Passaram-se vinte minutos e ambos entraram no posto de serviço. Pedindo algo no McDonald's, Elijah levou a bandeja para a mesa.
"Não consigo acreditar que você ainda consiga comer quatro Big Macs..." ela disse, olhando para seus abdominais. Afinal, ele era um Alfa e supôs que com todo o exercício físico ele precisava disso.
"Sou um garoto grande, Ruiva, preciso de combustível." Ele respondeu, enquanto eles se sentavam um de frente para o outro. Ela pegou sua refeição de filé de peixe e desembrulhando seu hambúrguer, olhou para ele. Mais uma vez, seu estômago se revirou quando seus olhos se encontraram.
"Você ainda está solteira? Ou encontrou um homem que possa controlar esse temperamento?" Ele perguntou, dando uma mordida em seu hambúrguer, pensando que duvidava que ela estivesse solteira; os rapazes sempre a acharam sexy e atraente. Mas era o seu temperamento briguento que nunca os levava muito longe. Mas olhando para ela agora, não havia como ela estar solteira. E ele sabia que ela ainda não tinha encontrado seu companheiro ou haveria uma marca em seu pescoço.
"Muito engraçado, Elijah, e você? Ainda é um garanhão ou encontrou sua companheira que possa domar seus modos selvagens?" Ela perguntou, evitando sua pergunta enquanto imitava o tom que ele havia usado. Sabendo que ele não tinha encontrado, caso contrário, todo o bando saberia. Elijah sorriu.
"Gosto dos meus modos selvagens... não há regras quando se trata de mim." Ele disse, inclinando-se para frente enquanto piscava para ela. Seu coração batia forte em seu peito.
"O que isso significa?" ela perguntou dando um gole em sua bebida.
"Descubra, Ruiva, descubra..." Elijah disse. Seus olhos pousaram nos lábios vermelhos dela, na forma como eles envolviam o canudo... Na forma como ela lambia os lábios.
Ele franziu a testa, o que diabos estava acontecendo com ele. Ela era sua meia-irmã, e ele estava prestando muita atenção nela... Ele precisava arranjar uma mulher hoje à noite, liberar toda a energia reprimida que parecia ter dentro de si.
"Houve uma lua de sangue um mês atrás, não foi?" Ele perguntou depois de um momento. Para os lobisomens, eles só podiam encontrar seus companheiros em uma lua de sangue. Algo que acontecia duas noites por ano. Era nessas noites que o vínculo se consolidava, contanto que seu companheiro estivesse por perto.
"Sim, houve." Ela disse, franzindo a testa para seu hambúrguer. Se ela tivesse encontrado seu companheiro, talvez esses sentimentos estúpidos tivessem desaparecido.
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Eles voltaram para a estrada. Com vinte minutos restantes antes de chegarem em casa. Elijah batucava o joelho ao som da música. De vez em quando, seu olhar ia para a ruiva briguenta no banco do motorista. Seus cabelos ruivos bagunçados escondendo metade do rosto, enquanto ela movia o corpo conforme a música.
De repente, ele viu um borrão passar rapidamente pelo carro.
"Cuidado!" Ele gritou, segurando o volante e girando-o para a esquerda. Scarlett soltou um grito de susto quando foi arremessada contra ele.
O carro virou de cabeça para baixo quando algo grande atingiu o veículo. O som de metal sendo amassado fez Scarlett franzir o rosto, sentindo uma dor aguda na cintura até sentir uma mão que lhe provocava sensações agradáveis quando a tocava ali.
"Merda, Ruiva, você está sangrando." Ele murmurou, recebendo um gemido de dor como resposta. "Silêncio, eu estou com você."
Chutando a porta para fora das dobradiças, ele saiu rolando, segurando o corpo dela em seu peito. Levantando-se, ele olhou para os três lobos que estavam lá rosnando. Ele podia sentir que eles não eram lobos selvagens. Dois eram bem grandes, definitivamente um beta e um delta.
"O que vocês querem?" Elijah perguntou friamente, movendo Scarlett para trás dele, defensivamente. Seu corpo grande protegendo o dela, que era muito menor.
