Acordo

1075 Words
Na manhã seguinte todos estranham a apatia de Stefany, pois nem mesmo os tapas e beliscões de Priscila parecem incomodá-la, ela simplesmente se atém ao seu serviço, ignorando todo resto. Enquanto isso, Henrique que sonhou a noite toda com Stefany tenta mais uma vez tirar alguma informação útil de Thor: “Ei, garoto, algum sinal da Pan" "Não ela está adormecida, mas está aqui, Henrique dessa vez as coisas podem ser diferentes, ela já evoluiu mais três vezes, talvez se lembre da gente", tenta Thor "Eu não vou arriscar para ver, amigão, será que só eu me lembro de como é quando ela morre?" diz Henrique também tentando convencer Thor pois sente falta da amizade incondicional com seu lobo. Um plano começa a surgir na mente de Thor e mesmo desconfiando que isso fosse coisa da Deusa diferente de Henrique ele acreditava que ela tanto quanto eles queriam que a filha finalmente fosse feliz “Vamos fazer um acordo, sei que você está com muita saudades dela assim como eu, e não adianta negar, então eu te ajudo a achá-la, mas você não a rejeita e nem a marca, mas passamos um tempo com ela e quando for a hora simplesmente vamos embora e não ficamos para assistir o fim dela”, Thor deseja com todas as suas forças uma resposta positiva de Henrique, e Henrique não pode negar que Thor tem razão a saudades que ele sente de Stefany é tão dolorosa quanto o medo de perdê-la, e talvez essa seja a melhor alternativa, respondendo rápido para não se arrepender depois ele diz: “Certo, temos um acordo” “Certo com certeza é uma das duas, mas ainda não sei qual, até porque ainda não consigo sentir Pan”, diz Thor entregando parte da verdade pois ele sabia quem era a verdadeira e logo Henrique também saberia. Imediatamente a imagem da garota baixinha e de língua afiada veio na mente de Henrique e para sua surpresa uma ereção começa se formar somente com a imagem dela em sua mente, isso levava a crê que ela não fosse sua Stefany, pois Stefany era inocente e pura e sempre levava um tempo para paixão explodir entre eles. Mas agora com o acordo firmado entre ele e Thor, ele estava ansioso para experimentar o gosto daquela boca afiada, afinal ele podia experimentar até finalmente o laço o puxar para Camily, pois ele tinha quase certeza de que ela era a sua Stefany. Sorrindo ele pensa que talvez esse plano da deusa não seja de todo r**m, pois fazia tempo que não se sentia tão animado em conquistar uma mulher, ia ser interessante ver até onde ela se manteria firme em seu propósito de não gostar dele. Dentro de sua mente Thor dá um sorriso satisfeito, pois agora sem essa fixação em rejeitar a companheira assim que a visse, com certeza o destino faria o resto. “Certo vamos sofrer mais um ano em uma escola que não vai nos ensinar nada que não sabemos”, diz Henrique animado demais Tron bufa, pois era realmente um saco ter que passar por isso inúmeras vezes e se lembrar de tudo, ele esperava que finalmente essa fosse a última vez. Já na casa de Stefany, ela habilmente se desviou de um copo jogado por Priscila que alegou que o suco estava quente. Stefany continua seus afazeres como se não tivesse feito nada demais, porém ao notar o silêncio repentino na cozinha ela olha para mesa e vê os olhos assustados de sua madrasta e seus filhos grudados nela, seu pai como sempre já estava trancado no escritório ignorando ou fingindo ignorar as coisas que aconteciam com Stefany na sua casa. “Como você fez isso?”, pergunta Estela com sua voz esganiçada “Oi, como fiz o que?” pergunta Stefany se perguntando o que teria feito de errado dessa vez. “Como se desviou do copo sua sonsa”, rosna Estela “Eu não sei, apenas fiz”, diz Stefany já imaginando a surra que isso lhe renderia. “Ontem ela rosnou para mim” acusa Priscila arrancando uma gargalhada de Estevam “Larga a mão de ser i****a mana, como ela rosnaria se não tem um lobo”, diz ele ainda com dificuldades para parar de rir, Estela, porém não ri, mas olha rapidamente para o calendário e diz: “Três semanas para próxima lua cheia aí então veremos” Stefany sente um calafrio percorrer sua espinha, ao se dar conta que as primeiras transformações geralmente ocorriam na lua cheia. Mas ela não se transformaria, não é? “Veremos”, uma voz que ela nunca escutou antes responde para ela em sua mente. Com o susto ela deixa o copo que estava segurando cair, o que arranca vários xingamentos de Estela que se levanta e a empurra de joelhos contra os cacos de vidros, Stefany fecha os olhos com a dor do vidro entrando em sua carne, nesse momento Carlos entra na cozinha e sua voz ecoa em todo o ambiente: “Mas o que diabos está acontecendo aqui?” seus olhos se fixam em Stefany o que é um milagre, pois ele quase nunca a olha, como se vê-la fosse algo muito doloroso “Largue ela, Estela, por um acaso já me viu bater em um dos seus filhos?”, as palavras de Carlos fazem Estela tremer magoada, pois Carlos sempre se referia a Estevam e Priscila como seus também, foi a primeira vez que ele fez essa distinção. Ela larga Stefany que não se levanta, pois seus olhos ainda estão fixos nos olhos do pai. “Passe no meu escritório antes de ir para escola, agora suba e vá se trocar”, diz Carlos se virando e saindo em seguida. Estela não ousa tocá-la de novo, mas ameaça: “Se ousar colocar seu pai contra mim eu a mato, entendeu bem” Stefany assente e se levanta deixando pela primeira vez a bagunça para trás, obedecendo seu pai. Ela toma um banho rápido vesti uma da roupa que ganhou de Priscila a Calça de moletom ficou bem larga mas ela rapidamente deu uns pontos na cintura impedindo que ela caísse, e o resultado foi bom, pegando uma blusinha ela corre escada a baixo, ansiosa por uns poucos minutos com seu pai. Parando em frente a porta ela escuta antes de bater: “Entre Stefany”
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD