CAPÍTULO 2

1458 Words
PILAR Nossa vida no litoral era incrível, eu só não curtia muito quando Tsu voltava para São Paulo. Não era ciúmes, eu tinha medo mesmo de ataques, coisas desse tipo que pudessem tirar Tsu de mim. - Giu, acho que eu queria outro bebê - digo rindo - Você só pode estar maluca Pilar, Levi já está grandinho já já independente, aí vocês vão poder curtir de boas - ela diz séria - Ah mulher, mas quem disse que não curtimos, inclusive preciso de calcinhas novas - digo rindo - Afffff me poupe dos detalhes - ela diz virando os olhos - Mas é sério, Levi está crescendo e queria outro bebê, já pensou vem uma menininha? Eu ia amar - digo amorosa - Eu não quero mais filho não, Lena já está esperta e tô amando essa fase. Mas você já comentou isso com Tsu? - diz curiosa - Ainda não, de uns meses pra cá que me bateu esse pensamento - digo baixo - Se vocês querem, titia vai amar - ela diz rindo Esse pensamento tem me perseguido um tempo sobre querer ser mãe denovo, eu sou filha única e sei como é r**m ser sozinha. Não ter nem com quem brigar! Tsu, talvez não sentisse tanto, pois sempre foi rodeado de pessoas, então isso não tenha feito tanta falta. Não estou reclamando da minha vida, meu pai mesmo torto me deu uma vida muito bom junto a minha mãe. Mas ter um irmão teria sido legal, então penso que Levi teria muita sorte e seria muito mais feliz se tivesse uma irmã ou irmão, aprenderia melhor a dividir. Enfim, no dia que chegar numa decisão, vocês serão as primeiras saber!!! Eu estava retornando com meus estudos, agora conseguia mais tempo. - Victor, hoje tenho aula então fique com Levi por favor - digo e ele me olha sério - Eu ficar com Levi? Sou mulherzinha agora? - ele diz me olhando sério Eu odiava quando ele fazia essas piadas. Mas hoje eu judiaria dele... aos meus modos. - Isso, aproveite e faça o jantar também ou coma vento - digo saindo do quarto Entro no escritório e entro em aula, até porque já estava atrasada. Vejo quando ele coloca a cabeça na porta e eu apenas assinto negativo, e ele retorna. Minha aula ia até as 23 horas mais ou menos, então teria chão pra eu sair daqui. Assim que finaliza, fecho o notebook, vou até a cozinha tomar um copo d'água, sinto sorrateiro atrás de mim. - Tá bravinha comigo? - ele inquire segurando em minha cintura - Você sabe que odeio essas brincadeiras, esse retorno as aulas é importante pra mim - digo baixo - Pois não fiquei, você sabe que fecho com você - ele diz beijando meu pescoço Eu estava quase cedendo, já fazia alguns dias que não transavamos então certeza ele a estava perigo. Deixo que ele me aperte bastante, esfrego minha bundä no paü dele que já estava duro - Você me quer? inquiro - Nossa, e como quero - ele sussura - Mas eu não! - digo empurrando com a bundä - Porrã Pilar, é sério isso? ele grita - Xiuuuu fale baixo, pois vai acordar Levi - digo querendo rir - Tô cheio de tesãö minha gata, deixa eu te comer só um pouquinho - ele diz vindo novamente me agarrar - Não quero mor, tô cansada - digo dando um selinho nele e fujo correndo - Você gosta de me provocar né? - ele diz me prensando na parede e colocando sua perna entre a minha. - Gosssto - digo e ele me beija com força Engraçado que mesmo tendo passado esses anos todos, nosso fogo nunca baixou. Nossa privacidade tinha diminuído, mas qualquer oportunidade estávamos nos enroscando. Ele me beija, enquanto com uma mão segura minha mãos acima da cabeça, e a outra pressiona minha cintura. - Você me deixa louco - ele fala enquanto me beija - E eu amo isso - digo rindo Victor tinha um poder sobre mim, as vezes eu nem queria nada, mas ele tinha um jeito de conduzir, que meu tesãö se acendia. - Vamos pro quarto - ele diz sussurando - Não, não quero - digo e ele me olha - Não, por que? - ele inquire inconformado e me solta A noite estava quente, então fui tirando meu vestido e indo em direção