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590 Words
Querido Jughead, Se você está recebendo essas cartas, tenho certeza que amanhã é o grande dia, o dia do nosso casamento. Você deve estar se perguntando o por que dessas cartas e o grande motivo é... Minha mãe me presenteou com alguns papéis de carta e me pediu para voltar a escrever, mas não escrever sobre qualquer pessoa, escrever sobre você, Jug, o amor da minha vida. Não sei como estamos hoje, mas eu amo imaginar como nós dois estamos. Acredito que fizemos faculdade, você de literatura e eu de psicologia, compramos uma casinha em Los Angeles - por que odiamos Nova York e o fato de la estar sempre nevando ou chovendo. Essa é a história da nossa vida, de como começamos e o motivo de amanhã estarmos nos casando. Por favor, guarde essas cartas com carinho, espero que um dia nós possamos ler elas para nossas filhas. Nosso palco é a anteriormente pacata cidade de Riverdale e de como nossa vida entediada se tornou tão agitada e de como nos metemos em tantas confusões e aventuras. Essa história começou muito antes de nós, de Jason Blossom, do gorro megro e do rei gárgula, nossa história começou quando éramos apenas duas crianças inocentes, s*******o do m*l ao nosso redor. - Archie!- Gritei, correndo com minhas perninhas curtas, tentando acompanha-lo. O ruivo se virou para mim, me olhando f**o. Os outros garotos riam dele, apontando para mim e para ele, cantarolando "tá namorando, tá namorando, só falta dar beijinho". Assim que o ruivo se virou para mim, após os comentários dos outros garotos, fez uma careta f**a e rapidamente veio na minha direção. Cai de b***a no chão quando ele me empurrou. - Você é uma menina, meninos não brincam com meninas!- O ruivo mostrou a língua, me dando as costas para brincar com os outros garotos. Hoje em dia eu dou muita risada lembrando disso, mas na época eu sei que aquilo doeu. Magoou e partiu meu coraçãozinho infantil, meu vizinho e melhor amigo, Archie Andrews, o garoto que eu me dediquei as férias de verão toda para ensina-lo a ler, me trocou por um bando de pirralhos. Mas lá estava você, meu raio de sol, meu Jughead Jones, um garoto que nunca se importaria de ser visto brincando com uma garota e que nunca ligou as outras crianças falando sobre suas roupas de segunda mão ou sobre seus pais serem pobres. Você era especial. Naquela manhã, enquanto você estava sentado em um banco afastado, viu tudo o que tinha acontecido e também me viu chorando no chão. - Hey, loirinha.- Chamou carinhoso ao se aproximar de mim, com aqueles grandes olhos azuis me analisando cuidadosamente.- Não liga pra eles, eles são uns bobões! Você me estendeu sua mão e me ajudou a me levantar, com um sorriso enorme, me chamando para brincar. - Tá a fim de brincar naquela casinha?- Apontou para uma casinha de brinquedo de plástico grande o bastante para que entrássemos. - Você não liga de ser visto brincando de casinha comigo?- Fiz um biquinho, chorosa enquanto tentava limpar minhas lágrimas. - Você é bem mais legal do que aqueles bobões, prefiro muito mais você!- Sorriu, agarrando minha mão e me puxando em direção a casinha. E foi assim que Jughead Jones e Betty Cooper se tornaram colegas, acho que aquilo foi essencial para nossa amizade, depois para o nosso namoro e hoje para o nosso casamento... foi o primeiro passo que demos, andando de mãos dadas em direção a uma casinha de plástico.
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