CAPÍTULO 5 - THÉO
FRUSTRAÇÃO!
É o que define esse dia de m***a.
Parece que tudo está dando errado. Eu tenho que entregar logo a p***a desse projeto, meu pai ficou de mandar alguém que ele disse ser excelente profissional, mais eu duvido muito.
Hoje em dia só existe incompetentes ninguém faz o trabalho direito, começando pela irritante da minha secretária. Essa p***a não sabe fazer nada direito, e ainda esquece de me avisar sobre uma reunião importante, acabei chegando vinte minutos atrasado e eu sou o primeiro que não tolera atrasos.
A minha vontade era de estrangular a dita cuja mais conseguir me controlar ou assim eu imaginava, porque por volta das três da tarde um furacão ruivo adentrou minha sala como se fosse a dona da p***a toda.
Transei com aquela praga uma vez e agora a iludida acha que tem alguma coisa comigo, era só o que me faltava, eu já disse pra me deixar em paz.
— O que você está fazendo aqui Samantha? — Perguntei irado.
— Aí amor é assim que você me recebe? Relaxa vim te fazer uma surpresa. — Diz com um sorriso malicioso.
— Quantas vezes vou ter que dizer que não temos nada sua louca.
— Nossa magoou benzinho. Mais eu não ligo sei que você me ama só não está pronto para admitir.
— Você é doida mesmo, vai embora da minha empresa AGORA! — Grito e ela dá um pulo de surpresa.
— Eu não vou, o que você acha de uma rapidinha, estou sentindo falta do seu p*u maravilhoso.
— Eu te fodi uma vez, e acha que é minha dona, você ta é muito enganada, você não significa nada pra mim, nem significou, você foi apenas mais uma f**a nada mais que isso.
Ela ficou vermelha de raiva e saiu pisando duro em direção a porta, mais antes de fechar a mesma virou-se e disse:
— Eu vou mais eu volto. — E mandou um beijo, ah! Que mulher irritante meu Deus, é isso que dá não conseguir manter o p*u dentro das calças.
Resumindo meu dia foi uma m***a.
Quando eu resolvi ir par casa já passava das vinte e uma e trinta, mais antes passei em meu apartamento para pegar uns documentos. Ah, vocês não entenderão essa parte? Então é o seguinte, eu passo o fim de semana na casa dos meus pais, é em um condomínio mais afastado do centro e o único lugar onde consigo relaxar de verdade.
Minha irmã praticamente não fica em casa, mais eu gosto da tranquilidade, é como se fosse um santuário para mim, nunca levei ninguém lá, é meu lugar predileto para fugir de todos os problemas.
Cheguei na casa dos meus pais e estava tudo escuro, sinal de que Luana ainda não voltara do hospital.
Deixo meu carro na garagem e vou em direção a cozinha sem acender as luzes, conheço essa casa com a palma da minha mão então não corro o risco de tropeçar em nada, ou assim eu pensava.
Alguém trombou em mim e com certeza não era minha irmã ou alguém que trabalha aqui.
Estiquei o braço e liguei o interruptor esquecendo totalmente como se respirava, pois uma garota miúda com uma camisola sexy pra c*****o estava me olhando fixamente, ela era pequena, um anjo sexy, meu Deus meu amigo já está pulsando fervorosamente dentro das calças.
Como não ficar duro com a visão de seu corpo quase nu na minha frente.
Ela me encara espantada percebe que estou olhando seu corpo, tenta se cobrir, posso ver um rubor espalhando-se por suas bochecha?
O quê? Quem cora nos tempos de hoje, ela só pode ser uma criatura rara, fico encarando-a e então em questões de milésimos de segundo ela sai correndo, mais é parada na escada por um grito agudo, e eu sei muito bem a quem pertence essa voz estridente.
— CAROLINE!
Ela vira-se e como se isso fosse possível, está mais vermelha ainda, fico encarando-a enquanto minha irmã escandalosa e totalmente dramática corre para abraçar a amiga que esboça um lindo sorriso em resposta e Luana vai logo falando.
— Caroline como senti sua falta. Como você está? E Henrique quando vem? Estou com saudades de meu afilhado.
— Calma eu estou bem, mais poderíamos conversar em outro local? — Ela desvia seu olhar em minha direção, minha irmã me vê, olha sua amiga, volta seu olhar para mim e fala.
— Théo meu irmão aproxime-se, venha conhecer a mais nova arquiteta da Miller. — AH! Então foi ela que meu pai enviou, meu Deus ela parece ser uma adolescente ainda. Como pode ser alguém tão competente assim? Já estou vendo que essa temporada dela aqui será bem interessante.
Caminho em sua direção e percebo que ela está desconfortável com nossa apresentação, mais pra ser bem sincero, tô adorando ver seu corpo através da renda de sua camisola, paro na sua frente e estendo minha mão em um comprimento.
