história digna de um filme

1572 Words
No dia seguinte Henrique acordou com o som de notificação de seu celular, ele estendeu a mão até o criado mudo e o pegou, a notificação que tinha chegado era mensagem de Alex, ele o convidou para tomarem café e conversar ,Alex não havia entendido o fato do amigo ter se casado assim tão de repente, já que nunca tinha falado de nenhuma namorada, Henrique respondeu mensagem e sugeriu um lugar para se encontrarem as dez da manhã, ainda era sete e trinta, ele se mexeu e acabou esbarrando em Alina que estava bem perto dele. —desculpa, não queria te acordar—disse ele —shiiii, fala baixinho, minha cabeça está explodindo—disse ela e ele riu. —isso se chama ressaca, bebemos demais ontem vou sair com o Alex, quer ir? —vai ficar chateado se eu não for? —claro que não, você é livre pra escolher o que fazer Alina. —vou dormir um pouco mais. —tá bom—Ele levantou da cama e Alina reparou que ele estava apenas de cueca, de imediato ela lembrou do que haviam feito na noite passada. Henrique havia terminado de se arrumar ele se despediu de Alina e disse que não demoraria muito, ela aproveitou que ele saiu e ligou para sua casa —alô, sou eu mãe—ela disse ao telefone. —que bom que ligou querida, como está a lua de mel? seu marido não reclamou de nada?—perguntou sua mãe. —está sendo ótima mãe, não mãe, ele não reclamou de nada, ele é um ótimo rapaz. —eu sabia que ele era o homem perfeito pra você. —sim — “se ela imaginasse” Alina pensou. Depois de uns minutos elas encerraram a ligação, Alina colocou o telefone no lugar e escutou uma música tocar, ela olhou para o criado mudo e viu que Henrique havia esquecido seu celular, ela se aproximou e viu a foto de uma moça na tela, Alana o nome que aparecia, ela pensou em atender, mas seu marido poderia não gostar então deixou pra lá. —quem será essa moça?—ela perguntou a si mesma. Depois de uns minutos Henrique se deu conta que havia esquecido o celular, mas não queria voltar ao hotel então apenas seguiu até onde tinha ficado de se encontrar com Alex. —pensei que não vinha mais, te mandei várias mensagens—disse Alex. —acabei esquecendo meu celular no hotel —então cara me conta, o que aconteceu pra você casar assim tão do nada, ela tá grávida? —não é nada disso, vou te contar ok— Henrique começou contando o que estava em jogo, e em como os pais deles haviam os manipulado para que acontecesse o casamento. —então se vocês não tivessem casado a essa hora ela estaria em um convento e você sem emprego e deserdado, tudo isso por conta de uma parceria?—perguntou Alex ainda procurando entender todos os absurdos que o amigo havia contado. —sim. —só não entendi uma coisa, o que vocês tem haver com isso? pra firmar essa parceria não era só fazer um contrato?—questionou Alex. —vou te explicar tudo, o pai de Alina é dono de uma rede lojas muito conhecida tanto na Argentina como em outros países, como sabe meu pai é dono de uma empresa que produz moda íntima e apesar de ter crescido muito nos últimos anos não é tão conhecida como a rede de lojas do pai dela que vende marcas reconhecidas mundialmente, meu pai já havia tentado uma parceria com ele a anos atrás que acabou sendo recusada, quando estava fazendo dois anos de que meu pai havia aberto a filial de nova York ele decidiu tentar novamente a parceria, e como eu estava no comando da nova filial tive que estar presente na reunião, estava tudo correndo normal, fizemos a proposta, mas não parecia suficiente e realmente não era, a marca de meu pai ainda não estava a altura, logo de cara eu percebi que o pai de Alina demonstrou um interesse em mim, na época ele disse que adoraria ter tido um filho homem e que ele fosse tão interessado nos negócios da família como eu, achei normal e até me senti enaltecido pois ele demonstrou o orgulho que meu pai nunca demonstrou por mim, ao fim da reunião o pai de Alina disse que ia pensar na proposta e que entrava em contato, dias depois meu pai me ligou dizendo que precisava me comunicar algo sério e que me queria na Argentina o mais rápido possível, eu sem pensar fui, achei que era problemas com alguma das filiais ou até mesmo com