O despertador tocava alto e vibrava em cima da cabeceira. Começava mais um dia de trabalho para Hermione.
Ela desligou o aparelho e levantou calmamente de sua cama. Se espreguiçou e foi ao banheiro tomar um banho. O Ministro da magia tinha lhe informado que queria ter uma conversa com ela. Pensando no seu novo trabalho, se arrumou e seguiu seu caminho.
Chegou ao Ministério, cumprimentou seus colegas e seguiu até a sala de seu chefe.
— Com licença.
— Bom dia, senhorita Granger. Entre, por favor. Feche a porta.
Hermione obedeceu.
— Obrigado por aparecer — disse sorridente.
O homem de idade já avançada, temia que Hermione não aceitasse esse trabalho, pois sabia "das diferenças" dos dois, mas não tinha mais ninguém querendo cuidar do Malfoy.
— Em que posso ajudar agora? — falou animada.
— Bem... Já vou lhe informar que ninguém aqui quer aceitar esse trabalho.
— Nossa... É tão r**m assim? — perguntou rindo.
O homem deu uma risadinha nervosa.
— Digamos que é um tanto complicado.
— Sei... E o que tem que ser feito?
— Em primeiro lugar: só estou recorrendo a você porque sei que vai lidar bem com a situação e sei que é a melhor daqui.
— Está falando isso por que ninguém quis? — disse brincalhona e fez o homem rir.
— Não. Eu realmente acho que você é a melhor indicada pra isso.
— Se é assim, por que não me chamou antes de todos esses que negaram?
Os dois ficaram em silêncio por um momento. O velho senhor pensava na melhor maneira de falar isso.
— Bem... É que é para vigiar uma pessoa.
— Vigiar?
— É... Uma pessoa que tem que fazer trabalhos comunitários no mundo trouxa e você seria com certeza perfeita para indicar os lugares.
— Ah claro, tenho uns lugares em mente até...
— Sabia que você era a pessoa certa pra isso! Mas... Só tem uma coisa.
— O que?
— A pessoa que tem que fazer esses trabalhos... — Olhou Hermione, que esperava o que ia dizer com o rosto sereno. — É o Draco Malfoy.
No mesmo instante em que o nome foi dito, a expressão no rosto de Hermione mudou.
Se transformou em um segundo. Ela ficou extremamente séria encarando o homem a sua frente.
— Draco Malfoy? Agora entendo porque ninguém quis.
— Eu já não sei o que fazer, senhorita. Ele precisa ser supervisionado. Ainda mais com aquela arrogância que a senhorita conhece bem.
— E como...
— Mas eu vou entender se você não quiser.
Hermione pensou por um instante e começou a imaginar o lugar certo para levá-lo, ela sorriu satisfeita e o homem ficou confuso.
— Eu aceito.