Reaproximação

4092 Words
#Matthew Havia se passado uma semana desde que Noah acordará no hospital, o garoto parecia feliz em me ver, mas como qualquer pessoa estava receoso e medroso, talvez tê-lo visto chorando tenha sido pior que suas palavras.  ~Flashback On~  — Matt voltou? - A voz de Noah se faz presente e um sorriso curto em seus lábios aparece enquanto ele me olhava e tinha seus olhos úmidos porque provavelmente queria chorar. Noah havia acordado, ele estava de volta pra mim.  — Eu estou aqui agora meu amor. - Sussurro acariciando sua bochecha e ele franze o cenho afastando minha mão dali, afasto minha mão dele sentindo meu peito doer pela sua rejeição. Ele me olhava estranho, talvez sem acreditar que fosse eu, a certeza que tive naquele momento era de que ele não queria meus toques.  — Matt deixou Noah. Ficou montão de dias longe, falou coisas feias para Noah na frente das coleguinhas, fez Noah chorar e querer dormir para sempre! - Sua voz estava embargada e as lágrimas em meu rosto já se faziam presente, assim como as dele. — Matt não pode voltar agora, agora Noah tem a mamãe. - Queria secar suas lágrimas mas o medo de ser rejeitado novamente impedia de me mover.  — Oh meu amor, me perdoa, Matt nunca quis fazer você sofrer eu juro. - Saio da linha de pensamentos para poder acudir e cuidar dele. Minha voz sai calma enquanto o olhava e suspiro, seguro sua mão baixando a cabeça e sorrio fraco por ele não recuar ao meu toque novamente. Com a mão livre, seco minhas lágrimas parando de chorar para dar atenção apenas à ele. — Podemos conversar depois? Matt promete responder todas suas perguntas, mas primeiro você precisa me contar do que se lembra.  Digo receoso e o olho, Noah arregala os olhos levando a mão livre para a cabeça e suspira fechando os mesmos em seguida.  Quando ele abre os olhos repara na agulha em sua mão, sua boca treme mais e as lágrimas acumuladas começam a escorrer com mais facilidade.  — Hey princesa, está tudo bem, sim? Não vai machucar você, ok? Está cuidando de você, deixando seu corpo forte novamente, sim? Não precisa ter medo disso, Matthew está aqui para protegê-la também, não deixaria nada machuca-la, sim? - Digo calmo o olhando, não queria que ele tivesse um surto pela agulha e o soro o hidratando.  — Noah... Nom... Nom gota dissu... Tila. Po-pofavozinho! - Sua voz trêmula me faz ter pena do meu pequeno bebê, não podia tirar e fazer sua vontade, infelizmente não tinha esse poder.  — Não posso meu amor, desculpa. Isso está te fazendo bem, Matthew jura. Olha, respira como Matthew... Assim Oh... - Começo a respirar fundo e devagar fazendo Noah me imitar para acalmar a respiração e o desespero de ter uma agulha em si, quando começa a fazer efeito sorrio secando suas lágrimas, ele me olha já calmo e travo a vontade que tinha de abraçá-lo para protegê-lo mais em meus braços.  — Você está bem? Consegue me contar agora o que aconteceu? - Pergunto calmo após vê-lo melhor, depois de uns segundos da minha pergunta, ele pisca os olhinhos com os cílios ainda molhados pelas lágrimas suspira e começa a me responder.  — Tinha... Tinha um moço alto e... Ele dava medo, ele tentou tocar em Noah e Noah se lembrou do que Matt ensinou, levantou o pezinho e chutou ele bem forte. - Sorrio com a fala dele, sinto meu peito se encher de orgulho, ele havia se lembrado apesar de tudo da forma dele se defender, havia ensinado ele à algum tempo antes de me afastar justamente pelo medo de não estar presente em algum momento desesperador.  Ver Noah respondendo desse jeito era bom, mostrava que meu sangue em suas veias além de tê-lo acordado do coma havia deixado seu corpo forte como todos queriam, apesar do sangue para mim ainda estar um pouco fraco, para Noah estava forte o suficiente para não deixá-lo com sequelas ou resquícios do coma induzido.  