Orgulho ferido

1165 Words
Rômulo fica morrendo de ciúmes, cego de raiva ele acelera o carro, sentindo-se traído embora Amanda nunca o tivesse prometido nada, mas era assim que ele se sentia, traído, a sensação inexplicável de que não era a primeira vez que passava por aquilo era inexplicável. De repente, Rômulo vê uma senhora entrar na frente do carro, ele freia bruscamente, bate a cabeça no volante, se machucando um pouco, ele consegue reduzir a velocidade do carro e parar, mas não o suficiente para não acertar a mulher. — Droga! agora além de me ferrar, ainda matei a coroa! Diz ele com a mão na cabeça, saindo do carro. Algumas pessoas olhavam... A mulher que ele acidentou era Madalena, a cigana que Ícaro conhecia, a mesma que havia feito revelações sobre Amanda, por uma brincadeira do destino, ela havia sido atropelada por Rômulo. — Ei ! senhora! Tudo bem? A culpa foi toda minha! Eu assumo toda responsabilidade... Consegue se levantar? Doi algum lugar? Pergunta ele preocupado. — Dói um pouco minha perna, mas consigo levantar... Tenha mais cuidado rapaz.. Poderia ser com uma criança ou alguém mais idoso... Diz Madalena. — Eu sei, eu sei disso, eu não sei o que acontece comigo, Geralmente eu não corro, caramba! Por favor, eu quero lhe levar ao hospital, a senhora precisa ser avaliada por um médico. Diz Rômulo. Madalena olha nos olhos de Rômulo e fica paralisada... O rapaz fica assustado. — Está bem, senhora? Fale alguma coisa? — Estou, estou muito bem, não se preocupe, acho que agora entendi, nosso encontro estava marcado pelo destino já... Este meu dom de ver a essência das pessoas e enxergar passado e futuro... Diz ela. — Passado e futuro? Dom? do que está falando? pergunta Rômulo. — Você é um homem que não gosta de ser contrariado, que não sabe receber um não, seus pais o criaram cheio de mimos e regalias... Sua essência é de um bom rapaz, você não é mau, mas tem que ter cuidado , aprender que nem sempre se pode ter tudo, principalmente quando se diz respeito ao amor de uma mulher... Diz Madalena. Rômulo que é descrente em tudo, fica impressionado com o que Madalena havia lhe dito, logo lhe vem à mente a impressão de ter já vivido aqueles sentimentos e situações em relação a amanda e Ícaro, mas ele n**a para si mesmo aquilo por não conseguir entender. — Não sei do que está falando, acho que a senhora bateu com a cabeça, ouça, vou lhe dar um dinheiro... — Não quero seu dinheiro, aliás posso ver que vocẽ é descrente, contudo sei que o que estou lhe dizendo está fazendo sentido sim na sua mente, eu posso ver isso rapaz.. Me escute bem... Você, especialmente você, te reencarnado perseguindo aquela moça, atrapalhando a felicidade daquele casal, nesta vida, eu falo nesta encarnação, você tem a chance de seguir em frente, deixar que aqueles dois fiquem juntos, que cumpram o destino deles, e você siga seu rumo! Encontre sua felicidade, faça seu final feliz! Diz Madalena. Romulo fica espantado,sem reação, tudo parecia ser tão fantasioso, mas ao mesmo tempo era tão real, era incrível demais, parece que aquela mulher enxergava dentro dele e lia sua alma... — A senhora deve ser maluca! Tome este dinheiro, me desculpe pelo acidente... Romulo coloca o dinheiro na sacola que Madalena trazia... E volta para seu carro, que custa a funcionar novamente, Madalena encosta na janela do carro e dá um último conselho... — O que foi? Quer mais dinheiro? Pergunta Rômulo. — Um último conselho! Não permita que uma tragédia aconteça! Dos três... Você precisa se libertar do ódio e do ciúme! Não perca a chance! Diz ela colocando o dinheiro dentro do carro de Rômulo novamente. Ele olha para ela meio assustado, o carro finalmente pega, ele vai embora e Madalena fica a olhar para ele. O dia passou rápido, Rômulo vai para a casa de seus pais, toma um banho e deita-se na sua cama, pensativo sobre tudo que a cigana havia lhe dito, parecia tudo tão incrível e fantástico, que lhe custava acreditar naquilo. — como pode? Como aquela mulher sabia de tudo isso? É claro que ela falou sobre Amanda e o negrinho! Sobre as memórias que pareço ter! Isso é loucura, só pode ser... Rômulo resolve ficar em cas aquela noite enão sair para beber, ele vai até a cozinha de sua casa procurar o que comer, quando se depara com seus pais, Barcellos e a esposa. — Filho! O que foi isso ? Que machucado é este na sua testa? Pergunta sua mãe a o perceber. — Não é nada mãe, foi um acidente, ninguém se machucou... Responde Rômulo. Barcellos fica calado, apenas observando a sua esposa preocupada com Rômulo que conta como aconteceu o acidente, mais tarde, Barcellos vai até o filho no quarto dele. — Rômulo! Está dormindo ? Podemos conversar filho? Pergunta Barcellos. — Pode entrar pai! Estou acordado... Responder. Barcellos entra no quarto do filho, e senta na cama. — Você dirige desde os 13 anos, nunca sofreu um acidente, aquela moça anda te deixando assim tão distraído filho? Você gosta tanto dela assim? Pergunta o pai de Rômulo. — Pai, não é isso... — Me sinto culpado filho, quis tanto arrumar um casamento para você, vendo você levar uma vida leviana com várias mulheres, achei que deveria encontrar uma boa moça, casar, assumir responsabilidades.. Diga filho, esta moça é tão importante assim para você? — Pai.. Eu acho que isso , bem, ela não gosta de mim na verdade, eu achei que poderia iniciar uma amizade e evoluir isso para algo a mais.... Mas ela gosta do jardineiro que mora nos fundos da mansão, é isso... Diz Rômulo. — O quê? Daquele negrinho? Como ela pode trocar você por um pobre coitado? Pergunta Barcellos. — Não sei pai! Mas talvez seja o destino, ela gosta dele mesmo ele sendo pobre, sem nada, ou seja ela gosta dele de verdade, é isso... O pai de Rômulo não diz nada, mas fica inconformado... — Ninguém despreza um Brian! Nossa família .. Nosso prestígio! Não... — Pai! Deixe isso assim! Não execute a dívida! Amanda ficará sem nada se você executar a dívida... Em consideração a mim, seu filho, só peço que deixe isso para lá! Por favor... Barcellos olha para o filho sem acreditar o pedido que ele lhe fez... — Farei em consideração a você filho, farei o que está me pedindo, rasgarei as promissórias da dívida, custa acreditar que você tenha mudado tanto... — Talvez seja o destino pai, talvez eu realmente precise mudar... Diz Rômulo. Barcellos sorri e sai do quarto do filho... Ele vai direto ao seu escritório em casa... Pega as promissórias no cofre e as observa em suas mãos... — Ninguém! Ninguém despreza um Brian! Moça, você vai casar com meu filho, nem que seja contra vontade! E quem estiver no caminho de meu filho, eu mando varrer! Diz ele.
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