Bem-vindas ao meu livro, mores.
Primeiro, o livro contém:
• Palavras de baixo calão;
•Cenas de s**o;
• Cenas de briga;
• E, tráfico.
Segundo, aceito críticas constitutivas. Não me ofendam se não quiserem ser ofendidas.
Terceiro, espero que gostem. Votem, comentem bastante que eu amo e compatilhem com as amiguinhas.
Estarei sempre respondendo os comentários de vocês, portanto, podem interagir MUITO que eu amo!
Boa Leitura!!♡
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Júlia
Alessandra: Quarto 2, tem um homem ferido.-gritou a chefe das enfermeira.
Júlia: Pode deixar que eu vou!- pego meus equipamentos e levanto rapidamente.
Andressa: Deixa pra mim que sou mais acostumada aqui. Você chegou ontem.
Júlia: Não faz diferença isso, Andressa. Estudamos o mesmo curso.
Andressa: Garota, você não está entendendo. Hoje teve invasão aqui no morro, não é qualquer caso, é de pessoas feridas por tiros. Eu trabalho aqui há meses e já estou acostumada, por isso eu vou.- pegou seus equipamentos e levantou.
Júlia: Não vou discutir com você, tenho uma vida pra salvar.-ia saindo e ela me puxou pelo jaleco.
Alessandra: A Júlia vai e está decidido. Aqui está a ficha.- me entregou o prontuário e eu fui até o quarto.
Era um homem muito bonito. Moreno com uma boquinha linda. Ai pai, para. Carinha de vagabundo do jeito que a mamãe gosta.
Ele me olhou de cima à baixo e eu me arrepiei. Olhei pros seus braços e estava sangrando.
Me aproximei dele e olhei pro seu braço. Coloquei luvas nas minhas mãos e toquei em seu ferimento. Peguei a lanterninha no bolso do jaleco e acendi para examinar.
Júlia: Qual o seu nome?- pergunto ainda olhando para o ferimento em seu braço.
_ Chama de Th, pô.- falou apertando os olhos enquanto eu tocava em seu machucado.
Júlia: Ok, Th. Está doendo?- pergunto enquanto toco ao redor de seu ferimento.
Th: Tá sim, mina. Mas acho que foi só de raspão.
Júlia: E você está certo.- desliguei minha lanterninha e guardei ela no bolso. - Vou chamar um grupo de técnicas para limpar seu ferimento.
Th: Beleza. Mas tu vai vir aqui ainda?
Júlia: Sim. Preciso acompanhá-las enquanto elas fazem o procedimento.- sorri e peguei seu prontuário.
Th: Como tu consegue falar essas paradas correta aí, pô?
Júlia: Eu tô em ambiente de trabalho, preciso falar assim.- ele riu.-Vou chamar as técnicas. Um momento.
Fui até a sala onde ficavam as técnicas e chamei elas.
Vieram duas, apenas. Até porque não é nada grave a situação do Th.
Entrei no quarto que ele estava e o mesmo abriu um sorriso quando me viu.
Júlia: Então, Senhor Th, você vai precisar tomar uns analgésicos. Você vai falar com a doutora e ela vai dizer o remédio que você precisa. Daí você trás o papel pra mim e eu vou contigo buscar na farmácia daqui do postinho.
Th: De boa.
As técnicas acabaram de limpar e fazer o curativo e ele levantou.
Júlia: Espera um pouco. - fui até o corredor e pedi para chamarem a médica.
Voltei pro quarto e fui medir a temperatura dele. Estava 35.5, normal. Ouvi os batimentos cardíacos dele e depois medi a pressão.
Júlia: Tudo está estável, deixa a médica vir para você ser liberado.- sorri.
Th: Tu é inteligente né, cara.- ri.
Júlia: Ué, por que?
Th: Entender esses caralhos aqui...
Júlia: Tive que estudar muito pra entender.- ri.
Th: Tu é nova aqui no morro, né? Nunca te vi por aqui.
