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Nos braços do Traficante

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Blurb

Essa é a história da Milena, ela sai da sua cidade indo para o Rio de janeiro, ela havia passado em um concurso da aeronáutica, queria ter uma boa vida para ela e para os seus pais, embarcou de cabeça nessa nova aventura, ao chegar na cidade do Rio de janeiro não tinha aonde ficar e foi assim que ela acabou indo parar no morro do Vidigal, um rapaz arrumou uma casa para ela morar com uma menina que se tornou a sua amiga.De começo a Milena se mostrou ser uma garota do bem, humilde mas morando onde ela estava ela não conseguiu esconder o seu verdadeiro eu ainda mais quando o lugar que tinha aquilo que ela gostava, os traficantes! Acaba se envolvendo com eles que ela acaba se perdendo no seu personagem e tem que encarar o seu passado sombrio que ela deixou para trás na sua cidade natal e o presente sombrio que ela acabou criando na cidade do Rio de janeiro.

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Capítulo 1
MILENA NARRANDO: Eu me chamo Milena, tenho 23 anos, moro no Maranhão mas nesse exato momento estou dentro do ônibus viajando para o Rio de janeiro, passei em um concurso da aeronáutica e estou indo com a cara e a coragem, não tenho nada planejado, foi tudo de última hora, mesmo sem teto, sem uma direção para onde ir quando eu chegar lá, mas mesmo assim eu estou indo, não vou desistir do meu sonho, quero dar uma condições melhor para mim, e para a minha família, sou de família humilde sabe mas com fé em Deus essa é a minha chance de mudar de vida e levar os meus pais junto comigo. Eu sou magrinha, tenho cabelos cacheados, sempre tenho problema por conta de ser magrinha pois não parece ter a idade que eu tenho, e foi exatamente isso que aconteceu assim que pisei os pés no Rio de janeiro, a polícia que fica na rodoviária me parou, eu estava apenas com uma mochila, ela era bem pequena, eu não tinha muitas roupas então trouxe as melhorzinhas, e pra acabar de completar a mochila era daquelas de crianças, aquelas que bota nas costas. - Ho garota._ Olho para o policial que me chamou, parei e esperei ele vim até a mim. - Oi, boa noite._ Falo mas já com medo sem saber o que ele queria comigo. - Tá com quem? cadê seus responsáveis? - Eu estou sozinha moço. - Mas como que você viajou assim sozinha? como comprou uma passagem? vou ter que abrir um boletim de ocorrência contra a companhia que te vendeu a passagem e você vai vim comigo, vamos para a delegacia e lá vai resolver o que vão fazer com você._ Tremi na hora, Meu Deus não é possível que o primeiro dia que eu piso os pés aqui no Rio eu já me meto em confusão. - Mas porque isso moço? não estou entendendo? o que eu fiz de errado? - Você não pode viajar sozinha, menor de idade não pode viajar sozinha. - Me desculpe a pergunta mas o senhor achar que eu tenho quantos anos. - No máximo uns doze mas tem cara de ter 10._ Me segurei para não rir, não é possível uma coisa dessa, 10 anos é s*******m. - Eu não sou de menor, eu tenho 23 anos._ Ele rir da minha cara. - Você pensa que engana quem garotinha? eu tenho cara de burro? - Eu não estou mentindo tenho 23 anos. - Chega dessa ladainha, você vem comigo._ Fala e saí me puxando, não acredito numa coisa dessa, um monte de pessoas que estavam ali na rodoviária ficaram olhando, com certeza achando que eu tinha feito alguma coisa de errado, meu Deus como se não bastasse o problema que eu ainda ia ter que enfrentar como achar um lugar pra morar, ainda tenho que resolver isso com esse policial que cismou que eu tenho 10 anos. Chegamos do lado de fora da rodoviária, ele me levou até uma viatura que tinha ali, começou a falar com outro policial. - O que rolou?_ O cara pergunta assim que nos aproximamos. - De menor viajando só e sem autorização em mãos. - Tem que levar pra delegacia, fazer o boletim e os pessoa responsável entra em ação. - Moço eu já falei mil vezes, eu não sou de menor. - Olha bem pra cara dessa garota e diz que ela tem 23 anos._ O policial que cismou comigo fala e o outro rir. - Tá de brincadeira que ela falou uma coisa dessa._ Eles agem como se eu não tivesse ali, estava com medo de ser grossa e ao invés de esclarecer o m*l entendido ir presa. - Eu tenho 23 anos. - Prova então pow, só provar ué. - Minha indentidade tá no fundo da mochila._ Maldita hora que inventei de meter minha carteira lá no final. - Pega, se tu é de maior mermo vai ter que provar, caso contrário vai ir pra delegacia sim. - Ok._ Tiro a bolsa das costas e abro a mesma, começo a tirar meu pouco de roupa que eu tinha, nossa muita s*******m isso aí, a humilhação que eu tou passando colocando minhas roupas pro lado de fora enquanto o povo que passava olhava, até que eu achei minha carteira, pego minha indentidade e entrego para eles enquanto eu jogo tudo na bolsa, quando termino me levanto e fico esperando eles fazerem os cálculos que até isso eles não sabiam só ver a merda da data de nascimento. - Caramba a garota tem 23 anos mesmo Luiz._ Fala e o que me parou n**a com a cabeça. - Tá tirando com a minha cara né?_ Pergunta e o outro n**a com a cabeça, ele pega minha identidade e olha, faz os cálculos e fica todo sem graça, vontade de xingar esses filhos da mãe não tá faltando. - Foi m*l aí, mãe tu tem uma cara de nova de mais, eu não imaginava que tu tinha essa idade mesmo. - Eu sei, muita gente acha que eu sou de menor mesmo. - Desculpa aí. - Tudo bem, já que eu tou aqui será que eu posso ficar aqui rapidinho até falar com a minha família pra avisar que eu já cheguei. - Claro, fique aí._ Agradeço e pego meu celular e mando mensagem pra minha família que não visualizam, pelo horário eles devem tá dormindo. mando mensagem pra uma pessoa em específico. - Oi, estou no Rio de janeiro._ Falo e não demora muito ele responde. - Tá brincando com a minha cara né Milena? para de ser mentirosa, tu não muda né rapaz. Tiro uma foto do lado da viatura e mando para ele. - Não tou acreditando numa porr@ dessa não, tu foi fazer o quê aí sua maluca? - Vim pra um concurso que eu passei, em poucos dias eu estou de volta, queria sua ajuda. - Ainda não estou acreditando numa coisa dessa não, tu tá no Rio de janeiro mesmo Milena? - Pois é, eu estou. - Que ajuda é que tu quer? - Eu preciso de dinheiro, pra pagar alguma pousada pra ficar aqui por enquanto. - Quando é que tu vai voltar? - Acho que em uma ou duas semanas, só o tempo de fazer a prova e pegar o resultado, depois eu volto pra ai. - Tá bom, vou mandar 500 se tu precisar de mais tu fala. - Obrigada._ Demora um pouquinho e o meu celular notifica o pix que ele mandou. - Tu se comporta aí viu, ver se não vai se envolver com gente errada. - Tá louco? claro que não, vim pra fazer essas coisas não, só quero mesmo é resolver esse negócio do concurso que eu passei e volto já pra aí. - Tá bom, espero que dê tudo certo. - Amém, bom depois nos se fala porque eu vou procurar onde dormir. - Tá bom, se cuida. - Você também._ Bloqueio o celular e me viro para os policiais. - Onde é o ponto de ônibus mais próximo? - Logo ali na frente, se quiser tem a minha casa, a minha cama._ Fala me olhando com malícia, tem nem vergonha, ainda a pouco tava achando que eu era de menor agora já tá de ousadia, ridículo. - Não obrigada._ Falo e dou as costas saindo dali, assim que eu chego no ponto de ônibus meu celular começar a tocar, era um número desconhecido. - Alô. - Oi, boa noite é a Milena? - Sou eu sim, quem é? - Então Milena, eu sou o Cláudio, minha filha viu um anúncio que postaram falando que você tava sem lugar pra ficar, que vinha resolver umas coisas de um concurso. - Sim, isso mesmo. - Então, eu tenho uma enteada que ela mora sozinha com o filhinho dela de 2 anos, dar pra vocês duas se ajeitarem por lá, ela é muito de boa, conversei com ela, ela disse que te recebe sim. - Então moço, eu cheguei aqui mas só com o dinheiro da passagem, não tenho dinheiro pra dividir aluguel ainda. - Nós sabemos, mas pode vim que dependendo de quanto tempo você for ficar dá pra arrumar alguma coisa pra fazer pra você ir ganhando dinheiro até resolver seu negócio do concurso._ Abro um sorriso na hora, bom pelo menos já tenho onde ficar, tomara que essa garota seja de boa mesmo. - Eu vou aceitar sim viu, vou com muita vergonha mas vou aceitar porque eu estou precisando. - Precisa ter vergonha não, uma mãos vai lavando a outra. - Verdade, e onde que fica a casa dela? qual endereço. - É aqui no Vidigal já ouviu falar?_ Numa favela, melhor que nada né, não estou podendo escolher ainda mais que o vidigal é um ponto turístico, vou amanhar conhecer. - Já ouvi falar sim. - Então, pega o ônibus troncal 4 que ele te deixa na praça aqui do Vidigal, é só falar com o motorista onde você vai ficar, fala que você é nova e não conhece nada aqui, quando ele te deixar, você pega o Mototaxi e pede para um deles te deixar no bar do Elias que eles sabem onde é. - Tá bom então, vou esperar esse ônibus que você falou aí e já chego. - Ok, qualquer coisa pode me ligar ou mandar mensagem nesse número aí. - Tá certo obrigada. Desligo e fico esperando o ônibus que demorou um pouco a chegar, assim que ele chegou eu entrei e paguei a passagem, me sentei olhando a vista lindo do Rio de janeiro pela janela, eu era louca para conhecer aqui e hoje estou tendo essa oportunidade. Bom tudo correndo bem espero que continue assim, acho que finalmente o destino começou a sorrir pra mim.

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