* Sara *
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Para a minha sorte, hoje a boate está fechada, ela fecha nas terças feiras para termos um descanso. São 3:00 da madrugada e estou ansiosa, espero Ester me dar um sinal para sair daqui, m*l posso esperar para fugir daqui. Nunca imaginei que isso fosse acontecer comigo, mas pelo meu filho eu faço de tudo.
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Ester abre a porta e me chama.
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- Vem! - Está tudo limpo! - ela fala baixo.
Sigo ela e vamos direto para a porta de traz do salão, Ester abre a porta com cuidado para não fazer barulho.
- Consegui! - ela fala sorrindo.
- Vai Sara! - Ester fala olhando em meus olhos.
Olho para traz e seguro minhas lágrimas.
- Obrigada por ter me salvado! - falo com a voz embargada.
- Eu te amo! - E quero sua felicidade! - Que doa em minhas as consequências, mas jamais em você, eu ainda vou ver vocês dois um dia, felizes! - ele fala chorando e me abraça.
- Agora vai sem olhar pra trás! - Ester fala.
Pego meu saco com meus pertences e sigo para fora do pátio da boate, está tudo escuro, mas eu sei que eu vou ficar bem. Nós vamos! - falo pondo a mão em minha barriga.
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Enquanto estou andando rapidamente, vejo um carro vindo em minha direção com o farol alto, ele para e alguém abre a porta descendo.
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- Acha que pode fugir de mim Sara? - era a voz de Italo.
Sinto um frio na espinha nesse momento.
- Italo! - falo com a voz falha.
- Agora você vai ver o meu pior lado! - ele fala pegando com força em meu braço, e me levando para dentro do carro.
- Eu vou acabar com a sua raça sua v***a!!! - ele fala me atirando dentro carro.
- Italo para por favor!!! - imploro chorando.
Seu segurança acelera o carro, e Italo me leva de volta para a boate. Assim que o carro para ele me arranca do carro pelo braço, me levando arrastada até uma sala com um cheiro horrível.
- Agora você vai conhecer Sara, meu pior lado! - Sabe, eu sempre fiz de tudo por você, SEMPRE! - ele fala entre os dentes - Eu dei tudo a você, eu permiti que você estudasse, eu ajudei a sua mãe no tratamento, eu fiz coisas que eu nunca fiz por ninguém, e agora, você simplesmente foge de mim! - fala olhando em meus olhos enquanto aperta meu queixo.
- Italo por favor me perdoa!!! - imploro.
- Perdoar? - Você pensa que eu sou quem? - Em Sara? - Um homem que sede ao perdão? - pergunta com ódio nos olhos - Eu poderia matar você agora é te colocar dentro do primeiro bueiro que eu achasse, que ninguém iria se importar com você - ele fala cuspindo em minha cara.
- Italo por favor! - imploro chorando - Eu faço tudo que você quiser, mas por favor, não me machuque! - imploro.
- Porque não machucar você? - Em? - Você foi desobediente comigo, e sabe o que eu faço com quem me desobedece, eu mato! - ele fala segurando meu pescoço com força.
- Italo por favor - grito.
Italo me atira no chão, caio por cima do meu braço e ele estrala. Ele me pega pelos cabelos e bate com a minha cabeça no chão.
- Italo! - Não!!!! - ouço a voz de Ester.
Italo continua batendo com a minha cabeça no chão, e logo depois me enche de chutes na barriga.
- Italo NÃO! - Ester grita - Não faz isso com ela por favor, faça comigo mas com ela não, ela não tem culpa de nada Italo, por favor!!! - Ester implora chorando a Italo, mas é impedida de chegar perto de mim, pois tinha um segurança segurando ela.
- Por favor ITALO! - Ester grita desesperada.
- Olha como dói!!! - Como doi na sua amiguinha! - ele continua com os golpes e depois pega um pedaço de p*u cheio de arames e me bate por todo o corpo.
- Italo não! - Ester da um grito.
Já não tenho mais forças para abrir os olhos.
- ITALO ELA ESTA GRÁVIDA! - Ester implora chorando.
- Eu vou cuidar para que isso nunca mais aconteça! - ouço a voz dele ficando longe e logo depois não vejo mais nada.
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Abro meus olhos com muita dificuldade e vejo estar em um lugar escuro.
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- Aí! - resmungo de dor quando sinto meu corpo dolorido.
- Sara! - Você acordou! - ouço a voz de Ester.
- Onde estou? - pergunto.
- Voce esta na boate, não lembra de nada que aconteceu? - Ester pergunta.
- Lembro do Italo me batendo e você gritando e depois não lembro de mais nada! - falo com dificuldade.
Vejo o rosto da minha amiga se banhar em lágrimas.
- O que aconteceu? - E o meu bebê? - pergunto pondo a mão em minha barriga com dificuldade.