Capítulo 1 - É hora da vingança!

2232 Words
Com toda a certeza do mundo ela queria aquele trabalho! Era a hora dela. A hora dela fazê-lo de gato e sapato! Claro que o lugar que pensou seria a morte para o Malfoy, mas ela sentia uma grande alegria em pensar na cara dele quando soubesse que além de ser supervisionado por ela, ainda teria que ir ao lugar que ela escolhesse. Era hora da vingança! Depois de dizer sim. Hermione assinou alguns papéis e voltou para sua casa. Morava sozinha em uma casa pequena em Londres. Apesar de conhecer e amar a magia, ela não conseguia largar "os trouxas". Ainda mais que não conseguiu reverter o feitiço usado em seus pais. Sentia saudades do tempo em que viveu com eles, mas ainda não tinha desistido de tentar reverter o bendito feitiço. A campainha tocou. Hermione abriu a porta e sorriu. Seus amigos, Harry e Rony estavam parados com um sorriso no rosto. — Entrem! – disse alegre e beijou o rosto de cada um. Rony e Hermione optaram por não continuar com o relacionamento que começaram depois da guerra. Ambos acharam melhor continuar na amizade, pois um poderia acabar matando o outro. — Soube da "missão" que você foi resignada... – Harry se sentou no sofá. — Você realmente aceitou aquilo Mione? – Rony perguntou também sentando, só que de uma forma mais folgada. — É claro! Por que não? — Talvez por ele simplesmente ser o Malfoy, o cara que sempre te odiou e implicou com você. — Exatamente por isso que eu aceitei. — Como assim? — Ué agora é a minha vez! Vou fazer ele aprender a ser gente. — Você não está falando sério, né? – Harry perguntou com as sobrancelhas levantas, mostrando que não concordava nem um pouco com aquela ideia. — É claro que estou. Ele precisa de aulas e vai ter. Os dois trocaram olhares. — Tem certeza disso? – Rony perguntou preocupado com a amiga. — Absoluta! Até porque eles tiraram a varinha dele. – Riu um pouco. — Vai ter que fazer tudo sem magia. Os três riram. — Olha, isso realmente vai ser interessante, mas eu acho que ele pode te fazer m*l, Mi. — Ele não vai me fazer nada, Harry! Sabe muito bem que pode voltar a Azkaban se fizer algo errado. — Vendo por esse lado. Mas se ele fizer, chama a gente que pegamos ele antes de entregá-lo! — Tudo bem, Rony. — Ele já sabe que é você que vai vigiar ele? — Ainda não. Amanhã que vai saber. Os três ficaram conversando um pouco colocando o papo em dia. Harry e Rony trabalhavam como aurores na Ministério da magia, mas os três não se encontravam muito por lá. Só Rony e Harry que trabalhavam juntos e se viam bastante devido a isso. — Já sabe onde vai levá-lo? — Sei. – Sorriu maleficamente. — Não sorria assim, Mione, você me assusta! – disse Rony e arrancou risos de Harry e Hermione. Os dois foram embora e Hermione se preparou para dormir. O dia seguinte ia ser cheio... E bota cheio nisso! *** Mais uma vez o despertador tocou avisando que um novo dia começou. A mulher abriu os olhos ao ouvir o barulho e sorriu de lado. Nunca apoiou a vingança, mas não podia evitar que agora ela ia ser boa... Só dessa vez, né? O que poderia dar errado? Levantou da cama e seguiu para o banheiro, onde fez sua higiene pessoal. Tomou um banho e seguiu para o tão esperado "encontro". Ao chegar encontrou seus dois amigos a esperando na entrada. — O que vocês estão fazendo aqui? — Viemos desejar boa sorte. Não é qualquer um que tem a coragem que você tem. Os três riram. — Isso não é nada, Harry. — Mesmo assim boa sorte! — Obrigada – disse rindo. Ela deixou os dois e seguiu para a sala de seu chefe batendo levemente na porta e entrando logo que escutou um "entre". Assim que ela entrou na sala pôde vê-lo, estava sentado na poltrona de braços e pernas cruzadas. Tinha a testa franzida e olheiras fundas. Apesar de usar uma roupa bonita, estava explícito que ele passou maus bocados na prisão. Estava muito magro, como se não comece há muito tempo. Um verdadeiro bagaço! Pensou Hermione. Mesmo assim ainda era bonito. — Que bom que chegou Senhorita! — o velho senhor disse animado e Hermione sorriu pra ele. Draco ainda não tinha percebido o que