Capítulo 10 - Ele está se abrindo... comigo?

2162 Words
- É claro que não! - falou alto. - Negar é a prova que sim. - Eu não admito que você venha até aqui para falar essas coisas ridículas comigo, Ginevra! - Você não sabe mentir, amiga. Está nervosa porque falei disso. - Eu NÃO gosto do Malfoy ok? - Tudo bem e eu não amo o Harry. Hermione sensação o sangue quente. Por isso não chamava muito a Gina para conversar. Porque ela sempre a tirava do sério, mas não mais que o Malfoy. - Eu sou sua amiga, Mi. Pode me contar o que sente. Não vou falar para ninguém. Hermione suspirou. - Eu não sei o que sinto ... - Me conte e eu te digo. - Bem ... Um barulho foi ouvido e ela ficou em silêncio. Logo Gina tirou o celular da bolsa. - É o Harry ... - Não diga que está aqui! - Porque não? Ele não precisa saber que tem algo errado. Eu não posso te visitar? - Pode, mas ele vai estranhar ... - Deixa que eu sei lidar com ele tá? Hermione fez careta. - Oi meu amor. — Onde você está? — Na casa da Mione. Estava com tantas saudades dela! — Ela está bem? — Está ótima! Por que não estaria? — Ah pergunto por causa desse negócio que ela inventou de cuidar do Malfoy. — Não se preocupe Harry, Hermione está se entendendo bem com o Malfoy! Hermione lhe deu um tapa no ombro e Gina segurou a risada. — Como assim? — Ah você conhece a sua amiga né Harry Potter! Ela está lidando maravilhosamente bem com a situação. Nem Draco conseguiu segurar a risada agora. Gina sabia pegar no pé de Hermione com jeitinho. — Tudo bem então. Diga a ela que qualquer dia desses eu apareço aí. — Ok. Beijos. — Desligou. — Ele desconfiou? — Claro que não. Hermione lhe deu mais um tapa. — Ai! — Você ficou jogando conversa fora Gina! Se o Harry fica sabendo, mata o Malfoy! — E você não iria gostar de perdê-lo, não é? — Já está tarde, né? É melhor você ir! — Vai me expulsar? — Não Gina eu só preciso descansar. Meu dia não está bom hoje! — Ficaria melhor se tivesse um cobertor branquelo de cabelos loiros para esquentar, não é? — Tchau Gina. — Levantou da cama e empurrou Gina para fora. Assim que o Draco viu as duas levantando, se escondeu no quarto ao lado. Hermione foi empurrando a amiga escada abaixo enquanto a ruiva ainda soltava umas piadinhas sobre ela ficar com Draco. Assim que fechou a porta, se encostou na mesma e respirou fundo. Gina gosta de provocar! Hermione seguiu até a cozinha e pegou uma jarra de água na geladeira. Ela encheu um copo e bebeu em seguida. Quando foi guardar a jarra na geladeira de novo, levou um grande susto e a deixou cair no seu pé. — Ai! Merlin! — Assim que olhou seu pé, entrou em desespero. Estava sangrando devido ao vidro da jarra que quebrou bem em cima dele. Draco, que foi o motivo do susto se aproximou depressa. — Não me toca! — disse alto quando ele se aproximou dela. — Não é hora pra isso! — Colocou um dos braços por baixo das pernas dela e o outro em sua cintura a pegando no colo e a tirou dali. — Ai... A culpa é toda sua! — resmungou. O loiro a colocou sentada no sofá. — O que eu faço? — perguntou nervoso. — Pegue a minha varinha... — Está onde? — No meu quarto. Anda logo! — falou nervosa. Draco subiu as escadas correndo e entrou no quarto. Ele procurou a varinha em todos os cantos e começou a ficar extremamente nervoso porque não acha. — ANDA LOGO, MALFOY! — Escutou o grito da sala e puxou os cabelos de nervoso. Logo ele viu a varinha em cima da cama. — Se fosse uma cobra me comia... — resmungou e desceu as escadas correndo. Hermione pegou a varinha da mão dele e fez um feitiço para parar o sangramento. — Preciso fazer uma poção. — Tentou levantar e quase caiu, mas Draco a segurou. — Você não vai conseguir ficar em pé! — Quer que eu fique aqui esperando esse buraco fechar? — perguntou histérica. — Não, mas você não vai