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3430 Words
Quatro Céu Escorada na porta, respirei profundamente observando Beto ir embora, mas a minha vontade era de correr atrás daquela bicicleta e implorar para ele ficar aqui comigo. Adorei conhecê-lo, ele era simpático, inteligente e muito bonito. Sem dúvidas o homem mais lindo que já vi diante dos meus olhos. Quando o perdi de vista me dei conta de que estava na porta de casa de toalha, não ia demorar para que a fofoca com o meu nome começasse no vilarejo. Já imaginava as vizinhas que não tinham o que fazer, dizendo que foi só o meu pai morrer para eu começar a escandalizar ou que não iria demorar pro boto me engravidar. Sinceramente, eu não estava nem aí para o que pensavam de mim. Depois de me vestir voltei a fazer o que realmente me importava, meus artesanatos. Fiquei entretida e quando me dei conta a noite já havia chegado. Antes de morrer, papai me deixou uma caixa de pescado. Tratava-se dos últimos peixes que ele pegou em vida e eu iria caprichar. Ontem a noite coloquei o tambaqui no alho e limão para marinar. Agora o peixe estava no ponto para preparar a caldeirada com bastante tomate, cebola, batata e cheiro verde. Papai foi quem me ensinou a preparar, tudo que tu imaginava com peixe ele sabia como ninguém, era sua grande especialidade. Não posso negar que foi dele que herdei essa qualidade. Desde pequena sou uma excelente cozinheira. O cheirinho que vinha da panela era capaz de despertar a fome em qualquer um que passasse aqui por perto. Quando o jantar ficou pronto resolvi chamar Jaci para me fazer companhia, minha melhor amiga ficava revoltada quando fazia alguma comida especial e não a convidava. Quando coloquei o pé para fora de casa fui surpreendida por um aperto forte no braço. — Que cheirinho maravilhoso, não vai me convidar para entrar? — Engoli em seco, nervosa, principalmente quando reconheci o homem alto, forte de cabelos escuros e sujos coberto por um boné, o mesmo que me ameaçou na saída do velório de papai. Tentei me soltar e empurrá-lo para longe, mas o homem era resistente como uma muralha. — Vim pegar o meu adiantamento. — Moço, isso é dinheiro demais da conta. Nem se eu trabalhar um ano vou conseguir pagar essa dívida de papai. — Sua dívida, agora a dívida é sua — ele fez questão de corrigir. — Eu acho que posso facilitar as coisas pra tu, caso me dê um adiantamento. Eu costumava separar parte do dinheiro que ganhava com meus artesanatos e guardava para caso de alguma emergência. Esse era um caso de extrema emergência. Não era muita coisa, mas poderia aliviar minha situação. O homem soltou meu braço e entrou na minha casa antes de mim. Sem ser convidado ele pegou um prato limpo na pia e colocou metade da caldeirada de tambaqui que havia preparado. — Está uma delícia. — Como aqui em casa não havia mesa, ele sentou-se na esteira de palha e começou a devorar o prato como se estivesse há semanas sem comer nada. Parecia um leão faminto. Minha casa de madeira era pequena, porém organizada. Havia um único cômodo que integrava sala, cozinha e meu quarto, o banheiro era a parte e tampado apenas por uma lona. Bem no cantinho, próximo à janela ficava a minha rede, ao lado a rede de papai que agora nunca mais seria ocupada por ele. Senti a angústia corroendo meu peito quando a olhei. Debaixo da rede havia um balaio de bambu feito por mim mesma para guardar meus vestidos e outras coisinhas. Minha carteira com o dinheiro que não gastava também ficava guardada ali. 200 reais era tudo que eu tinha. Uma lágrima caiu sem minha permissão, quando segurei o dinheiro que estava guardando com tanto sacrifício e que me faria muita falta agora que estava sozinha. Silenciosamente pedi para minha santinha, que ficava guardadinha sobre o pedestal de bambu para que cuidasse de mim. Eu estava com um péssimo pressentimento e não me sentia segura com aquele homem estranho dentro da minha casa. Fiquei de pé, tentei, mas não consegui dar um único passo para entregar minhas economias para ele. Ao invés disso voltei a me abaixar e revirar o baú com meus guardados até encontrar a espingarda que papai deixava comigo. Ela já estava carregada e se fosse necessário eu usaria. — O que é isso? Uma carabina? — Meu coração falhou uma batida quando ouvi a voz do homem às minhas costas. — Tu não estás querendo me matar com isso, estás? — Não. Estou apenas organizando umas coisas… — Tossi quando um de seus braços se enroscou em meu pescoço. — Não minta pra mim garota. Tu puxaste o safado do teu pai, mas não vou permitir que morra antes de me pagar como fez aquele desgraçado! — Ele apertou mais o braço contra o meu pescoço. Tossindo e em meio aos murmúrios me esforcei para dizer: — Tu disseste que ia me dar o prazo de uma semana… Ele gargalhou alto, no pé do meu ouvido. — Uma semana — ele gargalhou novamente. — E tu não ia fugir nesses sete dias? — Não! — Mas tu não tens jeito mesmo! Continua mentindo! Vou te mostrar com quem estás mexendo! — Eu já estava perdendo o fôlego quando o homem saiu me arrastando pela casa. Quando cansou me jogou contra o chão de madeira colocando o pé sobre minha testa. — Acho que não vale a pena judiar de um corpinho bonito desses… — Ele se ajoelhou na minha frente, se inclinando sobre mim. Tentei me movimentar, me esforçar para sair dali, mas ele me encurralava com seus braços e parecia pesar toneladas a ponto de me sufocar. — Isso será a primeira parcela de adiantamento. Já que Joaquim não me deixou nada, a filha dele servirá pra compensar! — resmungou lambendo o meu pescoço, pressionando, esfregando seu corpo contra o meu ao mesmo tempo que o odor horrível que saía dos seus fios sujos faziam meu estômago se revirar. — Me solta! Socorr… — Em nenhum momento parei de lutar ou me esquivar, quando me dei conta que não seria capaz contra o homem que tinha o dobro do meu peso, comecei a gritar escandalosamente, suplicando por ajuda, mas rapidamente ele tapou a minha boca. Desesperada, só consegui pensar em rezar para minha santinha no silêncio mais angustiante da minha vida. Ela sempre cuidou de mim. Ela jamais me abandonaria. [...] Beto Os trabalhadores da fazenda arregalaram os olhos quando me viram chegar sujo e molhado numa bicicleta que parecia ter sido encontrada num ferro-velho. Pedalei muito até chegar ao meu destino, o chá que Céu havia me preparado surtiu efeito, me encheu de energia e foi fundamental para que eu não desmaiasse no meio do caminho. Quando coloquei os primeiros pés em casa, mamãe veio correndo na minha direção e me envolveu com um abraço apertado de alívio. — Égua! Meu filho, por onde tu estavas!? Já estavam falando por aí que tu caíras da ponte e morrido. Seu pai mandou vários de nossos homens atrás de ti! — Então vocês já estão sabendo que caí da ponte? — Eu não cansava de me surpreender com a velocidade que as notícias circulavam em Mandaraguia. — Sim… — Com o olhar curioso e preocupado mamãe disse me medindo de cima a baixo. — Estás tudo bem contigo? Não quebrou nada? Estás inteirinho? — Com exceção desses arranhões, estou intacto. — Pois, então eu é que vou te quebrar! Se caiu naquela estrada aposto que estava indo pra aquele cabaré do satanás! — Estava voltando. — Afirmei com um sorriso de canto nos lábios. — Pois, foi um castigo! Tu estás prestes a se casar e fica saindo por aí atrás de quenga! — Todo homem merece uma despedida de solteiro mamãe. — E foi nessa despedida de solteiro que tu quase perdeste a vida! Não sei como tu sobreviveste a isso pra contar história, já que a conversa que está rodando a cidade é que sua caminhonete está destruída debaixo d’água. — Foi um milagre! Nossa senhora enviou um anjo pra me salvar… — Naquele segundo o rosto de Céu se desenhou na minha mente. Seu cabelo encaracolado, seu olhar escuro e misterioso, o sorriso perfeito… — Do que estás falando? — Da menina que pulou no rio pra me tirar de lá. — Foi uma menina? — Uma ribeirinha. — Por que tu estás questionando se foi uma menina, mãe? — Lavínia descia as escadas com o olhar concentrado em mim. — Por acaso está duvidando da capacidade das mulheres? — Ah, Lavínia, não começa! Só fiz uma pergunta para o seu irmão. — Respondendo sua pergunta, mãe, ela não só me tirou do rio como também me acordou e me levou pra sua casa. — Beto! — Lavínia me fitou maliciosamente. — Pelo visto essa ribeirinha mexeu mesmo contigo. Olhe isso, tu estás suspirando só de falar dela. — Não diga uma coisa dessas, Lavínia! — mamãe se irritou com minha irmã. — Beto está pra casar ainda este ano com Analice. — Aquela mimada sem-graça? Aposto que até essa ribeirinha é mais interessante! Meu irmão não merece passar a vida ao lado daquelazinha, assim como eu também não deveria ser obrigada a me casar com aquele ridículo! — Não é nada disso. Só estou feliz por continuar vivo e ter que aturar as duas me aporrinhando! — mamãe e Lavínia abriram um sorriso, vieram ao meu encontro e me envolveram em um abraço simultâneo. Minha família era tudo pra mim e foi impossível não pensar em Céu que perdeu o pai recentemente, a única família que lhe restara. Agora ela estava sozinha e uma moça tão nova morando sozinha ficava m*l vista na boca do povo, pior, podia ser perigoso. A vida realmente é injusta com alguns. Mas, eu jamais ficaria de braços cruzados diante daquela situação. Estava decidido a ajudá-la no que fosse preciso, eu iria me tornar seu apoio, seu amigo. Deixei mamãe e Lavínia, subi para o meu quarto onde tomei um banho gelado para levantar os ânimos, mas não adiantou muito já que poucos minutos depois me joguei na cama e caí num sono profundo, depois num pesadelo onde eu revivi as lembranças de estar preso nas ferragens dentro do meu carro. Aquela altura eu já não tinha mais fôlego, nem forças, as águas do rio preenchiam minhas narinas e estavam começando a invadir meus pulmões. Estava quase desistindo quando ela apareceu do outro lado do vidro, o cabelo encaracolado estava mais volumoso que nunca e parecia uma auréola contornando seu rosto. Ela brilhava como um anjo. Ela iria me salvar, na verdade, ela já estava me salvando. Mas tudo começou a dar errado quando um polvo n***o gigante surgiu das profundezas e enroscou vários de seus tentáculos ao redor do seu corpo como se estivesse esmagando-a. Me esforcei para sair dali e ajudá-la, mas estava em péssimas condições para fazer qualquer coisa. Agora era ela quem precisava de ajuda. Ela estendeu um dos braços na minha direção. Suplicando. Implorando por socorro, mas eu não pude reagir. Meu anjo estava perdendo a vida diante dos meus olhos e eu não conseguia reagir… — Não! Não! Céu… p***a! — Num impulso levantei da cama tossindo e ofegante como se eu realmente estivesse me afogando. Felizmente aquilo não passou de um pesadelo, mas foi o suficiente para que eu ficasse ainda mais preocupado com Céu. Rapidamente me aprontei, vestindo um jeans justo acompanhado de uma camisa de botões branca. Calcei minha botina e por fim coloquei o meu chapéu. O crucifixo de ouro pendurado em meu pescoço era minha marca registrada, muito mais que isso, era o meu medalhão de fé, já que nunca acreditei em sorte. Era uma maneira de manter meu corpo fechado e meu espírito resguardado. Acomodei minha pistola na cintura, na primeira oportunidade peguei a Hilux do meu pai e segui acelerado pela estrada de chão parando somente quando cheguei no vilarejo onde a ribeirinha morava. Ao me aproximar da sua humilde, casa ouvi alguns murmúrios, o que foi mais que o suficiente para eu sacar minha pistola e chutar a frágil porta de madeira que acabou se despedaçando com facilidade. Meu sangue ferveu como lava quando avistei um