a piscina. - Quando desfazer seu bico, tô te esperando aqui tá - digo e entro nua na piscina Ele nem acredita, e vem arrancando a roupa, que cena engraçada parecia um muleque desesperado. - Calma Victor - digo rindo - Mulher você não sabe o quanto tô te querendo - ele diz ofegante Voltamos nos beijar, a noite estava linda, a lua maravilhosa sendo cúmplice do nosso amor e tesãö. Passado 5 minutos desse momento lindo ouço o celular tocar só não sabia qual. Tento ignorar e logo para... Tsu quando estava com tesãö o mundo parecia parar, mas eu depois da maternidade me mantinha sempre alerta. Logo o celular volta tocar denovo. - Victor tem um celular tocando - digo baixo - Deixe tocar - ele diz me beijando - Mas e se for algo sério? inquiro - Mas que inferno que não se pode f***r nessa casa - ele grita e eu caio na risada Ele sai da piscina bufando, e vai atender... Aproveito pra ficar relaxando. Vejo ele gesticulando e passando a mão na cabeça, tipo inconformado com algo e fico só observando. - Eu não tô acreditando - ele diz e vejo o nervosismo dele - O que foi? O que aconteceu? - inquiro - Mataram o Andrezinho - ele diz e percebo que ele está visivelmente abalado Saio rápido da piscina, me enrolo em uma toalha, e vou abraça-lo. - Calma, eu estou aqui - digo calma - Como pode mano, ele cresceu comigo. Meu braço direito, está morto - ele diz e chora - Aí amor... - digo e o abraço forte - Preciso ir pra favela, ele terá um velório e enterro digno - ele diz e eu concordo - Vou com você - digo em apoio e ele assente positivo. Andrezinho era alguém que ajudou muito Tsu em nosso relacionamento, eu não tinha problemas com ele, pelo contrário, gostava dele. Em várias situações estávamos juntos e ele sempre solicito. Era triste ver a forma que que Tsu ficou...Nisso me veio na cabeça a conversa que tivemos sobre meu tio estar se despedindo, ele não tem estrutura para perder as pessoas não. - Como vou dar essa notícia pro coroa? ele inquire - Quer que eu fale amor, eu falo - digo prestativa - Falamos amanhã pela manhã. - ele diz desolado Depois dessa ligação, o celular de Tsu não parou mais. Era tanta gente ligando, pedindo a presença dele que ele foi obrigado desligar o celular para digerir tudo isso. Nessa noite em questão não conseguimos dormir, fiquei pensando muito sobre o futuro de Levi. Talvez eu não quisesse meu filho envolvido nesse mundo do tráfico, eu não suportaria perde-lo. Logo cedo vamos a casa de meu tio. Victor estava com os olhos bem vermelhos, mas eu faria todo meio de campo para dar a notícia. - Bom dia - ele diz frio - O que aconteceu? - inquire Giulia me olhando - Aí amiga, mataram o Andrezinho - digo e ela se espanta - Não acredito - ela diz e começa chorar - Nossa vieram cedo pra cá, Levi está bem? - inquire meu tio chegando na sala e vê Giulia chorando e completa: Cadê meu neto? - Ele está bem tio, mas temos uma notícia triste - digo calma e ele se senta esperando que eu fale, então completo: Infelizmente, Andrezinho foi encontrado sem vida. A tristeza do meu veinho era visível... - Vivi pra enterrar um filho, mesmo que não fosse de sangue - ele diz se levantando e indo para seu escritório chorar sozinho. Vou atrás dele, fiquei com receio dele passar m*l. - Filha, eu pedi tanto pra morrer, mais tanto, pra não passar por isso e agora recebo essa notícia - ele diz com a mão no peito - Não diga isso, precisamos do senhor aqui - digo amável - Chame o Tsumani agora - ele diz seco Peço que Tsu entre mas me mantenho firme ali. - Eu vou com você para o Helipa, quero dar meu último adeus, e não pense você em me deixar aqui - ele diz sério - Vamos a tarde, só o tempo de arrumar nossas coisas e iremos pai - Tsu diz firme Organizaria tudo o mais rápido possível, para que possamos ir o quanto antes. Isso certamente nos abalou muito!
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD