Estou tão furioso agora, com tanta raiva de Melissa, e da maneira como descobri que sou pai, me perguntando se Melissa algum dia teria me contado, me sentia m*l, não fui bom e perdi absolutamente tudo por meu egoísmo.
E claro, pelo egoísmo dela também.
Estou com raiva de Melissa agora, mas estou mais com raiva de mim mesmo, porque mesmo que isso seja estranho, eu ainda a amo. Ver aquela loira cabeça de vento, mexeu com minha alma.
Preciso extravasar, socar um saco de areia, é isso.
Saio do hospital direto ao meu refúgio de raiva.
Charles está treinando, não sei se é bom ter um amigo naquele momento.
— Damon o que te causa aborrecimento? Perdeu alguns milhões em investimento — ele zomba ao me ver zangado.
— Melissa — Eu resmungo e caminho até o saco de pancadas.
— Espere, espere, espere. Melissa? A loira que tentou te aplicar o golpe da barriga?
— Essa mesmo.
— Ok, por que você está bravo com Melissa? Vai me dizer que você vacilou e vai ter que dar mais uma merreca pra ela sumir novamente?
— Ela é mãe — Eu acertei o saco com força, eu a odiava.
— Então você não transa com mães...
— Não com a mãe do meu filho — Se ele não parar de fazer essas perguntas, vou bater nele.
— Mãe do seu filho? Nem sabia que vocês tinham voltado a se ver... Fazia quase, o que, uns quatro anos que você tinha dado seu jeito, quando voltou a vê-la?
— Fazia cinco anos — Eu respondo — ela teve o filho naquela época.
— Teve o filho?
— Sim, eu tenho um filho. Eu pensei que ela tinha feito um aborto, ela foi recompensada e...
— Uau, isso é realmente doido. Então você não sabia que ele existia? E agora?
— Não sei Charles, a minha família deve estar em polvorosa porque soube junto...
— Que loucura, e a criança? Onde está? Ela vai sumir novamente? Isso seria bom?
Penso naquilo. Eu realmente quero estar na vida de Leo e Melissa? Um olhar para ele e eu me apaixonei por aquela criança, sim seria bom.
Saio da academia e vou direto para a cobertura, minha mãe está lá com olhos julgadores.
Não tenho certeza do que minha mãe quer. Eu sei que ela vai gritar comigo, e me dizer que foi errado fazer algo assim.
— Eu não sabia, mãe, juro. Sinto muito. — e ao falar notei que sentia mesmo, como poderia não querer aquela criança? — Eu estraguei tudo, mãe, não sei o que fazer.
— Oh, Damon, nunca soube da gravidez?
— Eu pedi a ela para fazer um aborto, e pra mim ela tinha feito.
— Por que você não me falou nada, eu teria ajudado vocês dois a chegarem num senso comum. Você exigiu que Melissa fizesse um aborto?
— Eu lhe dei uma boa quantia... Eu entrei em pânico. Eu tinha medo que um filho tirasse de mim o controle com a mulher que eu amo.
— Ama?
— Amo! Mas ela me vê como o assassino que tentou matar o filho dela.
— Vai passar, meu bem, seja forte.