vagabundo enforcando-a, tirando sua roupa à força. Não pensei duas vezes. Não esperei para agir. Mirei bem minha pistola de estimação e acertei dois tiros certeiros na cabeça do desgraçado. Vestígios de sangue respingou para todos os cantos, Céu ficou completamente apavorada. — Meu Deus… — a voz da garota saiu trêmula. — Por favor, não faça nada comigo… — Não se preocupe, sou eu. Ao reconhecer minha voz ela empurrou o corpo ensanguentado para o lado. O rosto dela também estava sujo com o líquido viscoso e avermelhado. — Obrigada… Acho que ele morreu — ela disse, se levantando em choque com os olhos cheios d’água. — Ótimo. Menos um verme nas minhas terras. — Suas terras? — Sim, minhas terras. Eu tenho o controle dessa cidade e do Norte inteiro. Tudo funciona exatamente como eu e meu pai queremos. — Então tu és o Beto, Beto Magalhães? — O próprio. — Eu nunca iria imaginar. — Céu, tu salvaste a minha vida. A partir de agora poderá contar comigo enquanto eu estiver vivo. Já mandei uma mensagem para meus homens se livrarem desse lixo — olhei para o corpo sem vida com desprezo —, mas eu também quero te levar daqui para um lugar mais seguro. Sua casa está em péssimas condições e o rio está pra encher, creio que ela não resistirá a uma cheia — Resiste sim. Pode parecer que não, mas essa madeira é forte, já aguentou várias cheias. — Não é o que parece, está tudo remendado. — Vez ou outra aconteceu um probleminha, mas nada que eu e papai não tivéssemos conseguido dar conta de arrumar. Nem pense em tentar me tirar da minha casa. — Não vou te obrigar a fazer nada que tu não queiras, mas, se precisar, saiba que poderá contar comigo. — E por que eu deveria contar contigo? Tu és Beto Magalhães, já ouvi coisas horríveis ao seu respeito. — Tu salvaste a minha vida, precisa de mais alguma coisa? O silêncio ocupou a pequena casa de madeira. Céu manteve os olhos nos meus como se estivesse me desvendando com eles. Ela não estava tão perto, mas eu conseguia ouvir sua respiração entrecortada e sentir o quanto minha presença a deixava atordoada. — Desculpa… Eu não estou sabendo lidar com tudo que está acontecendo. Do dia pra noite papai morre e leva minha paz junto com ele… Eu não sei o que fazer… — Lágrimas encheram suas pálpebras. Dei um passo à frente, a envolvi com um abraço apertado e disse no pé do seu ouvido: — Não se preocupe, eu estou aqui. Prometo que não deixarei nada te acontecer. — Aliviada, ela me abraçou mais forte e ali pude sentir seus batimentos em sintonia com os meus. Ela inclinou o rosto para cima com os lábios entreabertos, voltando a me abraçar, mas agora seus lábios estavam em contato com o meu pescoço e foi impossível não sentir calafrios percorrerem toda minha pele enquanto meu p*u reagia, suplicava e latejava por ela. — Seu Beto! — Engoli em seco quando reconheci a voz de um dos meus homens do outro lado da porta. Nervoso e e******o, precisei me recompor rapidamente para orientá-los a recolher aquele estrume. Conversei com meus homens enquanto Céu limpava o local que ficou sujo de sangue, eles acreditavam que aquele defunto foi só mais um covarde que queria se aproveitar de uma solitária, mas eu não podia ter certeza até conversar abertamente com Céu sobre o que estava acontecendo. — Patrão, está começando a chover. Se aquela mulher do jornal estiver certa, daqui a pouco esse vilarejo vai encher d’água, nem o seu carro vai conseguir sair daqui. As estradas estão que é buraco puro, a melhorzinha que tinha restado não serve pra mais nada, depois que o senhor quebrou a ponte. Não consegui segurar a gargalhada quando ouvi Januário dizer. — Eu quebrei a ponte! — gargalhei enquanto a garoa fina molhava meu chapéu. — Tu és hilário, Januário! Não se preocupe comigo, vá lá se livrar dessa carcaça, jogue na água, os peixes irão fazer um bom aproveito. — Tu és quem manda, patrão. — Januário deu as costas