estava acontecendo. Ele estava esperando a tal "pessoa" que teria que "cuidar" dele. Estava enfurecido pelos idiotas acharem que ele precisava de babá! Ele é um Malfoy! E nunca precisava de ninguém! Ainda mais para trabalhos desse tipo. Culpava seu pai por tudo que lhe aconteceu e estava acontecendo nesse momento. Se não fosse ele com sua sina por magia das trevas, nada disso teria acontecido com ele. Poderia estar vivendo no bem bom com tudo do bom e do melhor e "pegando" as mulheres que quisesse. Mulheres... Era uma coisa que não via há muito tempo. Assim que viu a mulher que entrou na sala, ficou vislumbrado com a beleza dela, mas no instante em que ela abriu a boca para falar, ele percebeu de quem se tratava e franziu a testa. Quando foi que ela ficou tão gostosa assim? pensou a olhando de cima para baixo. Balançou a cabeça querendo afastar aqueles pensamentos insanos. Ela não devia estar bonita, ele que estava vendo coisa por não ter tido mais contato com o gênero feminino. O velho e ela conversavam, mas Draco não prestou atenção em nada que eles falavam, pois ficou fascinando olhado a Hermione. — Senhor Malfoy? — Ahm? O que? — Você não ouviu nada do que eu disse? — Não — disse carrancudo. — Bem. A senhorita Granger que é a encarregada de supervisionar seus trabalhos. O loiro ficou imóvel olhando o homem por um tempo. Isso era uma piada, né? Uma piada muito m*l elaborada por sinal. — O que? A sang... O homem cruzou os braços o encarando. — Por quê? — Oras você não tem que saber porquê. Simplesmente tem que aceitar. Tem sorte de estar aqui na nossa presença. Depois de tudo que fez, tinha que ter ficado em Azkaban – Hermione disse fria. Draco a encarou severo. — Ainda bem que isso não diz respeito a você, não é? – perguntou com cinismo e fez Hermione ficar séria. — Er... Você já sabe o local, senhorita? – o homem perguntou para que eles parassem com a discussão. — É claro. – Sorriu olhando Malfoy, que por algum motivo, não gostou de ver isso. — Ótimo! Podem se retirar e lembre—se senhor Malfoy: Não tente nada contra a senhorita Granger, pois você volta no mesmo instante para a prisão. Hermione sorriu largamente olhando Draco, que resmungou algo inaudível. Os dois saíram da sala. Hermione andava rápido fazendo Draco ter que dar uma corridinha para acompanhá-la. — Aonde nós vamos? E como chegaremos? — Você já vai saber. Ele bufou irritado com a resposta e continuou andando rápido atrás de Hermione. — Vamos aparatar. — Não posso fazer nada de magia. — Eu sei, mas eu posso. — Agarrou a mão dele antes que pudesse reclamar. Logo ele sentiu um puxão no umbigo e em pouco tempo estavam em outro lugar. Hermione soltou a mão dele e começou a andar de novo. — Onde estamos? — Quer parar de perguntar!? — Eu quero saber, droga! Hermione parou de repente e fez Draco parar bem perto dela, pois não esperava que ela fosse fazer isso. Ela o olhava com os olhos cerrados e punhos fechados. — Fale direito! Você não está falando com seus elfos! Você vai saber quando chegarmos e ponto final! – Virou as costas e saiu andando rápido. Draco fechou os punhos com raiva. Quem ela pensa que é para falar desse jeito com ele? Se tivesse sua varinha agora... Ele continuou atrás de Hermione, que caminhava rápido e em silêncio. Ela se quer olhava para trás para saber se ele estava realmente ali. Os dois andaram por uns minutos. Draco se sentia cansado. Os dias que ficou em Azkaban foram terríveis para ele. Quase não comia e passava frio. Fora que o lugar era imundo! — Granger... – chamou por ela que nem deu bola e continuou andando. – Granger... Hermione suspirou e olhou para trás. O loiro parou de andar e respirou fundo. Hermione pôde perceber o quão pálido ele estava. — O que você tem? — Preciso comer alguma coisa... – disse emburrado. Não queria pedir nada a ela, mas se não comesse, ia cair duro a qualquer momento. — Tudo bem. Vem. Como isso o irritava! Esse jeito mandão de falar. Como se ele fosse realmente uma criança precisando de apoio. Hermione o levou para uma lanchonete perto de onde estavam. — O que é isso? — O