Alguns dias se passaram, Rômulo continuava inconsciente, de acordo com exames feitos , a pancada na cabeça que ele levou, causou uma lesão no cérebro, e ainda era cedo para diagnosticar de fato o que poderia ainda acontecer.
— Sra Dira, o diagnóstico que temos é de que a pancada que seu filho levou na cabeça pode ser bem mais grave do que pensávamos pela região que foi golpeada. Diz o dr Rafael.
— Dr! Eu não sei, não sei oque fazer! Tenho quase certeza que foi meu marido que fez isso, não sei o que me preocupa mais, o fato de meu filho estar doente , o medo de ele nunca mais acordar, ou o medo de a polícia não encontrar Barcellos, e recuperar nosso dinheiro! Diz Dira.
— Não se preocupe quanto aos custos de Rômulo na clínica, Até por que aquela moça, Amanda, amiga de seu filho, se responsabilizou em arcar com os custos. Diz o médico.
Dira com certo ar de sarcasmo deboche do que ouviu do médico.
— Quem Dr? E com que dinheiro? A família dela deixou ela na miséria! Ela nem tem como se manter! Francamente, tenho de ouvir cada uma! Diz a madame.
— Isso não vem ao caso senhora, no mais, eu não cobraria de uma situação como esta, então fique tranquila de qualquer forma...
Dira olha para o médico, com um olhar de desejo, Dr Rafael era um jovem médico, de boa aparência , parecia ser de família rica...
— Bem, dr... Eu posso me responsabilizar pelo meu filho, e não se preocupe quanto aos custos, podemos encontrar uma forma de pagar cada centavo... Diz ela de maneira subjetiva.
Percebendo bem o tipo de pessoa que é a mãe de Rômulo, Dr Rafael desconversa e afirma que não cobrará nada.
— Bem senhora, é dever de um médico garantir que vidas sejam salvas, eu não vou cobrar nada e pronto, no mais, foque nos cuidados com seu filho e na investigação da polícia para descobrir o paradeiro de seu marido.
Rafael deixa o quarto e Dira se sente rejeitada pelo médico, olha para o filho e também sai do quarto.
— Vou pegar um pouco de ar! Me desculpe filho, mas sua mãe não é o tipo de mulher para mofar num quarto hospitalar. Diz a madame.
Pelo corredor do hospital ainda o inspetor sai correndo atrás dela.
— Senhora! Senhora! Preciso falar com você! Diz.
— Inspetor! Por favor... Sò me diga que a polícia sabe do paradeiro do Barcellos por favor! Apenas isso...
— O delegado quer falar com a senhora, eu não sei de nada ainda, mas parece que seu marido viajou para fora do país, ele transferiu os recursos das contas bancárias da família para um paraíso fiscal em nome de um laranja! .
— Em nome de um laranja? Não pode ser! Diz Dira recordando uma conversa de Barcellos algum tempo atrás...
Na conversa, Barcellos havia mencionado algo sobre a Suíça, sobre depositar todo o lucro do cassino em uma conta na Suíça, ela recorda também que Barcellos tinha cidadania Suíça...
— Senhora! Sra Dira? Tudo bem? Podemos ir à delegacia? Pergunta o inspetor.
— Claro! Claro que sim... Meu filho está sob cuidados médicos... Por favor! Pede ela.
Dira então é levada pelo inspetor para a delegacia para novo depoimento e para ouvir as recentes descobertas do delegado sobre o caso.
— Como eu não pensei nisso! Mas é claro! Para a Suíça! Se minhas suspeitas forem verdadeiras, irei pessoalmente atrás de Barcellos e o farei pagar por tudo que me fez! Por toda a humilhação ! E por ter tentado me passar a perna.