Lucy P.o.v.
Los Angeles – 9h30 A.M.
Acabo de me formar em jornalismo, que modéstia parte, sempre foi o meu sonho. Só que esse mundo é disputado e por mais que eu seja boa no que faça, estou tendo certas dificuldades em arrumar um serviço na área. Temo que tenha que trabalhar em outra área só para me manter, afinal as contas não vão esperar uma oportunidade cair do céu. O lado r**m de ser independente é esse, sou eu, e eu. Poderia até pedir um HELP dos meus pais, mas não acho que isso seja maduro da minha parte, eu quis morar sozinha, certo? Então tenho que me virar, faz parte do processo de ser adulto.
Nasci aqui em Los Angeles e sou apaixonada por essa cidade, não consigo me imaginar em outro lugar. Atualmente estou com 22 anos. Sai da casa dos meus pais para estudar, já que morava longe demais da faculdade e desde então moro sozinha.
Estava sentada no meu sofá com o notebook no colo, enviando alguns currículos por e-mail e buscando por novas vagas. Não deveria ser tão difícil assim arrumar um emprego.
Sou interrompida por uma leve batida na porta. Desvio meu olhar do notebook e olho brevemente para a porta, quem poderia ser? Tirei o meu óculos, que eu usava apenas para ler, tirei o notebook do colo e o coloquei sobre o sofá. Me levantei. Ajeitei a minha roupa e o cabelo, e caminhei até a porta vendo pelo olho mágico o sindico do meu prédio.
Suspirei, pois sabia bem o motivo dele estar ali. Destranquei a porta e a abri com um sorriso fraco no rosto.
- Boa noite, Sr Rodriguez. - disse gentil.
Ele me olhou sério e fez um cumprimento com a cabeça.
- Você deve saber o motivo pelo qual estou aqui.
- Sim, conheço bem o motivo que o trouxe aqui! E não consegui o dinheiro do aluguel ainda. - disse frustrada. - Mas estou fazendo o possível para arrumar um emprego, só me dê mais alguns dias.
- Senhorita, Scott. Você está me pedindo alguns dias à mais de um mês, você já sabe que tem uma mensalidade, se não tem condições de pagar. Sugiro que procure um outro local para morar.
- Eu só te peço mais alguns dias. - praticamente implorei, não seria difícil eu me ajoelhar diante dele.
- Tudo bem. - ele disse com tédio. - Mas só alguns dias, se não cumprir com o combinado serei obrigado a te despejar. O aviso está dado!
- Tá bom, muito obrigada! Sr Rodriguez.
Ele se virou e foi embora. Fechei a porta e encostei minhas costas nela, passando a mão levemente pela minha testa. Eu precisava fazer algo!
Antes que eu pudesse chegar no sofá o meu celular começou a tocar, bufei. Comecei a procurar ele pela minha bagunça, e o achei debaixo de uma almofada. Não era um número que eu tinha na minha agenda, atendi:
- Alô?
- Lucy – a voz do outro lado fez uma pequena pausa, como se estivesse procurando meu sobrenome em algum lugar. - Lucy Scott?
- Sim, sou eu!
- Olá, Lucy. Eu sou a Emily e falo da revista People. Você deve conhecer, suponho.
- Sim, claro. Vocês são uma das maiores revistas do país.
- Exatamente. Recebemos excelentes recomendações sobre o seu trabalho e gostaríamos muito de te conhecer.
Abri um sorriso de imediato, não me lembrava de ter mandado o meu currículo para eles.
- Claro! Seria um prazer.
- Posso te esperar aqui na People amanha às 08:00 horas?
- Sim, estarei ai!
- Tudo bem, estarei te aguardando. Assim que chegar dê o meu nome a recepcionista e ela te dirá exatamente onde deve ir.
- Ok, muito obrigada, Emily!
- Não me agradeça ainda. Até logo!
Antes que eu pudesse responder ela desligou. Soltei um gritinho de euforia, como eles tinham me descoberto? Parece que a sorte está do meu lado. Ela não disse que queria os meus serviços, mas espero que ela queira. Seria o meu sonho trabalhar naquele lugar, nunca me vi indo tão longe.
Me joguei no sofá e peguei o notebook novamente, jogando o nome da revista no Google, várias matérias que a própria tinha feito nos últimos meses apareceram ali, olhei algumas e eram só com as celebridades mais requisitadas. Pesquisei sobre alguma Emily, mas nada apareceu. Ela não me parecia só uma funcionária do RH, tive a impressão que ela era uma das cabeças, principalmente pelo jeito esnobe e prático de falar.
Eu não sei o que ela quer de mim, mas espero que eu seja exatamente o que eles procuram.
Dia seguinte.
Acordei exatamente ás 7:00 horas, eu tinha menos de uma hora para sair do apartamento, corri para me vestir. Coloquei uma camisa social bem fina, um blazer num tom de azul escuro, e uma calça jeans escura boca de sino. No pé um salto discreto, já que ele não aparecia mesmo. Me olhei no espelho e estava apresentável.
Fiz uma maquiagem leve e soltei o cabelo. Peguei minha bolsa e tudo do que eu precisava e sai, não estava com fome, deixaria para comer depois. Peguei o elevador e desci até a garagem, eu tinha um carro graças aos meus pais que tinham me dado de aniversário. Destravei ele e entrei, colocando a minha bolsa em cima do banco do passageiro. Pesquisei o endereço da People no GPS do carro, já que eu não fazia ideia de onde era, e sai dali sendo guiada por ele.
A revista não era tão perto do meu prédio, mas se o trânsito estivesse tranquilo eu não demoraria muito pra chegar.
(…)
Estacionei em frente ao prédio da revista, e aquilo era enorme. Peguei a minha bolsa, saindo do carro e o travando. Caminhei até a entrada passando por alguns seguranças que me olharam de cima à baixo. Mas não me impediram de entrar, já que outras várias pessoas também estavam entrando, deveriam ser todos funcionários.
Na parte de dentro aquilo conseguia ser mais assustador que a parte de fora, as pessoas iam e vinham de um lado para o outro, todas muito bem arrumadas e bem vestidas. O barulho dos elevadores se abrindo era ouvido a todo momento, já que tinham vários por ali. Eles deveriam ter muitos funcionários, não é atoa que eles são os melhores no que fazem. Fui até uma das recepcionistas, ela digitava algo no computador, estava bem entretida.
- Olá. - disse para chamar a sua atenção.
- No que posso ajudá-la? - ela me olhou.
- Eu vim para falar com a Emily.
- Oh! Sim. - ela se levantou e ajeitou a sua saia lápis no corpo. - Me acompanhe, por favor!
A segui até um dos elevadores, ela apertou o botão correspondente ao 10º andar. Outras pessoas entraram ali, mas não o suficiente para lotar. Coloquei as minhas duas mãos na frente do meu corpo. E fiquei olhando para o visor, esperando ansiosamente para chegarmos. Assim que chegamos a recepcionista saiu sendo acompanhada por mim, chegamos a uma sala de espera, onde tinha outra recepcionista e alguns sofás, revistas e café.
- Dora, essa é a Lucy. Ela veio para falar com a Emily. - me surpreendi por ela saber o meu nome.
- Ah sim, claro. A Senhora Emily ainda não chegou, vou pedir que aguarde ali. - ela apontou para um dos sofás.
- Claro! - sorri de leve.
A recepcionista que tinha me levado até ali me olhou e acenou com a cabeça.
- Obrigada! - agradeci à ela, vendo ela me dar um sorriso e ir até o elevador.
Me sentei em um dos sofás e me servi com um pouco de café.
- Emily, ficará feliz em saber que você é pontual. Ela detesta atrasos! - a Dora comentou.
- Só pra saber, o que ela é aqui? - perguntei realmente curiosa.
- Uma das editoras chefes.
Minha boca se abriu em um perfeito “o”. A manda chuva daqui tinha entrado em contato comigo diretamente? Isso é uma honra.
Olhei no meu relógio e faltava exatamente 5 minutos para às 8. o barulho das portas do elevador se abrindo soaram, me fazendo olhar imediatamente. Vendo uma mulher, muito bem vestida saindo dele. Ela era alta, cabelos escuros, seu tom de pele era pardo. Estava com um vestido liso preto, que marcava perfeitamente cada curva do seu corpo, e um casaco por cima, que a deixava ainda mais elegante. Mas era estranho se fosse levar em consideração o clima de Los Angeles, não estava quente mas também não estava frio o suficiente para um casaco desse.
Ela passou pela Dora a dando bom dia e indo direto para a sua sala, sem sequer me notar.
Dora pegou o telefone, e pareceu falar com alguém.
- Pode entrar! - Dora me disse.
Assenti e peguei as minhas coisas, indo exatamente onde tinha visto a Emily entrar. Dei uma batida de leve na porta antes de entrar. O seu escritório era lindo, todos os detalhes eram em rose, deixando um ar sofisticado ao local. Atrás da sua cadeira, havia uma das maiores janelas que eu já tinha visto, dando uma linda visão da cidade.
- Sente-se! - ela disse me tirando do transe.
Assenti e caminhei até a sua mesa, me sentando na poltrona à sua frente. Não conseguia ver os seus olhos, já que ela usava um óculos escuros. Estava encostada em sua cadeira com a postura perfeitamente reta, o que fez eu me ajeitar automaticamente. Ela folheava algumas páginas da última edição da revista, suponho eu. Comecei a brincar com os meus dedos por debaixo da mesa. Ela me assustava, sem dizer uma palavra.
- Fico feliz que tenha levado a sério nosso combinado. - ela disse ainda folheando a revista.
- Eu não deixaria de vir.
- Disso eu sei. Estava me referindo ao combinado de horário, chegou com antecedência. - pela primeira vez ela me olhou, e eu não conseguia de forma alguma decifrar o que se passava em sua cabeça.
- Não gosto muito de atrasos.
- Temos algo em comum. - ela disse e tirou o seu óculos, permitindo que eu vesse seus olhos pela primeira vez, escuros. Eles eram bem escuros.
Eu apenas assenti, estava ali para ouvi-la.
- Então, você deve estar se perguntando como foi que eu te descobri. Estou certa?
- Sim, está.
- Anualmente mando uma equipe para algumas faculdades próximas a procura de pessoas que possam fazer parte da nossa equipe, geralmente são para estágios. Que como você já deve saber requer que a pessoa ainda esteja estudando, coisa que você não está. - ela fez uma pausa e me olhou, me fazendo encolher. Ela era intimidadora.
- Mas, quando fui a sua antiga turma, me disseram coisas excelentes sobre você e sobre seu trabalho. Me mostraram, na verdade.
Ela abriu uma de suas gavetas, e tirou um envelope de lá.
- Abra! - ela disse.
Peguei o envelope com as mãos um pouco trêmulas, e o abri. Encontrando todas as fotos que tirei na época da faculdade, e as diversas matérias que fiz. Arregalei um pouco os meus olhos. Tecnicamente, eles não poderiam ter dado isso para ela, era o meu trabalho, não deles.
- Eles não podiam ter te dado isso.
- Como se você realmente se importasse com isso, o que eles fizeram te trouxe até aqui. Não seja ingrata! – ela soou um pouco rude.
- Tudo bem. - larguei as fotos na mesa e esperei que ela prosseguisse.
- Eu quero que você trabalhe para a People, vejo um futuro grandioso para você, Lucy!
Um sorriso se abriu no meu rosto, esse foi o único momento que consegui ficar realmente calma perto dela.
- Eu ficaria honrada de trabalhar com vocês. Fotografar as campanhas com as modelos, as fotos das entrevistas dos famosos. Seria mesmo uma honra! - eu disse animada, já imaginando o sonho que seria.
Ela soltou uma risada e apoiou os dois cotovelos na mesa, me encarando fixamente, mostrando bem seus dentes perfeitamente alinhados e brancos. A dando um ar ainda mais malvado.
- Lucy, querida. Você não me deixou terminar. - ela disse num tom irônico, me fazendo engolir seco.
Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, alguém entrou na sala. Não me virei para ver quem era, mas vi quando Emily desviou o seu olhar de mim e encarou a pessoa.
- Não ouvi você batendo na porta.
- Me desculpe, senhora. Mas eu precisava ver o que você achou da nova edição da revista. Podemos colocar nas bancas? - era uma voz feminina.
Emily soltou uma risada, parecida com a que ela tinha soltado para mim à minutos atrás. m*l a conhecia mas sabia que essa risada não significava algo bom.
- Acha mesmo que vou deixar colocarem essa porcaria nas bancas? - ela arqueou a sobrancelha. - Quero que marque uma reunião com todos os envolvidos nessa revista, precisamos discutir alguns pontos.
- Mas, Emily quem marca as suas reuniões é a Dora. - ela rebateu.
Emily a olhou com deboche e superioridade.
- Você vai marcar essa reunião e vai garantir que todos estejam presentes. Se tiver algum erro vai cair nas suas costas. Fui clara? - ela fez uma pausa. - E pra você é senhora, sou sua chefe não se esqueça disso.
- Sim, senhora.
- Ótimo! Agora leve esse lixo embora. - ela jogou a revista na beirada da mesa.
A garota se aproximou da mesa, me fazendo a ver pela primeira vez. Era bem vestida, como todos aqui. Ela pegou a revista e tratou de sair dali o mais rápido.
- Não suporto erros. - Emily comentou. - Bem, onde eu estava?
- Ia me explicar o que eu iria fazer aqui.
- Isso! - apoiou os dois braços sobre a mesa e se inclinou um pouco na minha direção. - Você sabe o que mais vende nesse mundo dos famosos?
- Sinceramente, não.
- Fofocas, Lucy. Para ser mais exata polêmicas, quando um famoso é pego bêbado, traindo esposa, armando confusão. As pessoas gostam disso, consomem isso. E como já deve saber a People não trabalha muito com isso. Fazer entrevistas com os famosos é ótimo, cobrir o casamento deles é incrível. Mas não é isso que as pessoas querem ver, elas gostam de ver os podres, a realidade. E é para isso que quero os seus serviços.
- Como? - franzi a testa. – Apesar de ser formada em jornalismo, meu foco principal é fotografar. - eu estava realmente confusa. Para o quê ela me queria afinal?
- Não quero você para escrever matérias. Eu quero que você consiga as fotos que serão os temas das matérias.
- Não entendo onde quer chegar.
Ela se levantou, deu a volta na mesa e parou atrás de mim, pousando a sua mão no meu ombro.
- É muito simples, Lucy. Eu quero que você seja a minha paparazzi. Quero que siga determinados famosos, tire fotos de seus momentos íntimos e me mande todas elas.
- Mas não é isso que eu faço, Emily. Eu gosto de fotografar momentos bons, momentos em que as pessoas estejam felizes. Não quero expor a vida dos outros. Não me formei para ser paparazzi.
Pude ouvir ela suspirando. Estava sendo sincera, respeito o trabalho deles, mas não gosto. Acho ofensivo.
- Você não está entendendo, Lucy. - seu tom de voz era seco. Ela deu a volta, parando em frente a sua enorme janela, ficando de costas para mim, admirando a visão. - Essa é a oportunidade da sua vida, sabe quantos fotógrafos dariam a vida para estar no seu lugar?
Eu neguei, mesmo sabendo que ela não veria. Sabia que nenhum fotógrafo gostaria de se tornar um paparazzi, mesmo que fosse para trabalhar em uma das maiores revistas do pais. Pelo menos é o que eu acho. A gente gosta de fotografar o que é bonito, não isso.
- Não. – respondi.
- Eu te respondo, muitos.
- Não seria mais sensato você contratar um paparazzi. É isso que eles fazem mesmo.
Ela me olhou, e seu olhar era de desaprovação. Ela não estava gostando nada do rumo que a nossa conversa estava tomando. Essa mulher está acostumada a levar “sim” o tempo todo, ninguém nunca deve rebater, ou contrariar ela. Mas o que ela esperava? Que eu fosse aceitar esse serviço assim? Se tem tantas pessoas querendo esse emprego por que ela me escolheu? Eis a questão.
- Você sabe como os paparazzi’s trabalham? - eu neguei novamente. - Eles trabalham por conta própria, não se prendem a nenhuma revista. Tiram as fotos, e as vendem pra quem pagar mais caro. É mais vantajoso do que receber um salário fixo por mês, pelo menos pra eles.
Por isso as fotos são tão polêmicas, se for pouca coisa eles não conseguem muita grana. Que mundo estranho!
- E eu não estou disposta a ficar fazendo propostas absurdas por fotos que nem são grande coisa. Nem o meu nome envolvido nisso eu quero.
- Mas as fotos não serão postadas na revista? Como quer o seu nome fora disso?
- É muito simples. Quero alguém que me mande as fotos, e ai passo para o departamento de fofoca, sem ter o meu nome envolvido. Ninguém vai saber que eu planejei tudo, apenas você e eu. Não quero que os famosos pensem que estou envolvida nisso. Eu conheço muita gente nesse mundo, e posso me considerar amiga de alguns deles. Se eles souberem que planejo isso não farão mais entrevistas exclusivas e todas essas coisas, e você sabe, eu ainda preciso deles.
Amiga? Ela se considera amiga deles? Tudo o que vejo é uma mulher fútil, preocupada com o próprio umbigo.
- Agradeço pela oportunidade, mas não posso aceitar esse emprego. Não vou ferrar alguém por dinheiro.
- Eu já te falei quanto você vai ganhar? - ela soltou uma risada.
- Não importa. Eu me formei para ser jornalista, não paparazzi. - me levantei e ajeitei a minha bolsa no ombro.
- Sua honestidade é de se admirar, mas você sabe que nesse mundo os honestos não vão muito longe, não é? Se você quer ser alguém, quer ser notada. Vai ter que fazer coisas pelas quais não se agrada muito. Ou vai ter que exercer uma função na qual não goste muito. Achei que você fosse exatamente o que eu precisava, mas vejo que é só uma jovem sonhadora e iludida que acha que o mundo é um mar de rosas, e que esse mundo é incrível. Tenho que te decepcionar um pouco e dizer que não é! Aqui, Lucy. Cresce quem tem coragem de fazer o que for preciso.
- Sinto muito, Emily. - virei as costas para sair dali, assim que minha mão tocou a maçaneta da porta, ela me interrompeu com a sua voz.
- Dora, irá te mandar o meu número. Eu sei que você vai voltar atrás na sua decisão. Você precisa de mim, Lucy! Mais do que possa imaginar. Espero seu retorno, mas não demore!
Ignorei o seu comentário e sai dali. Não sei o que ela quis dizer com isso, mas se for em relação ao emprego eu posso muito bem encontrar outro. Entrei no elevador tensa. Encostei na parede de aço e suspirei. Achava mesmo que tinha encontrado a oportunidade da minha vida, talvez eu seja mesmo iludida.
As portas do elevador se abriram, me fazendo sair dele mais rápido do que o planejado. Arrumei minha bolsa no ombro, e sai sem nem olhar para os lados. Mais uma vez tive que aturar o olhar dos seguranças sobre mim, eles deveriam saber que eu não era funcionária, não é possível. Peguei a chave do carro e o destravei rapidamente, entrando nele. Joguei a minha bolsa no banco do passageiro e soquei o volante de leve. Não acredito que vim aqui pra isso, não podia gastar gasolina atoa! Liguei o carro e sai acelerando.