Barcellos fica enfurecido ao chegar na casa da família e ver Dira entregue a Cláudio o seu motorista, sua vontade era entrar ali e matar os dois pela traição, mas ele resolve fazer diferente, agir com frieza e não fazer nada precipitadamente.
Barcellos se afasta lentamente, enquanto o motorista e Dira estavam dando uma verdadeira festinha particular no quarto.
Em casa Rômulo uma vez mais abre a maleta e lê tudo, ele encontra também a certidão de casamento de sua mãe, e a certidão de óbito daquele homem que aparentemente era o seu pai.
— Terão muito o que me explicar! Com certeza sim... Vou exigir dos dois quando chegarem toda a verdade, seja qual for! Diz Rômulo.
Na casa da família ... Enquanto isso...
Depois de vestirem-se, Dira e Claudio se recompõem...
— Vamos voltar mais cedo hoje, chamei você para vir aqui porque eu realmente precisava, precisava relaxar, aliviar um pouco a tensão... Sei que Barcellos é bem desconfiado, mas quando saiu com você ele parece relaxar mais, deve ser pela confiança que ele tem na sua pessoa , diz Dira.
— Se ele desconfiasse que é comigo que você mantém o caso, tenho certeza que eu estaria morto! Diz Cláudio.
— Ou não! Barcellos não me ama, não me deseja, tudo que sou para ele é um aporte financeiro, somente isso... Se ele desconfiasse da minha traição com você, era capaz de ele usar isso em favor dele, já que nosso casamento há uma cláusula que em caso de traição comprovada, ele passa a ter total controle sobre os dois patrimônios,
Quando nesse momento, para espanto de Cláudio e Dira, Barcellos surge cheio de sarcasmo e ironias, com dois copos de água na sua mão...
— Nossa! Imagino que depois de suar tanto, vocês devem estar com muita sede, não é? Principalmente você querida esposa que não parava de gritar... Aqui bebam! Podem beber! Não está envenenado, diz Barcellos tomando um gole de água de um dos copos.
— Barcellos! Olha , por favor! Não é o que você está pensando, eu... Posso explicar tudo! Diz Dira.
— Sr Barcellos, olha podemos explicar tudo, vamos te explicar, por favor...
Barcellos coloca os copos de água na mesinha do lado e sorri...
— Gente! O que é isso? Somos todos adultos aqui, Dira... Sabemos que não sentimos nada um pelo outro faz tempo, fiquei um tempão sabe pensando na sala de estar o que eu faria com vocês enquanto transavam aqui no quarto, bem, Dira, você e eu, não nos amamos mais há muito tempo, bem, na verdade, nunca nos amamos não é mesmo ? Você precisava de um pai para seu filho, e de um homem para ajudar você a administrar a herança de seu marido, não é isso? Diz Barcellos.
Dira e Claudio estavam nervosos, parecia estranho Barcellos não fazer nada diante da traição, mas Dira pelas palavras do marido, encontrava uma certa lógica, afinal de contas era bem aquilo que ele havia dito.
— Está me dizendo que você ... Não liga para eu ter te traído? Pergunta ela.
— Nem um pouco, sabe, Rômulo, o seu filho, que desde bebê eu aprendi a ver como meu filho também, ele não me perdoaria se eu te fizesse algo, foi graças ao nosso casamento que construí tudo que tenho hoje, então.. Dira...
Ela tremia de nervosa e resolve pegar água do copo para beber, Cláudio também confiante de que seu patrão havia ficado numa boa, também pega o outro copo, ambos bebem a água, quando de repente... Cláudio começa a passar m*l, com a mão na garganta, sem ar....
— Cláudio! Claudio? O que você fez Barcellos? Grita Dira....
Claudio cai no chão envenenado, sem vida.
— Dos dois copos, um tinha veneno, o outro não, eu não sabia qual dos dois iria cair nessa primeiro, Diz Barcellos com frieza.
— Você! Você matou ele! Diz Dira.
— Por que o espanto Dira ? Não foi assim que matamos o seu marido? Éramos amantes, lembra? Ou já esqueceu? Aliás tem tanta coisa que parece que você não lembra! Esqueceu que fui eu que falsificou o testamento de seu marido? Colocando tudo em seu nome? Que fui seu cúmplice em tudo? Não me olhe com este olhar de raiva, medo, espanto... és tão bandida e r**m quanto eu, o que nos diferencia são duas coisas... Uma é que sou bem objetivo, o que precisa ser feito, eu vou e faço! A outra coisa é que sou bem mais esperto que você! Eu ainda detenho o testamento original, o que o seu marido deixa tudo para Rômulo! O rapaz acredita que sou o pai dele! Me admira como a ninguém! Então não preciso mais de você! Diz Barcellos.
— O que você pretende? Seu canalha! Golpista! Vigarista!
— Rômulo é maior de idade há muito tempo, chegou a hora de ele saber toda a verdade! A verdade é que eu vou criar para ele! Quanto a você! Não me serve mais...
Barcellos dá um tapa na mulher, dirá avança sobre ele, mas é golpeado e desmaia, Barcelos se livra de Cláudio o motorista e amante de sua mulher e deixa Dirá amarrada em uma cadeira... Ainda inconsciente.
— Depois que você acordar, verei se ainda me pode ter alguma utilidade, Não posso cometer o erro de fazer uma bobagem e ter Rômulo contra mim, afinal, ele é o dono do dinheiro todo, e tenho que ter ele sob o meu controle...
Já era tarde da noite, quando Barcellos chega em casa, fingindo não saber de nada, Rômulo o esperava na sala... Descaradamente, Barcellos pergunta ao filho sobre a mãe...
— Rômulo !Meu filho! Não saiu de casa hoje? E então resolveu seus problemas com a moça? Agora que tirei o n***o do seu caminho tudo ficou mais fácil não é? Diz Barcellos.
— Eu quero que o senhor me explique agora mesmo o que é isso? Diz Rômulo jogando sobre a mesa os documentos que havia encontrado que mostravam que ele era filho de outro homem, filho e herdeiro de outro homem...
Barcellos não esperava que justo naquele dia, Rômulo iria descobrir toda a verdade sobre sua origem e o encurralar daquela forma.
— Como conseguiu ter acesso a estes documentos? Pergunta.
— Como tive acesso não interessa! O que quero saber agora é de toda a verdade! Eu exijo que me fale tudo! Diz Rômulo.