Alphonse estava muito nervoso, ela dá um tapa em Michael, exigindo que ele fale, que ele confesse quem foi o mandante por trás do sumiço de sua esposa, e por quê ela iria por vontade própria?
— Michael, todos nós sabemos que você é um homem sujo, envolvido com o que há de mais podre no tráfico de drogas, não sei como sua mulher casou com um abutre nojento como você... sei muito bem que você deve estar com ela somente pelo dinheiro dele, não é isso? Já que o que você faz com o tráfico, você gasta com o seu vício e compulsão por jogos... Além de sair com prostitutas de luxo, participar de orgias e tudo que não presta...
Michael começa a rir ironizando a fala de Alphonse.
— Olha só quem fala! O dono da razão, o defensor da moral e dos bons costumes.... Cara, você é dono de um cassino! Um não vários! Você tem paraísos fiscais, com milhões em dólar, euro, criptomoedas... Você deve ser um dos homens mais ricos do continente... Para quem construiu uma fortuna em cima da desgraça dos outros, está se achando muito moralista... E se a tua mulher fez questão de pedir ao meu chefe, para levar ela de você... é sinal que você não comia ela direito, ou então ela acha o seu p***o muito pequeno. Diz Michael debochando.
Alphonse fica se segurando, sua vontade era pegar sua arma e matar Michael ali mesmo, sem pena, Alphonse não entendia o por quê, mas sua raiva maior nem estava sendo o fato de ele ter lhe ofendido em relação a Ruth, mas sim de saber que Helena era casada com ele, ele se questiona o tempo inteiro o que Helena havia visto naquele homem.
— Você disse que seu chefe havia mandado você levar Ruth... Diga! Quem é o seu chefe? Quem é a figura por trás de você e qual o interesse na minha esposa?
— Não posso dizer meu caro... Se eu disser eu serei um homem morto! E morto da pior forma...
Alphonse perde a paciência de vez, pega sua pistola e coloca na cabeça de Michael.
— Eu vou te dar 20 segundos para você começar a contar... A escolha é sua... Se abrir a boca, eu vou te ajudar, te mando para a França, Inglaterra, Suíça... O local que você quiser, para recomeçar lá uma nova vida, sozinho... Você não levará Helena com você! Diz Alphonse.
Michael começa a ficar cismado com a preocupação de Alphonse com Helena.
— Mas que preocupação é esta sua com relação a minha mulher? Estamos aqui para você saber o paradeiro da sua, ou estamos discutindo sobre a minha?
A pergunta de Michael, deixa Alphonse desconcertado, ele não sabe o que responder, até que de repente um barulho de carros se aproxima do galpão abandonado, e barulho de tiros são escutados.
— O que é isso? Diz Alphonse assustado.
— Isso é a cavalaria chegando para me resgatar meu caro Alphonse....
Um carro invade o galpão, homens armados descem dele, e saem atirando nos seguranças de Alphonse, que priorizam proteger o chefe.
— Seus filhos da put@a! Cuidado para não me acertarem! Grita Michael com medo de ser atingido.
Alphonse é obrigado a recuar, e Michael é levado pelos homens, Alphonse ainda acerta um dos homens que fica caído no chão, sendo abandonado pelos comparsas.
— Andem logo seus inúteis! Vamos! Ele está morto! Diz Michael exigindo ser levado logo é posto a salvo.
Os seguranças de Alphonse fecham em cima do capanga ferido caído no chão, que se contorcia de dor com o ombro atingido.
— Esperem! Não façam nada contra ele, levem-no para o hospital, para que ele seja tratado, e depois me tragam ele, mas não lhe façam nenhum m*l! Ordena Alphonse.
Os homens obedecem a ordem do patrão e fazem conforme ele havia pedido.
Enquanto isso na casa de Larissa, a amiga de Helena, as duas esperavam a chegada de Hanson, o marido de Larissa para decidir o que fazer em relação a Ruth, então o portão da mansão se abre, e escoltado por seguranças Hanson chega.
— Olha só, mas que surpresa! Helena veio nos visitar! Como vai? E Michael ? Tudo bem com ele?
— Sim Hanson... Tudo bem... Você elegante como sempre! E Michael, bom não sei dele, estamos meio brigados.
Hanson beija Larissa, sua esposa, e as duas abrem o jogo para ele.
— Meu amor, acontece que Helena veio aqui para conversar comigo, desabafar sobre a vida, sobre os problemas... Você sabe, não é? Coisa de mulher...
— Não! Que não seja por isso... Fiquem a vontade, eu vou para o meu escritório... Tenho uma coisa para resolver... Fiquem à vontade...
— Hanson... Não é isso., estávamos esperando você por que uma de suas empregadas, é uma pessoa desaparecida, que o marido procura já faz 7 anos! Diz Helena.
Larissa explica tudo para o marido, que demonstra ficar tão impressionado com a história, quanto a esposa, Helena lhe mostra a foto, o que o deixa ainda mais impressionado.
— Mas que história! Bom, quando eu a contratei... Ela parecia mesmo que tinha algum problema, não sei... Diz Hanson demonstrando surpresa.
— Amor... O que vamos fazer em relação a isso? Pergunta Larissa.
— Helena, espero que entenda, que Clara ou Ruth... Está sobre nossa responsabilidade, não sabemos nada sobre o seu passado e levando em conta que ela está sem sua memória... Peço que você me deixe conversar com ela, e irei intermediar tudo isso com este marido dela, pode ser?
— Sim Hanson... Vou concordar com você, mas fique tranquilo que Alphonse é um homem bom...
Hanson vai até o quarto dos empregados, ele volta em seguida nervoso.
— Larissa! Helena! Ela não está no quarto! Mande os seguranças vasculhar a casa e tudo ao redor! Clara fugiu! Ela não está mais aqui.
A fuga de Clara/Ruth deixa todos ainda mais perdidos e sem entender nada.
Em meio a todo o alvoroço provocado na mansão pelo sumiço de Ruth, o telefone de Hanson toca, ele atende , e logo fica nervoso com a ligação.
— Seu i*****l! Você é um i*****l, e******o! Espero que suas cagadas não respinguem nos meus negócios! Diz Hanson.
Helena e Larissa ficam olhando para o sempre calmo Hanson, de repente ficar com aquela expressão raivosa e agitada.
— Os seguranças vão procurar pela empregada, não se preocupem... Eu preciso resolver uma coisa urgente! Me desculpem pelo vocabulário que acabei de usar... Quando ela foi encontrada, decidiremos o que fazer.