Um Vampiro Em Minha Vida
Capitulo XIII – Dor.
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Andava sem rumo para bem longe daquele lugar não me importando em me perder no meio de todo aquele mato.
Passos pesados, mente nublada, cabeça latejando. Eu só queria sumir para um lugar onde eu teria paz e sossego.
Até que eu estava indo bem, antes de tropeçar em uma maldita pedra é claro.
— Vou ter que te arranjar um óculos — Sasuke me segurou, de novo.
Ele e essa rapidez vampiresca que me tira do sério. Na verdade tudo nele estava me tirando do sério ultimamente, principalmente essa sua beleza que deixava qualquer uma zonza.
— Para de me perseguir. — o empurrei para longe completamente zangada.
Poxa meu, eu estou cheia de problemas mas só consigo pensar que Sasuke pegou a cidade inteira. Sério nem as bruxas escapam dele, tô me sentindo usada aqui.
Tudo parecia estar tão bem, ele quase me matou em uma noite quente e fantástica e até estava sendo menos arrogante, agora vem a realidade jogando em minha cara que ele é um canalha que só usa as mulheres.
— É melhor se acalmar ou vai acabar surtando. — avisou enfiando as mãos no bolso da calça.
Entortei os lábios pensando em todas as coisas que aconteceram ate agora, eu já havia surtando, tudo era demais para mim.
Encarei Sasuke e entrei a sua frente forçando um sorriso.
— Quer saber de uma coisa? Eu estou ótima.
Sasuke me olhou com sua cara de paisagem. Odeio o fato de nunca saber o que ele está pensando.
— Não parece.
— Estou desistindo de tudo, cheguei a conclusão de que essa vida não é pra mim. — sorri falsamente.
Ele arqueou uma sobrancelha me analisando por inteiro com aqueles malditos olhos penetrantes.
Por que ele tinha que ser tão lindo?
— Você chegou a uma conclusão?
— Sim, chega de gente maluca tentando me matar, não quero mais saber de lunáticos achando que tenho poderes e principalmente desisto de um vampiro i****a que está tentando me iludir. — desabafei me sentindo estranhamente melhor.
Acho que era disso que eu precisava, colocar tudo para fora. Eu poderia procurar um psicólogo mas no meu caso era melhor um psiquiatra.
— Iludir? — ele riu balançando a cabeça.
O cara nunca ri e quando o faz é ora zombar da minha cara. Eu não mereço uma coisa dessas.
— Sim eu já saquei a sua. — apontei o dedo naquele rosto perfeito.
— E qual é a minha Sakura? — cruzou os braços falando meu nome de uma forma que me deu arrepios.
— Você quer me usar, você é mau e está me deixando completamente louca por você para depois dar o bote. — desci o dedo tocando seu peito duro e gostoso.
Sasuke abriu um sorrisinho charmoso me deixando abobalhada.
— Então creio que estou conseguindo já que você acabou de assumir que é louca por mim.
Abri a boca indignada com minha falta de noção.
— Você gosta de ter todas as mulheres aos seus pés não é? Primeiro a Karin que supostamente é namorada do seu amigo, depois aquela bruxa ridícula. Tem mais alguma? costuma fazer uma lista das suas conquistas Senhor Drácula? — debochei fingindo não ter me abalado com sua piadinha.
Que era verdade por sinal, eu estava louca por aquele vampiro sem coração.
— Isso é ridículo. — Sasuke revirou os olhos.
— Sim você é ridículo.
— Vem cá garota eu vou te levar pra casa, você não está bem.
— Não precisa se preocupar comigo eu estou de boa, pode voltar lá pra sua amiga, vocês devem estar querendo relembrar os velhos tempos se é que são tão velhos assim. — ri da minha própria desgraça.
Eu não estava bem e fiquei pior ainda quando Sasuke puxou minha cintura com certa força grudando meu corpo ao seu.
O olhei nervosa e minha asma começou a atacar. É eu adquiri falta de ar quando cheguei em Konoha, Sasuke suga todo meu fôlego apenas em estar no mesmo ambiente que eu.
— Se soubesse o que faz comigo não falaria essas coisas. — soprou as palavras em meu ouvido me deixando mole em seus braços.
Arfei incapaz de falar nada.
— Você é minha perdição garota.
Seus lábios percorreram a pele do meu pescoço e clavícula em uma carícia gostosa.
— Perdição? — murmurei em um fio de voz.
— Não sabe o quanto sofri na noite anterior vendo você dormir tranquilamente, desejando tê-la outra vez em meus braços, sentir sua pele macia, seu sabor, controlando meu desejo sanguinário, o mostro que vive em mim para não lhe machucar.
— Sasuke.
Ai meu deus eu já estava queimando por apenas lembrar da noite anterior. Foi incrível, Sasuke tirou minha pureza e tenho certeza que não seria tão maravilhoso com outro.
— Tem uma coisa que me atrai a você eu não consigo explicar. Desde que você apareceu naquele maldito apartamento eu não consigo te tirar da minha cabeça. O que tem a dizer em sua defesa hum?
— Eu sou inocente. — apertei os olhos sentindo choques por todo meu corpo.
Sasuke riu me pegando no colo e quando eu percebi estávamos dentro do carro.
Não falamos nada durante o caminho de volta para casa, não era necessário.
— Está com fome? Vou fazer o almoço. — ele quebrou o silêncio quando chegamos em casa.
— Não sabia que vampiros cozinhavam. — falei o seguindo curiosa para a cozinha.
— Eu sou uma exceção. — respondeu abrindo os armários.
— Desde quando você cozinha?
— Não importa.
— Pensei que vampiros comecem só sangue. — murmurei me sentando na mesa.
É eu sentei na mesa mesmo, estava com preguiça de puxar uma cadeira.
Sasuke colocou uma panela no fogo se virando para mim.
— As vezes eu gosto de comer como um humano normal.
— Você não é um humano normal.
— Pelo visto você também não. — retrucou e eu cruzei os braços emburrada.
— Não me lembre disso, não engoli essa história de encarnação e poderes de deuses. Fala sério eu não entrei em um livro de contos de fada, aquela mulher só pode ser maluca.
— Você deveria parar de se enganar e aceitar a realidade.
Bufei negando. Sou teimosa mesmo.
Sasuke não disse mais nada e eu também fiquei na minha apenas o observando fazer o almoço.
Alguns minutos depois eu estava me esbaldando com sua comida gostosa, preciso faze-lo cozinhar mais vezes.
— Não vai comer? — perguntei o vendo apenas me observar.
— Não. — respondeu simplesmente continuando a me encarar.
Seu olhar queimava em minha pele me deixando nervosa e outras coisas a mais.
— Você podia parar de me encarar como se fosse me atacar a qualquer momento. — o encarei de esguelha.
— E se eu o fizer?
Larguei os talheres no prato engolindo em seco fitando seus olhos intensos e maus.
— Ta esperando o que? — desafiei já fora de mim vendo que ele ficou surpreso.
Mas só foi por um momento mesmo, pois foi segundos para ele derrubar tudo o que tinha na mesa e me colocar em cima.
Sua boca tomou a minha de uma forma avassaladora. Suas mãos apertavam minha cintura com certa força me fazendo sentir a eletricidade que era estar junto a ele.
— Eu não posso perder o controle com você de novo. — sua voz saiu dolorosa.
— Eu quero. — segurei seu rosto o puxando para mais um beijo.
O desejo de tê-lo outra vez era sufocante. Eu nunca precisei tanto de alguém na minha vida.
Minhas roupas foram rasgadas e Sasuke me puxava contra seu corpo duro com uma força descomunal.
Mas eu não estava me preocupando se ele poderia me partir ao meio a qualquer momento, mas sim em beijar sua boca sedenta.
Não conseguia raciocinar direito, estava delirando com as ondas de calor que sua língua causava em minha pele.
Sasuke beijava toda extensão do meu seio mordendo o bico e deixando sua marca em minha pele já avermelhada.
Meus dedos agarravam firmemente seus cabelos, os puxando com força todas as vezes que Sasuke me fazia gemer seu nome.
Eu estava tão eufórica que nem percebi quando ele se livrou das suas roupas.
Sasuke me deitou na mesa e cobriu meu corpo com o seu levando minhas mãos para o alto. Enrosquei as pernas em seu quadril o puxando totalmente para mim.
Sua boca cobriu a minha enquanto ele se encaixava em meu intimo causando explosões dentro de mim. Sasuke soltou um grunhido em minha boca antes de recuar e voltar com força me enchendo totalmente.
Gritei de prazer implorando por mais.
Ele me preenchia de uma forma tão precisa e gostosa que eu já não conseguia nem lembrar meu nome.
A mesa rangia com força seguindo o ritmo dos nossos movimentos insanos.
Nossos corpos colados, sua boca em cada canto do meu corpo, meus gemidos desconexos e um prazer surreal.
Quando viu que a mesa já não conseguiria nos suportar Sasuke me ergueu prensando-me contra a parede.
— Oh meu deus.
(...)
Acordei exausta fitando o teto n***o do quarto de Sasuke. Nem me lembrava de como viemos parar aqui, acabei apagando depois que ele acabou comigo em várias rodadas de um sexo intenso.
Será que todas as vezes que isso acontecer ele irá me deixar desacordada? Ao menos dessa vez ele não me mordeu.
Mas fizemos uma grande bagunça pela casa, a cama quase quebrou. Ainda bem que era feita de uma madeira boa.
Não sou de fazer esse tipo de coisa. Mas não me arrependeria de repetir tudo outra vez.
Me sentei na cama levando um susto ao encontrar Sasuke próximo a janela me fitando. Ele vai me matar qualquer dia desses.
