03—Perigo com presas.

1187 Words
  Coloco um vestido verde com detalhes amarelo e vou a sala de jantar, a mesa está posta novamente e sento no mesmo lugar e como panquecas com calda. Eu suspiro ao sentir que ele está atrás de mim, ele empurra a cadeira para frente como um gesto de cavalheirismo e se senta do outro lado da mesa em silêncio. Continuo com o café enquanto ele tomar algo na taça o que pude jurar que não era vinho agora que sabia. Olhava ele melhor enquanto bebia a taça, seu cabelo era um loiro claro e pele meio pálida e olhos vermelhos intensos e ele passava língua nos lábios saboreando oque bebia oque chamou minha atenção por um tempo: — Pare de me comer com os olhos — Ele fala virando o olhar para mim. Eu desvio o olhar e continuo comendo e Victória aparece na sala: — Senhor Enrique, David chegou e espera o senhor na biblioteca — Ela avisa. — Justo hoje, avise que já vou — Ele suspira e me olha parecendo incomodado com algo — Recomendo ir para seu quarto. — Porque? — Pergunto. — Faça o que eu mandei — Falou. Eu saio da sala mas vou até outra porta perto tentando achar a cozinha e por sorte tinha acertado e entro procurando por Victoria: — Victória — Chamo Ela estava fazendo chá concentrada; — Sim senhora Angeline — Ela fala. — Deixe disso, me chame apenas de Angeline — Falo Ela concorda e termina o chá pondo no bule e vira para mim preocupada: — Angeline devia ir para seu quarto — Fala ela. — Porque me pedem isso? — Pergunto. — O senhor que veio aqui também....Você sabe e não sei se ele se controlaria na sua presença — Ela me alerta saindo. — Eu já vou só deixa eu beber alguma coisa. Ela concorda saindo e pego suco de laranja que vejo na geladeira, encho um copo e bebo indo para o meu quarto e paro na escadaria: — Ora, Ora, o que temos aqui — Ouço. Eu deixo o copo cair quebrando quando vejo um senhor de cabelos e olhos vermelhos, eu congelo sentindo frio na minha espinha: — Angeline, não mandei ir para seu quarto — Fala Enrique chegando perto. — Vejo que tem uma hospede Enrique — Ele fala. Eu acordo quando Victória começa a limpar os cacos de vidro do chão e peço desculpas: — Ah, David essa é Angeline — Enrique me apresenta. — Prazer — Fala me cumprimentando. — Prazer — Gaguejo tremendo. — David me espere na biblioteca vou levar Angeline ao seu quarto — Ele fala me puxando. Eu fico calada e ele me jogou no quarto: — Eu te avisei para ir para seu quarto e você não me obedeceu. — Desculpe — Falei fechando os olhos esperando um ataque. — Oque? — Perguntou. — D—Desculpe.. Ele me olha surpreso e logo se endireita: — Eu não quero mais você lá em baixo entendido — Falou. Eu concordo com a cabeça e ele sai sem dizer nada. Pov Enrique Foi a primeira vez que ela me pediu desculpas ela parecia frágil perto de mim, volto a biblioteca e David estava bebendo vinho: — Arrumou um brinquedo extremamente delicioso — Ele me olha. — Deixe ela fora da conversa o que você quer? — Pergunto. — Ora saiba que esse ano o baile de lua de sangue será em seu castelo e sugiro como amigo acabar logo com a bonequinha deliciosa — Ele fala. — Não me venha dar conselho — Reclamo irritado. — Tá mas caso canse da bonequinha, lembre de mim — Fala saindo. Eu bufo e me dirijo ao meu quarto quando ouço um choro me aproximo do quarto de Angeline, ela estava na varanda e olhava para longe fiquei em silêncio a ouvindo. A ouço chorar como não tinha sol me aproximei dela e toquei seu ombro e ela se vira assustada, me olhando: — Oque foi Angeline? — Pergunto. — N—Nada — Ela gagueja. Seja como for não acreditei... Pov Angeline Eu chorava e Enrique me olhou: — Me conta logo — Ele pede me olhando. — Porque se importa comigo? Eu me deito na cama tentando escapar do interrogatório dele abraçando meu travesseiro incomodada: — Se não me contar como posso te ajudar? — Ele pergunta. — Isso é uma coisa minha, me deixe em paz.. Ele me olha e sinto minha cabeça doer; — Tem haver com seu tio não é? — Ele pergunta. Eu não respondo e aquilo volta a minha cabeça e me encolho: — Ele fez alguma coisa, ele te fez alguma coisa? — Ele continua. — Não quero falar disso, Ele não é mais meu tio desde... Minha voz falha: — Desde o qu.....Ele abusou de você.. Eu choro lembrando daquele dia, ouço barulho alto e vejo Enrique socar a parede irritado: — Miserável... Eu sinto um abraço tento me afastar mas ele me segura forte; — Não se preocupe, ele não vai mais te fazer mal.... Meu coração bate mais forte do que o normal, sinto—me segura em seus braços, logo me afasto e ele me olha: — Me deixe sozinha.. — Oque? — Por favor sai! Ele fica quieto e sai eu deito na cama calada enquanto tentava dormir aos poucos fecho meus olhos e respiro fundo caindo no sono aos poucos. Sonho on Corro entre paredes de grama dentro de um labirinto e procuro a saída quando vejo a mulher que Enrique matou na minha frente, eu grito mas nenhum som saia e vejo Enrique mordendo Victória que cai morta no chão. Ele estava coberto de sangue e eu tento fugir mas ele me agarra contra a parede — Bem vinda minha bonequinha — Ele diz. Ele me morde e eu grito... Sonho off Acordo assustada e suando meu corpo parecia ter vida própria se levantando da cama e indo para a varanda, subo no batente e fico olhando para baixo vendo o jardim escuro, minha camisola balançando ao vento... "Devo pular?" No mesmo instante uma mão me puxa de volta e eu bato contra alguém que pelo perfume reconheci: — Oque pensa que está fazendo — Ouço. — Não quero ficar presa aqui, quero ir embora.. — E para onde iria? — Ele me pergunta. Enrique toca meu rosto e eu levantei o olhar e senti meu coração acelerar, nossos rostos estavam pertos e nossas respirações se uniram. Nossos lábios se juntaram para um pequeno beijo que se tornou intenso, queria mas daquilo, ele se afasta de repente: — Não, Não, não era pra ter acontecido — Ele fala. — Oqu..... Ouço o relógio tocar, oito badaladas e vejo Enrique se afasta de mim e eu o olho: — Preciso ir — Ele fala saindo. Meu corpo ardia só de lembrar de Enrique me tocando: — "Porque ele saiu? Estava tudo tão bom" — Penso mordendo os lábios. Entro no banheiro do quarto e tiro minhas roupas indo tomar um banho, depois volto e me deito sem sono apenas olhando o teto.
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