Noah tinha sido induzido para o coma já que estava fraco demais, apesar deles já terem tirado de manhã cedo, ele ainda sim não acordava, era esse o desespero de todos, era pra Noah ter acordado assim que tiraram o que deixava seu corpo dormindo, por esse fator descobriram que o sangue do padrinho não tinha efeito em seu corpo, apenas o meu teve. E não ter Noah acordando ou Noah respondendo aos estímulos sem o coma deixava todos em desespero. Saio dos pensamentos voltando ouvir sua voz baixa e receosa.  — Depois Noah correu e pediu ajuda para o papa, papa está bem? O moço feio não fez dodói né? - A todo momento que Noah contava ele evitava olhar para a mão, mesmo que no fim eu visse seus olhinhos escorregarem para ela e seus olhos aumentarem o acúmulo de lágrimas.  — Ele está bem sim amor, ele está esperando você acordar, tio Lou, os meus pais também estão todos lá. Estão todos ali fora apenas o esperando. - Digo carinhoso e o olho após passar a mão em sua bochecha secando uma lágrima que escorria por conta do medo da agulha. — Me responde mais uma coisa princesa, você se lembra de mais alguma coisa? - Ele para pensativo e n**a.  — Porque Matt voltou? - Pergunta após sua resposta e suspiro voltando a passar a ponta do dedo embaixo de seus olhos.  — Porque Matthew ama você Noah, Matt sabe que fez coisas muito erradas, que falou coisas feias para você, mas Matt está com muitas saudades suas e promete agora nunca mais sair do seu lado se você quiser que seja assim, me deixa cuidar de você princesa, deixa Matt voltar para sua vida. - Digo sincero acariciando sua mão e ele sorri. Meu menino era tão inocente e carinhoso sempre, vejo as lágrimas presas escorrerem pelo seu rosto e as seco rapidamente novamente, me doía tanto vê-lo chorar.  Eu preferia falar da forma dele em terceira pessoa porque sabia que ele gostava e se sentia mais acolhido, ele entendia que falava de forma diferente e ter alguém falando coisas importantes com ele da forma dele o fazia se sentir mais seguro sobre o que ouvia.  — Noah estava com saudades também, mas e a mamãe?  — Isso você tem que perguntar para o padrinho pode ser? Matthew não sabe, mas oh, vamos nós preocupar agora com a sua recuperação, ok? Depois falamos sobre isso. - Sorrio calmo e estico a mão novamente em uma segunda tentativa de faze-lo me aceitar, Noah fecha os olhos e entorta a cabeça em direção a minha mão como se pedisse mais, fazendo meu alfa gritar em alegria.   — Olha o que tem aqui para você... - Digo me levantando da cama e mostro os balões, pego os três ursos que tinha ali e mais sua chupet* levando para a cama com ele.  — Tio Hazz e Tio Lou que deixaram para você. Agora precisa pensar em mais nomes para eles. - Falo sobre as pelúcias e ele sorri acariciando uma por uma. Todos os ursos de Noah tinham nomes, o menino ficava horas sentado na cama com as pelúcias novas que ganhava pensando no melhor nome, ele sempre queria ter a certeza que o nome escolhido combinaria com seu novo amiguinho.  Mostro a chupet* e ele sorri ainda mais forte abrindo a boca, rio baixinho colocando a mesma em seus lábios e deixo um beijo em sua testa. Meu menino.  — Quando... Tila... Vai... Vai doe? - Ele pergunta com a voz embolada pela chupet* me fazendo sorrir, ele olhava novamente para a mão esquecendo os ursos momentaneamente.  — Não vai doer, Matthew estará aqui do seu lado como seu papa e seu papai para protegê-la, sim? Ninguém nunca mais vai machucar você, nem eu. - Sussurro a última parte baixa para que ele não ouvisse, mas era uma promessa minha, eu jamais machucaria meu bebê novamente, agora entendia que minha vida era Noah, machuca-lo era me machucar e eu não queria mais ferir a minha princesa, tudo agora seria feito para ela e por ela. Noah sorri doce acreditando em minhas palavras, estica a mão boa me chamando para perto enquanto a que estava com agulha estava feito pedra em cima de sua própria barriga, meu bebezinho não mexia nem os dedinhos com medo de doer ou ganhar outras picadas.  — Eu amo você Noah. - Sussurro me sentando de novo, ele segura minha mão e fecha os olhos após bocejar, o deixo dormir para descansar enquanto ficava ali na ponta de sua cama acariciando sua mão boa e zelando seu sono.  ~ Flashback off ~  Como havia dito à ele os padrinhos explicaram o que eles queriam que Noah soubesse, para o menino a mãe tinha voltado para a cidade dela, eles não conseguiram contar a verdade e fazer ele voltar a ficar triste por causa da monstra, eu não sabia se tal atitude deles estava certa, mas era a decisão de pais e a única coisa que eu podia fazer era acatar.  Hoje era um dia especial, Noah voltava do hospital por ganhar alta, meus irmãos e os irmãos dele estavam todos reunidos na casa dos padrinhos. Mommy tinha preparado algumas comidas e doces com ajuda dos empregados, ele tinha se formado na faculdade de gastronomia dois anos depois de me adotarem e eu precisava reforçar o quão bom ele era nessa profissão todas as vezes que inventava alguma receita nova e se sentia medroso por colocar no cardápio do restaurante que os papais abriram para ele.  Eu havia feito um cartaz de boas vindas junto com as crianças para a decoração que elas queriam criar para o bebê da casa, os pequenos tinham me alugado a todo momento para pendurar coisas no alto e fazer algo mais certinho pois a maioria ainda tinha a coordenação falhada pela curta idade e queriam que tudo estivesse perfeito e não torto como eles acabavam fazendo, mas a maioria dos desenhos e escritas estavam com a letra de cada um dos seis encrenqueiros.  Quando Noah chega com meus padrinhos Olivia é a primeira a ir até ele, ela abraça Noah o fazendo sorrir sem entender o porque de tudo aquilo, nós rimos e Harry explicou o motivo, era pela falta que ele tinha feito na casa para as crianças e elas queriam receber ele novamente com uma festinha, depois de um tempo ele senta no sofá e eu vou até ele.  Nossa aproximação estava lenta, eu ia todos os dias para o hospital vê-lo, ficávamos sozinhos por algum momento e conversávamos um pouco. Por vezes ele ainda tinha medo dos meus toques ou receios de usar a chupet* comigo, tinha negações sobre qualquer ato dele bebê e eu tinha que reforçar sempre que o amava do jeito dele e não como um adulto deveria se portar.  — Como se sente? - Pergunto vendo ele me olhar e ambos sorrimos.  — Bem, agora não tem mais o dodói na mão e Noah "tá" na casinha, um pouco triste por não ter dado tchau a mamãe, mas papa disse que foi porque Noah estava muito cansado, como bateu a cabecinha no chão, fiquei dormindo por dois dias. - Ele me conta e eu finjo surpresa, sorrio fraco beijando sua testa e o abraço de lado deixando ele encostar a cabeça em meu ombro.  — Vamos comer um pouco? Mommy fez várias comidas para você e um bolo de chocolate que eu sei que você gosta bastante também. - Digo o olhando e ele levanta a cabeça.  — Noah não sente muita fominha. - Mordo o lábio sabendo e suspiro. — Mas pode comer um pouquinho, Matt ajuda? Como fazíamos antes. - Sorrio carinhoso sentindo meu coração dar um salto.  — Claro baby, sempre vou ajuda-lo. Espera um pouquinho? Vou colocar a comida para você e ai trago um suco na mamadeira também, ok? - Ele acena rapidamente concordando, mas em seguida para me olhando com medo, suspiro voltando a me sentar e beijo sua bochecha.  — Matthew quer que você se sinta bem princesa, é com sua mamadeira que você quer tomar o seu suquinho não é? - Pergunto calmo e carinhoso ele acena ainda reticente me fazendo sorrir. — Então é com ela que você vai tomar e está tudo bem, ok? Matthew ama você assim. - Sorrio, me afasto quando o vejo mais seguro sobre o ato, deixo ele sentado e acomodado no sofá.  Depois de ajudar Noah à comer e as crianças terem alugado ele o suficiente brincando com ele, tio Hazz diz para Noah subir e descansar ao que vê ele bocejar, fecho os olhos querendo ir junto, mas me ponho no meu lugar, eles ainda não confiavam em mim e eu devia me conter.  Quando Lou está ajudando Noah a subir escuto pela boa audição ele perguntar ao padrinho se podia ganhar a minha ajuda ao em vez do pai. Sorrio contido olhando para as escadas e tio Lou acena me olhando, me levanto rapidamente e vou até o menino, o ajudo a subir as escadas com calma e quando entramos em seu quarto começo a reparar na mudança drástica que ele tinha feito em todo ambiente.  O quarto do menino estava completamente modificado, sua cama estava parecendo maior enquanto o chão parecia menor, o closet dele havia aumentado e eu sabia que a reforma tão complexa no quarto dele se devia ao fato de que os padrinhos estavam tentando fazer o menino se sentir bem pela minha ausência.  A entrada do quarto dava para um corredor pequeno com uma porta onde era o closet, na frente da cama tinha um divã, o quarto era completamente colorido e mais jovial, maior parte das cores eram de amarelo, rosa e azul, suas cores favoritas. A mesinha com um enorme espelho estava cheio de pequenos batons e maquiagens, sabia que ele gostava de tais itens, mas normalmente usava apenas em casa por vergonha de usar na rua.  Embaixo da televisão algumas diversas pelúcias pequenas, a mesinha de estudos com alguns brinquedos, na parede do lado da cama alguns quadros e preso na madeira deles alguns desenhos que sabia que foram feitos pelo meu bebê.  O quarto era bem colorido, o teto de cima da mesa de maquiagem e de estudos tinha diversas lâmpadas que pareciam pequenas estrelas no céu. Apesar do ar mais adolescente do quarto, seus brinquedos espalhados e suas pelúcias entregavam o bebê que dormia aí.  Em cada lateral da cama tinha mesinhas de cabeceira grandes com desenhos, lápis, canetinha para pintar, livros de colorir e alguns de leitura que eu julgará ser mínimo comparado com o número de livros de pintura.  No corredor que dava para o closet um painel com várias fotos penduradas na parede, se eu reparasse melhor podia ver que além das diversas fotos com seus irmãos, meus irmãos, seus pais, meus pais e o restante de sua família, haviam muitas nossas, inclusive uma das últimas que tiramos juntos antes de tudo em nossas vidas mudar.   Meu menino sempre fora forte, até mesmo quando ele precisava me esquecer ele se recusava a perder nossas fotos. Ele podia ter rasgado todas, ter jogado fora, queimado, mas elas estavam ali ainda, fazendo ele ver todos os dias como sempre fomos felizes ao lado do outro.  Era a primeira vez que eu entrava ali desde que tinha me afastado dele um ano atrás. O sofá divã que tinha em frente à cama tinha o teddy, esse eu conhecia bem, era o urso que o pai do tio Hazz havia dado de presente à Noah assim que ele nasceu. Noah dormia sempre com ele, estando com roupas do padrinho ou não, o urso trazia uma segurança para meu menino que eu julgava nunca conseguir superar, mas não me importava, era a proteção dele e eu achava a coisa mais fofa do mundo vê-lo dormir com a pelúcia mais a chupet* em seus lindos lábios.  — Presente? - Noah me olha ansioso me tirando de meus devaneios e eu rio ao que vê uma caixa bem embrulhada em cima divã, havia pedido para mommy deixar aqui mais cedo quando as crianças pediam minha ajuda.  Vou até ele me sentando ao seu lado enquanto disfarçava prestando mais atenção em cada detalhe de sua nova decoração. O enorme urso que meus pais haviam dado à ele quando eu ainda não existia em sua vida estava bem disposto junto com várias outras pelúcias no chão do quarto, na pequena parede que tinha para a entrada do banheiro em frente à mesa de estudos.  — Sim, comprei para você, não quero pressiona-la, prometi que iriamos com tudo ao seu tempo, só quis dar algo que fosse se lembrar de mim quando usasse. - Digo me sentindo um pouco nervoso e me arrumo ao seu lado, ele pega a caixa a abrindo e sorri ao que vê um moletom logo em cima.  — Esse na verdade eu não comprei, esse é meu, sei que você gostava de sentir meu cheiro antes, então quis dar algo que você pudesse usar e se sentir perto de mim em algum momento que precisasse. - Ele sorri grande tirando o moletom da caixa e abraça deixando o rosto no tecido.  — Cheirinho do Matt, Noah gosta muito ainda. - Sorrio feliz pela fala dele, ele deixa o moletom na perna quando vê que havia outra caixinha dentro da caixa maior. — E esse?  — Sabe baby, quando as pessoas gostam muito uma das outras, elas começam a namorar, no namoro elas usam um anelzinho, igual seus papais tem, se lembra? E igual os meus também tem, mas eu sei que você ainda está confuso, então eu não quis apressa-lo e dar um anel desses sem que você tivesse certeza do que queria, prometemos que iriamos voltar nos aproximar aos poucos não é?  Ele me olha sem entender com a caixinha em mãos e acena.  — Pois é, eu queria muito fazer o pedido de namoro agora para você, porque te amo muito, mas eu quero que seja especial e quero que seja quando você estiver pronto. - Pego com calma a caixinha da mão dele e abro para que ele pudesse ver o pingente em formato de chave pendurado no cordão. — Então eu comprei esse colar, ele tem uma continuação, essa chave se completa com outro colar e o outro é esse aqui. - Murmuro tirando uma caixinha vermelha do meu bolso e abro pra ele ver o pingente de coração. — Eu quero que fique com essa chave, porque sempre que você usar o colar ou segura-lo, vai saber que você guarda a chave do meu coração. - Digo carinhoso ainda o olhando. — Essa chave se conecta ao coração... - Pego os dois pingentes e os conecto para ele ver como funcionava. — Assim você pode sempre se lembrar que o meu coração sempre será seu e que você sempre terá a chave para ele.   — Oh! É tão bonito. - Ele sussurra tocando com delicadeza na jóia me fazendo sorrir. — Matt pode por em Noah? — Claro princesa, você gostou mesmo? - Pergunto ao que ele se vira um pouco de costas e arrumo seus cabelos para que colocasse o colar nele. — Sim! - Ele diz me fazendo ver seu sorriso e me olha. — Matt vai usar esse?  — Vou sim, quer que eu coloque agora? — Se Matt quiser... - Ele diz baixo e envergonhado me fazendo sorrir. Pego o coração e coloco em meu pescoço, ele sorri ao ver que eu havia colocado e toca no pingente em meu peito.  — Mas Noah acha que tinha que ter um coração também. - Ele diz meio pensativo enquanto tocava nos dois colares um com cada mão. — Porque amor?  — Porque o Matt também é o dono do coração do Noah. - Mordo meu lábio e respiro fundo, eu queria chorar ultimamente por tudo relacionado ao ômega. Balanço a cabeça com um sorriso bobo e o abraço.  — Matthew compra mais um então, ok? Assim eu poderei ter a chave do seu também. - Digo baixo pelo abraço e ele se afasta sorrindo.  — Ok, Noah pode usar agora? - Ele pergunta mostrando o moletom e eu sorrio.  — Pode princesa, você pode fazer o que quiser ok? Você quer ajuda? - Pergunto e ele cora baixando a cabeça me fazendo sorrir. — Não se preocupe eu só irei ajuda-lo a se trocar ok?  — Ah... Na-não... Noah consegue. - Ele diz com o rosto mais corado e eu rio.  — Tudo bem baby, vou te esperar aqui, ok? - Murmuro calmo arrumando a caixa do presente quando ele se levanta, ele vai até o closet, demora um pouco me deixando preocupado, mas quando volta sai direto do banheiro e o olho sem entender. Provavelmente tinha uma porta do closet direto para o banheiro de seu quarto, por isso eu não havia visto ele passar para o banheiro e apenas o vi sair.  Noah agora estava com os cabelos presos em um coque frouxo me fazendo sorrir como o bobo apaixonado que era por ele, o ajudo a se acomodar na cama, ele boceja e me olha.  — Você está linda. - Digo carinhoso por ele estar usando meu moletom que cobria até suas coxas, sabia que ele estava com um short por baixo, mas nem aparecia pelo cumprimento.  — Deita com Noah, Noah sentiu muita falta de Matt e quer muito dormir abraçadinho. - Ele sussurra me fazendo sorrir, tiro meu sapato e antes de me deitar abro a gaveta da mesinha de cabeceira pegando a chupet* dele.  — Você quer o teddy também? Aposto que ele estava com saudades. - Digo apontando para o urso na frente da cama e ele sorri acenando rapidamente. Rio sabendo que ele também estava com saudades, pego o mesmo e vou para a cama. Me deito colocando a chupet* em seus lábios e em seguida entrego a pelúcia que ele tinha desde pequeno. Estico meu braço deixando ele se acomodar em meu peito enquanto ele tinha a pelúcia agarrada no braço.  — Matthew pode acariciar seus cabelos minha princesa? - Murmuro baixo por meu rosto estar praticamente colado ao seu e o olho com a chupet* nos lábios e os olhinhos fechados.  — Por favor... Noah quer muito carinho do alfa. - Ele responde em outro sussurro por conta do sono, sua chupet* antes na lateral dos lábios para que pudesse falar voltam para o local certo e meu alfa interno mesmo controlado se agita em alegria.  Noah não gostava de toques de estranhos, mas por eu ter ficado tanto tempo longe e por seus medos com os cabelos serem maior, preferia pedir sua permissão para que nada saísse do controle ou ele ficasse com medo de mim. Acho que eu não saberia sobreviver se Noah tivesse medo dos meus toques.  Me arrumo melhor levando a mão que estava por de baixo de seu pescoço até os cabelos, a mão que estava por cima de seu corpo acaricia sua cintura subindo um pouco pelos braços até chegar na nuca e poder acariciar seu rostinho e lateral dos cabelos também. Ele amava carícias nos cabelos quando era de alguém que ele amava, ele dormia tão rápido como o bebê que era.  Seus braços não estavam mais roxos, no dia que Noah acordou no hospital quase tive um surto de raiva ao que ele foi se levantar para caminhar e vi seus braços com marcas de dedos, padrinho explicou que foi pela força que o alfa brutamontes o pegou no momento do ataque, mas agora ele já estava curado e as marcas haviam saído, o que de fato me dava mais calma para cuidar do meu menino.  — Tenha bons sonhos meu amorzinho, eu te amo muito. - Sussurro beijando sua testa e fecho os olhos sentindo o cheiro dele, que saudades que eu estava desses momentos. Antes dele sorrir ele sussurra que também me amava e em seguida sinto sua respiração calma.  Aos poucos sabia que nós estávamos voltando ao normal, queria logo chegar nessa fase para poder continuar evoluindo nosso relacionamento, nós só tínhamos nos beijado uma única vez e até agora nunca mais, eu não tinha tanta coragem de forçar a barra com ele, preferia deixar ele mais relaxado comigo para aceitar meus beijos com amor e não medo de ser abandonado novamente.  <3<3
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