70. Sophia Narrando Já fazia semanas desde que o Taz fez aquela merda comigo lá no Catarina, e, desde então, eu não consegui mais olhar na cara dele. Por mais que eu tentasse afastar o pensamento, cada vez que eu pensava nele, a raiva subia como um fogo no meu peito. O que ele fez foi uma covardia, e eu não sou do tipo que deixa isso barato. Só que bater de frente com o meu pai, o Pivete, dono do Complexo do Salgueiro, era uma missão quase impossível. Ele não tava nem aí pra nada, muito menos pros meus sentimentos. Mas, dessa vez, eu não ia deixar ele me forçar a trabalhar com aquele desgraçado de novo. — Pai, eu não vou mais trampar com o Taz. — Falei firme, cruzando os braços e olhando pra ele, que tava sentado na cadeira de plástico, largado, fumando o skank dele. Ele deu uma risada