Dividindo responsabilidades

1202 Words
Mel tinha um amor imenso pelos filmes da Barbie, fez Heitor decorar todas as falas de tanto que assistiam juntos. Dessa vez, a escolha não foi diferente, Mel não enjoava de jeito nenhum. Ficamos os três deitados na cama, com a nossa filha entre nós dois com um sorriso tão grande que não acreditava. Ela estava no céu apenas com a nossa presença e pipoca. Tem como não amar uma coisa dessa? — Ela adormeceu. — Heitor disse levantando da cama com cuidado para não acordar ela, mesmo sabendo que seu sono é mega pesado. — Quer que eu coloque ela na cama dela? — Prometi que ela iria dormir aqui, não gosto de quebrar as promessas. Acho importante que confie em mim. E acredito que a confiança é construída aos poucos e destruída da mesma forma. — Quero que a minha filha tenha total confiança em mim, se ela não puder confiar na própria mãe, em quem confiará? Se não posso dar luxo a ela, ao menos darei algo que o dinheiro não pode comprar. — Tentarei não quebrar a confiança dela e muito menos a sua, Carol. Espero que possa contar comigo de verdade para tudo. Não apenas para aproveitar os momentos bons. Eu não pedi para ser pai dela para desfrutar apenas momentos assim, mas quero divida comigo todas as angústias e dificuldades. Eu sei que você sempre está sorrindo, mesmo passando por perrengues diários, tudo para deixar Mel despreocupada. — Heitor se deitou ao meu lado, me abraçando por trás, beijando o meu pescoço. — Quero saber tudo sobre a Mel. Todo pequeno detalhe da vida dela eu quero saber. — Você parece querer outra coisa me beijando e alisando assim. — Brinquei sentindo Heitor o m****o de Heitor encostando na minha b***a. — Reação natural, você é gostosa em um nível difícil de controlar, mas não vou fazer nada. Gosto de dormir abraçado com você. Sei cheiro é relaxante. — Heitor explicou para mim, a sua respiração fazia o meu corpo de arrepiar. — Então, me atualize sobre Mel e o tratamento dela. Dessa vez, sem deixar nada de fora. — Preciso encontrar um médico especialista na doença dela. O que estou agora, apenas é pneumologista infantil além de ser um gigantesco b****a, parece não ter ideia do que está fazendo e passa a consulta toda me cantando, isso é desconfortável. Consegui alguns números, fiz algumas ligações. Parece que o número de especialistas focado no sistema respiratório infantil é bem pequeno, ainda mais um que saiba muito sobre a doença e seja cirurgião. Fora isso. Está tudo indo como esperado e você já sabe de tudo. Não há muita novidades sobre a vida de Mel. — Já tiveram tempos difíceis, em que não sabia o que fazer pela Mel, mas estava vivendo agora uma calmaria assustadora com ela. Não havia muito o que reclamar ou contar. — Vou te ajudar a pesquisar, me passa os contatos que você já fez e tentarei encontrar mais. Sobre o financeiro, eu quero ajudar também. Claro que não posso ajudar tanto como eu queria, já que mando dinheiro para mãe e vovó, mas o que acha de me deixar responsável pelas compras da casa, metade do aluguel e o plano de saúde de Mel? Ao menos por hora. Isso deve amenizar um poucos os impactos. E sobre o que pagou para minha avó, poderia dividir em algumas vezes? Quero pagar aos poucos. Não tenho como pagar tudo de uma vez. — Heitor falava sério, o tom de voz dele se aninhando em mim não deixava dúvidas. — Não precisa pagar tudo, podemos dividir a conta do hospital de Marieta. Ela é como uma mãe que eu nunca tive. Me estendeu a mão mesmo passando dificuldades. Deu um lar para mim e para a minha filha. Eu quero ajudar. Se eu não tivesse juntando o dinheiro para cirurgia da Mel, pagaria tudo sem piscar, mas... — Me sentia um pouco culpada de cobrar aquele valor, se alguém merecia aquela ajuda, era Marieta. Nunca conheci alguém tão humilde e boa de verdade como ela, mas o que faria com a cirurgia da Mel? — Queria não ter que cobrar nenhuma parte da dívida, de verdade, eu tenho uma dívida enorme com Marieta que nunca poderei pagar. — Não se preocupe com isso. Eu sei, todos sabem que você está oferecendo tudo que pode e não pode. A vida não costuma ser justa. Deixe que eu pague todo o tratamento da vovó. Você tem a cirurgia da nossa filha para pagar. Conseguirei alguns trabalhos a mais por aqui, vai dar tudo certo. Vamos conseguir cuidar das duas sem problemas — Heitor passou a mão nos meus ombros bem devagar. — Você está completamente tensa. Esse assunto mexe mesmo com você. Acho que não deveria ficar tão preocupada. Vamos conseguir uma forma de lidar com isso, mas agora, darei um jeito de te deixar bem relaxada. Heitor carregando em seus braços, me tirou da cama em um movimento só. Tentei escapar, mas ele é muito mais forte e eu não queria fazer barulho. Fui levada para o banheiro do lado de fora do meu quarto. Ao menos, ele não quis usar o do quarto. Poderíamos ser pegos por Mel. — Como um bom pai que sou, vou deixar a mãe da minha filha relaxada. Tenho que mostrar que sou confiável, afinal, não apenas para Mel, mas para você também. Quero que sejamos bons parceiros. Ajudar nesses momentos também é importante. — Heitor disse tirando a minha roupa devagar. — Letícia ou Mel podem nos descobrir, melhor não fazer isso. Ainda mais no banheiro da casa. Não saberia como lidar com isso. Até posso imaginar como cada uma iria reagir se nos vissem juntos. — Respondi agitada com a ideia. Não é que eu não tivesse querendo, mas o medo de ser pega era maior. — Não se preocupe. Ninguém vai descobrir. E se descobrirem, assumirei a responsabilidade. Não sou tão cafajeste como pensa. Quer dizer, eu sou, mas não deixarei que a mãe da minha filha esteja em problemas.— Heitor brincou girando minha calcinha no seu dedo. Gargalhei com sua fala. — Mesmo que seja eu que coloquei ela em problemas, também irei te salvar deles. Confia no pai. — O que? Vamos casar? Estilo os doramas? Os homens tocam nas mulheres e tem que assumir a responsabilidade? Lembre que eu não sou mais virgem, tem bastante tempo, não foi nem você que tirou e tenho uma filha que prova isso. — Gargalhei com a ideia. Nunca passou pela minha cabeça casar ou ter qualquer relacionamento depois que Mel nasceu. Como se meu mundo tivesse se tornado ela e só. — Quê? Óbvio que não. Ia assumir a responsabilidade, dizendo que fui eu que tentei te seduzir, mas fui incrívelmente rejeitado por uma mulher fria e sem coração que apenas usou meu corpo. Vou até fingir que estou de coração partido. — Heitor explicou me colocando em cima da pia, passando o dedo de leve na minha i********e. — Embora eu ache que alguém aqui embaixo esteja com saudade de mim. Não é? Acho que ontem não foi suficiente para m***r o desejo dela.
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