seguindo para a caminhonete prata que ele e outros de nossos homens usavam para trabalhar. — Ah, dona Valentina disse que se eu te encontrasse era pra avisar que dona Analice, sua noiva, está te esperando na fazenda. — Me esperando? — No mesmo, instante peguei o celular e vi que havia várias chamadas perdidas de Analice, o problema é que agora eu nem poderia dar justificativas, já que meu telefone estava sem sinal. No vilarejo só pegaria se eu trepasse numa árvore, coisa a que eu não me submeteria. — Avisa que já estou chegando! — exclamei alto, Januário assentiu. Eles enrolaram o corpo num saco plástico e o jogaram no porta malas como se estivesse fazendo uma coleta seletiva. Os peixes que viviam por ali não iriam recusar uma refeição dessas, era questão de tempo para a única lembrança daquele desgraçado ser sua carcaça no fundo do rio. Despedi dos meus homens, em seguida voltei para a casa de Céu enquanto uma garoa fina começava a cair. Ali fiquei preocupado, não pelo o que tinha acontecido, mas pela facilidade com que aquela casa seria inundada caso a chuva engrossasse. Quando entrei, Céu estava saindo do banho. Mais uma vez sua pele caramelada estava molhada, mais um vez ela estava nua, tapada apenas por aquele mísero pedaço de pano. Mordi o lábio desenhando na minha mente cada detalhe do seu corpo que tinha a capacidade de fazer o meu pegar fogo. — Depois daquilo, tive que tomar banho, fiquei toda suja de sangue. — Entendo. — Eu não conseguia desgrudar os olhos da sua pele, de me entorpecer com o seu cheiro, mas eu precisava me controlar, ela era só uma menina que vinha de um mundo completamente diferente do meu, além do fato de estar noivo. Não que eu fosse fiel, mas eu levava sério aquele dilema do não tenha amantes, tenha putas. Amantes tinham o poder de tirar o controle da vida de um homem e eu nunca dei brechas para isso acontecer. O poder dos Magalhães era minha prioridade de vida absoluta e nada, absolutamente nada poderia desviar o meu foco. — Vou dormir na casa da Jacira, minha amiga que mora aqui do lado. Estou com medo de ficar sozinha. — Medo, mas, é claro. Essa casa, aliás, esse vilarejo, não é seguro pra tu em nenhum sentido. Encontrarei um lugar que tu possas se sentir segura o mais rápido possível. — Obrigada — ela disse calmamente, desviando os olhos dos meus quando um trovão ecoou, causando um estrondo capaz de fazer a única lâmpada da casa piscar freneticamente. Foi involuntário Céu se atirar nos meus braços, e me aperta forte como se eu fosse seu porto seguro. Eu literalmente me senti no céu quando nossa pele entrou em contato, arrepios me tomaram por inteiro, meu p*u enrijeceu como uma pedra. Para aliviar a excitação que me torturava, eu a apertei mais forte contra mim, ela mergulhou os dedos em meus fios, com o rosto inclinado na direção dos meus olhos e disse baixinho: — Contigo eu me sinto segura. Seus lábios estavam a centímetros dos meus, mas o nosso corpo, a nossa carne já estava conectada, queimando em combustão. Foi mais forte que eu. O desejo, a paixão surgindo avassaladoramente dentro meu peito, tomou o controle e eu a tomei com um beijo feroz, caloroso, sentindo o sabor da sua boca e a dança deliciosamente excitante que nossas línguas faziam. Me perdi de vez quando a toalha se desprendeu deixando-a completamente nua diante de mim. Céu não se abalou com aquilo, pelo contrário, a garota me beijou com mais vontade, entregue, deixando os suspiros da lascívia que a tomavam exalar. Mergulhei uma das mãos pelos cachos pesados, guiando seu pescoço para o lado oposto que abocanhei, e comecei a sugar, mordiscar enquanto minha mão livre apertava sua b***a. Céu suspirou sofregamente, seus m*****s incharam, deixando-a ensandecida como uma massa sôfrega em meus braços. — Me faça sua… Por favor… — ela murmurou descontrolada.
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