SE, o meu marido não se lembra de mim. Perguntou ela com a voz fraca. LOGO depois MARTA entrou no quarto sendo reconhecida pelo ALEXANDRE que retribuiu o seu abraço com carinho. — MARTA, eu estou com muita vontade de comer a sua comida. EU, estava me lembrando da sua comida quando me trouxeram aquela sopa horrível sem sal. ALEXANDE disse sorrindo. VIVIANE o observava perplexa e não conseguiu esconder o desapontamento e a tristeza. REGRESSO a casa de praia ALEXANDRE recebeu alta do hospital depois de alguns dias. E resolveu ficar na sua casa no GUARUJÁ para se recuperar. VIVIANE estava esperançosa que quando chegassem na casa em que foram tão felizes ele acabaria por se lembrar de tudo o que viveram juntos ali. NATÁLIA a sua sogra parecia estar feliz por ALEX ter esquecido a VIVIANE e toda a sua memória recente. VIVIANE pensou que deveria deixar o ALEXANDRE no quarto deles e ficar em um dos quartos de hóspedes. PARA que ele se sentisse mais à vontade já que não se lembrava dela e nem que eram casados. ELA ficou em um quarto próximo ao dele e pensava que seria por pouco tempo, assim não levou muitas coisas suas. APENAS o essencial para não ficar incomodando o seu marido enquanto ele estava se recuperando do acidente que sofrera a alguns dias. VIVIANE estava colocando as suas coisas no armário quando entre as suas roupas encontrou uma rosa que havia ganho do seu marido no primeiro encontro deles. ELA sentou-se na cama e começou a se relembrar da primeira vez em que aceitou sair com o ALEXANDRE. ELE já havia convidado VIVIANE para almoçar algumas vezes e ela não tinha aceitado. VIVIANE estava muito amedrontada, aquele homem a fez sentir novos sentimentos que a deixaram pensando que poderiam estar apaixonada pela primeira vez. VIVIANE contou para a sua tia que havia conhecido um homem por quem pensava estar apaixonada. E dona ADÉLIA a ouviu carinhosamente segurando as suas mãos enquanto a olhava surpresa. A tia sempre ouvia com atenção a tudo o que a sua única sobrinha dizia-lhe. VIVIANE era muito próxima da sua tia e por isso não escondia nada que acontecesse na sua vida. ERAM, apenas as duas e sempre fora assim desde que se lembrara. Ela estava sentada na beirada da cama e ficou se relembrando do dia em que contou a sua avó sobre o ALEX. - FILHA, você deve ouvir esse rapaz. Se, você está sentindo que ele é especial para você. Disse dona ADÉLIA. ELA ficou surpresa com o que ouviu da sua tia. - Mas, tia eu sempre ouvi a senhora falar que eu deveria tomar cuidado para não ser enganada como a senhora foi. E esse homem, é muito rico e eu não entendo como pode estar interessado em mim. VIVIANE disse com um olhar sério. - EU, falei isso, sim, VIVIANE. Mas, nem todos os homens são mentirosos. VOCÊ, é uma moça linda VIVIANE. E, merece ser feliz converse com esse rapaz e o conheça para saber se o que você sente por ele é um amor verdadeiro. VIVIANE olhou para o rosto amoroso e queimado do sol por ter trabalhado tanto no sol e pensou que nunca antes dona ADÉLIA a tinha incentivado a conhecer nenhum rapaz. CERTAMENTE a sua tia havia percebido que ela estava apaixonada pelo ALEXANDRE. VIVIANE ouviu vozes no corredor e foi ver quem era. NATÁLIA a olhou com um sorriso enquanto se aproximava dela e se afastava do quarto principal, onde estava o ALEXANDRE. — O meu, filho me falou que você está dormindo em outro quarto. EU, não posso falar que eu estou triste por isso. AFINAL, eu sempre acreditei que o meu filho iria um dia se afastar de você. A sua sogra disse com a voz baixa para que a sua filha que estava na porta do quarto de ALEX não a ouvisse. - VOCÊ, é inacreditável NATÁLIA. O seu, filho está desmemoriado e você parece estar feliz com isso. VIVIANE disse com tristeza no seu olhar. SENTIA pena do seu marido por ter uma mãe como a NATÁLIA. - ELE, só não se lembra de você VIVIANE. E, eu não vou negar que isso me deixa satisfeita. VOCÊ, sempre soube que eu nunca aprovei o seu casamento com o ALEX.E agora, que ele não se lembra de você, pode se separar e se casar com alguém que seja do nosso nível social. NATÁLIA disse com um sorriso ao perceber a tristeza da sua nora ao ouvi-la. -VOÇE, deveria torcer para que o ALEX se recuperasse