* Caleb *
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Por mais que eu pensasse que estava errado, eu sabia que aquela mulher era a mesma da noite anterior, ainda mais no momento em que a vi com as minhas marcas em seu pescoço. Eu só não entendia o porque de mentir, e porque mentir pra mim, aliás eu detesto mentiras.
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Sai dali atordoado com isso, fui para a empresa e tive reuniões durante o dia todo, porém, não me concentrava, pois o tempo todo pensava nela.
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- Então Senhor Caleb! - O que o senhor acha dessa proposta? - Um acionista pergunta a mim enquanto estamos na reunião.
- Senhor Claus, sua proposta pode ser até atrativa, mas para o meu concorrente, porque para minha empresa não é, minha empresa merece o melhor, porque foi dado o melhor a ela, cada suor meu está aqui, cada gota. - levanto-me e caminho em volta a mesa de reuniões - Firmamos um contrato junto de 5 anos, e agora você recebeu uma proposta melhor e simplesmente quer sair daqui e ir correndo para o concorrente, porém, eu mantive minha palavra com você, disse que daria e faria o melhor e eu fiz, mas vejo que o senhor não é um homem de palavra e não cumpre as suas promessas - falo ríspido - Mas, você pode tirar suas ações da minha empresa, porque agora eu não preciso mais de você, aliás, eu não quero mais seu dinheiro e muito menos seus favores, eu aprendi a me virar sozinho, e não ficarei mais pobre por perder suas ações! - falo em sua face - Então, pegue seus ratos e leve tudo para a outra empresa, e quando eles lhe tirarem tudo você voltará para a minha com o r**o entre as pernas e eu vou ter o gosto de te dizer “eu te avisei”! - falo irritado.
Ele me olha e sai da sala.
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Meu dia foi conturbado, e o tempo todo eu só pensava nela, eu precisava saber se era ela mesmo e então eu decidi ir na boate novamente.
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- Tem medo de se apaixonar por mim? - pergunto olhando em seus olhos.
Ela me olha com tanta sede, com tanta vontade, que não consigo me segurar e a agarro é mais uma vez eu tenho uma noite fascinante. O tapa na cara nem doeu, já estou acostumado aos tapas na cara da vida, então o que ela fez não foi nada pra mim.
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Abro meus olhos e ela ainda está dormindo, essa noite foi diferente, e eu sinto isso, mas não posso me apegar e ter vínculo com esse tipo de mulher.
Levanto da cama e me arrumo, quando estou saindo na porta, deixo um bilhete, dizendo a ela que não nos encontraremos mais e que essa foi a última vez, e também que ela não se preocupe que mesmo um dia eu me esbarrando com ela, eu não falarei do que aconteceu. Deixo o dinheiro encima da mesa e saio.
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* 1 mês depois *
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As semanas passaram depressa e minha empresa está a todo vapor, crescendo como nunca, e eu estou feliz por isso. Continuo ainda dando aulas na faculdade, porém nunca mais vi ela, tentei conversar com sua amiga um dia desses e ela disse que ela sumiu, não teve mais notícias dela e isso me deixou um pouco preocupado.
Eu nunca imaginei que me preocuparia com alguém, ainda mais uma mulher como ela, mas eu sinto que tem algo de errado.
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- Tem alguns dias que você está queto! - Guto fala enquanto estamos tomando o uísque de todas as noites no bar.
- Estou normal! - falo olhando para o meu copo de uísque.
- Conheço voce, já tem anos! - fala.
Inspiro profundamente.
- Se um disse você sumisse, você sumiria por qual motivo? - pergunto.
Guto me olha assustado.
- Está pensando em sumir? - pergunta.
- Não - abro um sorriso de canto - Só para saber! - falo.
- Sei la cara! - Depende do que aconteça comigo, não entendi o porque você está falando isso, mas se é alguém que sumiu e você está atrás, acho que você tem que descobrir o porque sumiu! - Todo mundo tem um motivo pra sumir! - É alguma mulher? - pergunta.
Inspiro profundamente. Além de Guto ser meu melhor amigo, ele é irmão da Estela e não posso compartilhar isso com ele.
- Você sabe que pode me contar tudo! - fala.
Inspiro profundamente e fico quieto.
- Aliás, porque você ainda está com a aliança? - Guto pergunta.
E depois que ele disse isso, foi como uma chave virando em minha cabeça. É isso, talvez ela pense que sou casado, mas eu sou casado. Mas porque eu to me importando com o sumiço dela? - penso.
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Eu e Guto ficamos a noite colocando as conversas da empresa em dia, e logo após fui embora, mas quem disse que eu dormi? A todo instante vinha em minha mente aqueles olhos, aquela pele, aquela boca daquela mulher cujo o nome eu nem sei. Algo dentro de mim gritava dizendo que eu precisava voltar naquela boate.
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Ponho uma roupa e vou em direção ao meu carro.
Assim que chego na boate, Italo vem em minha direção.
- Caleb! - Você por aqui, estou surpreso! - fala.
- Eu quero aquela mulher! - falo.
- Desculpa mas ela não está disponível hoje! - fala.
- Porque? - pergunto.
- Coisas de mulher, você sabe né? - fala.
- Sim eu sei! - falo olhando para todo lado tentando a procurar, mas nem um sinal dela eu tinha.
- Qual é o nome dela? - pergunto.
- Sara! - Porque você quer saber Caleb? - Italo pergunta.
- Por nada! - falo.
- Vai ficar aí parado ou vai querer alguma delas? - pergunta.
- Eu vou embora! - Volto na próxima! - falo e saio.
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