— Você precisa parar com isso. — levei a mão ao peito respirando fundo.
— Por que?
Eu perdia o controle do meu corpo só em ouvir a sua voz.
— Porque não se vigia as pessoas assim oras, eu vou acabar enfartando qualquer dia desses.
— Hn.
O silêncio reinou, Sasuke estava indiferente e mais estranho que o normal. O olhei sugestiva procurando por alguma explicação mas ele desviou o olhar.
Quando vi que ele não falaria mais nada tratei de me levantar levando o lençol escuro junto. Meu corpo todo doía mas eu não liguei pra isso quando passei por Sasuke a passos pesados.
— Onde você pensa que vai? — ele entrou a minha frente me impedindo de passar.
Soltei um suspiro erguendo o olhar irritada. Ele havia estragado todo o clima bom entre nós com o seu descaso e ignorância.
Eu queria odiá-lo e faze-lo sumir da minha vida, mas como poderia fazer isso se ele já tinha me marcado de um jeito inesquecível?
— Vou ver se ainda tenho um trabalho, tenho tantas faltas que Chiyo vai acabar me colocando na rua. — forcei minha voz a sair normal.
Ele não precisava saber que eu estava tão entregue a ele.
— Você não vai mais trabalhar. — disse de forma afirmativa.
— E por que não? — retruquei arqueando uma sobrancelha.
Era engraçado a forma que ele tentava mandar ou me controlar.
— Problemas, arrume suas malas você irá sair de Konoha por um tempo.
— O que? Você ficou maluco?
— Karin e Hinata vão vir busca-la, você passará um tempo em Suna.
Eu nunca ouvi tanta lorota na minha vida.
— Eu não vou a lugar algum. — rosnei.
— Já resolvemos tudo na faculdade eles acham que você está doente e passará um tempo no hospital.
Queria acreditar que ele estava brincando, mas Sasuke falava tão seriamente que era impossível não acreditar em suas palavras.
— Será que dá pra você me explicar que merda está acontecendo? — me exaltei.
— A Akatsuki está vindo atrás de você, haverá uma guerra e você só estará segura em Suna. — sua voz saiu controlada mas eu podia ver o ódio que brilhava em seus olhos.
Perdi o fôlego me sentindo zonza.
— Uma guerra? — sussurrei incapaz de raciocinar direito.
Não pode ser.
— Itachi disse que eles estão tramando isso a muito tempo, mas eu sabia que isso aconteceria em algum momento.
— Mas vocês não estão preparados para isso, eles devem ser muitos e... — perdi a fala completamente incrédula.
Como todo o mundo desmoronou enquanto eu dormia?
— Isso não é da sua conta agora, você só precisa arrumar suas malas e sumir daqui. — me cortou de forma grossa.
Apertei os olhos não me afetando com sua grosseria.
— Sumir daqui? Você acha mesmo que eu vou fugir enquanto vocês se matam para me salvar? — sorri indignada me controlando para não gritar.
Aquilo era loucura.
— Não estou te dando opções. — Sasuke respondeu com pouco caso agarrando meu braço.
— Ei espera. — gritei enquanto ele me arrastava até meu quarto.
— Vista-se.
Sasuke me soltou e eu fiquei parada o observando pegar minha mala e jogar minhas coisas dentro em uma velocidade incrível.
Em menos de um minuto minha mala estava a minha frente com todas as minhas coisas dentro.
— Ainda está ai? Será que terei que te vestir também? — me fitou impaciente.
— Eu não vou. — gritei enraivecida.
Ele não podia decidir as coisas por mim daquela maneira.
— Você vai e é melhor me obedecer, não vai querer esgotar o resto de paciência que ainda tenho.
Balancei a cabeça sentindo algo dentro de mim doer.
— O que aconteceu entre a gente não significou nada pra você? — minha voz saiu baixa mas eu sei que ele ouviu.
— Não é hora para falar disso.
Seu descaso e ignorância estava me fazendo odiá-lo. Como Sasuke podia ser tão insensível, mas o que eu poderia esperar? Ele era um vampiro de sangue frio, Sasuke não tinha sentimentos bons.
— E quando será a hora? Quando você estiver morto? — gritei sentindo meus olhos arderem.
Minha garganta queimava, meu peito apertava. Eu estava sufocando e nunca me senti tão desolada.
Sasuke não me respondeu, apenas olhou para a janela e passou por mim caminhando para a porta do quarto.
— Elas chegaram, tem cinco minutos para se arrumar. — avisou batendo a porta ao sair.
Fiquei sozinha me afundando em minha própria dor.
Me ajoelhei no chão caindo sentada sentindo as lágrimas escorrerem sem permissão pelo meu rosto.
Apertava o lençol envolta do meu corpo com força vendo meu mundo desmoronar.
Nunca senti tanto medo em minha vida.