Júlia: Sim, me mudei semana passada devido ao emprego que eu consegui.
[...]
Th: Então, valeu aí, parceira. Fé.- fez um toque comigo.
Júlia: Não esquece de fazer o curativo.
Th: Não tenho quem faça não,pô. Na tua faculdade tu aprendeu a fazer essas porras?
Júlia: Sim, né.- revirei os olhos.
Th: Te desenrolo 100 reais pra cada vez que tu brotar na minha goma pra fazer isso.
Júlia: Tu é rico, né. Só se for.- ele riu.- Tem que fazer até melhorar. E não vou até sua casa, não estou com o juízo nos pés.
Th: Então broto na tua, suave?- assenti.- Qual o teu nome mesmo?
Júlia: Júlia.
Th: Coloca teu número aqui pra tu me passar teu endereço.- coloquei meu número e entreguei seu celular de volta.- Valeu, gata. Tá dando mó apoio.
Júlia: Que nada. Tô fazendo meu trabalho e eu amo o que faço. - ele riu sem mostrar os dentes e saiu.
Ok, eu estou louca em aceitar isso de um bandido? sim. Nem sei se ele é bandido, mas ele foi ferido em uma invasão e tem mó cara de bandido também.
Como que vou deixar ele ir na minha casa? mas o que eu vou fazer se eu já confirmei?
Eu amo fazer m***a, cara.
Continuei atendendo até dar minha hora de ir pra casa. Como eu morava aqui no morro mesmo, eu não precisava vir de carro.
Voltei andando pra casa e lembrei que preciso comprar umas coisas. Passei na primeira mercearia que vi e fui andando cheia de bolsas pra casa.
Um garoto com um fuzil atravessado nas costas e com a camisa pendurada no ombro se aproximou e eu tremi na base. Ele encostou do meu lado e eu engoli seco.
_ Fica de boa, pô. O fuzil tá destravado.- olhei pra ele ainda nervosa e ri sem mostrar os dentes.- Colé, novinha? Vim ajudar tu nessas bolsas. Sou um homão, porra.-falou agitado e eu ri.
Júlia: Qual o teu nome?
_ Magrinho. Meu vulgo. E o teu?- falou me acompanhando e pegando as bolsas da minha mão.
Júlia: Me chamo Júlia, mas pode chamar de Jú. Por que todos aqui tem vulgo?
Magrinho: Porque nome de bandido é confidencial, pô. Tu já conheceu mais alguém aqui? Porque tu é nova.
Júlia: Sim, sou nova. Me mudei pra cá semana passada, mas trabalho no postinho. Sou enfermeira.
Magrinho: Eita p***a! Conheci alguém inteligente. Uma enfermeira. Pô, que orgulho.- falou contente e eu ri.- Quem tu conheceu?
Júlia: Não sei se tu conhece, ele me falou o vulgo e eu nem olhei seu nome no prontuário. O vulgo dele é Th. Moreno dos olhos escuros, alto e forte.
Magrinho: Colé, mina. Quem não conhece o Th? Ele é dono dessa p***a toda aqui.- engoli seco.
Júlia: Ele é o dono do morro? - perguntei nervosa.
Magrinho: É. E eu sou o sub, se liga.
Júlia: Meu Deus, magrinho. Ele vai na minha casa fazer os curativos dele do tiro que ele levou na invasão.
Magrinho: Relaxa. O máximo que ele pode fazer é m***r você.- arregalei os olhos e ele riu. Dei um t**a em seu ombro e ele resmungou.
Chegamos na minha casa e eu convidei ele pra entrar. Ele colocou as compras em cima da mesa e eu fui me despedir dele.
Júlia: Muito obrigada pelo favor, magrinho.- fui apertar a mão dele e ele baixou minha mão, recusando o agradecimento.
Magrinho: Favor o que,fia? Tá devendo um rango. Vou jantar aqui pô.- se jogou no sofá.- Casa maneira a sua. Só falta arrumar.