que? — Hambúrguer... – disse olhando o cardápio. — Você não...? É claro. Hambúrguer é a coisa mais deliciosa que existe! Peça e não vai se arrepender. Draco olhava a foto do produto com o nariz franzido. Como os trouxas comem uma coisa dessas? — Vai querer ou não? Eu vou pedir um pra mim. — Pode ser — respondeu seco. Hermione pediu a garçonete dois hambúrgueres e refrigerantes. Enquanto esperavam, ela pegou um caderno e começou a anotar alguma coisa. O loiro a olhava disfarçadamente. Estava com um dos braços apoiados a mesa, sua cabeça levemente caída para o lado fazendo com que alguns cachos caíssem por seu ombro. Parecia concentradíssima no pequeno caderno. Em pouco tempo a garçonete colocou os pedidos na mesa. — Aqui está — disse simpática. — Obrigada. — Hermione sorriu. Ela olhou o homem sentado à sua frente e revirou os olhos, pois assim que a garçonete virou as costas ele ficou a olhando descaradamente. — Se interessando por uma trouxa, Malfoy? — perguntou sarcástica. — O que você tem a ver com isso? — Nada. Come logo que temos que ir. — Pare de mandar em mim! — disse irritado. — Se não gosta, volte pra Azkaban! — retrucou. Draco resmungou baixo e olhou seu lanche. — Como eu como isso? — Com a boca. O loiro a olhou com fúria. — Que droga! Dá para me explicar? Hermione deu uma risadinha. — É só pegar e comer... — Pegou o hambúrguer com as mãos e deu uma mordida. Draco franziu a testa, mas fez o mesmo movimento. Ele mastigou algumas vezes e sentiu o gosto maravilhoso de seu lanche. Logo olhou espantado o pequeno pedaço de comida em sua mão assustado. Como algo como aquilo poderia ser tão divino? Hermione deu uma risada com tamanha vontade que o loiro comia seu lanche, mas não deveria esperar menos. Ele não comia bem há muito tempo e ainda por cima nunca comeu um hambúrguer. Tudo muito novo para ele. Draco comeu três Hambúrgueres deixando Hermione surpresa. — Tinha razão... – falou de boca cheia. – Isso é muito bom! Ela riu com o comentário e ele parou de mastigar para olhá-la. Merlin! Ele precisava encontrar uma mulher logo, pois estava a achando linda demais e isso com certeza não é normal! Assim que terminaram de comer, seguiram seu caminho. Hermione andava na frente e não olhava para trás nenhuma vez. — Está confiando muito em mim, Granger. Posso fugir a qualquer momento. Hermione riu debochada. — É claro que estou confiando em você agora. Porque sei que você sabe que se fizer qualquer gracinha que seja, volta pro seu calabouço! Draco rosnou de raiva. — Ou estou errada? – perguntou cínica e olhou para trás finalmente. O loiro não respondeu, só a encarou com fúria. Hermione voltou a olhar para a frente rindo. Nunca pensou que seria tão bom fazer isso! — Chegamos! – disse empolgada quando parou em frente a um portão grande de ferro. O lugar era grande, mas parecia acabado. A grama estava enorme e as paredes descascadas, era uma casa bem grande e estava "podre". — Que lugar é esse? — Um asilo. — O que é isso? — Uma casa de repouso para pessoas idosas. — E pra que você me trouxe pra cá? Hermione sorriu. — Aqui vai ter bastante trabalho pra você. — Eu não vou cuidar de velhos! — Ah vai! E ainda tem a grama para cortar, as paredes para pintar e... Bom só vendo o que falta. – Sorriu largamente. — Isso é um absurdo! Eu não vou fazer nada disso! – disse alto. — Tudo bem. Vou avisar o Ministro sua escolha. – Ameaçou sair do lugar. — Não! Hermione parou o olhando fingida. — Eu faço. — Ótimo! Venha comigo. Os dois entraram no lugar. Draco olhava cada canto das paredes e sentia seu estômago revirar. Estavam pretas de mofo e o cheiro era horrível ali. Essa era só a recepção do lugar. — Boa tarde! Meu amigo aqui se candidatou a voluntário. Ele ama os velhinhos e quer muito ajudá-los! Draco revirou os olhos. — Oh! Isso é uma ótima notícia! Estamos mesmo precisando de ajuda aqui. Não temos mais recebido as doações, como podem ver. — Sinto muito, mas eu tenho certeza que ele vai ficar muito feliz em ajudar. Não é amigo? — Claro — respondeu com raiva.
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