O lobo maior se transformou em um homem jovem. sem roupa, e nem mesmo parecia incomodado com isso. Algo que era normal para os lobisomens. Ele parecia ter uns 21 anos. Seus olhos castanhos afiados encontraram os olhos azuis de Elijah. Um vento forte soprou ao redor deles, agitando a grama à beira da estrada.
"Ela, deixe-a e vocês podem passar." Ele disse, Scarlett congelou, por que eles a queriam? Elijah levantou uma sobrancelha.
"Você está falando com um maldito Alfa . Eu não obedeço a ordens malditas. Eu as dou." Ele rosnou, sua voz se tornando grave.
O homem levantou a mão, dando um passo para trás.
"Eu entendo... mas posso falar com ela?" Ele perguntou de forma ríspida. Elijah rosnou novamente, pronto para se transformar, mas Scarlett colocou a mão em seu braço e saiu de trás dele.
"Scarlett..." O homem disse, fazendo-a franzir a testa. "Sou o Cade. Você pode não se lembrar de mim, mas eu com certeza reconheço esses olhos verdes em qualquer lugar."
Scarlett congelou, seu coração batendo forte. Cade. Havia apenas um Cade que ela conhecia, e ele deveria estar a cem milhas de distância na matilha de seu pai. Seu coração batia forte no peito. Elijah olhou para ela com surpresa. Ele conseguia ouvir as batidas em seu peito e sentir o medo no ar.
Instintivamente, ele colocou uma mão em volta de sua cintura, a puxando para perto, encarando Cade ameaçadoramente.
"Companheiros?" Cade perguntou, fazendo Scarlett corar apesar da seriedade da situação.
"Talvez." Elijah rosnou, sentindo um forte senso de possessividade na maneira como Cade a olhava e conversava com ela. "Alguém pode explicar como vocês dois se conhecem?"
"Ele é da minha antiga matilha." Scarlett disse baixinho, muito consciente de cada relevo do corpo dele, seu peito pressionado contra o dela. Elijah pareceu momentaneamente surpreso.
"E você precisa voltar e ocupar o seu lugar.", disse Cade, observando-os calmamente, percebendo que eles não tinham o mesmo cheiro. E pelo que ele podia ver, nenhum deles estava marcado. "Eu sou o novo beta, o beta que vai ocupar o seu lugar junto com você-"
"Simplesmente vá embora! Eu não quero ter nada a ver com essa alcateia! Agora vá embora antes que eu te rasgue em pedaços!" Ela rosnou, seus olhos piscando perigosamente. Apenas Jackson sabia que o pai dela era um Alfa , apesar de todos os rumores desde a noite de sua primeira transformação. Mas eles queriam manter isso em segredo, o fato de o pai dela tê-los rastreado até aqui... Significava que ele sabia exatamente onde eles estavam vivendo.
Cade franziu a testa, sinalizando para os dois lobos ao seu lado atacarem. Scarlett se virou pronta para lutar, sentindo uma dor espasmódica subindo pelo seu lado, mas os lobos estavam mirando em Elijah. Que tinha se transformado em um magnífico lobo de pelagem castanha clara, seu pelo era brilhante.
Ele era enorme, maior do que antes, Scarlett pensou com admiração. Ele claramente ficava acima de 1,5 metros de altura, estando de quatro patas, e era maior do que qualquer lobo Alfa que Scarlett já tinha visto antes.
Ele saltou sobre os lobos antes mesmo que eles chegassem até ele, mordendo o pescoço de um deles e arrancando-o do corpo. Sangue espirrou por todos os lados. Sua pata cortando o peito do outro lobo.
Quando o primeiro lobo caiu morto no chão, se transformando no corpo de um humano decapitado. Cade deve ter transmitido algo para o segundo lobo através da mente, que rapidamente recuou. Elijah se transformou em sua forma humana, uma aura poderosa o envolvendo. Seu poder de Alfa emanando dele.
"Diga ao seu Alfa que não há chance de ele conseguir Scarlett. Seja quais forem os motivos dele, se tentar atacá-la ou se aproximar dela mais uma vez, vou considerar como um ataque pessoal. e você não vai querer ficar do lado errado do futuro Alfa Elijah Westwood da Alcateia Blood Moon. E estamos prontos para a guerra". Ele disse com a voz perigosa e grave.
Cade franziu a testa e assentiu, lançando um último olhar para Scarlett.
"Você não pode fugir do seu destino..." Murmurou antes de virar-se, se transformar e correr para longe.
Scarlett deu um suspiro profundo e foi então que ela percebeu que Elijah estava nu em frente a ela. Ele se virou e ela rapidamente fechou os olhos.
"Roupas!" Ela gritou, Elijah levantou uma sobrancelha, olhando para baixo.
"O quê? Você é uma criança? Nunca viu um p*u antes?" Ele perguntou, pensando que ela não tinha problema com o p*u do outro cara à mostra.
"É claro que já vi. Só não quero ficar traumatizada para o resto da vida ao ver o seu!" Ela disse, sentindo uma pontada de dor em seu lado.
"Como quiser, Ruiva, qualquer mulher imploraria para dar uma olhada no meu." Ele respondeu com arrogância.
"Eu sou sua irmã, lembra?" Ela retrucou, ainda desviando o olhar, sabendo que se olhasse, teria ainda mais imagens vívidas para sonhar. Ele não respondeu, virou o carro destruído e abriu o porta-malas. Tirando sua mochila, ele colocou uma calça.
"Agora pode olhar, puritana." Ele comentou, caminhando em sua direção enquanto ela revirava os olhos. Sabendo que ela estava escondendo algo. Ele não deixou passar despercebido como ela cortou o cara, ou o medo que emanava dela. Mas agora não era hora de perguntar. Ele pegou a barra da blusa preta dela e rasgou-a, fazendo-a soltar um grito.
"O que você está fazendo!" Ela gritou, cobrindo os s***s com o sutiã vermelho rendado com os braços. Não que cobrisse muito, ele pensou. Ela tinha um tamanho de taça decente, não grande e também não pequeno. O tamanho perfeito para as suas mãos, ele pensou, franzindo a testa enquanto afastava esse pensamento. Ela era sua meia-irmã, ele se lembrou. Seus olhos se moveram de seus s***s tentadores para sua cintura antes de se agachar.
"Vai cicatrizar, embora esteja bem fundo." Ele disse, prestes a tocar quando ela segurou seus braços. O encarando com raiva apesar do rubor muito leve em suas bochechas. Ele levantou uma sobrancelha, sorrindo com sarcasmo para a sua vergonha, sem saber que era a proximidade entre eles que a estava afetando. Segurando seus punhos, ele os pressionou contra o carro, ainda agachado diante dela.
"O que você está fazendo?!" Ela exclamou, seu coração acelerando. Ela estava sonhando? Seu centro latejava e o movimento brusco dele só piorou as coisas.
"Vai cicatrizar mais rápido." Ele disse roucamente, se inclinando, não perdendo o som do coração batendo forte dela. E passou a língua pela ferida lentamente. Ela ofegou quando o prazer a percorreu. Ela fechou as pálpebras, seu centro doendo de prazer. Enquanto a língua dele percorria devagar seu quadril, atravessava sua cintura e parava logo abaixo de seu seio.
Ele inalou seu tentador cheiro, o toque de sua pele e o gosto doce de seu sangue. A saliva de Alfa tinha habilidades de cura, embora mais eficazes na forma de lobo. Ele sabia que ela logo teria cicatrizado, mas vê-la ali com o sutiã despertou algo dentro dele e ele queria sentir a pele macia dela contra seus lábios...
Ele olhou para cima, passando por cima de seus s***s perfeitos. Não deixando passar despercebidos os m*****s endurecidos, que fizeram o sangue correr para o sul. Lentamente, desviou o olhar para o rosto corado dela, justo no momento em que seus olhos se encontraram, o cheiro de sua excitação o atingiu como uma avalanche intoxicante…