Júlia: Eu me mudei semana passada, querido. Não consigo arrumar tudo assim.
Magrinho: Ih, Jú. Vai lá fazer nosso rango vai.- ele riu e eu não pude deixar de ri também.
Júlia: Mas é muito folgado né, cara?
Magrinho: Se embaçar eu mando o Th colar aqui.- falou rindo e eu olhei pra ele com negação.
Júlia: Folgado pra p***a. Vem logo me ajudar. Vamos comer Yakisoba. Vou fazer.
Magrinho: Sei nem falar esse c*****o, quem dirá fazer.
Enquanto eu ia fazendo, ele guardava as compras.
Depois de muita conversa aleatória e trabalho pra fazer, nos sentamos pra comer.
Magrinho: Ô Jú, tu manja na cozinha! Tá mó gostoso essa p***a aqui que não sei falar.- falou após dar sua primeira garfada.
Júlia: Yakisoba, magrinho.- ele revirou os olhos.
Magrinho: Tu aprendeu a fazer comida como?
Júlia: Eu sempre morei sozinha, tinha que me virar.- sorri fraco.
Magrinho: E teus pais?
Júlia: Morreram quando eu tinha 11 anos. Eu fui pra um orfanato, então. Não tenho parentes aqui. Só minha irmã, que nos separaram.- falei lembrando de tudo aquilo que eu passei. Como foi difícil.
Magrinho: Tu tem mó cara de burguesa, nem parece que foi órfã.
Júlia: Eu recebia dinheiro devido à morte deles, mas hoje não mais, pois já me formei.
Magrinho: Não deve ter sido fácil, tô ligado.
Júlia: É, mas eu consegui. Tive que sair do orfanato com 18 anos. Foi um perrengue, mas eu sobrevivi. E agora, sou formada e recebo muito bem.- sorri vitoriosa.
Magrinho: Tu é incrível, mina. Mulherão.
Júlia: Obrigada. - ri sem graça.
Magrinho: Decidido! A partir de hoje, tu é minha melhor amiga. - soltei uma gargalhada.
Júlia: Mas qual o seu nome?
Magrinho: Erick, mas chama Magrinho. Não curto meu nome. Nome de gay da porra.- gargalhei e ele me olhou sério.- Não sei onde a coroa tava com a cabeça.
Júlia: Sua mãe mora aqui no morro também?
Magrinho: Claro, malucona. Só largo dela quando um dos dois morrer.- sorri fraco.
Júlia: Já quero conhecer minha tia nova. Amo.
Magrinho: Trabalha até que horas amanhã?
Júlia: Folga.
Magrinho: Beleza, 16:00 eu passo aqui pra tu ir conhecer minha coroa.
Júlia: Ok então.
Continuamos conversando até ambos acabarem e fiz ele lavar a louça.
Magrinho: agora eu vou meter o pé. Falou, Jú. Valeu.
Júlia: Valeu tu, é meu único amigo.- ri.- Me fez esquecer os problemas, até.
Magrinho: Amigo é pra isso, gata.- Beijou minha bochecha.- falou. Vê se arruma essa casa.
Ele saiu da minha casa e eu tranquei a porta.
Corri pro banheiro e tomei uma ducha demorada. Fui até meu guarda-roupa, peguei uma camisa do meu pai e vesti ela com uma calcinha. Apenas.
Peguei meu celular e fui deitar. Como de costume, fiquei nas redes sociais. Entrei no w******p pra ver as mensagens e ver se o Th tinha mandado algo.
WhatsApp
Desconhecido
fala, enfermeira (22:38)
Th aqui (22:38)
Júlia
ah, oi (23:06)
Th
q horas eu posso ir aí na tua goma? (23:07)
Júlia
pode ser às 10 (23:07)
Th
suave. Falou aí (23:08)
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Saí do w******p e fui dormir. Amanhã eu tenho que arrumar tudo isso ainda.