conseguir levantar assim. — Merlin o que eu fiz de errado? — perguntou olhando para cima. — Me diga o que precisa que trago aqui pra você. Hermione ficou em silêncio o olhando. Como ele entrou ali e quando chegou? — Diga logo! — Tá... Ela falou os ingredientes da poção e disse a ele onde pegar. — Coloque aquela mesinha de centro aqui... O loiro obedeceu. Hermione fez a bendita poção sem levantar do lugar. Draco a olhava em pé e comia as unhas. Essas situações nunca foram seu forte! — Deu certo? — perguntou olhando o pé dela. Em pouco tempo viu o machucado fechando e suspirou aliviado. — O que você está fazendo aqui? — perguntou séria. — E—eu...— Suspirou. — Vim pedir desculpa pelo jeito que te tratei hoje... Hermione deixou o queixo cair quando escutou isso. — Mas é porque você ficou toda esquisita e eu fiquei confuso. Hermione desviou o olhar dele. — Mesmo assim não deveria ter te tratado m*l. — Tudo bem. Silêncio. Hermione olhava a tevê desligada e Draco estava em pé a olhando. — Você realmente não lembra do que aconteceu ontem? O corpo dela estremeceu em ouvir essa pergunta. — Mais ou menos... — Suspirou. — Eu só fiquei assustada. Eu não tenho costume de beber e ontem tomei uma batida de frutas... — Entendi. — Você não ia ficar na casa da Marcele? — O olhou. Estava séria. — Não. Fiz aquilo porque estava irritado com você. Um grande silêncio se fez na sala quando ele falou isso. — Ahm... O que? Você...? Draco respirou fundo. Não sabia lidar com esse sentimento que sentia agora também. Que merda! Por que ele tinha que sentir isso? Mas estava com as mãos trêmulas e suando frio... — Pode me explicar o que deu em você hoje de manhã? — Virou o jogo e jogou pra cima dela. Agora foi a vez de Hermione tremer. — Eu não posso te contar. — Por que não? — Porque você me odeia! E vai usar isso contra mim. — Eu não seria capaz. — Ah seria, Malfoy. — Não depois de tudo que aconteceu... — Do que você está falando? — Você não sabe o que eu passei naquela prisão, Granger! Os dois ficaram em silêncio um olhando para o outro. — E tudo porque fui fraco e não disse não. — Não disse não? — É. Não disse: "não pai eu não quero está merda de magia n***a e não vou seguir o filho da p**a do seu mestre!" — disse com raiva. Hermione ficou o olhando em silêncio, não sabia nem o que dizer. — Mas... Fui covarde e fiz o que fiz. Claro que em parte eu fiz para proteger a minha mãe. Se não fizesse, ou ele me matava ou matava ela. Se ele matasse meu pai era um favor que me fazia... Hermione estava estática olhando o loiro em pé a sua frente. Nunca na vida pensou que fosse ouvir o que estava ouvindo agora! Ele está se abrindo... Comigo? Pensou bastante surpresa. — Desde que fui preso fiquei amargurado e com raiva do mundo. Achei que nunca mais iria sair daquela prisão... Mas alguém acreditou no que eu disse e me tirou de lá. — O que você disse? — Isso que estou te contando. Que fiz o que fiz para proteger minha mãe. Assim como ela fez ao dizer que seu amigo estava morto sendo que estava vivo. — Isso foi importante... — sussurrou, mas Draco escutou. — Eu não me importava com nada até uns dias atrás, mas... — Parou de falar de repente e desviou o olhar. — O que? — Eu não sei... A convivência com você e com aquela senhora do asilo... — Valentina? — É. Ela fala com sabedoria. Hermione riu e ele a olhou de novo. — Ela adora filosofar. Os dois riram. Em pouco tempo ficam sérios de novo um olhando para o outro. — Como entrou aqui? — A porta estava aberta. E por falar nisso, deveria pensar em colocar um feitiço de proteção. — Eu sempre esqueço isso. Silêncio. — Acho que vou deitar... — Hermione disse olhando o chão. Ela tentou levantar e sentiu dor no pé sentando novamente. — O que foi? — Talvez demore um pouco a fazer efeito. — Suspirou. Draco se