Capitulo 4

1865 Words
 Mia - Claro que sim, cara Mia, eu vou aí te ver! - Nico me fala todo dengoso, m*l sabe ele o que o aguarda. - Eu fico te esperando, Nico - respondo com frieza. - Amore mio, tudo bem? - ele me pergunta preocupado, tem que estar mesmo, ele é um pilantra vagabundo, mas deixa estar, logo ele vai se ver comigo. - Claro que não, Nico, eu estou cansada. - eu minto. - Mi bella, não quer dormir esta note comigo. - Nico é muito cara de p*u mesmo, fazendo esse tipo de proposta. - Nico, já conversamos não? - eu retruco. - Sim l´ amore, presto saró tua casa e parlameremo¹. - Ok, Nico, te aguardo - respondo já desligando e ele volta a me chamar. - Meu amor? - Nico me chama. - Oi Nico, pode falar, estou ouvindo - respondo, já ficando irritada. - Fica bella para mi, amore. - ele me pede e eu penso: que filho da p**a! - Claro que sim, Nico, vou ficar, pode deixar. - antes que aquele i****a me chame de novo eu desligo a ligação e vou arrumar as minhas coisas. Enquanto arrumo, penso em tudo que já me aconteceu nessa casa; eu sempre gostei de morar aqui, afinal, quem não queria nascer em Nova York? Pois é, quase todo mundo. Eu amo aqui, quero dizer, amava. Agora eu não suporto mais essa casa, ainda bem que vou embora. Vou até meu closet e pego um vestido vermelho com a******a em V dos lados, que conforme eu ando aparecem minhas longas pernas. Desço até o escritório do meu pai, bato na porta e espero para entrar. — Oi pai, gostaria de convidá-lo para jantar comigo e com Nico hoje. — eu falo em tom bem ameno.   ¹ (Tradutor) Sim,amor logo,logo estarei na sua casa,para a gente conversamos. — Claro que sim, você sabe que eu não vejo a hora de vocês casarem e me darem um neto. Assim o Nico finalmente vem para a minha empresa. — ele me fala em tom orgulhoso. Meu pai sempre deixou bem claro que eu não era a preferida dele para ser a presidente da empresa. Mas, quem sou eu para ficar quieta? Vou mostrar um pouco as garras. — Só que, meu pai, o senhor sabe que eu vou ser a presidente, não sabe? — eu jogo o verde e é claro que ele responde no ato. — Não, minha filha. Eu te ensinei a ser empresária para você poder conversar com seu marido sobre negócios, não para ser presidente. — E se eu não quiser? — eu pergunto com rancor. — Você não tem que querer Mia! Esse casamento vai sair e Nico irá se tornar meu braço direito nos negócios. Vou falar pela última vez, mulher, para ser presidente, tem que ser por cima do meu cadáver. Eu não aceito isso e ponto final. Agora vá se arrumar para o seu noivo. — ele me fala e o olho vendo um estranho e não meu pai, quero dizer, eu preferia mil vezes ser filha adotiva a ser filha desse mesquinho. Saio da sala e vou direto ao quarto da minha mãe, bato na porta e espero ser atendida; minha mãe, sempre bela como diz o traidor do Nico, me abre a porta. Minha mãe não tem nenhuma ruga e sua pele e corpo são perfeitos; o que o dinheiro não faz, não é mesmo? Ela sempre insistiu para que eu fizesse a cirurgia, mas nunca quis, tenha medo e, além do mais, gosto do meu corpo do jeito que sou: cheinha. — Oi Mia, algum problema? — ela me pergunta desconfiada. — Claro que não, mãe, eu gostaria de te perguntar se quer jantar comigo e com o Nico. — pergunto ainda chateada com as palavras do meu pai. — Ora, por que não? — ela me fala dando um sorriso. — Então se apronta que logo ele estará aqui — eu respondo e saio, indo direto para o meu quarto. Chegando lá, continuo juntando minhas coisas e, sem ninguém perceber, vou levando para o carro, afinal, comprei tudo aquilo com o meu dinheiro. Só fico com a roupa que está em meu corpo e olho ao redor do quarto para verificar se estava faltando levar algo, mas não, já levei tudo e vou tomar meu banho. Como é mesmo que o Nico disse? Lembrei "fica bella para mi amore". i****a, mas deixa estar que o que é seu está bem guardado. Homens machistas como ele e meu pai, Deus me livre e guarde, não quero; na verdade acho que nunca mais vou me apaixonar novamente. Olho-me no espelho e vejo que estou maravilhosa, pronta para dar o golpe final, faço uma bela maquiagem e voilá, estou pronta. Vou até a minha cama, pego meu celular e mando uma mensagem para Belle, contando tudo o que aconteceu e ela me retorna mandando aquele emoticon de carinha de brava. — Agora sim, minha amiga, é hora do espetáculo! — eu comento para mim mesma. Despeço-me de cada canto do meu quarto, pego a minha bolsa, coloco o celular dentro e saio do quarto. Desço as escadas e me veem tantas lembranças! Penso: será que algum dia fui feliz aqui, dentro dessa casa? Minha vida sempre foi cercada de luxo e não de carinho, sempre senti falta de ser aquela criança que brincava com outras crianças e não a que ficava dentro de um internato. As lágrimas escorrem dos meus olhos me deixando triste, mas ao ver Nico vindo em minha direção eu mudo completamente a fisionomia, de triste para a mulher i****a