— Prazer senhorita Caroline, sou Théo Miller, pelo que percebi será você a me ajudar com o novo projeto da empresa, espero que seja tão competente quanto meu pai fala, não tolero atrasos muito menos contratempos. — Lhe informo.
Quando nossas mãos se tocaram senti uma corrente elétrica percorrer meu corpo, definitivamente não gostei dessa sensação, minha irmã está me olhando incrédula, la vem sermão.
— Tom não fale assim com minha amiga, se ela não fosse competente não estaria aqui, onde foi que você esqueceu sua educação seu grosso? Papai vai adorar saber que você a destratou no primeiro dia dela aqui. — Não falei, nem deu tempo de responder pois Caroline já estava se defendendo.
— Não se preocupe Luana, eu conheço esse tipo. — Ela fala.
— Que tipo? — Questiono.
— Machista e arrogante. Lá na empresa do Brasil, já lidei com alguns exemplares, e posso te garantir Senhor Théo Miller que todos eles sabem onde é o lugar deles.
Eu posso ser muito persuasiva quando quero. — Não acredito, estava bom demais pra ser verdade, uma desbocada, era só o que me faltava, e o projeto de mulher ainda usou de ironia comigo, isso não vai prestar, quando vou rebater minha irmãzinha querida abre a boca.
— Nossa Caroline quanta atitude, como está madura. Você era tão submissa antes, adorei sua nova versão. — Agora estou irritado, muito irritado essas porras só ficam falando como se eu não estivesse aqui.
— Cansei de ser a mulherzinha meiga, andei lendo alguns livros que me ajudaram muito. — Tô dizendo, são umas pragas mesmo.
— Há se for pra ficar desse jeitinho pode me indicar todos os exemplares. — Elas me deixam plantado na sala e correm escada acima em direção aos quartos.
Estou totalmente incrédulo e irritado, já vi que minha temporada com ela não vai ser boa como eu imaginava,
INFERNO!
CAPÍTULO 6
Acordo com uma vontade imensa de voltar a dormir, o quarto é super aconchegante e está todo escuro, mas quando penso em voltar a dormir meus olhos passam de relance pelo relógio e dou um pulo na cama, já passa das nove e trinta da manhã e eu nunca durmo tanto.
Resolvo que já dormi o suficiente e vou ao banheiro realizar minha higiene matinal, tomo um banho deverás reconfortante e opto por vestir um vestido preto na altura dos joelhos confortável e leve.
Saio do quarto rezando a tudo que é santo para não me esbarrar novamente com o machista do Théo.
Eu já percebi que a convivência não será nada legal, ele deveria ser proibido aos olhos de tão gostoso que é, aquele monumento em forma de homem será a minha desgraça.
Há muito tempo ninguém desperta meu interesse, simplesmente perdi o desejo nos homens, aí vem ele e do nada destrói algo que demorei muito tempo para deixar intacto, chega a ser cômico de tão clichê, pois é assim que estou me sentindo, não romance clichê onde a mocinha fica apaixonada com apenas um toque.
— Mas que m***a é essa que estou pensando. Eu não estou apaixonada, é claro que não! Isso é coisa de românticas incuráveis e esse definitivamente não é meu caso.
Quando senti aquela corrente elétrica ultrapassar meu corpo, eu percebi que estava mais do que encrencada.
— Chega desses pensamentos idiotas Caroline Tenório, foca no trabalho e somente nele.
Cheguei a cozinha com o coração meio descompassado de tão nervosa que estava, mas por sorte vi apenas Mithiele preparando alguma coisa com um cheiro delicioso.
— Bom dia Mithiele. — A cumprimento.
— Bom dia Senhorita.
— Caroline! Mithiele pelo amor de Deus, esquece essas formalidades comigo.
— Tudo bem Caroline. — Dou um sorriso direcionado a ela, mas ele morre assim que vejo Théo entrar por uma porta lateral que eu sequer tinha percebido.
Meu coração dispara feito louco, p**a m***a estou muito nervosa e isso não é nada racional.
— Bom dia Caroline. — Olho pra ele meio área, ele levanta uma sobrancelha me questionando e eu percebo tarde demais que eu estava o encarando desde que ele entrou, e lembro que não o respondi. E nesse momento estou como? Mais vermelha que tomate, maldito rubor incontrolável.
— Bom dia Théo.
— Você poderia ir até meu escritório depois, preciso falar com você.
— Tudo bem, assim que eu comer alguma coisa, eu vou lá. — Dito isso ele passa por mim com seu cheiro de homem misturado com perfume que tenho que admitir que é delicioso, algo amadeirado com mais alguma essência inebriante que não consegui identificar.
Acompanhei-o com o olhar e quando voltei a olhar para Mithiele ela estava com um sorriso de canto, me observando observar Théo. Fiquei constrangida claro.
— Mithiele onde está Luana.
— Ela saiu, disse que surgiu uma emergência no hospital, onde ela é voluntária.
— Tudo bem então. O que temos pro café da manhã, quase almoço?
— O que você quiser, estava esperando você acordar.
— Deixa eu pensar! Humm, eu quero ovos com bacon uma salada de frutas e suco de laranja. — Ela olha pra mim com a sobrancelha erguida e pergunta.
— E café, você não quer?
— Não. Tenho gastrite nervosa, não posso abusar e eu já bebi ontem de manhã, sem contar que pedi bacon agora.
— Tudo bem, você deseja algo específico para o almoço?
— Não mesmo, me surpreenda Mithiele, você já provou que é uma ótima cozinheira. — E não brinquei, o café da manhã estava uma delícia, Agradeci a comida e fui ao quarto escovar os dentes para poder ir falar com Théo.
Quando estou me aproximando da porta de seu escritório, minha respiração começa a ficar ofegante sem um motivo aparente.
Como p***a vou conseguir trabalhar com ele se eu perco o foco só em pensar em estar perto dele, acho que Jones vai se decepcionar comigo pela primeira vez em anos.
Bato na porta duas vezes e ouço um "entre", e todo meu corpo se arrepia assim que sua voz grossa invade meus sentidos.
Quando abro a porta e empurro meu coração falha uma batida e volta a bater descompassado, eu definitivamente estou odiando essa sensação, eu me sinto exposta demais perto dele.
É como se ele soubesse o que estou pensando só em me olhar, na verdade parece que não é um olhar comum, é algo diferente, intenso, e predador parece que ele quer me devorar a qualquer momento.
Tento me proteger cruzando os braços sobre os s***s, então como se ele despertasse de algum transe, ele passa as mãos nos cabelos, não gesto totalmente sexy, acho que ele não percebe o quanto fica gostoso quando faz isso, deve ser totalmente involuntário, ou ele percebeu o que causa em mim e está tentando fazer charme para me ter em sua cama, mais se for isso eu corto as bolas dele e jogo no esgoto junto com seu p*u, que deve ser muito precioso para ele.
Meu Deus! O que ta acontecendo comigo, será que agora todo o t***o acumulado de anos, vai querer se manifestar logo agora, que momento mais inapropriado para ficar assim.
— Caroline! Está me ouvindo? Está sentindo-se mau? Quer ir ao hospital? — Olho para ele sem entender nada.
— Não, estou bem. Por que está perguntando isso?
— Eu estava te chamando e você não respondia, e depois ficou fazendo uma expressão estranha, como se estivesse sentindo dor, sei lá, só fiquei preocupado. Já que está tudo bem, entre e feche a porta, vamos conversar um pouco sobre o projeto.
Entrei e fechei a porta atrás de mim, parei e fiquei o encarando sem jeito, ele está encostado a mesa com os braços cruzados sobre o peito, posição que me permite perceber o quão musculoso e forte ele é, e justamente por isso estou me sentindo intimidada, já que sou vários centímetros menor que ele.
— Sente-se Caroline. — Dito isto ele dá a volta na mesa e senta-se em sua cadeira super confortável.
Eu sento e cruzo a perna, vejo o olhar de Théo em meus movimentos e percebo que meu vestido subiu muito deixando-me exposta até a metade das coxas, puxei o vestido para baixo tentando cobrir mais minhas pernas, totalmente constrangida.
Théo balançou a cabeça e começou a falar.
— Bom como meu pai garantiu que você é a melhor para ser minha parceira, tenho que te informar que temos um prazo de seis semanas para entregar o projeto aos clientes, sei que é um prazo curto em se tratando de um projeto dessa magnitude, mais tenho certeza que com nós dois focados nessa parte conseguiremos entregar a tempo.
— Você poderia me informar do que se trata, seu pai não me disse o que era.
— É um prédio de estrutura contemporânea que demonstre todo o requinte do nosso cliente. Ele quer riqueza em detalhes.
— Quantos andares? E por acaso posso saber quem é esse cliente?
— Serão cem andares e nosso cliente é um Sheik de Dubai.
— O quê? Meus Deus, não podemos errar nem um milímetro nos traços.
— Não mesmo, e é por isso que a senhorita está aqui. Amanhã nós iniciaremos com as propostas, por isso já vá pensando em alguma coisa, e não se preocupe que amanhã te dou uma carona até a empresa e lhe mostro sua sala, agora se puder me dar licença eu agradeço, preciso revisar uns relatórios.
— Claro! Fique à vontade, grosso.
— O que você falou?
— Nada, com licença. — Sai praticamente correndo, subi as escadas parecendo um foguete, entrei no quarto e assim que fechei a porta respirei aliviada.
Além de gostoso ainda tem à audição muito boa, tenho certeza que se não tivesse corrido estava ouvindo uma bronca daquelas, agora é deitar e esperar o dia se arrastar, para que amanhã tenha que encarar meu inferno pessoal todos os dias.
Esse será o melhor projeto, Henrique sentirá orgulho de mim, tenho certeza. Nem que eu tenha que virar noites acordada, mais tudo sairá perfeito.