completamente. E, não para que ele ficasse sem lembrar dos últimos dois anos. VIVIANE disse revoltada. — VIVIANE, você não quer aceitar a verdade? SE, você fosse realmente importante para o meu filho, ele se lembraria de você. VIVIANE, é preciso que eu te lembre que o seu marido só se esqueceu de você? DISSE a sogra com os olhos brilhando ao ver que atingira o seu alvo. VIVIANE ficou com os seus olhos marejados de lágrimas, mas se esforçou para não as derramar na frente da sua sogra. - O ALEX, não se lembra de mim. MAS, também não se recorda de ninguém que ele tenha conhecido nesses últimos dois anos. VIVIANE disse com firmeza. - AH, sim, é claro VIVIANE. ENTÃO, você quer se comparar com algum empregado ou alguém a quem o meu filho conheceu a dois anos? VIVIANE, você era a esposa dele como ele poderia esquecer você, se fosse importante para ele? A sogra disse e depois se afastou com um sorriso e abraçou a sua filha CAROLINA que estava no quarto do ALEXANDRE e saia naquele momento. — OI, VIVI como você está? Perguntou a cunhada se aproximando de VIVIANE com um olhar preocupado. — EU, estou bem e como você está CAROL? Perguntou VIVIANE enquanto abraçava irmã do seu marido que era uma moça meiga e gentil. — EU, fiquei feliz ao ver o ALEX em casa. MAS, eu estou preocupada por ele não se lembrar ainda de você. CAROLINA disse com sinceridade. - O médico, nos falou que ele poderia se lembrar a qualquer momento. MAS, o ALEX terá que fazer novos exames. VIVIANE disse. - EU, acho tão triste que isso tenha acontecido com vocês VIVI. O ALEX, vai ficar arrasado ao se lembrar de tudo e descobrir que fez você sofrer tanto. Você, vai perdoá-lo não vai, VIVI? Perguntou CAROLINA preocupada com o casamento do seu irmão mais velho. Sabia que o ALEX era muito apaixonado por VIVIANE e não queria que nenhum dos dois sofresse. — É, claro que sim CAROL. ELE, está doente e não tem nenhuma culpa por não se lembrar de mim. VIVIANE disse forçando um sorriso que fez a sua cunhada sorrir aliviada. CAROLINA era a caçula da família de ALEXANDRE. E era muito próxima dele do que do outro irmão. QUANDO conheceu a família do seu marido e percebeu como os seus irmãos dependiam dele, chegou a pensar que era tudo por interesse. POR ALEXANDRE ser um homem muito mais rico que o pai deles fora. Mas depois viu que era mais que isso, por ser o irmão mais velho e ser o centro da família devido ao seu dinheiro. OS seus irmãos ainda dependiam de ALEXANDRE para resolver os seus conflitos com a mãe deles e o pai que já havia falecido e os deixados quase sem nada. POR isso a atenção deles se voltara para VIVIANE estava na cozinha com a MARTA quando ALEX entrou na cozinha. - MARTINHA, você fez algum doce hoje? Boa tarde, VIVIANE, está tudo bem com você? Perguntou ele com um sorriso alegre olhando para a governanta e depois para ela. - SIM. ESTÁ, tudo bem ALEX. VOCÊ, conseguiu dormir? Perguntou VIVIANE preocupada porque o seu sogro havia-lhe dito que o ALEXANDRE estava tendo dificuldades para adormecer. - EU, consegui dormir, sim, VIVIANE. Que, ótimo MARTA era exatamente nisso que eu estava pensando. Ele disse ao ver o bolo de chocolate e com morangos que a sua governanta tirava da geladeira. ALEXANDRE se sentou em uma cadeira e começou a devorar um enorme pedaço de bolo. Ela observava-o sentada em frente a ele. E pensava em como ele agia diferente agora que não se lembrava dela. Parecia que ela era apenas uma conhecida e não a mulher que ele declarava amar mais do que qualquer outra pessoa no mundo. VIVIANE saiu da cozinha por sentir que iria chorar se ficasse ali um pouco. VIVIANE ficava triste ao ver como o seu marido se recordava de todos da sua família menos dela. Mas tentava esconder a sua tristeza apesar de a cada dia ser mais forte a sensação que sentia de estar sobrando ali naquela casa. Onde o seu marido não a reconhecia e todos a olhavam com pena e atenção. VIVIANE via que ALEX mesmo sem reconhecer o cachorro que eles haviam adotado a um ano já brincava com ele e o tratava como antes do acidente. ELA saiu da mansão com o seu carro e foi se encontrar com a ALANA no seu trabalho. A amiga trabalhava como veterinária e havia conseguido recentemente associar.