que finge estar apaixonada. — Bella Mia, tu estás linda. — Nico se aproxima mais de mim e segura a minha mão. Em outra época acharia aquilo romântico, mas depois daquele maldito vídeo, eu vejo que ele é um galinha de primeira. — Obrigada Nico, como sempre galanteador — respondo com um sorriso sério. — Mia, não sabe como eu estou sentindo sua falta. — ele fala beijando a minha mão. Que vontade de puxar a minha mão e dar um soco nesse i****a! Ah, uma coisa que eu não contei ainda é que fiz aulas de defesa pessoal e, no final fui além, acabei fazendo outras aulas e me especializei em artes marciais. Aí vocês devem pensar em como euzinha aqui fiz essas aulas. Escondida, é claro. Da mesma forma que eu fiz gastronomia, pois meus pais nunca aceitariam mesmo, acho que eles não aceitam nada que eu faço. — Eu imagino, Nico — respondo e nos encaminhamos para a sala de estar, onde estava sendo realizado o jantar. Meus pais já estavam sentados nos esperando e Nico me leva até o meu lugar, puxa a cadeira para mim e depois, como sempre galanteador de uma figa, foi até a minha mãe, beijando-lhe a mão dela como fez comigo. Depois foi até meu pai e disse: — Senhor Paul, como está? — Nico pergunta ao meu pai. — Bem, meu filho, eu me encontro muito bem! — meu pai responde me fazendo sentir uma pitada de inveja ao ver o entrosamento dos dois, afinal, como meu pai disse, ele não queria uma filha mulher e sim um filho homem. Nico volta de novo para o meu lado, se senta, pega na minha mão e diz: — Amore mio, não vejo a hora de a gente se casar. — ele me fala como se fosse mesmo ter esse bendito casamento. É r**m, hein? — Calma, Nico, ainda é cedo para a gente casar. — eu falo querendo mudar de assunto. Dou graças a Deus que a empregada traz o jantar. Olho aqueles pratos finos sendo desfilados e não sou fã de comer essas coisas, mas tinha aprendido a comê-las. Foram servidos pratos franceses, como escargots, e pedi para mim um baby back ribs, que são costelas de porcos assadas e servidas com molho barbecue. Era muito melhor comer essa delícia do que aquela coisa. Começamos a jantar e estava ali quieta, só ouvindo meu pai e Nico falando de negócios. Estava pensando em como eu iria acabar com meu noivado e mostrar esse bendito vídeo. — Mia, você está quieta, algum problema? — minha mãe pergunta e olho para ela como se a visse mesmo no papel de mãe. — Não, nenhum — respondo, mas por dentro eu sei que estou com um problema e ele se encontra do meu lado. Tenho uma ideia. Como não deu tempo de montar um telão para mostrar a safadeza de Nico, acho que já sei onde posso mostrar: no escritório do meu pai, já que lá tem uma televisão que dá para transmitir arquivos do celular. Seria uma imagem muito louca e que me faria acabar com essa farsa toda. — Papai, gostaria de mostrar um vídeo que eu e Nico fizemos dos nossos passeios. Posso usar seu escritório? Claro que meu pai fica surpreso, mas concorda. Nico estava ali todo de sorrisos para mim e penso: vai sorrindo, i****a, seu momento está acabando. — Mia, a gente ainda não tinha conseguido assistir? — Nico me pergunta. — Nico, lembra aquele último passeio que a gente fez, eu gravei com o celular. Lembra? — eu fiz questão de mostrar que o vídeo era de um passeio nosso, feito algum tempo atrás. — Claro, amore. — se ele lembrou eu não sei, só sei que daqui a pouco a máscara dele vai ser revelada. — Então, assim que terminamos a gente assiste, filha. — responde meu pai e minha mãe concorda. Terminamos de comer e veio a sobremesa que eu amava, pudim de leite com calda de caramelo, sei que é uma sobremesa brasileira, mas convenhamos, é uma delícia. Seria mais gostoso se o Nico parasse de querer me acariciar. — Nico, para — eu falo entre os dentes. — Que é isso, amore! — ele me pergunta em tom sério. — Nico, olha o que você está fazendo — eu digo em um sussurro para ele entender, e meus pais não ouvirem que o Nico estava me acariciando. — Mia, para de ficar cochichando com o seu noivo! — meu pai me repreende. — Claro, papai — concordo entredentes, querendo esganar o babaca do Nico. Agradeço quando o jantar acaba, pois foi um martírio, e nos encaminhamos ao escritório. Fico com um friozinho na barriga, afinal o que eu ia mostrar era algo íntimo, mas a forma como meu pai e ele se davam tão bem era como se o Nico fosse o filho dele, e não eu. Bom, agora não tem volta. — Bom, vamos nos sentar que eu vou colocar nosso passeio para assistirmos, não é querido. — eu comento com ironia. — Vamos sim, bella. — Nico me dá um sorriso de apaixonado. Quero ver esse sorrisinho falso ao ver sua cara, seu i****a. Meus pais não sabem o que vou mostrar a eles, e se, depois de verem ainda assim for a favor desse sem-vergonha, aí que não fico nessa casa mesmo. Eles nem imaginam o que vai acontecer e continuar conversando como se fosse uma linda família. 
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