minha mãe, quando cheguei lá ele me contou que o pai dela disse que aceitaria o contrato mas apenas se eu aceitasse me casar com a filha dele, quando ouvi aquilo fiquei pasmo e disse logo que me recusava, nem a conhecia, e pior, na época ela ainda era uma criança, tinha apenas doze anos, achei aquilo tudo um absurdo, como podia estar prometendo sua filha a um homem que m*l conhecia? Mas ele sabia bem que eu era de uma das melhores famílias da Argentina e que pelo menos status eu teria para oferecer a filha dele, depois de uma forte discussão com meu pai onde disse que jamais aceitaria essa loucura ele deu início a mais uma de suas típicas chantagens, ele disse que ou eu casava ou ia ficar sem emprego e deserdado, eu estava dando minha vida na filial de nova York e querendo ou não aquilo era um pouco meu e eu não ia aceitar perder tão fácil, eles queriam que o casamento acontecesse assim que ela fizesse dezesseis anos, mas não aceitei, disse que só me casaria quando ela fizesse dezoito e essa foi a única condição que pude impor, fui apenas mais um objeto de barganha para meu pai. —uau, essa história daria um bom livro—disse Alex pasmo com tudo que havia acabado de ouvir. —mas por que nesse tempo todo você não me contou? — questionou Alex. —por que eu esperava que eles vissem as loucura que estavam fazendo, mas a cada vez que o pai de Alina aparecia na filial de nova York e via meu trabalho ele tomava mais gosto pelo casamento e meu pai...bem, ele eu sabia que não ia mudar de ideia a não ser que a parceria desse prejuízo, que não foi o caso, empresa de meu pai cresceu de forma extraordinária após a parceria. —e como está sendo o casamento de vocês?–perguntou Alex —até agora está indo bem, ela é uma boa garota, ontem acabamos ficando, ela era virgem, você me conhece bem e sabe que prefiro as experientes, mas foi surreal a experiência, ela tem algo de muito sincero e espontâneo, mas não sei se isso vai se repetir, casamos sem amor e de jeito nenhum quero que ela se sinta obrigada a ter relações comigo, se a gente fizer de novo, vai ser por que nos dois estávamos com vontade, tipo ontem. Depois do café com Alex, Henrique voltou ao hotel, ele passou pela recepção e foi para o quarto, lá ele encontrou Alina deitada assistindo um filme, a cara dela era estranha, parecia assustada ou horrorizada. —o que está assistindo? — ele questionou. —um filme, achei que era um romance. —e não é? —sim, não, não sei. — é um romance, mas com classificação mais de dezoito—ele disse rindo, então tirou a camisa e os sapatos e deitou ao lado de Alina, as cenas do filme estavam cada vez mais quentes, ela estava inquieta, estava ficando excitada, mas nem sabia do que se tratava, então ela pegou o controle e desligou a tv claramente nervosa. —chega disso—disse ela. —porque desligou? o filme é até bom. —isso parece...parece... —um filme pornô—completou Henrique. —isso não tem graça—ela disse com um sorriso envergonhado. —para de ser boba, isso não é nada demais, ou vai me dizer que ficou excitada? —quem? Eu?claro que não—ela disse claramente nervosa e ele riu. —tá bom então. —eu havia esquecido de te falar, quando você saiu esqueceu o celular e alguém te ligou—disse ela mudando aquele assunto constrangedor. —você atendeu? —não, você poderia não gostar. —não teria problema nenhum, você viu quem era? —sim, uma moça, o nome é alana—Nessa hora Henrique agradeceu por Alina não ter atendido, isso provavelmente teria causado um grande m*l estar para as duas. —secretária da empresa, depois falo com ela, bom, já que não quer vê o filme, vou colocar uma música—ele disse e ela assentiu com a cabeça, Henrique conectou o celular na tv colocou uma música e Alina a escutou atentamente, a voz lhe parecia familiar —nossa, essa voz me parece familiar. —você conheceu o dono da voz ontem, música é do Alex com o parceiro dele Maxi, eles são incríveis, vou colocar o clipe—disse ele e logo tratou de colocar para que ela visse. —essa música é linda, eles tem mais músicas? —sim, eles tem várias, procura na minha playlist, vai encontrar todas, vou tomar um banho.
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