Quando todos partiram, Luna fechou os olhos e fez uma prece, tinha sido particularmente difícil se despedir de Ricardo. O olhar de Dante estava sobre ela, como se buscasse desvendar todos os seus segredos, mesmo na cadeira de rodas ela sentia medo dele, era como se o marido aguardasse uma oportunidade para mostrar sua real personalidade.
Já era noite e Luna precisava tomar um banho. As funcionárias da cozinha tinham acabado de partir. O quarto que ocupariam estava ao lado do escritório, isso porque Dante não podia usar a escada. Era bonito e o banheiro foi adaptado, o ofurô no centro do quarto a deixou inquieta. Ao tentar desabotoar o Vestido percebeu que precisava de ajuda, não conseguiria sozinha, a timidez dela era enorme. Não tinha tido proximidade com homens, pelo menos não a proximidade que possibilita desenvoltura com o se.xo oposto.
Seus olhos encheram de lágrimas, senão tivesse deixado Dante se aproximar, agora não estaria nessa situação. Estaria solteira em seu quarto lilás.
Quando a cadeira dele passou pela porta, ela se voltou para a janela, não queria olhar aquela presença masculina e se sentir ameaçada. Luna pensou que possivelmente, Dante não pudesse ter uma ereç@o por causa do acidente, assim ela estaria livre de cumprir um papel que não queria. Se sentiu ruiim com esse pensamento, mas o medo era mais alto que a bondade dela nesse momento.
A cadeira parou atrás dela.
_ Precisa de ajuda com o vestido?
Ela balançou a cabeça em afirmação.
Havia barras reforçadas e ele se ergueu em uma delas, ele era capaz de usar somente um braço para se levantar. Agora encostado na barra as mãos dele estava livre para despi-la.
Luna sentiu os dedos na pele , fechou os olhos com aquela sensação. Nunca tinha se despido na frente de um homem. Ricardo até mesmo comprava roupas mais longas para ela, quando ainda era criança e contratou uma babá para ajudar com o banho. A mulher ia até mesmo aos finais de semana, foi essa senhora que a ensinou questões íntiimas. O irmão não olhava para ela nem mesmo quando estava de pijama ou toalha. Esse tabbu fez com que Luna fosse extremamente reservada e envergonhada com assuntos seu@is.
Quando os botões chegaram a base de sua coluna, ela usou as mãos para segurar o vestido.
_ Solte Luna, quero ver você. Vou descobrir se é tão bonita como imagino.
_ Por Favor! Calma, me deixe tomar um banho primeiro.
Ela precisava daquilo para se acalmar.
No banheiro, Luna chorou.
Ele estava distante, não era aquele homem cativante por quem se encantou. Dante nunca tinha sido extremamente carinhoso, mas agora algo havia se apagado dentro dele e ela não sabia identificar o que era.
Tomou um banho, soltou os cabelos do penteado que havia sido feito.
A camisola era longa e simples, mais delicada do que sensual. Ela respirou fundo e abriu a porta do banheiro.
Dante estava sentado na cama só de cueca e trazia um laptop nas coxas. Ele estava concentrado e nem mesmo olhou para ela.
Luna ficou parada, próximo ao sofá , se pudesse escolher dormiria ali.
_ Venha para cama Luna. Não posso carrega-la nos braços, não ainda.
Ela se esforçou para obedecer.
Dante colocou o laptop na mesa de cabeceira.
A luz acesa a deixava ainda mais envergonhada.
Mas Dante resolveu o problema com um comando.
_ Alexa diminuir as luzes.
O quarto ficou mais confortável. Mas Luna não estava da mesma maneira.
De repente ela se viu pressionada entre a cama e o corpo do marido, mesmo sem andar a agilidade estava presente.
_ Esperei ansioso por isso, borboleta.
Ele foi beija-la, mas ela virou o rosto.
A risada dele preencheu o quarto.
_ Hoje você é minha.
O olhar dela denunciou sua ilusão de uma possível impotência sexu@l.
_ Pensou que o acidente havia me deixado impotente!
Ele alisou o rosto dela, mas não era carinhoso, pelo contrário
O beijo recebido a desconcertou, ela não estava pronta para uma Intimid@de maior.
Empurrou o peito dele, mas ele não se moveu.
Ela virou o rosto para quebrar o beijo.
_ Eu não quero, Dante.
_ Tarde de mais. Concordou em abrir as pernas para mim, quando se tornou minha mulher.
Ela se sentiu ofendida com a maneira de falar grosseira e com a falta de pudor. O Dante galanteador tinha sumido.
Ela lutou, mas ele era mais forte, sentiu a pele arder quando sua calcinha foi arrancada.
Não queria que acontecesse assim, forçada.
Mas ele parecia não se importar com as lágrimas dela e os pedidos para parar.
Quando ela sentiu dois dedos dele a invadir, gritou, aquilo doí@ demais. Pôde sentir uma barreira empurrado os dedos dele de volta.
_ Dan, por favor, dóii. É meu marido, seu dever é cuidar de mim.
Ele parou.
Mas manteve o aperto em seu corpo.
Ela se sentia molhada, mas não era de desejo, havia doido, mas não acreditou que era sangue.
_ Borboleta. Olhe para mim.
Ela olhou e Dante viu os olhos molhados e repletos de pavor.
_ É mesmo virg£m?
Ela abriu a boca em choque.
_ Sabe a resposta.
_ Não, não sei.
A expressão dele era de raiva@.
Quando ela se mexeu, não conseguiu abafar o choramingo de dor. Luna não entendia a pergunta de Dante. Existia uma acusação no olhar do marido, mas ela não tinha feito nada de errado.
_ Dante, me deixe ir ao banheiro, doii.
_ Fique quieta.
Ele pressionou a ereção nela.
_ Por favor, não.
Ela começou a tremer violentamente. Nunca tinha tido contato íntiimo, e Dante tinha lhe proporcionado algo pesado demais, mesmo que tivesse parado, não queria ser tocada.
_ Alexa acenda a luz.
Luna fechou os olhos, não queria olhar para ele.
Pegou a coberta para se cobrir, mas Dante a arrancou das suas mãos.
Sentiu suas pernas serem firmemente seguradas.
_ Disse que está com do.r. Me deixe ver.
Ela não queria ser mais exposta.
Mas a força dele a impedia de sair.
Sentiu ele observar sua região intiima.
Lágrimas de vergonha e humilhação surgiram mais uma vez.
Quando ele a soltou, Luna se refugiou no sofá.
Não queria contato.
Mas Dante usou a barra para se levantar e com ajuda do andador foi se sentar ao lado dela.
_ Quão ruiim é a d.or?
Mas ela não respondeu.
Dante perdeu a pouca paciência que tinha.
_ Drog@! Tinha que ser tão apertada a ponto de machuca-la ?!
_ Não me toque.
_ Não vou. Mas precisamos ver um médico. Nem mesmo sabia que isso era possível.
Dante não esperava um sangramento por inserir dois dedos dentro dela, mas tinha sido sem cuidado nenhum. Tinha tido motivos para acreditar que a virgind@de dela era uma mentira.
Já não era um gentleman, a raiva por uma possível enganação o tinha deixado ainda mais grosseiro.
Ele vestiu uma calça que estava no encosto.
_ Tem uma ginecologista?
_ Não. Nunca precisei de uma. Me deixe dormir em outro quarto. Só preciso descansar.
Na verdade buscava ficar longe dele. A do.r não era tão ruiim
_ Dorme comigo.
Ela se levantou, mas a do.r no abdômen a incomodou. Foi tão forte que a deixou pálida, se deitou e fechou os olhos. Dante se deitou com ela.Luna se refugiou do outro lado da cama. Aquele homem tinha se tornado seu pio.r pes@delo.E a do.r entre as pernas provava isso. Ela tinha ficado tão tensa, que os músculos de sua região íntima@ doeram com a invasão.
Não queria imaginar se ele tivesse realmente a penettrado.
Dormiu um sono conturbado. As 6 da manhã ela despertou. Dante dormia ao seu lado, dormindo ele parecia menos grosseiro, mas a beleza do marido era gritante.
Ela se levantou, pegou um conjunto de calça e blusa. Aproveitaria para tomar banho.
Lavar os cabelos
Mas ainda tinha um incomodo na região intima@ e no abdômen. Provavelmente a tensão a fazia sentir dor...
Fez o mínimo de barulho possível, mas quando se sentou na mesa da cozinha as lágrimas sairam com intensidade.
Pegou o telefone na parede para ligar para Ricardo. O irmão a ajudaria, mas colocou o aparelho próximo ao coração e desistiu, não podia fazer isso com ele.
_ Se Ricardo ficar entre nos dois, vou esquecer que sou amigo dele. É minha mulher.
Luna guardou o telefone.
_ Acordou cedo.
Dante se transferiu para cadeira.
Luna foi puxada para o colo. O homem tinha força e não era possível lutar contra ele.
Mas ao sentir os lábios nos seus, ela tentou se soltar.
_ Se não me deixar beija-la vou fod£r você. E isso que quer?
_ Não.
_ Então abra a boca e me deixe entrar.
Ao beija-la de verdade, Dante teve a comprovação da inexperiência dela. Os outros beijos tinha sido castos, porque ela não permitia que ele passasse daquilo. E na noite anterior, ela o repeliu.
_ Vou ensina-la a usar a boca, borboleta.
Nesse momento ela se levantou como se tivesse levado um choque.