aproximou dela que ficou tensa e virou o rosto para o outro lado. O loiro passou uma das mãos por baixo das pernas dela de novo e a outra apoiou na cintura a pegando no colo. Hermione automaticamente colocou os braços em volta do pescoço dele. Os dois ficaram se olhando em silêncio e Draco seguiu até a escada. Ele subiu lentamente como se quisesse manter aquele contato com ela o máximo possível. Em passos lentos chegou ao quarto e abriu a porta empurrando com o pé. O loiro se aproximou da cama e a colocou sentada com cuidado. — Obrigada — disse sem graça. — De nada. — Você comeu alguma coisa? — perguntou quando Draco estava saindo do quarto. O loiro virou para trás a olhando. — Não. — Já comeu pizza alguma vez? — perguntou sorrindo. Draco sorriu ao ver isso e acenou em negação. — Então vou pedir pra gente. Pode pegar o telefone pra mim? — Onde está? — Lá na cozinha, você vai ver um negócio colado na geladeira escrito pizzaria. Traga pra mim, por favor. — Ok. Draco foi até a cozinha e pegou o que ela pediu. Ele voltou ao quarto e entregou o pequeno ímã de geladeira. Hermione discou o número em seu celular e pediu a pizza. — Vai demorar um pouquinho. — Da última vez que demorou foi porque o cara estava aos amassos com uma mulher em vez de fazer seu trabalho — resmungou e fez Hermione rir. — Mas a pizza é normal demorar. Não tem ninguém "se pegando" para atrasar — disse rindo. Draco ficou a olhando em silêncio agora. — Que foi? — Nada... Claro que tinha alguma coisa! Ficar assim tão perto, sentido o cheiro dela e observando suas feições. Ah! Ele nunca fez isso na vida! O importante era "liberar o estresse" e depois jogar a garota fora... Mas por que diabos ele queria repetir o que fizeram na noite passada? Nunca tinha ficado com uma pessoa duas vezes. Só a levava para a cama e depois trocava o alvo. Formando assim uma grande lista de "pegadas". Hermione olhava as mãos. Estava sentada na cama com elas apoiadas em sua barriga. Se sentia estranha em estar conversando com Draco. Nunca pensou que um dia isso ia acontecer. E não sabia também porque a presença dele ao mesmo tempo que assustava, a encantava... — Está melhor? Hermione levantou a cabeça o olhando. — O que? — Seu pé ué. — Ah! Eu não sei. Não estou sentindo nada. — Deu de ombros. — Só na hora que pisei que senti uma dor. — Tem certeza que fez a poção direito? — É claro que sim. — Bem, não era você a melhor em poções em Hogwarts... — Brincou e viu o olhar que tanto gostava. Os olhos cerrados, a testa franzida e os lábios comprimidos. Era uma visão maravilhosa na opinião dele. — Fique você sabendo que minhas notas sempre foram as melhores ok!? — Eu não disse que não eram... — Eu sei que fiz certo. — É mesmo? Então levanta que eu quero ver — provocou. — Não preciso fazer isso, eu estou ótima! — Está com medo de que eu esteja certo? — perguntou cínico e fez Hermione respirar fundo. Ela colocou as pernas para fora da cama e levantou de uma vez só. Mas assim que pisou no chão sentiu uma fisgada forte no pé e deu um gritinho. Ela se desequilibrou e caiu em cima de Draco que estava sentado ao lado. Com o peso do corpo dela, Draco deitou na cama. Assim que percebeu o que aconteceu, Hermione ficou vermelha e tentou levantar. Estava com as mãos no peito do loiro que ficou estático a olhando sem reação. Antes que ela conseguisse sair, Draco a segurou pelos cabelos e a levou de encontro a seus lábios. Hermione apertou a camisa dele com força. Queria resistir ao beijo, mas não conseguiu. Quando sentiu a língua dele invadir sua boca, relaxou todos os músculos e correspondeu o beijo dele. Ficaram uns minutos num beijo terno e calmo. O beijo não foi m*****o, pelo contrário, foi carinhoso. Um beijo... Apaixonado?
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD